Aron Wormior,o Melhor...dos Piores!!! escrita por zora


Capítulo 42
Capítulo 39: A História do Andarilho


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente, em Aron Wormior:

Após brigar e romper com seu clã, Aron é surpreendido pelo Andarilho, que o teletransporta dos arredores de Alberta até as memórias do misterioso vilão. Dessa forma, descobrimos sobre o passado do cavaleiro de cabelos verdes, sua mãe e o motivo de todos sempre o odiarem.

Enquanto isso, Silphia acorda assustada, dizendo as amigas que sabe exatamente onde seu ex namorado esta.



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     De joelhos, Aron Wormior está de cabeça baixa, o olhar vazio e as lágrimas no rosto ainda por secar. Todas as informações que recebera há poucos minutos, do homem que conhecia como Andarilho, o deixara inerte e atormentado como nunca estivera antes. O misterioso nêmeses do cavaleiro, percebendo que o garoto de cabelos verdes não iria reagir, decidiu continuar:

     -Bem, você poderia se perguntar por que observei Esmeralda por tanto tempo. A verdade é que eu sabia o que iria acontecer. O destino dessa mulher era dar a luz a você, Sr. Wormior. O Híbrido que nasceu para ser o novo Lorde das trevas.

       Uma pontada aguda atingiu o peito do cavaleiro. Ele olhou para o Andarilho, sem poder acreditar: Esse era o motivo de sua existência? Tornar-se o sucessor do maior vilão do mundo?

        -Pelo jeito, consegui novamente seu interesse. Isso é bom. Mas antes de continuarmos, preciso contar uma outra história.

       Há muito tempo atrás, quando o vazio imperava, nasceu Ymer, o primeiro ser vivo e consciente. Ele viveu solitário por muitas eras, até finalmente falecer.  Ymer era um gigante, e de sua carne e sangue surgiram três mundos: Asgard, Muspell e Midgard, e seus primeiros habitantes. O primeiro era o mundo dos deuses, seres perfeitos.  O segundo, um mundo de formas de vida variadas, equilibradas por uma cadeia alimentar. No terceiro, surgiu a raça conhecida como humanos, que dominou e extinguiu rapidamente todos os outros seres e recursos de sua terra, até esgotá-la por completo.

      Após matar seu próprio mundo, os humanos, cuja a ciência e magia eram bastante avançadas, decidiram dominar a terra mais próxima deles: Muspell. E assim, gananciosos, abriram portais para esse mundo e, após uma grande guerra contra seus moradores, por fim os humanos o dominaram, renomeado a terra como “Rune Midgard”, e chamando seus habitantes originais, os que sobreviveram, como “monstros”.

     Ninguém exatamente sabe como aconteceu, mas cem anos depois da dominação humana, surgiu um híbrido entre humanos e monstros. Esse ser reuniu os habitantes de seu mundo para enfrentar os invasores, e passou a ser conhecido pelos humanos como “Lorde das Trevas”.  Se não fosse morto em combate, a duração de sua existência duraria cem anos. Após esse tempo, o Lorde falece, e outra criança híbrida surge em seu lugar.

      A cabeça de Aron doía. Já achava difícil pensar normalmente, mas processar toda aquela informação, em tão pouco tempo, era complicado para qualquer um. Então os humanos eram os verdadeiros vilões, e não os monstros?

      O Andarilho aproximou-se e sentou de frente para Aron, retirando o longo chapéu que cobria seu rosto, o olhar sereno e os longos cabelos brancos.

     -Nós somos parecidos, Aron Wormior, somos iguais. Eu fui o herdeiro anterior do Lorde das Trevas, assim como você é hoje. Fui odiado por muitos, mas também tive amigos que sempre me defendiam e estiveram do meu lado. Quando chegou o momento certo, por eles, decidi não seguir o meu destino, e aqueles que dependiam de mim ficaram sem um líder por cem anos, sendo massacrados durante todo esse tempo.

     Pela primeira vez, o Andarilho deu uma risada, ao mesmo tempo seca e triste.

     -Bom, após minha decisão, contei a meus "amigos" a verdade sobre mim. E obviamente, eles não aceitaram muito bem. Pouco após lhes confiar minha história, fizemos uma viagem, onde fui traído por eles e quase morto. Sobrevivi por pouco, e depois disso, passei a pesquisar toda a verdade sobre a guerra entre humanos e monstros. Descobri o objetivo do nascimento da Igreja: uma forma de poder ideológico para manipular as pessoas e garantir a extinção dos moradores originais de Muspell.

     "Pode imaginar o quanto fiquei transtornado com tudo? Não podia mais viver como um humano, raça da qual sentia tanta ojeriza. Tentei retomar o meu destino, mas nosso povo não me aceitava mais como líder, por ter lhes virado as costas. Eu não era mais aceito nem entre humanos e monstros. Então, assumi a identidade do Andarilho, e muitas outras, enquanto alonguei minha vida através da magia e pesquisei durante anos onde surgiria o novo escolhido".

     "Entende agora, Sr.Wormior? Esse foi o meu objetivo até agora, desde que nos conhecemos: preparar terreno para lhe contar a verdade".

     O homem se levanta e estende uma das mãos para o cavaleiro, com um olhar sério:

     -Agora, a decisão é apenas sua. Qual é a sua escolha: ser o herói de sua raça, ou lhes virar as costas e continuar vivendo em um mundo de ilusões?

    Aqueles foram segundos que duraram uma eternidade para Aron. Ele olhava distraidamente para a mão estendida do Andarilho, enquanto tudo passava rapidamente por sua cabeça. De que lado deveria ficar? Os humanos cometeram várias injustiças com os monstros, mas por outro lado, um desses últimos abusara de sua mãe. E agora entendia porque era tão odiado por todos...

    Mas de repente, uma pergunta fizera seus questionamentos tomarem um novo rumo: e as pessoas que nada tinham a ver com essa guerra? E os aldeões, crianças e aventureiros que nada sabiam sobre os objetivos secretos de sua própria raça para tomar o poder? Eles também mereciam punição? Isso não seria, da perspectiva dos monstros, cometer o mesmo erro que seus inimigos? E tão importante quanto: e os amigos de Aron? Apesar de tudo que o Andarilho dissera, e da decepção que o cavaleiro passara recentemente, ainda acreditava em todos eles, mesmo em Silphia?

    -Me diga uma coisa  -Perguntou o aventureiro, recuperando o foco no olhar e encarando o outro homem: -Tudo o que me disse é mesmo verdade? Está mesmo sendo sincero?

    -Cada palavra -Confirmou o Andarilho, ainda na mesma posição.

    -Muito bem, então. -Disse Aron, aceitando o aperto de mão do homem e levantando-se: -Eu prometo que irei dedicar a minha vida a parar essa guerra. Ao invés de ser um Senhor da Guerra, vou mostrar a verdade que você me contou a todos, e promover a paz entre humanos e monstros.

    Pela primeira vez, O Andarilho mostrou-se desconcertado.

    -Será que não entende, Aron? As coisas não são tão simples. Essa é uma guerra histórica, não importa quem sabe ou não dela, eles já são condicionados culturalmente a aceitá-la. Ninguém irá ouvir você!

    -Vai sim, porque não vou desistir. Prefiro tentar salvar milhares de vidas do que tirá-las.

    -Você não entende, VOCÊ NÃO ENTENDE! -Grita o Andarilho, tremendo e perdendo o controle. -Que se danem os humanos! Eles tiveram a chance de mudar e nada fizeram! E quanto aos monstros inocentes que também perderam a vida nesses anos? Por acaso está pensando neles? 

    -É claro que estou. Mas eles merecem a vida, tanto quanto os humanos. Um erro não se paga com outro.

    Era demais para aquele homem. Depois de tantos anos de manipulação, de tudo o que fizera, ainda assim não conseguira mudar a opinião do cavaleiro? Ele precisava aceitar seu destino, nem que fosse a força. Era nisso que o Andarilho pensava quando, de tanta raiva inconsciente, uma aura azul emergiu de seu corpo.

     -Você é um idiota, Sr. Wormior. -Disse suavemente o Andarilho, levantando uma das mãos e fazendo surgir três esferas coloridas que giravam. -Um utópico medíocre.  Não acredito que depositei tantas esperanças. Mas vou corrigir esse erro. Vou fazer que aceite sua missão, seja por bem ou por mal.

    O cavaleiro de cabelos verdes nada disse. Apenas retirou sua espada da bainha e a segurou com as duas mãos, esperando o Ataque.

     Então, uma explosão forte irrompeu por trás do Andarilho, arremessando o homem com força para frente e contra o chão. Surpresos, eles olham em direção ao impacto, onde uma abertura havia sido cravada na rocha (agora podia-se ver que estavam em uma caverna) e Silphia, segurando sua espada com as duas mãos e fúria nos olhos, encontrava-se.

      -Deixa meu namorado em paz, seu verme! -Ralhou a Templária, arfando. Atrás dela, estavam Mace e Serenity, surpresas e confusas.

      -Num é que ela tava certa? O Aron tá aqui mesmo! -Cochichou Mace para Sity.

      -Que droga, vou ficar devendo uma cachaça pra ruiva...

      Seus olhares se cruzaram. Feliz e emocionado, Aron mal pôde acreditar que suas amigas estavam ali. Suspirando, fechando os olhos e baixando sua espada, Silphia tentou mostrar que não estava totalmente feliz ao vê-lo, mesmo depois do que disse. Afinal, haviam brigado antes e seu orgulho não permitiria que voltassem a ficar de bem, não antes que ele lhe pedisse desculpas.

      Por isso foi pega desprevenida, quando o cavaleiro aproximou-se e beijou ternamente os seus lábios. A garota tomou um susto, mas logo retribuiu. Aquele não era o momento para se guardar mágoas.

      Uma esfera de energia poderosa quase os atingiu, mas foi rebatida longe por Mace, segurando um martelo enorme.

      -Acho lindo que tenham reatado, mas gente TEMOS UM PROBLEMA AQUI! -Gritou Mace, chamando o casal a razão. Serenity colocou-se a frente de todos e, utilizando as duas mãos, disparou uma enorme cruz de energia contra o oponente.

      -MAGNUS EXORCISMUS! -Bradou a acólita.

      Mas o Andarilho, ainda de joelhos, rebateu a técnica como se nada fosse, apenas com o seu cajado. Quando se levantou, havia uma aura diferente a seu redor, vermelha. Sua expressão era insana e furiosa.

      -Todos vocês irão morrer! Se vai contrariar seu destino, Aron Wormior, então irá compartilhar do mesmo que seus amigos!

      Ele largou seu cajado e adotou uma pose como se estivesse concentrando energia. A caverna em que estavam começou a tremer e pedaços do teto começaram a cair. Os aventureiros tentaram fugir, mas Silphia não conseguia puxar Aron para fora.

      -O que está fazendo? Temos que dar o fora daqui!

      -Não. Isso termina hoje. -Responde o cavaleiro, que até aquele momento olhava para o adversário como se o estudasse. Ele virou o rosto para a namorada e deu um largo sorriso: -Vai dar tudo certo. Confie em mim!

      Ainda segurando o braço do cavaleiro, Silphia desesperou-se. Não queria deixá-lo, não agora que o havia encontrado e tinham se entendido. Mas ele pedira para confiar nele, e ela confiava. Então, disfarçando a aflição com um sorriso, a templária disse, brincando:

      -Muito bem. Mas tente não fazer nada estúpido ou perder um dente!

      -Eu também te amo, querida.

      Seu coração vacilou por um instante, mas virou-se e não olhou para trás.

      -Silphia, o que você...?

      -Vamos, Sity. Ele sabe o que está fazendo.

      -Simbora! -Exclamou Mace e as três saíram da caverna, deixando um cavaleiro de cabelos verdes e cicatriz no rosto para enfrentar o seu maior inimigo.

      O Andarilho concentrou toda a energia que podia em uma esfera vermelha e brilhante, com as duas mãos, sua capa e longos cabelos tremiam graças ao efeito de aura. Aron Retirou sua espada, concentrou seu efeito de aura azul e tudo o que podia na lâmina de Felizberta. A caverna em que estavam parecia debater-se como um animal furioso.

      Então, em um segundo, eles se mexeram rapidamente e partiram na direção um do outro.

      Os golpes colidiram com força e estrondo. Passando direto por seu adversário, Aron girou e caiu de bruços no chão, vomitando sangue, seu capacete voando com a queda e sua armadura estilhaçando. Seu efeito de aura desapareceu instantaneamente.

       Exausto, O Andarilho virou-se para desferir o golpe de misericórdia, mas então sentiu uma dor aguda: seu peito havia sido transpassado pelo disparo de energia da espada do cavaleiro. Repentinamente, perdeu as forças, o efeito de aura e caiu de costas para o chão. Estava assombrado. Como aquele cavaleiro com efeito de aura inferior poderia ter lhe feito tanto estrago? Enquanto agonizava, o homem fechou os olhos e viu novamente sua vida passando por eles até aquele momento, e como tudo havia sido em vão. Aconteceu muito rápido. Nada mais podia fazer, nem queria. Havia finalmente desistido.

-xxx-

        Enquanto isso, três irmãs acompanham os acontecimentos, através de uma esfera de cristal líquido no meio de uma mesa.

        -É, Skuld, as coisas parecem que vão terminar da forma como você queria. -Disse aquela que se chamava Verdandi, tomando chá e acompanhando atentamente o que se passava.

        -Essa é uma ótima notícia, não acha? -Respondeu a irmã, que era a mais velha, distraindo-se com a imensidão do jardim ao redor.

.       -Pode ser, tanto faz. Diga-me, por que alertou a templária do destino de seu amante, através dos sonhos, se sabia que ele tomaria a decisão certa?

        -Minha cara irmã, há um limite de até onde o destino pode ser traçado. E se o cavaleiro cumprir sua promessa, de promover a paz entre humanos e monstros, não iremos precisar nos preocupar com uma guerra que envolva nosso mundo, não concorda?

        -Hum... é, tem razão.

        -Deixa de bancar a fodona, "mulhé"! -ironizou a terceira e mais nova, Urd, olhando para Skuld enquanto girava um molho de chaves em um dos dedos: -Admita que cê fez isso apenas porque gosta de ver finais felizes!

        -Tá, fiz por isso também, satisfeita? -Respondeu Skuld, desviando o olhar, ruborizada.

        -Bom, seja como for, Ele não vai poder fazer nada se for esmagado dentro dessa caverna! -Disse Verdandi, agora se empanturrando de doces e nunca desviando a atenção do globo. -Será que ele vai conseguir acordar a tempo? Ai, espiar a vida dos humanos é tão emocionante! “Adoroooo” shows realistas!

        -Vocês me dão vergonha às vezes, sabia? -Suspirou Skuld. -Não se preocupem com isso, eu vou teleportá-lo de lá.

        -Depois a gente pode trocar de canal? Tá quase na hora de Odin ir se deitar coma esposa dele. Ai, ai, Odin... -Babou Verdandi.

        -Arff, Ele é velho demais e não tem um olho! Prefiro o Thor. Esse sim é uma perdição... Prru... -Disse Urd, ronronando como uma gata.

        "Preciso de irmãs novas", pensou Skuld.

        -xxx-

        Algumas horas se passaram desde o incidente na caverna. Para resgatar Aron, o resto do clã precisou viajar as pressas para Alberta, onde Silphia sabia exatamente (segundo ela, através da intuição) onde o cavaleiro estava. Agora, estavam acampados em uma clareira, preparando-se para tomar rumo novamente à Prontera, onde Sity reencontrará sua irmã. Aron estava apenas com as vestes que usava abaixo da armadura, e pretendia comprar uma nova apenas na capital, para não atrasar a viagem. As amigas o encontraram na parte de fora da caverna, embora o garoto de cabelos verdes não se lembrasse de ter saído.

        Enquanto comiam alguma coisa e comemoravam o fato de terem finalmente se livrado do Andarilho, Aron decidiu contar-lhes a verdade sobre ele e toda a conspiração que havia na guerra entre humanos e monstros, mas embora essa fosse uma importante conversa, achava que havia outra ainda mais. Então, pediu licença as duas amigas para ficar um pouco a sós com Silph.

        Aron e Silph ficaram sentados um do lado do outro, olhando para lados opostos e sem saber o que dizer, como se fosse um primeiro encontro entre namorados tímidos. Havia muito para se dizer, dos dois lados. Aron respirou fundo e decidiu começar:

        -Silph, eu... quero te pedir desculpas.

        -N-não precisa Aron, de verdade. -Gaguejou um pouco a garota. Ela parecia mais cansada que o normal, e também mais nervosa. -Eu...

        -Por favor, me escuta -Interrompeu o Cavaleiro, sério, colocando delicadamente um dos dedos sobre a boca da namorada, que se assustou com o movimento. : -Eu preciso me desculpar. Você tem razão, às vezes eu me importo demais com as outras pessoas e esqueço de mim mesmo, e talvez de nós dois. Desculpe-me se fiz isso, se você se sentiu sozinha e chateada. Não posso prometer que irei parar de me importar com as outras pessoas, mas posso garantir que você sempre estará em primeiro lugar na minha vida, sempre.

        Delicadamente, Silphia retirou a mão do cavaleiro. Havia lágrimas em seus olhos.

        -Não amor, eu tenho que me desculpar. Você é uma pessoa especial, de coração puro, e essa é uma das coisas que me fazem amar você. Só fica do meu lado e diz que nunca vai me deixar de novo, por favor!

        -É claro que não vou, Silph! -Disse carinhosamente o cavaleiro, abraçando a garota. Sentia-se feliz por estarem bem, mas estranhou o fato dela estar tão carente. Virou o rosto dela de encontro ao seu, enquanto acariciava sua face.

        -Pode me perdoar pela forma que agi com você? Por favor, por favor...?  -Perguntou Aron, brincando.

         Ela sorri, da forma doce como o garoto mais gostava. -Bom, eu iria dizer que não é necessário pedir desculpas, porque acho que fui eu quem errei com você, mas já que se não fizer isso, você vai ficar me enchendo... -Ela coloca a mão do cavaleiro, a que lhe acariciava, em seu ventre. : -Está bem, meu amor. Nós perdoamos você!

         Levou milésimos de segundos para ele compreender e até a ficha finalmente cair. Aron sorri, com uma alegria que nunca sentira na vida, e beija Silphia ternamente.

FIM


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Notas finais do capítulo

Não poderia terminar, sem agradecer a todos aqueles que me acompanharam até aqui.

Quando comecei a escrever a fanfic, em um dia qualquer de 2004, só queria contar uma história engraçada, sobre um garoto que, embora fosse determinado, sempre se ferrava. Não pensava em transformar o Aron em um herói romântico, daqueles que lutam até o fim pelos seus ideais, mas fico feliz que isso tenha acontecido, porque muitas vezes, quando precisava desabafar, ou me sentir melhor, eu escrevia tentando transformar o personagem em um exemplo e inspiração para mim mesmo. Espero ter conseguido fazer o Aron despertar o mesmo em vocês.

Foram sete anos, mas finalmente sinto que é hora de parar. Foram tantas mudanças que eu tinha receio que o personagem perdesse sua essência. No entanto, sempre planejei terminar a fic um dia, desde o primeiro capítulo. personagens eternas, como os super-heróis de quadrinhos, terminam perdendo seu significado, e não queria isso para o garoto de cabelos verdes.

Hum... é, estou me estendendo, mas espero que entendam, afinal, essa é uma despedida. Não vou dizer nunca, mas não tenho planos de continuar escrevendo fanfics. Ainda vou responder as mensagens que os leitores deixarem na fanfic, pois essa é a minha melhor forma de agradecê-los por acompanharem essa história.

Então, sem mais delongas, gostaria de agradecer há alguns leitores dos quais me davam forças, mesmo sem saberem, para que eu seguisse em frente. Nem todos estão aqui, mas espero que saibam que sinto a mesma consideração, do leitor mais novo a aqueles em que a história possa ter sido útil de alguma forma, seja como um pequeno alívio cômico, emocionando ou inspirando. Tanto eu como o Aron ficamos felizes, se conseguimos dar a vocês alguns desses momentos.

Obrigado a: Verdana, creos, Lord_Zero, Shaka de Virgem, Fabiano Alves e fOrCe. Gostaria de pedir desculpas a leitora Raveninha, pois uma vez escrevi uma mensagem descontraída que talvez possa tê-la machucado. Se estiver lendo isso, por favor, sinto muito.

Até!



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