16 de dezembro – O lugar certo e errado de se estar

            Acordei bem cedo e por incrível que pareça bem disposta. Fui arrumar a minha mala. Coloquei algumas roupas de frio, e pijamas quentes. Enquanto eu estava fechando a minha mala, vi uma peça de roupa em cima da cama.

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            Dei de ombros e fui para o banheiro para pegar os meus cremes e perfumes. Quando voltei pro quarto eu olhei de novo pra camisola. Parecia que a maldita estava me chamando, mas essa chamada eu fazia questão de ignorar. Eu não preciso levar nenhuma camisola tipo essa, afinal eu vou dormir sozinha e nem vou ficar desfilando com aquela peça de roupa pela casa dele.

            Ignorei novamente a camisola quanto eu entrei no banheiro para tomar um banho. Passei com o roupão de novo na frente da cama e olhei a camisola de novo. Quer saber, eu vou levar. Afinal eu coloquei outras na mala, e depois eu decido qual usar, e também é sempre bom você ter outras opções não é mesmo?

            Coloquei uma roupa básica, eu iria viajar e precisava de uma roupa confortável. Terminei de arrumar as minhas coisas e fechei de vez a mala.

            Logo recebi uma mensagem do Edward falando que já estava subindo pra vir me ajudar com as minhas coisas.

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            A viagem foi rápida. Pegamos o trem para Florença, fizemos uma pequena parada para o café da manha e logo pegamos outro para Veneza. Edward me perguntou se eu queria dar uma parada em algumas dessas cidades antes de chegarmos a Verona, mas eu disse que não, eu queria logo era chegar em Verona e conhecer a tão famosa cidade de Romeu e Julieta.

            Chegamos em Verona e era hora de almoço. Edward alugou um carro para irmos até um restaurante, e ficou reclamando o tempo todo por estar sem o seu amado Volvo.

            Logo depois do almoço, Edward queria ir para casa e descansar, mas eu pedi, na verdade insisti, para que visitássemos um lugar : a Casa de Julieta.

[ Esse lugar existe mesmo pessoal, para quem assistiu “Cartas para Julieta”já conhece mais ou menos como é o lugar]

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            Estava lotado como Edward avisou que estaria, mas eu fiz bem em insistir. Ao entrar la, você percebe até uma aura diferente, mais leve e ao mesmo tempo um sentimento que te faz suspirar. Tirei varias fotos na minha câmera, e outras no celular para depois mandar pra minha irmã. Ela como eu, amava a historia de Romeu e Julieta, amores proibidos e tudo mais.

            Pedi que Edward fosse pegar uma água pra mim, e aproveitei a sua falta para escrever a minha carta pra Julieta. Peguei um papel e uma caneta e comecei a escrever. Escrevi todas as minhas agonias que estava sentindo no momento, e perguntei o que fazer. Dobrei-a e antes de coloca-la no mural, eu dei um beijo de boa sorte, assim quem sabe a minha resposta da Julieta venha rápido?

            Edward voltou, e fomos fazer um pequeno passeio nas ruas de Verona. O tempo estava fechando então Edward achou melhor irmos para a casa da sua família.

            No meio do caminho começou a chover. Edward tentou ligar para a sua casa e pedir para os caseiros irem preparando alguma coisa para nos antes que fossem embora da casa principal, mas os celulares estavam sem sinal.

            Mais ou menos meia hora depois nos chegamos, a casa era linda, mesmo com toda aquela chuva forte se percebia que era maravilhosa, bem no estilo italiano.

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Bem Vinda a mais uma propriedade dos Hale Bella !

‘E lindo aqui Edward!

Que bom que gostou, demoramos anos para comprar essa casa. Era meio que um sonho da minha mãe de ter uma casa na cidade de Julieta, e meu pai realizou esse sonho um pouco antes de morrer.

Esme estava certa de querer isso, a cidade ‘e maravilhosa tem ate um aura diferente - disse encantada ainda olhando para a casa.

Ela também fala a mesma coisa. Bem deixa eu ir levar as nossas coisas pra dentro, e espera no carro que eu já pego um guarda chuva pra você – disse ele já saindo do carro.

Ele saiu nem me dando tempo de retrucar. Consegui velo correndo ate a porta e a abrindo rápido. Aproveitei e sai correndo do carro para não me molhar tanto.

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Eu parecia estar em um hotel quando eu olhei em volta na decoração da sala. Era tudo muito aconchegante, tinha certeza que tinha dedo da Esme nisso tudo.

-Não pedi para esperar no carro Bella? – perguntou um Edward encharcado com um guarda chuva preto nas mãos- Agora você esta toda molhada.

- Assim como você Edward, agora vamos pegar as malas no carro vai- disse já saindo

- Nem pensar, pode voltando. Vai pegar um toalha no banheiro e ligando o chuveiro que você esta tremendo. Você pode ir no meu quarto ou no da Rosalie. O dela ‘e o segundo a direita e o meu ‘e na frente do dela – disse abrindo o guarda chuva e já saindo porta a fora.

Como eu estava mesmo tremendo de frio eu resolvi escuta-lo. Fui no quarto no quarto dele.

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Era todo de cores sóbrias e como o resto da casa, bem aconchegante. Fui no seu banheiro e liguei o chuveiro. Tirei toda a roupa e entrei, tinha um sabonete fechado e seu xampu, peguei esses dois.

Depois que terminei o banho, peguei uma toalha e o roupão que estavam lá. Eu já estava saindo do quarto quando lembrei que o Edward estava na mesma casa que eu, e eu não sabia aonde estariam as minhas malas. Decidi sair do quarto pra tentar achar aonde estavam as minhas malas.

Logo quando eu coloco meus pés no quarto, escuto a voz do Edward me chamando e paralisou. Nem sequer tive tempo de responder, e ele já apareceu entrando no quarto. Na hora em que ele percebeu que eu estava no seu quarto ele tomou um susto. Virei a tempo de ver os olhos dele se arregalando e se direcionando a abertura do meu roupão. Corei na hora, e na hora que ele viu isso, coçou a garganta  e desviou o olhar.

-Eu ...ham, Bella me desculpa. Eu achei que você tivesse no quarto da Rosalie – disse ele se desculpando e corando.

- Não, tudo bem Edward. Eu que estou errada e vim no seu quarto – nos dois estávamos sem graças e nenhum de nos também sabia o que falar.

Foi-se quase um minuto de silencio, ate que ele quebrou.

-Bem..., eu já coloquei as suas malas no quarto da Rosalie, mas se você quiser eu posso trazer pra cá e eu durmo no quarto da Rose.

Ate que era uma ideia tentadora. Dormir no mesmo lugar aonde ele dorme, sentir aquele cheiro maravilhoso nos travesseiros... Mas acho melhor não, já basta os dois estarem na mesma casa.

-Não precisa Edward, eu durmo no quarto da Rose mesmo.

Sai do quarto ainda de cabeça baixa, com vergonha do que aconteceu.

Chegando no quarto, abri a minha mala pra pegar alguma roupa quente pra dormir já.

Enquanto lutava com  zíper da mala, lembrei da minha carta feita pra Julieta, e tudo que eu conseguia pensar foi que essa carta não me trouxe sorte. A única coisa que eu pedi nesse carta foi pra Julieta me dar um sinal, ou alguma coisa que me ajudasse ou a me afastar do Edward, ou baixar a guarda pra ele, e não todo esse azar.

Aquele zíper estava conseguindo me irritar. Peguei a mala e coloquei na cama, e nessa hora a mala abriu e eu percebi que tinha caído alguma roupa de dentro. Me agachei e peguei na mão a bendita peça de roupa.

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Pensei comigo mesma, “Julieta, esse e’ algum tipo de sinal?”. E foi eu terminar meu pensamento que soou um trovão lá fora. Com medo eu olhei pra camisola, analisei bem, e dei de ombros. Passei meus milhares de cremes para a pele e coloquei a camisola.

Fui para o banheiro que tinha no quarto e me avaliei no espelho. Ate que eu estava bem bonita, para uma mulher que tem um caso de leucemia avançado e já começou a perder peso. Ao lembrar disso, me deu uma dor de cabeça forte que chegou ate a me dar tontura. Me apoiei no mármore da pia e baixei minha cabeça, mas parece que isso piorou, pois eu senti um enjoo tão forte que eu não consegui segurar. Abri o vaso sanitário e coloquei tudo que eu tinha comido naquele dia pra fora.

Lavei minha boca e passei uma agua nos meus pulsos e na minha nuca. Os sintomas vieram tão forte e juntos desse vez que eu não consegui aguentar. Fechei a porta do banheiro pro caso do Edward vir me procurar, encostei nela e desci ate o chão chorando. Eu nunca conseguia ficar um tempo boa sem me lembrar dessa maldita ate que ela viesse me assombrar.

Fiquei chorando por pelo menos uma meia hora. Depois levantei, lavei meu rosto e fui deitar na cama. Edward ate bateu na minha porta perguntando se eu não queria comer alguma coisa, mas falei que estava cansada demais pra sentir fome. A verdade era que o enjoo estava ameaçando voltar, e eu não queria mais uma vez passar por aquilo na frente dele.

Fiquei acordada ate tarde, olhando a chuva bater na minha janela e ouvindo o barulho dos trovoes. Algumas vezes ate me vinham na memoria imagens de quando eu e a Alice éramos crianças e em noites de tempestade, uma ia pro quarto da outra para não ficarmos sozinhas e assustadas. Comecei a sorrir lembrando dessas memorias de infância.

Mas uma queda de energia atrapalhou os meus flashbacks. Eu me sentei na cama assustada. Desde criança não gostava muito de ficar no escuro. Abri minha porta me esquecendo que eu estava com aquela camisola meio indecente e fui pro corredor ver se achava o Edward pra perguntar o que aconteceu.

Na hora que estava fechando a minha porta, Edward também estava fechando a dele e por consequência nos demos de cara. Eu conseguia ver alguns traços no rosto dele com ajuda da luz da lua que vinha das janelas. E parecia que ele ficava mais lindo ainda com a luz mínima.

-Acordada também ou a queda que te acordou? – perguntou ele divertido. De tão próximos que estávamos eu conseguia sentir o hálito quente dele em minha pele.

-Acordada, não consegui dormir. Você sabe o que aconteceu?

- Não, sei tanto quanto você. Vou ir pra cozinha pegar algumas velas e acender a lareira da sala, você quer vir?

Pensei um pouco. Achava melhor ir pro quarto e me vestir de um jeito melhor, mas ele já havia me visto desse jeito, então só dei de ombros e segui ele.

Como estava escuro e não conhecia a casa, coloquei uma mão nas costas nuas dele e percebi um arrepio da parte dele. Aproveitei que estava de costas e sorri com isso.

Conseguia ver só alguns resquícios de como era a cozinha. Edward acendeu a lareira e me deu um cobertos para me enrolar e outro se eu quisesse colocar no chão. Ele voltou rapidamente com as velas e se sentou ao meu lado no sofá também enrolado em um cobertor.

Ficamos conversando sobre milhares de coisas. Não sei como, mas quando percebi estávamos muito perto um do outro, e acho que ele também percebeu a mesma coisa.

Ele colocou a mão no meu rosto e acariciou ele como se fosse algo quebrável, e eu fechei os olhos com a caricia. Ele se aproximou do meu rosto e eu conseguia sentir a sua respiração.

-Bella, por favor, se você não me quiser me impeça agora – ele falou quase sussurrando

Eu olhei pra ele por um segundo, e pensei comigo mesma “ Obrigada Julieta”

- Eu não vou te impedir – respondi com a voz baixa e consegui ver um pequeno sorriso do Edward antes dele grudar seus lábios nos meus.

Bem como a maioria nao le as notas finais, vou deixar um recadinho aqui. 

Me desculpem pelas leitoras que realmente acompanham a fic, foi uma bola de neve isso e quem pagou foram voces. Vou tentar que isso nao aconteca mais, mas nao garanto nada, enfim me desculpem.