A Little Bit Longer escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 40
Eu Quase Morro


Notas iniciais do capítulo

AVISO:
Nesse capítulo há cenas de violência e abuso. A parte forte da fic começa aqui.
Se quiserem passar o capítulo, não tem problema.



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Eu fiquei sentado lá, meditando na música, por mais um tempo, até meu celular tocar. Fui ver quem era, e estava escrito no visor do Iphone “Scooter”. Deixei tocando até dar caixa postal, e Scooter desligar. Depois desliguei o celular mesmo, eu queria ficar lá por mais um tempo. Um bom tempo.

Realmente fiquei. Eu acho que o dia todo, alguns minutos depois do meu celular ter tocado, eu vi algumas pessoas entrarem no parque com seus cachorros e bicicletas, para fazer uma caminhada matinal. Fiquei calmo na hora, observando o movimento, que aumentava a cada minuto.

Quando já passavam das duas da tarde, eu ia me levantar para comer alguma coisa, mas alguém me agarrou por trás. Ia gritar, mas a tal pessoa tapou minha boca, e eu comecei a me debater.

-Calma! Calma! – Ouvi uma voz dizer em meu ouvido, quase que num sussurro. Não hesitei, e taquei uma mordida bem dada na mão que cobria minha boca, que, pela textura e tamanho, eram de um homem.

Saí correndo em disparada pelo parque abaixo, mas o homem, acompanhado de um outro homem, mais baixo, começou a me perseguir. Acelerei mais, mas eles estavam quase me alcançando. Entrei em desespero, e resolvi fazer uma técnica que aprendi já fazia um tempo: Confunda quem te persegue.

Entrei num bosque, desviando das enormes árvores que estavam lá, até que vi uma menina com uma bicicleta. Nem era tão pequena assim, então eu cheguei perto da menininha, e falei:

-Hey, você pode me emprestar essa bicicleta? – Eu arfava de tanto correr.

-Você é o Justin Bieber?

-Sou, sou, você me empresta? – Perguntei, rapidamente. – Eu pago!

-Empresto! Pode pegar! – Ela disse, sorrindo. Eu entreguei a ela uma nota de 100 dólares e ela sorriu.

-Obrigado. – Falei. Subi na bicicleta e comecei a pedalar em alta velocidade. OS homens continuaram a me perseguir por mais um tempo, quando meu pulmão começou a arder, implorando por ar, eu olhei pra trás. O homem mais alto sacou um revólver. Virei novamente e tentei achar mais força em mim.

Pedalei com mais intensidade, mas ele atirou contra mim. Quase que fui atingido no ombro, consegui me esquivar sem cair, mas aí ele atirou novamente. Ele acertou em cheio a roda traseira da bicicleta. Perdi o controle e caí com tudo no chão gramado. Sorte a minha, por que não doeu muito, eu caí na grama.

Logo os homens chegaram perto de mim, eu não conseguia me mexer, por que o tombo quase quebrou minhas costas. Ok, exagero de minha parte. O homem que atirou em mim travou meus braços, e aí consegui ver seu rosto. O olhar... Eu reconhecia aquele olhar...

-Me solta! – Berrei.

-Não! – A voz! Eu reconhecia aquela voz! Fechei os olhos, e, numa fração de segundo, lembrei de tudo o que tinha acontecido para conhecê-lo. Confesso que me desesperei. Tentei me debater, mas não conseguia. Ele tinha me travado. Daí, ele me levantou, ainda segurando minhas mãos. Senti algo em minhas costas, e tentei perguntar o que era.

-O que é... – Tentei falar.

-Shh... Fica quietinho e faz o que eu mandar senão eu atiro!

Só assenti, em desespero, e o homem começou a me conduzir, com uma das mãos segurando meus punhos atrás das minhas costas, e a outra apontando o revólver em minhas costas, perto da barra da minha calça. O homem mais baixo começou a me revistar, colocando as mãos em meus bolsos, procurando meu celular, carteira e tal.

Adentramos a mata densa, minha respiração ainda estava a mil, eu não sabia o que eles iriam fazer a mim, se eu estava com os meus dias contados, se eles iriam me matar. Eu só estava com medo. Muito. Chegamos numa clareira, e o homem soltou minhas mãos, ainda apontando a arma para mim. O suor escorria pelo meu rosto, eu temia fazer qualquer movimento, pensando que ele iria atirar em mim. Minhas mãos estavam trêmulas, muito.

Uma mulher apareceu do meio das árvores, e passeou os olhos por meu corpo. Depois disse, com uma voz séria:

-Tira a roupa. – Ela também estava apontando uma arma para mim.

-O quê?! – Perguntei.

-Você ouviu, moleque, tira a roupa! – O homem mais alto ralhou. Travei. Não podia ser verdade.

-Não. – Disse. Meus olhos estavam marejados, e eu demonstrava certo desespero. – Não, não!! – Tentei fugir, mas o homem me derrubou, fazendo-me cair de bruços. Daí, ele colocou a arma na ponta do meu queixo, me forçando a levantar. Quando eu me levantei totalmente, ele me encarou com um olhar de ira, e disse, friamente.

-Faz o que ela mandou... – Assenti, trêmulo, e coloquei a mão no zíper do meu casaco. Primeiro tirei o casaco, lentamente, ainda tremendo, e ele caiu no chão, logo quando eu o tirei. Toquei o colarinho da minha camisa, e eu senti algo parecido com meu coração parando. Meu estômago se revirou, eu devia parar! Mas, se eu parasse, eu levava um tiro.

Engoli em seco e arranquei a camisa em um só golpe. Senti o vento frio em meu tórax, e tive que me conter para não chorar de medo. Deslizei minhas mãos para o zíper de minha calça jeans, ainda segurando o choro. De repente, tirei minhas mãos do zíper, e falei:

-Podem fazer isso, me apaguem, que nem da última vez. – Engoli em seco novamente, e lágrimas escorreram de meu rosto, sem eu nem pensar.

-Não, faz você. – O segundo homem, o mais baixo, disse.

-Eu imploro, me apaguem!

-Não. – O homem respondeu, friamente, - Termina de tirar.

Solucei uma ou duas vezes e abri meu zíper. Puxei a calça pra baixo, junto com a box vermelha que eu usava. Tentei escondeu meu rosto, eu estava mais corado que tomate. É, eu estava nu na frente de estranhos. O homem sorriu sarcasticamente ao me ver despido, e eu tentei cobrir minha intimidade com as mãos. Mas, o homem disse:

-Tira a mão.

-O quê?!

-Você ouviu, moleque! Mãos pra trás! – Eu quase não o fiz. Só o fiz por que eu podia levar um tiro, e corria esse risco.

-Quer ter as honras? – O homem mais alto perguntou ao mais baixo. Ele sorriu, e veio em minha direção. Ele me puxou pelo cabelo e me pôs a sua frente, gritando ofensas a mim. Lágrimas saíram do meu rosto quando ele me deu um puxão de cabelo. Depois, começou a me apalpar. Depois me bateu, alguns chutes e tapas, não tão fortes, mas bem posicionados. Na cabeça, nos países baixos e no pescoço. Quando terminou, eu estava zonzo. Muito zonzo. Com muita dor.

O homem mais baixo se afastou de mim e perguntou algo a mulher, que eu não consegui ouvir. Ela assentiu, e foi chegando perto de mim. Minha respiração acelerou radicalmente, e ela me empurrou, fazendo-me cair no chão. Daí minha respiração parou de vez. Ela tapou minha boca com força, fazendo-me olhar para cima.

Ela passou suas mãos por toda a extensão do meu abdome, primeiro delicadamente, cheguei a pensar que ela tinha desistido da idéia de fazer “o que ela queria”. Mas não rolou. Ela fez uma coisa... Ham... Ah, não sei o que era, não consegui distinguir, mas doeu muito na minha intimidade, mais que um chute. Arqueei meu corpo, querendo soltar um berro de dor, mas ela continuou tapando minha boca, e continuou fazendo aquilo. Em alguns momentos, o pico de dor voltava, e eu soltava minha agonia em lágrimas que escorriam pelo meu rosto a cada pico doloroso.

Quando ela estava fazendo aquilo, eu pensei que ia desmaiar, até cogitei na idéia, mas um dos homens jogava a água gelada do rio que corria por ali perto em meu rosto, fazendo-me ficar acordado, sentindo tudo. Toda a tortura, toda a dor.

De repente, eu senti o peso de seu corpo sair de cima de mim. Eu estava dopado de dor e medo. De repente, algum dos dois me virou de bruços. Um fiapo de sangue começou a escorrer de meu nariz quando eu bati com o rosto no chão gelado, coberto por folhas amassadas e pedrinhas.

Quando pensei que tinha morrido, senti um peso maior que o da mulher em minhas costas. O homem mais alto. Ouvi um zíper se abrindo, e ele pôs a mão em minha cabeça, no perfil de meu rosto, para que eu não me mexesse. Abri minhas mãos e estiquei meus dedos, meus braços estavam abertos, eu estava numa posição parecida com a de uma cruz, só que minhas pernas estavam um pouco abertas.

De repente, senti algo me penetrar em minha abertura, a dor começou a se alastrar por todo meu corpo. Abri a boca, tentando soltar um grito, mas não saiu nada, eu estava sem ar nenhum, nem dava pra eu gritar. Fechei minhas duas mãos em punho, apertando algumas folhas, e um fiapo de voz conseguiu escapar de minha boca.

-P-pára... Por favor... – Não adiantou pedir. O homem só começou a fazer um movimento de vai e vem com seu membro penetrado em minha abertura. Eu pensei que ia desmaiar. A dor que eu estava sentindo era arrebatadora. A pouca visão que eu tinha estava turva, girando, embaçada. A mulher tapou minha boca e eu fechei os olhos. Por favor, eu tinha que apagar!

Eu estava começando a perder a consciência. "Graças aos céus, Deus, você me ouviu..." Pensei.

A mulher percebeu que eu ia apagar e jogou mais água em meu rosto. Abri os olhos, e fui penetrado mais uma vez, dessa vez com mais força. Arqueei meu corpo, e lágrimas voltaram a escorrer de meu rosto com fervor. Soluços meus conseguiram escapar, e o homem deu uma estocada mais forte em mim. Apertei os olhos, mas as lágrimas não cessaram.

Fui penetrado várias vezes mais, cada vez mais dolorosa que a outra, e, na última vez, eu já podia sentir o sangue escorrendo pelo meio de minhas pernas, pela minha virilha. Quando eu pensei que não podia doer mais, eu senti algo entrar em mim. Um jorrão de sêmen, grande maravilha, um homem sentiu orgasmo enquanto me abusava. Isso é MUITO bom. Eu me senti cheio, quase tendo uma convulsão. 

Senti o peso que o homem fazia em cima de mim sumir. Ouvi um pequeno barulho de zíper de novo. E um chute dele na lateral do meu quadril, me fazendo ficar em posição fetal, e gemer de dor. A minha pele branca e pálida contrastava com a terra escura da clareira.

-Vamos, você já fez demais a ele! – A mulher disse. Eu ouvia tudo retorcido. Eu acho que até ela estava com pena de mim.

-Vamos escondê-lo. – Ele disse. O homem mais baixo estava calado. Acho que olhava para o sangue que saía de mim.

-Onde?

-Não sei! Em... – Ele parou. – No rio?

-Rio? – Ela não falou nada, só o ajudou a me levantar, e eles me lançaram no rio de águas geladas. Caí deitado, de costas, e tive um calafrio logo ao sentir a água gelada em meu corpo nu. E então, fui atingido por um objeto pontiagudo e cortante no meu abdômen. E sangue. Muito sangue. Mais um golpe com a faca, canivete, punhal, sei lá. Eu me revirei de dor, totalmente sem ar para respirar, nem para gritar. Daí senti algo gelado em minhas narinas, abafado por um pano. Tudo girou mais ainda, e minhas pálpebras ficaram pesadas. Só tive a visão de três pares de pés fugindo, e apaguei.


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Notas finais do capítulo

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