A Little Bit Longer escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 28
Ressaca e mais um show


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO MORRI!O QUE ACONTECEU FOI QUE MEU PAI ME DEIXOU DE CASTIGO!Deixa de enrolação, bora pra fic!



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   Me levantei num sobressalto e fui correndo para o banheiro, segurando meu ventre com uma das mãos e tapando minha boca com a outra. Assim que cheguei em frente ao vaso sanitário, abri a tampa e abri minha boca. Não precisei nem tossir para que o que estava em meu estômago viesse à minha garganta e eu o colocasse para fora.Irc, foi nojento... Mas eu precisava fazer aquilo. Era necessariamente necessário. A ressaca, eu teria que me acostumar com aquilo...

Assim que percebi que já tinha posto pra fora tudo o que precisava, eu acho que até um pouco mais, eu estava fraco demais para me levantar. Levantei a cabeça, mas logo caí pra trás, tentando respirar normalmente. Fechei os olhos, e passei minhas mãos pelo meu rosto, limpando o suor que havia no mesmo, com dificuldade para respirar. Droga, eu sempre odiei ficar com falta de ar...

Alcancei aquela torneirinha, jatinho d’água, sei lá, aquela pistolinha de água que tem do lado do vaso sanitário, e apertei o gatilho, apontando-a para meu rosto. Um jato forte de água veio com força para cima de mim, limpando meu rosto e fazendo uma poça ao meu redor. Continuei pressionando o gatilho daquele jatinho por mais alguns segundos, depois parei, e percebi que estava bem melhor. Um banho sempre ajuda, não é mesmo?

Consegui me por de pé, e então percebi que precisava mesmo de um banho. Engraçado, de repente, consegui voltar ao meu juízo normal, só me importando em o que eu iria apresentar naquela noite no show e como a Gabby era linda.

Espera, o que eu disse?! Ela é só uma amiga! Uma grande amiga!DELETA, DELETA!!

Enquanto eu me despia no banheiro, eu tentava pensar em alguma música que se encaixasse em como eu me sentia.

Ok, pensando bem...NENHUMAmúsica me descrevia naquele momento. Nenhuma dizia como eu me sentia. Eu estava me sentindo horrível, eu estava estragando a minha vida! E, por mais que eu achasse que estava fazendo uma cagada bonita com a mesma, eu não conseguia parar! E era um milagre nenhum paparazzi ter me flagrado bebendo Vodka!

Espera... não que eu saiba. Pra falar a verdade eu nem tinha visto se vazou alguma coisa. A ficha caiu quando eu já estava todo encharcado e coberto de espuma de sabonete e xampu.

Tentei tomar banho o mais rápido possível, assim que terminei, de toalha mesmo, eu voei para a minha mala e peguei meu computador portátil. Abri a internet, e digitei meu nome no Google, e, enquanto a página carregava, apertei os olhos, cruzei os dedos e rezei para que nada estivesse lá. Quando abri um dos meus olhos, quase fiz reverência e agradeci a Deus em hebraico antigo por a última notícia ser “Justin Bieber estréia música em show de Katy Perry em New York”.

Depois de já ter satisfeito minha curiosidade, resolvi colocar alguma roupa e ir para o teatro. Eu estava atrasado. Bastante. E eu não iria pra lá pelado, só de toalha, né?

Assim que cheguei, Katy perguntou se eu já estava bem. Respondi que sim, e perguntei aonde era o meu camarim. Ela me apontou uma porta, e eu fui para lá. Ainda precisava de uma música... Se eu cantasse Pray de novo iria ficar repetitivo...

Pra completar, eu não estava com cabeça pra cantarBaby,Somebody To Love, Favorite Girl, Common Denominator e essas outras (a não ser que seja pra Gabby...) (O quê?! DELETA! DELETA!!), e com certeza iria chorar se fizesseDown To Earth. Eu sempre choro, não sei o que acontece.

(n/A: Olha a emice no ar!)

(n/J: Me deixa viver!!)

(n/A: Ok, ok, stressado!)

(n/J: Eu não... ah, quer saber?! Esquece!)

Droga, eu tinha que ser sempre tão alegre, romântico e simpático?

(n/A: My Perfect Boy!)

(n/J: Que tenso!)

(n/A: Me deixa viver!)

(n/J: Ok, né...)

Eu sempre  gostei de cantar músicas que combinavam com meu estado de espírito. Agora eu tinha que arcar com as consequências de ser sempre tão... Tão...Eu. Tão Justin Bieber de 15 anos, cantor adolescente... Criança, inocente... Droga, em questão de minutos eu mentalmente (e em nível de besteiras e cagadas cometidas) passei de 15 anos a mais de vinte e poucos anos! Isso não era bom!

Resolvi fazer uni duni tê mesmo e que se danasse meu estado de espírito. Estava com pouca cabeça pra procurar música que me descrevesse naquele momento. Anotei o nome das quatro músicas que me vieram a cabeça no momento.Baby, Somebody To Love, Down To HeartePray. Fechei os olhos e comecei a passear o dedo indicador pelo papel. A que caísse eu cantaria, simples. O método mais maduro de se escolher músicas. Ok, talvez nem tanto. É, definitivamente não era o método mais maduro.

Fiz exatamente o método que descrevi, e caiu emPray. "Ah, não, essa eu já cantei, vamos de novo!", pensei na hora. Fiz novamente o método e caiu de novoPray.

-Que droga, eu não quero essa! – Indaguei para mim mesmo. Fechei os olhos de novo e fiz a mesma coisa. Caiu de novo a mesma música. Pray.

-AAAAAH!!! - Era obra do destino, só podia! Dei um soco na mesa, mas acho que era mesmo o destino, por que um pote de pó de arroz voou na minha cara e algumas coisas caíram na minha cabeça. Sei lá o que eram, nem vi. Só sei que doeu, e eu fiquei parecendo um vampiro.

-Ok, ok... – Falei, com a mão na testa, depois das coisas terem caído em mim. E eu ter tirado um pouco do branco da minha cara. – Seja lá quem você for, eu vou cantar Pray! Não precisa tacar mais coisas em mim, okay? – Fiz uma posição de rendição, levantando os braços.

Levantei e fui trocar de roupa e dizer para a produção qual música eu cantaria. O show iria começar em duas horas, era melhor eu começar a me preparar. Vesti uma jaqueta preta, com uma blusa branca por baixo, um jeans claro, e um tênis que eu escolhi na hora.

Horrível? Eu acho que não muito. Até me agradou. Enquanto eu  fazia o último aquecimento, uma lâmpadazinha brilhou acima de minha cabeça. (n/J: Esse é meu jeito de dizer que tive uma ideia)

Ergui uma de minhas sobrancelhas, e saí correndo para mudar a minha escolha de cantar Pray. Quer dizer, que se danasse que eu iria acabar mal nessa história (na minha mente insana eu pensava que o "ser sobrenatural" que fez eu acabar com pó de arroz aos montes na cara iria fazer alguma coisa a respeito).


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