Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 10
Capítulo 10




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Episode IX

"NYC & Dublin"

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Dublin é o máximo

Ouvindo: Motor de carro

No dia seguinte o Sr. Burke decidiu que estava na hora de me tirar um pouco do interior e mandou Ryan levar Zoe e eu até Dublin. Claro que Kelly e Kennedy quiseram ir junto, então lá vamos nós espremidos na caminhonete.

- Dublin é interessante. – Zoe me explicou rapidamente. – Tem várias coisas pra fazer, claro, mas não é Londres...

- Vou adorar, tenho certeza. – sorri e dei um beijo na bochecha dela. No banco de trás escutei um coro de "ergh!" e quando viramos vimos Kelly e Kennedy rindo da nossa cara. Senti as bochechas ficarem muito quentes, e me surpreendi um pouco. Sempre achei que, de nós quatro, eu seria o último a causar nojo em criancinhas por causa de beijos e afins.

- Aonde vamos primeiro? – Zoe perguntou a Ryan, que parecia um boneco de ação sem articulações, sentado no banco. Estava tão irritado por ter de nos levar até Dublin que me surpreendo que não tenha batido o carro de propósito.

- Vamos ver a biblioteca Chester Beatty primeiro. – resmungou sem olhar para nós. Franzi a testa, e Zoe tratou de me explicar:

- É um dos livros mais antigos do mundo, fica em exposição na Velha Biblioteca.

- Antigo. – Kennedy disse enquanto se apoiava no encosto dos bancos da frente. Perto dele Kelly apareceu sorrindo.

- Vai gostar, inglês.

Não sei exatamente se gosto de ser chamado de "inglês", mas ignorei porque Kelly tem apenas sete anos. Se tivesse sido Kennedy eu teria me ofendido.

- Pete adora os Beatles. – Zoe sorriu para Ryan, que ergueu as sobrancelhas.

- Maire gosta. – foi a resposta dele, e me encolhi. Ryan nunca vai gostar de mim.

- Maire? – perguntei sem jeito. Pela primeira vez (e talvez última) vi Ryan corar.

- É a noiva dele. – Zoe deu uma risadinha. – Ela é guia turística aqui em Dublin, vamos conhecer.

Me arrependi de perguntar.

A caminhonete freou num estacionamento pavimentado em frente a uma casa amarela antiga. Logo na frente uma mulher esperava, vestida com shorts marrom e camisa xadrez aberta sobre uma regata branca.

- Grá! – a moça sorriu e correu até nós, enlaçando Ryan pelo pescoço. – Quem é o turista?

Ergui a mão timidamente, e ela sorriu. Não era muito alta, era bem branca com sardas espalhadas pelo nariz e em volta dos olhos castanhos. Seu cabelo era preto e escorria até a cintura. Morgana das Fadas foi a primeira pessoa em quem pensei quando olhei para Maire.

- Oi, Maire. Este é Peter, de Londres. – Zoe apresentou, e sorri simpaticamente. Maire apertou a minha mão com energia.

- Ah, trouxeram os pequenos também? – ela se abaixou um pouco para olhar Kelly e Kennedy, que sorriam tímidos para ela por detrás das pernas de Ryan.

- Sióg. – Kelly fez uma reverência delicada. Franzi a testa (acho que se continuar fazendo isso vou criar rugas antes do tempo, mas tudo bem).

- Kelly pensa que Maire é uma fada. – Zoe revirou os olhos. – Eles adoram passear com ela.

- Mas Maire não é uma fada? – perguntei, rindo.

- Não sei é ela é uma fada, mas faz uma mágica impressionante com o humor do Ryan.

Realmente, perto dela Ryan se torna especialmente simpático. Entramos num outro carro, menos e mais bonito que a caminhonete; e Maire seguiu até o centro, onde uma biblioteca bem antiga nos esperava. O lugar é cheio de antigos manuscritos, e Ryan nos deu uma verdadeira aula sobre a importância deles para registros históricos (então eu finalmente pude descobrir o que ele fazia exatamente. Está acabando a faculdade de História! Remus com certeza vai ter uma síncope quando descobrir).

Saímos da biblioteca em direção a um castelo antigo, que antes era habitado por uma família nobre, e depois seguimos direto para o Castelo de Dublin. Era uma construção bem grande e velha, a não pude deixar de pensar em como Remus estaria se divertindo aqui.

Paramos para almoçar numa lanchonete perto da prefeitura, e Maire explicou rapidamente como funcionava o governo local. Acabamos de comer e ela nos levou até o Museu dos Escritores, onde Kelly ficou tão feliz (ela está aprendendo a ler, mas algum louco deu uns livros de Oscar Wilde a ela. Quando digo louco: Ryan) que tive de controlar seu instinto de criança, que a força a tocar em tudo.

- O jardim botânico é bem chato. – Ryan tentou convencer de última hora enquanto Maire levava o carro até uma estufa gigante. Ela franziu o nariz pequeno e riu.

- Vamos sair da história e entrar na biologia, grá.

Ele ficou emburrado durante toda a explicação, e aproveitei enquanto os gêmeos corriam pela grama para me aproximar.

- Tenho um amigo parecido com você. – comecei. Ryan descruzou os braços e ergueu as sobrancelhas. – O nome dele é Remus.

- De Roma? – ele pareceu mais interessado.

- Não, de Londres. Mas ele diz que é de Roma.

- Eu também faria.

- Ele ama história, está se esforçando desde a quinta série para entrar no curso de Cambridge.

- Faz bem, é um ótimo curso.

- É. Ele adoraria Dublin.

- Se ele quiser, podemos nos encontrar algum dia desses. Avise que tem um convite.

- Ele vai ficar muito agradecido. – sorri animado. Remus vai morrer de entusiasmo. Ryan voltou a cruzar os braços e limpou a garganta.

- Só que tem uma condição.

- O que?

- Eu quero um passeio à Londres. – ele disse tímido. Sorri.

- Qualquer hora.

- Beleza. MAIRE, BIBLIOTECA NACIONAL! – Ele gritou para o restante do grupo. Maire sorriu e pegou Kennedy no colo.

- Vamos, então.

Ryan sorriu e piscou para mim, como se fossemos bons amigos desde sempre. Se eu soubesse que o preço da simpatia dele era tão baixo teria chegado com um bilhete extra de volta.

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Tornar a vida do meu pai um inferno

Ouvindo: Som de aeroporto

Minha família em Londres não é miserável, mas eu nunca tinha andado de limusine antes. Pois é, uma limusine preta gigantesca estava me esperando. Um cara alto com cara de mal estava com uma plaquinha como meu nome, enquanto Apple estapeava o Iphone dela loucamente. Assim que acenei para os dois, ela parou o que estava fazendo e sorriu artificialmente.

- Jimmy!

- É James. – respondi grosseiramente, não aguentando a cara dela. A porta do carrão abriu e de dentro saiu um homem enorme.

- James Potter?

- É. – enfiei as mãos bem fundas nos bolsos, tentando parecer o mais rebelde possível. O homem sorriu simpático (o que me deixou meio assustado. Você nunca espera ser cumprimentado por um cara de dois metros) e apertou a minha mão.

- Sou Thing. Curte Quarteto Fantástico?

- É. – me controlei para não sorrir feito um imbecil e sair correndo loucamente pelo saguão. ADORO QUARTETO FANTÁSTICO! Ufa, calma James. Fica frio e lembre – se de quem você quer parecer. Rebelde, louco, drogado. O outro grandalhão saiu para pegar as minhas malas, e Apple me puxou para perto dela bruscamente.

- Suéter? – ela perguntou desdenhosa. Continuei fazendo cara de paisagem para ver se ela parava de criticar, mas o que eu ouvi a seguir foi beem pior.

- Vamos às compras, seu pai disse que precisa parecer descolado para as festas.

- Festas?

- Claro. Acha que a vida de um dos diretores da MTV é tranquila? Oh, coitado.

Emburrei completamente enquanto me enfiava na limusine ao lado dela. Apple cheira a Chanel nº 5, e isso me irrita de uma forma que ela não faz ideia.

Resumo da minha tarde: GAP, Abercrombie, Urban Outfitters, Banana Republic, Old Navy, Nike, Puma, Adidas, Apple Store, Levi's. E outras tantas milhares de lojas.

- E aí, como se sente? – ela perguntou no fim. Me olhei no espelho. Ela tinha me levado para cortar o cabelo, e agora ele estava mais espetado do que nunca. Até que gostei, mas ela nunca vai saber disso. Meus óculos novos da All Star estavam brilhantes, combinando com a minha camiseta branca com o símbolo da DC comics e minha calça jeans escura e rasgada. Estava meio frio, então eu estava usando uma jaqueta. Meus tênis de cano alto da Nike combinavam com o relógio verde neon.

- Um outdoor. – falei. Apple riu daquele jeito afetado e me entregou um PSP preto novinho em folha, um IPhone e um IPad.

- Aqui. Vai se divertir no caminho para o escritório do seu pai.

Revirei os olhos e entrei no carro. Comecei a testar meu Ipad e nem percebi quando chegamos. O escritório do meu pai ficava num prédio envidraçado no meio de Manhattan, cheio de gente trabalhando. Me senti completamente deslocado enquanto subia no elevador ao lado de uns caras de terno, e assim que a porta abriu saltei para fora, erguendo meu cartão de visitante:

- James Potter, filho do diretor.

A mulher com cara de azeda que estava na porta leu o meu cartão.

- Duas portas à direita.

Me arrastei no carpete cinza claro até a sala do meu pai, uma porta de carvalho com riscas prateadas. Ao longo do corredor, fotos dele com Ringo Starr, Paul McCartney, uns rappers, Eminem e Lady GaGa estavam penduradas. Bati duas vezes na porta e ele abriu. Como sempre, terno escuro, os óculos de grife e os sapatos chiques me receberam. Mas dessa vez ele parecia mais simpático (agora que precisa de mim, né).

- Quem é a tal noiva? - Falei no tom mais monótono do mundo enquanto entrávamos no escritório sem graça do meu pai.

- É aquela lá... - ele pigarreou e apontou sem jeito para duas mulheres. Uma delas era Apple, a secretária imbecil dele (como ela apareceu aí?), e a outra era uma nerd fêmea. Usava os cabelos Chanel castanhos, e óculos de armação quadrada. Segurava os controles de um Nintendo Wii, um deles com os cabos para fora.

- APPLE?- gritei surpreso, não acreditando que ele seria capaz de casar com aquele protótipo defeituoso de Barbie. Meu pai ficou muito vermelho e ajeitou os óculos.

- Hum... Não. Chris?

A nerd fêmea ergueu os olhos, lembrando – se de sorrir amistosamente.

- Saudações, pequeno padawan. Sou Chris, sua futura madrasta.

Meu queixo caiu, não pude evitar. Chris me encarava assustada, e acho que eu estava com cara de quem estava para desmaiar.

- Oi. – pigarreei. O clima ficou subitamente tenso, e olhei do meu pai para ela por um segundo. Ele parecia bem interessado nos sapatos, e Apple voltou a mexer no telefone. Chris, como eu, me encarava surpresa.

- Pelos tênis. – ela riu nasalmente. Olhei para baixo e ri.

- Acabei de ganhar.

Ela sorriu simpática e olhou para o meu pai.

- Vou levar James aqui para passear. Pode voltar ao trabalho.

E me estendeu o braço. Olhei meio desconfiado, mas enganchei o meu braço no dela e seguimos para fora.

- Por acaso você já se divertiu por aqui? – Chris perguntou, meio rindo. Bufei, não sei por que, mas não me sinto preso com ela.

- Não. Estava vestido completamente diferente, também.

Ela revirou os olhos.

- Odeio quando Apple faz isso. Vamos até o apartamento, você pode trocar de roupa.

- Obrigado. – sorri. Chris bagunçou meu cabelo (se isso era possível) e riu.

- Conhece The Sims?

- Claro!

- Beleza, vou levar você pra almoçar com uns amigos meus da Maxis.

Estrelas brilhantes, flores cheirosas. Meu mundo acaba de virar!


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