Ok, vamos recordar o que já aconteceu até aqui:

1- Eu fui pro Havaí;

2- Fui atacado por uma AGULHA ASSASSINA;

3- Descobri que tinha Aids;

4- Criei uma música nova com a Katy;

5- Fiquei muito deprê ao ver meus pais brigando;

6- Fiquei paranóico com o livro novo da Stephenye Meyer;

7- Meu tio morreu;

8- Escrevi uma música que falava de oração;

9- Meu avô tava doente;

10- Tomei um pé na bunda da minha namorada Jessica Jarrel.

11- Fiz uma menina ser adotada;

12- Etc, etc, etc...

Ok, revimos, então voltando à pizzaria:

-Oi, Justin! – Ela disse, logo ao me ver, recostado na porta do carro.

-Oi, Gabby. – Ela disse, com oskatede shape rosa nas mãos. Por isso que eu gostava dela. Ela era diferente, a única menina de Atlanta que ia pra Papa Louie’s de macacão ferrado e skate.

Entramos na pizzaria e nos sentamos numa mesa perto da janela.

-E então, como se sente? – Ela perguntou, olhando o cardápio.

-Estranho... É como se... Se...

-Se...

-Se tudo caísse, eu estivesse bem em um segundo, e em outro eu soubesse que ia morrer...

-Mas todos nós morremos!

-Você entendeu!

-Eu sei, =P

-Nhééé... – Dei a língua para ela.

-Sabia que a cada segundo nós só morremos mais?

-Gabby, pára com isso, por favor? É sério!

-Por quê?

-Não sei... Falar sobre morte me assusta. Sempre me assustou. Agora me assusta mais. – Suspirei. Falar dos meus medos não era meu forte. Mesmo.

-Deixa de drama, Justin, faz só o que a sua vida pede! – Olhei pra ela com uma cara de “Oisouumbolinhodearroz” e disse, entendendo lhufas:

-O quê?!

-Viva la vida, Justin!

-Á VA! – Passei a mãopela minha nuca e senti umas bolinhas nele. Me surpreendi, e disse:

-O quê é isso?!

-O quê?!

-Tem M&M’s no meu pescoço!

-O quê?!

-Umas bolinhas! Eu nunca tive essa budega!

-Você ainda fala gíria assim?!

-Sempre falei, ué! Peraí que eu vou no banheiro ver o quê diabos é isso! – Me levantei e fui até o banheiro. Quando cheguei lá, tive que levantar um pouco do meu cabelo para ver. Eram umas bolinhas meio vermelhas, sei lá o que era aquilo. Só sei que coisa boa não era. 

Eu ainda fui um idiota mental que dei um belo peteleco na tal bolinha. Aquela doeu, quase dei um ataque.

Continuei falando com Gabby por um tempo, depois voltei pra casa. Quando cheguei, ela disse:

-Aconteceu alguma coisa?

-Por quê?

-Você não passou nem uma hora lá!

-É, eu... A gente... Ah, não tinha muito papo.

Bom, nada demais aconteceu, só Ipod o dia inteiro. No dia seguinte fui pra aula normalmente, sem ter nenhum problema. Só que as bolinhas começaram a me incomodar, então falei com a minha mãe quando voltei pra casa, depois da aula.

-Eu percebi que estou com umas bolinhas no meu pescoço.

-Como assim?

-Aqui, olha só... - Virei e levantei o meu cabelo. Ela pareceu surpresa, e quando me virei de novo, ela saiu me arrastando para o hospital.

-Pera, pera aê! Pra onde a gente vai?!

-Pro hospital, ver o que é isso!

-Peraê, por quê?!

-Justin, isso pode ser sério! Vamos!

-Espeeera! Esse não era um país liiivre?

-Enquanto você morara no meu teto - Mas eu quem comprei o apartamento... - não tem essa de liberdade! Vamos!

-Mas, mãe, eu que comprei o...

-Você entendeu, moço!

É, não consigo discutir com a minha própria mãe. Tive que ir. Mas, pelo menos, fomos para o consultório da Dra. Brooks. Eu acho que vou inventar um apelido pra ela... Hum... Ela parecia uma Barbie, a boneca mesmo... Fica Dra. Barbie mesmo (hahaha).

Como sei do nome da boneca? Já fui no shopping com a minha irmã, ela sófalava dessa boneca!

E olha que ela nem falava o meu nome direito, mas o da boneca ela fala direitinho! Fui rebaixado por uma boneca... =(((

Ok, momento deprê off.

Já no hospital, eu estava deitado numa maca, pra falar a verdade eu estava estranho, eu podia até gostar da Dra. Barbie (eu ri com esse apelido!), mas de qualquer forma...

Quando ela tocou meu pescoço, já senti um nervoso, uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo. Ela provavelmente deve ter percebido aquilo. Ela tirou a mão do meu pescoço, e eu disse:

-Ok, pode examinar. – A Dra. Barbie sorriu e tocou de novo meu pescoço. Daquela vez não senti nada.

-Tem uns caroços aí.

-É, são gânglios. – Que bosta era aquela?!

-Hum.. Desculpa a pergunta, mas... Que bosta é essa?!

-Haha... São órgão pequenininhos que servem pra defender o seu corpo e produzir anti-corpos. E os seus do pescoço incharam.

-Hum...

-Entendeu?

-Não. - Respondi, rindo. Ela explicou direitinho o que era, o que com certeza eu não teria capacidade pra lembrar e reescrever aqui. E não tenho mesmo.

Depois de explicar tudo, ela colocou a mão embaixo do meu braço. Acho que estava procurando mais gânglios. Olhou meus olhos e examinou a barriga. Aí tirou o estetoscópio em volta do seu pescoço, colocou nos ouvidos e a outra parte no meu peito. E ficou lá concentrada, ouvindo meu coração.

Finalmente o exame acabou, e voltamos pra mesa.

-Bem, Justin, pelo que posso ver aqui, você está com uma anemia forte. Tão forte que seu coração precisou bater dobrado pra suprir as necessidades do seu corpo. - Fazia sentido, não comia direito fazia tempos.

-E o que isso quer dizer?

-Se ficasse assim por mais algumas horas, com certeza teriam um infarto, ou um AVC.

Deu vontade de rir.