Relatos de Uma Repórter Chamada Alice escrita por carlyluna


Capítulo 1
Antes


Notas iniciais do capítulo

Todo começo de história é chato... Mas espero que gostem.



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Relatar fatos é o que eu faço desde que me tornei uma jornalista. Fiz faculdade no sul do Brasil, em uma cidade fria e chuvosa, quando terminei a faculdade comecei a trabalhar. Já escrevi sobre todo o tipo de história, algumas trágicas, e algumas alegres. Mas hoje toda a minha dedicação esta voltada a um único trabalho, o qual achei que fosse uma das melhores histórias da minha vida.

Meu nome é Alice Swett.

Para começar a minha história eu fui em busca de fatos. Você deve estar se perguntando sobre o que eu vou escrever ou sobre quem é a minha história. Bom, a história que eu vou escrever não é nada feliz. Se você está lendo isto porque acha que é uma ficção comum, então eu o alerto, pare de ler imediatamente! Mas, se você gosta de histórias tristes e acontecimentos terríveis, então não diga que eu não o avisei.

Minha história é sobre três irmãos: Elle, Molly e Tyler Underberg.

Segundo documentos antigos, eles viviam em uma cidade no sul do Brasil. O jornal de 1965 diz que eles morreram em um incêndio que destruiu toda a casa onde viviam. O fato foi investigado e concluíram que foi um acidente causado pelas velas e o caso foi arquivado. Hoje, quarenta e cinco anos depois, eu me perguntei se foi realmente um incêndio acidental. Então eu fui para onde eu teria mais informações, ou seja, Santa Catarina.

Parei com o carro em frente à prefeitura, um prédio antigo no qual eu peguei como ponto de partida. Subi os degraus da escadaria até a porta de entrada. Um homem velho de aparentemente uns setenta anos estava na mesinha da recepção. Ele levantou seus grandes olhos para mim sorrindo.

- Posso ajudá-la? – ele perguntou.

- Eu sou repórter – eu disse apertando sua mão – meu nome é Alice e eu estou investigando o caso da família Underberg. Eu vim até aqui a procura de um mapa antigo, onde mostre onde eles moravam.

- Eu me lembro bem dessa família – ele disse com o olhar longe – boas pessoas, porém um fim  trágico. Siga até o final dessa rua e vire à esquerda. É uma casa grande com um grande jardim.

- Obrigada senhor... – lembrei que ainda não sabia seu nome.

- Eduardo – ele disse – Eduardo Siriam.

- Tudo bem – sorri – até mais Sr. Siriam.

Sai da prefeitura e fiz o caminho que ele me indicou. Realmente, era uma casa grande. A arquitetura era antiga, mas em bom estado, provavelmente fora restaurada depois do incêndio. As paredes eram brancas e as janelas de madeira com uma grande porta de entrada. Árvores rodeavam a casa, deixando o terreno completamente lindo.  O portão era pequeno, como nas casas de antigamente. O empurrei e ele fez um rangido devido ao tempo que ele devia ter.

Segui pelo caminho de pedra feito sobre o gramado até chegar à grande porta dupla de madeira da entrada. Não havia interfone ou qualquer outro tipo de coisa atual para chamar alguém para abrir a porta. Apenas aquelas argolas que se batiam na porta. Então a peguei e bati. Em pouco tempo uma senhora de uns sessenta anos veio a abriu a porta. Ela tinha a expressão que alguém teria se esta tivesse passado por maus bocados na vida. Ela tinha um olhar experiente e um jeito confiante. Seus cabelos brancos estavam presos em um coque no alto da cabeça e ela usava um avental por cima do seu vestido florido.

- Meu nome é Alice Swett – disse eu apertando sua mão – eu sou repórter.

- Meu nome é Ana Belleaut – sua voz era simpática – mas o que traria uma jovem repórter a esta casa?

- Eu estou investigando o caso Underberg, a senhora chegou a conhecer o ultimo proprietário desta casa?

- Minha jovem, os primeiros e últimos a morar nesta casa foi a família Underberg. Eu fiquei aqui para cuidar da velha casa. Entre.

Entrei. Eu ainda não acreditava na minha sorte! Isso reduziria muita coisa na minha busca.

O interior da casa era tão surpreendente quanto seu exterior. As paredes eram bege e os móveis rústicos. O primeiro cômodo que eu entrei era muito grande, com um enorme quadro de uma família em frente a uma casa, a casa em que eu estava.

Tinha cinco pessoas na imagem, uma mulher, um homem ao seu lado, e na frente deles três crianças. A mulher era alta e de uma beleza incrível. Seus olhos eram claros e seus cabelos negros caiam em uma cascata de cachos. O homem ao seu lado tinha os olhos claros também e era mais alto que a mulher. Seus cabelos eram loiros e curtos e ele sorria maravilhosamente.

Mas não foi o homem nem a mulher que me surpreendeu.

As três pequenas crianças eram a mistura perfeita do homem e da mulher. Havia uma menininha de cabelo cacheado e castanho, e outra menina, um pouco mais alta que a outra, de cabelo louro e longo. O menino que estava entre elas era lindo. Ele era mais alto que as duas e tinha os cabelos negros como o da mulher, mas liso como o do homem. Ambos os três tinham olhos verdes e sorriam. Era uma boa representação de uma família feliz.

- Quem são eles? – perguntei.

- São os Underberg – Ana disse indo na direção do quadro e apontando de pessoa em pessoa na imagem – Esta é Lorraine Underberg, a esposa do senhor Magno Underberg. E estes – ela apontou para as três crianças – estes são Elle, Tyler e Molly.

- Eles eram lindos – eu disse – a senhora chegou a os conhecer?

- Mas é claro que sim – ela se sentou no sofá e eu me sentei na poltrona em frente a ela – eu mesma cuidei deles desde que a Sra. Lorraine veio a falecer.

- Você poderia me contar a história dessa família?

- Mas é claro – ela se acomodou mais no sofá – eu tinha vinte anos na época em que Lorraine veio a falecer, eu me lembro como se fosse ontem.


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Notas finais do capítulo

E agora? Será que a história verdadeira irá realmente vir à tona? Como aconteceu realmente o incêndio? Tudo isso e muito mais no proximo capitulo. Comentem.