Escolhas escrita por kathleen_Shadow


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pelo rumo que a fic está tomando, mesmo que esse capítulo e os próximos que virão possam ser chatos, eles são importantes para os acontecimentos futuros da fic. Tenham em mente que os planos da Mione vão além de vinganças contra colegas de escola. Isso é só um passatempo para ela.
Obrigada por todos os reviews, e não esqueçam de comentar!

Espero que gostem, boa leitura e desculpe se acharem o capítulo muito grande!



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Quando a conversa com Gina havia sido dada por encerrada Hermione deixou a garota na floresta, na companhia de Draco Malfoy, ela sorriu imaginando o que os dois iriam tramar contra ela. Sim, ela sabia o tempo todo que o loiro estava lá, ela havia treinado muito para saber quando estava sendo seguida ou vigiada. Sabia que os dois provavelmente iriam se aliar, sendo assim, ela teria que igualar um pouco as coisas. Revirou sua memória buscando todas as informações que adquirira nas férias, precisava de um aliado forte e que ela pudesse controlar. Uma lembrança destacou-se das outras, logo no começo das férias, durante a viajem para a Itália, ela sorriu, sabia exatamente quem iria chamar.

Entrou no castelo e saiu pelos corredores procurando por um certo italiano sonserino. Não demorou muito e ela viu o moreno caminhando lentamente por um corredor. Algumas garotas suspiravam quando ele passava mas sua expressão era de puro tédio, mas ela iria mudar isso. Alcançou o garoto e colocou-se na frente dele.

- Zabini, precisamos conversar.

- Oi pra você também, Granger. - disse sarcástico. - O que você quer comigo? - perguntou desconfiado.

Ela olhou para o garoto, como todo sonserino, Zabini era arrogante e preconceituoso, mas ele era neutro nessa guerra, sua mãe estava mais preocupada em conseguir outro marido rico e ele não tinha porque se preocupar, seu status de puro-sangue garantiria sua liberdade se Voldemort vencesse, ele não precisava se aliar a nenhum lado. Ele era, ela acreditava, um dos poucos amigos verdadeiros de Draco, mas diferente de seu amigo ele não era agressivo com as pessoas, não tinha a necessidade de humilhar ninguém para se sentir melhor. E também não tinha um pai Comensal para empurrar ele para as garras de Voldemort. Ele era até agradável, para um sonserino.

- Aqui não, é um assunto particular, e acho que você também não gostaria que eu falasse sobre isso aqui. - ele arqueou uma sobrancelha e ela resolveu ser um pouco mais clara - A Itália é um país maravilhoso, não acha? E também muito reveladora, as coisas que se descobre... - disse fingindo inocência. Ele entendeu o recado e rapidamente puxou a garota para dentro de uma sala vazia. Trancou a porta e lançou feitiços silenciadores, era claro o nervosismo do sonserino. Após certificar-se de que ninguém poderia ouvi-los ele virou-se para ela com uma expressão sombria.

- O que você sabe Granger?

- Ah, eu sei muitas coisas, sobre muitas pessoas, mas tem uma história em especial que eu acho que você deve conhecer também. Sabe, é suposto que os italianos sejam homens muito sedutores, na minha breve passagem pelo país eu ouvi tantas histórias... mas teve uma em especial que chamou a minha atenção, era uma das poucas histórias bruxas que eu ouvi. - disse sentando-se em uma mesa - Sente-se, eu vou contar para você, apesar de achar que você já está muito familiarizada com essa história.

“Muitos anos atrás, enquanto a Inglaterra sofria com o começo dos ataques de Voldemort e seus Comensais, na Itália vivia um lindo bruxo de sangue-puro, muito, muito rico. Mas todo a fortuna, assim como o nome de sua família, seria perdida se ele não conseguisse um herdeiro. Durante anos ele tentava, sem sucesso, encontrar uma bruxa que pudesse dar um filho a ele, nenhuma das jovens que eram oferecidas conseguia engravidar, ele as culpava pelo fracasso e nunca assumiu que o problema talvez fosse com ele e não com as moças. Os boatos se espalhavam e um dos principais assuntos nas rodas da alta sociedade bruxa era sobre quem seria a felizarda capaz de dar a luz ao herdeiro de tamanha riqueza. Alguns anos antes da queda de Voldemort esse bruxo encantou-se pela beleza de uma jovem bruxa, em poucos meses eles estavam casados, depois de mais ou menos dois anos de casados ela estava grávida, nove meses depois nasceu um menino, o filho que daria continuidade ao nome da família, e garantia uma vida de luxo para sua mãe uma vez que ela tinha realizado o maior desejo do marido. Infelizmente, antes da criança completar dois anos de idade, o pobre homem adoeceu misteriosamente, ninguém conseguiu descobrir o que ele tinha e ele morreu em poucos meses, deixando um filho órfão e uma jovem e bela viúva extremamente rica.

Seria uma história comum, se não fosse por alguns pontos ignorados pela maioria das pessoas, como, por exemplo, a crise que o casal estava enfrentando meses antes dela engravidar, poucos sabiam, mas eles ficaram meses dormindo em quartos separados até ela procurar o marido em uma noite, sem dar nenhuma explicação, eles voltaram a dormir juntos e uma semana depois ela disse que teria um filho dele. Logo que a gravidez foi anunciada, um dos trouxas que trabalhava para a família sumiu de madrugada, sem dar explicações, apenas fez as malas e foi embora, nunca mais ouviram falar dele, alguns diziam que ele estava secretamente apaixonado pela patroa, e a felicidade do casal, que ficou mais unido com a notícia da gravidez, foi mais do que o pobre homem poderia suportar. Apenas boatos, quando a criança nasceu ninguém lembrava dele, se fizessem, talvez notassem as semelhanças entre ele e o jovem herdeiro. Após a queda de Voldemort a jovem viúva mudou-se com seu filho para a Inglaterra, onde ele foi criado. Ela ainda se casou mais vezes, todas com bruxos ricos e todos os casamentos, pelo que se sabe, não terminaram muito bem para os maridos.

Dizem, porém, que recentemente o jovem bruxo resolveu assumir os negócios de seu pai, restaurando a influência que o nome Zabini já teve um dia. Mas, curiosamente, durante a estadia desse herdeiro na Itália, um jovem muito bonito chamou a atenção de muitos trouxas por estar procurando desesperadamente por um homem que parecia ter desaparecido há dezessete anos. Há algo que queira dizer Blásio?” - disse a castanha olhando para o garoto que parecia estar prestes a desmaiar.

- O que você quer Granger? - disse em um tom derrotado, pouco característico para um sonserino. 

- Preciso da sua ajuda.

- E você não poderia pedir para algum dos seus amiguinhos?  - perguntou sarcástico, seu rosto se iluminando com a realização - Oh, quem diria, parece que a aluna modelo da Grifinória tem algo a esconder afinal, diga Granger, o que é tão secreto assim a ponto de fazer você vir me chantagear?

- Os motivos que me fizeram vir até você não são importantes, mas eu não esperava ter que chantagear você, pensei que as coisas não precisassem chegar a esse ponto.

- Se não era sua intenção me chantagear por que viria aqui me dizer tudo isso?

- Eu não estava pensando em chantagem, estou mais inclinada para uma troca de favores. - disse a garota sorrindo. Ele bufou.

- E o que você poderia me oferecer Granger?

- Seu pai. - ela disse simplesmente, observando as sobrancelhas do sonserino sumirem sob seus cabelos levemente bagunçados. Ele parecia incapaz de falar e ela continuou sua explicação - Não fique tão surpreso, acredito que seria bom para você conhecer seu pai, como eu sou nascida trouxa acho que sei mais sobre buscas trouxas do que alguém criado como sangue-puro, e preciso de ajuda com algumas pessoas, como sei que sonserinos nunca fazem nada para ajudar alguém se não ganharem algo com isso achei que você ficaria mais do que satisfeito com essa parceria. - o garoto pensou por uns minutos, os olhos brilhavam com a possibilidade de conhecer o pai, mas a desconfiança sonserina o impedia de aceitar a oferta sem mais detalhes.

- O que você quer em troca?

- Quero acabar com Gina Weasley, destruir a reputação dela, fazer ela desejar estar no inferno, aprender a nunca mais me desafiar, claro que somente ela deve saber que eu fui a causadora do seu sofrimento, mais ninguém pode suspeitar disso. - disse a castanha séria, seus olhos estavam brilhando com malícia, provavelmente imaginando as mais diversas formas de tortura. O garoto sorriu não parecia uma má idéia, ele estava surpreso com força do ódio que a Granger parecia sentir pela Weasley, e desejou nunca ser alvo do desagrado da garota.

Mas a descoberta desse lado obscuro da castanha fez com que ele se sentisse atraído por ela, porém, era uma atração muito mais forte e perigosa do que ele conseguia imaginar, ao mesmo tempo em que ele desejava tomar a garota em seus braços e fazer com que ela gritasse seu nome, ele sentia a necessidade de realizar todas as vontades dela, de se empenhar para atender de forma rápida e satisfatória a todas as ordens que ela desse, de acabar com qualquer um que incomodasse a garota, independente de quem seja. Ele se assustou com a forma que estava pensando nela, era assim que imaginava que os seguidores de Voldemort pensavam em relação ao bruxo das trevas, ele nunca imaginou estar em uma posição como essa, principalmente com uma nascida trouxa Grifinória. O poder que irradiava da garota era envolvente demais, ele não podia fazer mais nada, apenas idolatrar aquela bruxa. Mas não deixaria ela saber disso, não por enquanto.

- Interessante, devo dizer que você me surpreende Granger, nunca imaginei que você fosse tão sonserina. - disse com um sorriso arrogante - Aceito o acordo, mas ninguém pode ficar sabendo de nada.

- Não direi nada se você também não disser. Vou procurar você quando descobrir mais sobre os planos da vadia ruiva, e sugiro que você entre em contato com a sua mãe, precisarei falar com ela para saber por onde começar a procurar seu pai. - disse a garota animada. Vendo a animação e jovialidade da castanha ele não conseguiu resistir, caminhou até ela parando entre suas pernas, olhando nos olhos da garota diminuiu a distância entre eles, colocou as mãos na cintura da garota e puxou-a mais para perto do seu corpo. Hermione não se mexia, apenas aguardava o próximo passo do garoto, quando ele colou o corpo dela ao seu a garota instintivamente levou suas mãos aos ombros dele, ainda tentando entender porque ele estava agindo assim com ela, quando ela sabia que ele havia esnobado Gina por ser uma traidora do sangue, ela sentiu os lábios macios do rapaz sobre os seus, ele era tão suave que ela não viu porque resistir, cedendo ao beijo entreabriu os lábios permitindo que ele aprofundasse o beijo, explorando cada canto da boca dela, Merlin, ele beijava muito bem. Depois de um tempo eles se separaram ofegantes, ainda atordoados pelo que acabara de acontecer. Os dois haviam gostado, sabiam que não estavam apaixonados um pelo outro, mas esse beijo fora diferente de qualquer outro que já tivessem dado, era um beijo carregado de cumplicidade.

- Desculpe, eu não deveria ter feito isso. - disse o garoto com medo que ela estivesse irritada com ele. - Não vai acontecer novamente. Ela ouviu as palavras dele, mas um plano já se formava em sua mente, ela só esperava que ele aceitasse.

- E se eu quiser que aconteça. - disse sorrindo, o garoto olhou para ela com cara de dúvida e ela logo começou a explicar - Podemos fazer Gina provar do próprio veneno, se você estiver disposto é claro, e também pode ser útil para que ninguém suspeite de nada quando precisarmos sair juntos para discutir sobre seu pai.

- Será que você pode ser um pouco mais clara? 

- Nós podemos fingir que estamos namorando, não será um sacrifício tão grande assim, assumimos o relacionamento para que toda a escola saiba, de forma que eles não poderão questionar a nossa aproximação quando precisarmos conversar sobre nossos progressos. Depois você vai se aproximar da Gina que, como a vadia que é, não vai perder tempo, ela vai adorar jogar na minha cara que meu “namorado” prefere ficar com ela, que eu não sou mulher o bastante pra você e todas essas bobagens para que eu fique com ciúmes e sofra pela sua traição. Mas eu quero que você faça ela se apaixonar por você, ela precisa estar nas suas mãos, disposta a fazer tudo para te agradar, não importa como você vai fazer isso, apenas faça. Ela também deve pensar que você gosta dela, que você só está comigo para brincar com os meus sentimentos, faça ela acreditar que você quer apenas mostrar para todos que eu não passo de uma garota ingênua e apaixonada que caiu na sua lábia. Eu vou fazer ela acreditar que eu estou apaixonada por você, e deixar ela pensar que consegue me fazer sofrer por sua causa, mas você tem que tomar cuidado, nada pode dar errado. Então, aceita ser visto com uma sangue-ruim?

- Não fale assim de você - repreendeu o garoto, para surpresa dele e da castanha - Acho interessante seu plano, mas e depois?

- Tudo a seu tempo, por hora já temos muito em que pensar.

- Tudo bem. Vamos fazer as coisas certo então. - disse com um sorriso malicioso enquanto se ajoelhava em frente a garota - Hermione Granger, aceita namorar comigo? - Ela retribuiu o sorriso com mais malícia do que o garoto.

- Nada me faria mais feliz, Blásio Zabini.

Ao ouvir isso ele se levantou e beijou a grifinória. Quando eles estavam saindo encontraram Draco Malfoy vindo em sua direção. A cara de espanto do sonserino fez com que o novo casal de Hogwarts começasse a rir. Decida a colocar seu plano em prática o mais rápido possível, Hermione segurou a mão de Blásio, enquanto via a cara de Malfoy mudar do espanto para a fúria em um piscar de olhos.

- O que significa isso Blásio? - perguntou com sua voz arrastada perigosamente baixa apontando para as mãos entrelaçadas dos dois, era evidente que ele estava lutando para manter a calma - Saindo com vadias sangues-ruins agora? Cuidado para não pegar uma doença. - falou venenosamente. O que seguiu essa frase foi um choque para todos ali presentes, incluindo Draco, Blásio e Hermione. Em um piscar de olhos Blásio estava segurando o amigo pelo colarinho e apontando a varinha para o rosto do mesmo, suas belas feições transformadas em uma máscara de fúria.

- Nunca mais ofenda minha namorada Draco, ou eu esquecerei que somos amigos e farei você se arrepender de cada palavra dirigida a ela. - disse se controlando para não amaldiçoar o amigo. Hermione observava tudo calada, não sabia o que levara Blásio a agir daquele jeito, mas estava adorando. Temendo que um crime fosse cometido, ela aproximou-se lentamente do namorado e segurou o braço que apontava a varinha para Malfoy.

- Tudo bem Blásio, não vale a pena. - disse docemente, olhando para Draco, desafiando-o a dizer alguma coisa. Blásio, ao sentir o toque da garota, baixou a varinha, mas continuou olhando com raiva para Malfoy.

- Cara, você enlouqueceu. - disse Draco, olhando para o amigo cauteloso. Ele saiu dali passando perto de Hermione quase esbarrando na garota. - Não sei o que você fez para ele, mas se não fizer meu amigo voltar ao normal você vai se arrepender. - sussurrou para a garota, antes de ir em direção ao dormitório que eles dividiam. Precisava de um tempo para assimilar o que havia acontecido, e extravasar toda a raiva e o ciúme que estava sentindo. Tentaria também entender desde quando sentia ciúmes da sangue-ruim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram, odiaram? Algum comentário, crítica ou dúvida?

Lembrem-se tudo que acontecer tem um motivo e é essencial para o desenrolar da trama, com o tempo vocês entenderão.

Deixem reviews expressando a opinião de vocês!

Beijos e até o próximo!