A Little Bit Longer escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 59
Distância, Como Tu Tá Bandida


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei! Tive um fim de semana muito louco! Agora (eu acho que) estamos caminhando para a reta final da fic!
Ignorem erros e boa leitura :)



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Meu pai disse algo sobre a fúria da imprensa sobre mim que eu não ouvi muito bem, e ele parou de respirar quando me viu.

- Justin... – Ele murmurou. – Você...

Não ouvi mais nada.

Não foi nada tão grave assim. Eu acordei acomodado numa maca com um apoio em minhas costas, com a cabeça acomodada de forma que eu olhasse para cima, ofegando, como se eu não respirasse fazia dias, e a única coisa que quisesse fosse um pouco de ar. Só então eu percebi minha camisa branca.

Sangue. Ou então algum elfo dos sonhos tingiu minha camisa com manchas vermelhas, tão vermelhas que pareciam sangue. E, acredite, eu sabia o que era ter uma camiseta ensangüentada. E, já havia visto Jogos Mortais uma vez (quase vomitei, era muito sangue e eu não estava no meu físico no 100%), e lá, o que não falta é camisa cheia de sangue. Mas, enfim.

Abriram a porta da sala em que eu estava. Não era meu pai, nem alguém que eu pensasse não conhecer. Depois, eu olhei melhor. Jaleco, alto, branco, cabelo escuro, barba, carrancudo... Droga, é o Dr. Infecto.

Me encolhi. Ele não estava na sua cara mais eu estou com raiva de você, moleque, mas, dessa vez não vou lhe dar um sermão tão grande. Nem sei o motivo dele me odiar tanto. Se me odiava, recusava a proposta de cuidar de mim, droga. Daquela vez eu não tinha xingamentos e ofensas na cabeça para revidar a qualquer coisa que ele dissesse comigo. Eu estava indefeso, totalmente. Iria levar bomba do médico que eu mais odiava em Atlanta (em Atlanta não, em todos os Estados Unidos, em toda a América, em todo o mundo!) e só conseguia ficar estático, que nem um medroso, ótimo.

- Bieber. – Ele murmurou meu sobrenome, ao ficar de frente a mim. Eu não fiz nada. – O que foi isso na sua camisa? Sangue?

- Eu... Tive uma crise de claustrofobia. – Falei, olhando para baixo. – Me deixa sozinho.

- Enquanto estiver na sua ficha que eu sou seu médico, eu vou continuar aqui, garoto teimoso. – Dr. Infecto soltou.

- Não me interessa se você é meu médico ou o da Beyoncé, me deixa sozinho. – Eu bufei. Ele nem sequer prestou atenção no que eu disse, colocou suas luvas de plástico e tentou tocar meu nariz. Eu olhei para o outro lado, impedindo-o de me examinar. – Fique longe de mim.

- Justin, você está um pouco grandinho, não acha que a fase de fazer birra ficou para trás? – Dr. Infecto perguntou, puxando um banco.

- Eu só quero ser ouvido, é pedir demais que me respeitem?! – Perguntei, ainda virado para o outro lado. Pelo visto, era. Em pouco tempo ele segurava meu rosto com força e tentava ver o que havia acontecido comigo, mesmo eu estando protestando, mandando-o me soltar, chamando-o de tudo quanto era nome.

- Me solte! – Gritei, quando ele me puxou para frente. – Você não tem o direito de fazer isso! Me solte!!

Dr. Infecto apertou minha veia carótida com força, o que me fez sufocar um grito de dor, e me forçou a deitar na maca. E conseguiu fazer com que eu o obedecesse. Claro, sob ameaça de ter o pescoço apertado, mas, me fez obedecê-lo. Depois de um tempo interminável para mim, Dr. Infecto se afastou de mim e jogou as luvas fora.

- Sintomas violentos de queda de pressão. Seu organismo está sem defesas, Bieber. Se ao menos me ouvisse e tomasse o AZT, como eu... – Ele começou a falar.

- Eu posso escolher se quero isso ou não. E eu não quero. – Falei. – Se eu estou com essa droga de doença, que ela me mate logo, eu nem ligo. E, você também não. Ninguém se importa.

Dr. Infecto não ficou ali para me dar lição de moral. Aliás, ele nunca ficava. Ele só me fuzilou com o olhar, e saiu. De quebra, Erin apareceu. Ela tinha uma mochila minha em mãos, acho que de roupas, e imediatamente perguntou para mim o que havia acontecido.

- Por quê? – Perguntei. Ela não podia ter ouvido os gritos, não podia. Para minha surpresa, Erin deslizou sua mão esquerda por meu rosto e limpou as lágrimas que estavam ali. Eu chorei sem perceber. Que ótimo.

- O que aconteceu? – Ela voltou a perguntar.

- Eu não quero ver aquele médico de novo. – Eu disse.

- O que ele fez? – Erin me perguntou, afagando meu cabelo.

- Ele quase me matou. – Eu exagerei, cruzei os braços e fiz um bico que mostrava que eu não estava realmente falando a verdade. Mas, em uma parte era. Ele apertou minha carótida! E é um médico! Que tipo de médico aperta a carótida dos pacientes? Ah, sim, Dr. Infecto. Erin não esperou que eu tivesse um ataque de eu o odeio e me ajudou a ir para um banheiro adjacente e trocar de roupa. Minha camisa estava encharcada de sangue. Não só a camisa, mas a minha calça também. Aliás, eu nem sabia o que havia acontecido para eu ter aquilo.

- Erin,. – Perguntei, enquanto tirava minha camisa, apoiado na parede. – O que aconteceu comigo? Por que eu estou desse jeito?

- Você teve uma crise de claustrofobia. – Ela me disse. – Sentou no sofá e seu nariz começou a sangrar. Depois, você desmaiou.

- Ah, que másculo. – Revirei os olhos. Erin riu de mim, e eu lhe dei língua. Erin me chamou de pirracento, e daquela vez eu soltei uma gargalhada alta. Ok, aquele dia estava indo de mal a pior. As únicas pessoas que me fizeram rir foi Erin, meu pai e Jazzy, quando já havíamos voltado para casa, uns minutos depois. Mas, aposto que se Selena estivesse ali, ela me faria rir também. Eu queria que ela estivesse ali.

Já, Gabby, bem, eu ainda estava um pouco ressentido por ela ter chamado a minha garota de vadia, mas, eu queria que ela estivesse ali também, falando em um tom extremamente exagerado que amava a Hayley Williams e a Paramore, xingando-me de idiota, burro e outras coisas (o que eu sabia que era, ela não precisava frisar U.U), me fazendo pegar minha guitarra e tocar várias músicas de bandas aleatórias, etc, etc. Mesmo ela me atormentando desde muito tempo, ela era diferente. Não era irritante de irritaaante, mas irritante de irritante. E, ela estava longe de qualquer forma. Selena, Gabby, meus amigos, todos longe de mim por causa da distância. O que era horrível.

Ah, distância, como você tá bandida.


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Notas finais do capítulo

Comentem!
: D
- Clara B Gomez Sousa