3:30 da manhã, volta de Danny e Vicky da festa de Caroline

Vicky’s POV

_ Daniel, você não presta – disse rindo

_ eu estou falando sério, aquela garota é maluca. Ela tentou me agarrar – disse Danny rindo – a festa foi boa

_ foi mesmo, que pena que e Julia não pode vir – Danny ficou em silêncio – Danny?

_ diz

_ você ainda sente alguma coisa pela Julia né?

_ eu? Não! Porque dessa pergunta?

_ é porque parece, vocês dois são muitos grudados um no outro

_ ah Vicky, você está com ciúmes de mim e não admite

_ Cala a boca Danny – comecei a rir – ela te ama

_ não da mesma forma – ele me olhou – amizade forte Vicky, somente isso – ele voltou a olhar para frente

_ eu não acho

_ shiu

_ já disse para parar de fazer shiu pra mim – eu tentava bater nele, ele ria. Ouvimos uma buzina alta quando fomos ultrapassar um cruzamento – DANNY CUIDADO! – eu fiquei apavorada, Danny olhou para o lado aonde vinha o caminhão na nossa direção, ele me olhou desesperado. Logo depois ficou tudo branco.

Julia’s POV

A capanhia tocava sem parar

_ aaaah! Já vai já vai – atendi, Sarah estava com uma cara horrível - o que houve?

_ O Danny...

_ o que ele aprontou dessa vez – disse rindo, quando a vi chorando, eu fiquei séria na hora – o que aconteceu com ele?

_ ele... Ele morreu

_ QUE? - eu não acreditava, pedi para Sarah entrar e me sentei no sofá. Em estado de choque – como? Quando?

_ hoje de madrugada, não conseguiram salvar ele, Julia eu não sei o que eu faço – Sarah começou a chorar mais ainda – ele...

_ calma – a abracei – ele estava sozinho?

_ não, estava com a Vicky, mas ela está bem, só está arrasada...

_ eu imagino

_ o que aconteceu? – perguntou meu pai entrando na sala

_ O Danny sofreu um acidente e... Morreu. Eu preciso ir ao hospital ver a Vicky, me leva?

_ claro, vamos – ele pegou a chave e fomos para o hospital onde Vicky estava.

No hospital...

_ Oi Vicky – disse entrando no quarto

_ Julia, o Danny... Ele...

_ eu já soube

_ porque ele e não eu?

_ não... Não fala isso – eu abracei ela – fica calma

_ eu quero ele aqui – ela começou a chorar.

_ eu também – Seriam dias difíceis sem ele, sabia disso. Passou alguns dias e teve o enterro dele. Não preciso falar que eu chorei tudo o que eu podia né. Não só eu, mas como todo mundo que convivia com ele. Quando todo mundo foi embora, eu fiquei... – nem pude me despedir... Porque você foi tão rápido?

_ ele está muito melhor agora – disse uma voz atrás de mim

_ Oi Tom

_ oi – disse ele ficando do meu lado - ele era divertido

_ muito divertido – sorri – pena que acabou assim, tão de repente

_ pena que eu não conheci ele antes – disse ele baixo

_ eu não sei se eu vou conseguir ficar sem ele

_ vai sim, ele não iria querer ver você desse jeito

_ eu vou sentir falta dele – disse abraçando o Tom, ele me abraçou também. Ficamos ali abraçados algum tempo, até eu me acalmar. Ele foi comigo até em casa, conversamos o caminho todo – obrigada Tom

_ de nada – ele me deu um beijo no rosto – até amanhã

_ não sei se vou amanhã

_ tenho certeza que você vai – disse ele dando um sorriso, preciso falar, aquela covinha dele numa bochecha só era um charme dele – tchau

_ tchau – disse entrando em casa – cheguei

_ você está bem? – perguntou minha mãe

_ não, eu preciso descansar um pouco – disse subindo no quarto, quando entrei eu peguei uma caixa que estava em cima do armário, tinha uma câmera dentro dela. Nessa câmera tinha um vídeo que eu, Vicky e Danny fizemos...

_ Olá pessoas que estão assistindo o vídeo, eu sou o Danny, essa é a minha irmã chata Vicky – ele recebeu um tapa na cabeça – ai... Essa é a outra chata Julia – eu só ria – e como a gente não tem nada pra fazer aqui em casa, resolvemos gravar um vídeo...

_ Danny Jones e suas idéias.

_ sou o filho do Ainstem, não sabiam?

_ aham, senta lá – disse Vicky – nem fingir que é inteligente sabe

_ shiu calada!

_ não faz shiu para mim – Vicky pegou o travesseiro e começou a bater nele

_ ai ai... Minha irmã quer me matar, socorro – só ouvia minhas risadas. Depois de um tempo de brigas dele com a Vicky e guerra de almofada dele comigo (que duravam horas) entrou outra gravação que eu não tinha visto ainda... – Olá Júlia, se você estiver vendo isso... whatever... Bem você não sabe disso, e nem sei se vai ficar sabendo – disse ele rindo - mas eu escrevi uma música para você – ele pegou o violão e começou a cantar... - Life is getting harder day by Day; And I don't know what to do, what to say, yeah; And my mind is growing weak every step I take; So uncontrolable now they think I'm fake, yeah... - meu deus a voz dele era linda... Não agüentei comecei a chorar... Só de pensar que eu não ia ouvir essa voz outra vez... Acabou a musica ele falou no final... – eu sei que as vezes eu sou muito implicante contigo, e você tem vontade de me matar de uma vez – ele riu – Mas eu te amo, até mais que você imagina – ele ficou sério – eu amo cada parte de você, nunca menti sobre isso sabe disso. Mesmo agora não estando mais contigo eu continuo com esse sentimento maior que eu posso pensar. Bem é só, eu te amo, tchau – pausei nele indo desligar a câmera, aqueles olhos azuis que eu tanto amava, aquele sorriso que eu tanto ficava admirando o quanto era bonito... Não tive a oportunidade de me despedir... Isso me machucava. Desliguei a câmera, tomei um banho e fui dormir... Meu dia foi longo e triste... Mas não sabia o que ia acontecer quando eu dormisse...

_ Julia?

_ han? Quem é?

_ será que minha voz mudou? Você acabou de ouvir ela, nossa como você é desatenta – não estava acreditando no que eu estava ouvindo

_ Meu Deus! Danny?

_ oi

_ mas... você.. como...

_ história complicada demais, e longa demais...

_ mas você está...

_ morto! Eu sei... é assustador!

_ não... isso é loucura

_ eu estou no seu sonho, só isso... não é loucura... bem eu posso aparecer para você sem ser em sonho mas se eu fizesse isso agora você ia começar a gritar. Ai sim você iria ficar louca – ele sorriu

_ O que você quer?

_ te ajudar

_ como?

_ Bem... eu ainda não sei... só siga meus conselhos ok? Isso vai te ajudar, acredite

_ eu estou louca!

_ não, já disse que não está

_ ok, me diga o que fazer então?

_ não está acreditando, certo?

_ claaaro que eu estou...

_ aham – ele ficou sério

_ fala logo Jones

_ bem a primeira coisa é... Por favor pede pra Vicky parar de chorar, está me incomodando – ow, como ele sabia disso

_ ook... Como você sabe disso?

_ dã, eu escuto ela todos os dias chorando por mim... Isso me deixa mal... Continuando... Aquele loiro que entrou na escola esses dias

_ o que que tem o Tom?

_ é um cara legal, tive oportunidade de conversar um pouco com ele – olhei para ele – que?

_ olha só Daniel...

_ eu não falei nada... E não fiz nada... E ele está afim de você!

_ Danny!

_ ok, eu avisei... E outra, volta a falar com seu pai

_ Danny, isso não

_ Júlia ele te ama!

_ não é o que parece, se me amasse me daria mais atenção

_ você não entende o lado dele também

_ de que lado você está Jones?

_ tenta?

_ ok, vou tentar aceitar em voltar a falar com ele...

_ isso já é um começo...

_ Danny... Eu posso... Abraçar-te?

_ está esperando o que? – corri até ele e o abracei, forte – eu vou sempre está com você, mesmo você as vezes não me vendo

_ eu vou sentir sua falta – comecei a chorar

_ não, não chora... Por favor – ele passou a mão no meu rosto

_ eu te amo

_ eu também – ele sorriu

_ não quero acordar – eu disse secando minhas lágrimas