12 de dezembro/
13 dezembro – Planos do coração e Revelações nada agradáveis  

                Depois de um tempo, Edward saiu
do banheiro com uma cara de aliviado, e eu não pude conter o meu riso. O que o
fez soltar alguns resmungos em italiano.

                Na hora do almoço, saímos e
fomos em um restaurante perto do hotel já que a minha dor de cabeça ainda não
havia passado totalmente, o que me fez evitar o vinha que Edward havia pedido.

                Ficamos um bom tempo conversando
no restaurante e, logo depois passamos no mercado e em uma drogaria para repor
o remédio da Rose e comprar alguns chocolates para mim.

                Quando anoiteceu nós voltamos do
centro e fomos para o meu hotel. Despedimos-nos e ele pediu para colocar uma
roupa bem confortável amanha. Subi e guardei as minhas coisas e logo fui
dormir.

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Pov. Alice

                Dois dias já haviam se passado
desde a minha conversa com a Bella, e eu ainda estava mantendo a minha promessa
de não contar a ninguém sobre a doença. Eu neste momento estava indo para o
hospital. Bella havia me dito que tinha se consultado com Carlisle, o mesmo
medico que cuidou do nosso pai, então eu tentei falar com ele e a sua
secretaria me disse que estava viajando.

                Mesmo assim eu não iria desistir
tão rápido. Estava indo para o hospital porque eu tinha a esperança de conseguir
pegar a ficha dela e pelo menos tentar entender o estado da minha irmã. Nenhuma
doença é igual à outra, eu tinha certeza de que ainda havia chances para a
minha irmã caçula sobreviver. O único problema é que eu ainda não tinha a
mínima idéia de conseguir a ficha dela, já que quando eu pedi pra secretaria se
eu só podia dar uma olhada para saber a situação da minha irmã, ela me disse
não.

                Quando cheguei à porta do
hospital, paguei o taxista e fui em direção ao andar pediátrico. Eu já sabia
quem podia me ajudar. Quando cheguei à sua sala, a sua secretaria arrogante
disse que ele estava no refeitório. Quando cheguei ao refeitório o percebi
rindo ao lado da medica que ele havia se encantado.

                - Oi Jake- saudei

                - Alice! Que surpresa, tudo bom?
– ele se levantou para me cumprimentar

                - Tudo sim, ah eu sou a Alice,
amiga dele – me apresentei a mulher que estava sentada na mesa.

                - Leah, prazer. - disse
simpática

                Ele puxou a cadeira para eu
sentar, e logo estávamos os três numa conversa agradável.

                - Então Alie, o que a traz aqui
e sozinha? – perguntou Jake

                - É sobre a Bella e eu esperava
que você pudesse me ajudar em algo.

                - Você tem noticias sobre essa
maluca?! Fala você me deixou preocupado.

                - Desculpa a intromissão, mas
quem é Bella? – perguntou Leah suavemente.

                - É a irmã da Alice, uma grande
amiga minha também. Só que essa doida do nada sumiu do mapa e não da noticias
pra ninguém.

                - Na verdade Jacob, eu consegui
falar com ela essa semana. Ela me enviou um pacote bem no dia que vim falar com
você. E tem alguns presentes pra você lá em casa.

                - Bem, acho que se ela me mandou
presentes ela esta bem, não esta?

                - Não Jake, a Bella ta com
leucemia e me disse que vai morrer em abril, por isso a viagem. - disse com
pesar e algumas lagrimas já davam o ar da graça em meus olhos.

                - Como...?!- ele perguntou
chocado e percebi seus olhos ficando molhados aos poucos.

                - Eu consegui falar com ela
nesse dia, ela falou que não podia, mas que ia me explicar tudo depois. No
outro dia ela me ligou falando que ia morrer, ela não deu detalhes de nada,
apenas que estava doente. E mais uma coisa, ela não esta fazendo o tratamento
Jake, eu to muito preocupada.

                Eu percebi que ele estava
estático na cadeira me olhando. Eu o entendia, eu fiquei assim por muito tempo
depois que a Bella me contou. E pra ele, a Bella, era mais que amiga, eu tinha
certeza de que ele ainda a amava, mas escondia porque sabia que a minha irmã
não queria mais nada com ele.

                - E no que você quer que eu
ajude Allie? Eu não sou oncologista e duvido muito que a Bella vá me ouvir.

                - Eu não tenho a mínima idéia da
situação dela, se a quimioterapia vai ajudar ou não, se tem algum outro jeito
de ajudá-la, eu não sei Jake, ela não me deu nada mais alem do nome da doença e
que não estava fazendo tratamento porque não queria acabar igual ao Charlie.

                - Eu queria te pedir, claro se
você puder, pegar a ficha da minha irmã com a secretaria do Carlisle, eu já
pedi e ela falou que não podia dar sem a autorização dele e ele esta viajando.
E você como é medico aqui, eu achei que teria passe livre... Por favor, Jacob-
supliquei a ele

                - Claro, claro. Eu vou tentar
fazer isso ainda hoje, mas não tenho certeza absoluta de que vou conseguir. E
mesmo se eu pegar vamos precisar de um oncologista para avaliar o caso e dar a
opinião que você precisa- ele falava as palavras pausadamente, ele ainda estava
chocado demais para falar ou agir do modo normal dele.

                - Desculpa a intromissão de
novo, mas eu tenho uma amiga aqui que é oncologista pediátrica, ela poderia
falar com vocês ainda hoje se quiserem, eu tenho certeza de que não ira se
importar- falou a Leah prestativa.

                - Por favor, Leah, eu queria ver
isso ainda hoje. - falei seria

Depois que eles terminaram de almoçar, Jake foi pegar a ficha da Bella e
a Leah foi falar com a amiga dela, enquanto isso eu tomava um chocolate quente
no refeitório. Depois de uns 10 minutos, Jacob me mandou uma mensagem me
dizendo para encontrá-lo no seu andar porque ele já estava com a ficha e a tal
medica já estava lá.

Bati para entrar em sua sala. Percebi que Jacob não estava com uma cara
muito melhor do que antes, e a sua frente estava uma mulher de uns quarenta
anos.

- Ola, eu sou Victoria, a amiga da Leah. - ela se apresentou a mim
balançando a minha mão.

- Alice, eu sou irmã da paciente da ficha. O caso da minha irmã é muito
grave?- perguntei já ansiosa e aflita

Sentei-me e os dois me olharam com uma cara em seria.

- Bem Alice, como eu já estava falando com o Jacob, a doença que a sua
irmã tem se chama Leucemia Mieloide Aguda. Ela não é muito comum entre as
pessoas da idade da Isabella, mas como Jacob me disse que o pai de vocês morreu
disso, ficou explicado. - disse seria

-Nosso pai e nosso avo morreram dessa doença, existe um caso bem antigo
de leucemia na minha parte de família paterna.

- Então acho que você já tem uma noção básica, não é mesmo? – assenti-
Bem, só pra relembrar, mieloide aguda é o tipo que afeta a medula óssea e os glóbulos
brancos. Pelo o que vi na ficha e nos exames dela, ela chegou reclamando de
dores nas articulações e sangramentos contínuos, e pra ela já ter procurado o
Carlisle, é porque provavelmente já tinha uma mera idéia do que poderia ser. O
Dr. Cullen também tirou algumas fotos de duas partes de seu corpo, as costas e
a parte baixa da barriga.

- Pra que fotos, Victoria?- eu não me lembrava de nenhuma foto no tempo
do meu pai.

- Nesse tipo de leucemia, o paciente fica com algumas manchas rochas no
corpo, devido ao acumulo de sangue, mas essas machas são temporárias então não
me é surpresa de que existam tão poucas pelo corpo dela.

- Mas e o diagnostico dela? – perguntou Jake com a mesma expressão de
antes.

- Carlisle pediu alguns hemogramas e outros tipos de exames, e pelo o
que eu vejo o caso já esta bem avançado. Ela não tem mais que um ano de vida.
Sinto muito.

Nessa hora Jacob se levantou da cadeira e começou a andar pela sala como
uma fera enjaulada. Eu sabia o que ele estava sentindo medo, tristeza e a
sensação de incapacitação, por não poder fazer nada para ajudar a Bella.
Percebia seu corpo balançando levemente por causa do choro. Eu queria fazer o
mesmo, e até gritar que não era justo minha irmãzinha morrer, mas eu sabia que
a minha vontade teria de ser guardada, afinal eu estava grávida e já era uma
gravidez de risco, eu não podia abusar demais.

Então respirei fundo e olhei para frente, prendendo o meu choro e o
desespero.

- Você acha não que alguma coisa poderia ajudar a minha irmã? A
quimioterapia, ou algum transplante? – perguntei esperançosa. Quando
descobrimos a doença de Charlie, Carlisle nos perguntou se havia algum irmão
dele vivo para fazer a transfusão de medula óssea, mas infelizmente meu pai era
filho único e meu avo não era mais vivo naquela época.

- Poderia ser feito um exame para ver se você é compatível e se você
pode doar a medula, mas você esta grávida, então isso seria uma opção invalida.
Com o transplante, mesmo com o caso bem avançado, as chances dela aumentariam
em talvez, 60%, e se ela começasse a quimioterapia agora, não poderia dizer
nada totalmente garantido, mas talvez a quimio só fosse fazê-la sofrer mais e
só tardar o tempo de vida dela.

                Pela primeira vez desde eu
descobri estar grávida, eu não queria essa criança. Vocês podem falar que eu
sou louca, que é do meu filho que eu estou falando. Mas eu não conseguia imaginar
minha vida sem a minha irmã.

                Estava um silencio sepulcral na
sala do Jacob até que ouvimos um barulhinho irritante e vi Victoria apertando
um botão no bip dela.

                -Me desculpem, mas eu tenho que
ir agora, eu tenho uma emergência na UTI. Mas vocês têm mais alguma duvida? –perguntou
prestativa

                - Não Victoria, pode ir. Muito
obrigada mesmo. – agradeci.

                - Que isso, e Jacob me contou a situação.
Tente explicar a ela todas as opções com cuidado, ela não pode querer acabar
com a própria vida desse jeito. - disse. Ela segurou minha mão como sinal de
conforto e conformidade e saiu.

                O silencio de antes voltou.
Percebi Jacob voltando à mesa dela e ligando o computador. Ele digitou algo rápido
no computador e olhou para mim. Eu percebi que ele estava na pagina de uma agencia
de viagens.

                - Alice, a Bella te disse aonde
que ela esta?

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Pov. Edward
( primeirao hein minha gente kkk)

                Fui dirigindo com calma até em casa. Tudo que eu mais queria naquele momento era a minha cama. Hoje o dia foi meio tenso, vamos por assim dizer. Ficar excitado ao lado da Bella tenho certeza que não foi muito legal. Estar ao lado de uma mulher linda como ela, enquanto aquele filme passava, não ajudou em nada. Sem contar com um fato muito mais importante. Eu a amo. Apaixonei-me por ela. Encantei-me com seu sorriso, sua voz, seus olhos e até seu rosto todo corado quando ela fala comigo. Ela é perfeita.

                Obvio que desde que a vi, tentei
ficar o mais perto dela possível, sendo seu guia turístico, visitando-a em seu
hotel, tentando aproximá-la o maximo possível da minha família. Queria que ela
fizesse parte do meu mundo assim como ela já fazia do meu coração.

                Ainda não acreditava estar
apaixonado por ela. Não posso dizer que foi amor a primeira vista. Quando nós
nos esbarramos, eu me encantei com seu jeito tímido e corado. Pensei em ligar
no outro dia, mas achei melhor esperar mais um pouco, afinal, ela havia chegado
no outro dia. Mas parece que o destino pensava o contrario. Depois de nos
encontrarmos na rua, fomos a um café que eu gostava. Tivemos uma conversa bem
gostosa, rimos muito, mas muitas vezes percebia seu olhar ficar triste,
perdido. Sentia vontade de perguntar, e tentar de alguma maneira consolá-la,
mas percebia que ela não queria falar nisso. E, alias essa não foi a primeira
vez que isso acontecia.

                A cada dia que se passava, eu me
apaixonava ainda mais por ela, e parecia que esse sentimento estava sendo
recíproco. E foi com esse pensamento que eu a beijei. E foi uma das sensações
mais indescritíveis que já senti na vida. Mas essa sensação logo se dissipou,
quando ela me falou que não podia fazer isso por causa do namorado em NY. Que
merda que eu estava pensando quando eu a beijei? Era obvio que uma mulher linda
como ela teria alguém.

                Depois disso, eu passei a me
controlar um pouco em relação aos meus sentimentos. Eu tentei, seria mais
correto falar, mas é quase impossível ao lado dela.

                Fui chegando próximo a minha
casa e percebi as luzes já apagadas. Ainda não era madrugada ou tarde da noite,
mas o pessoal estava moído por causa de ontem.

                Entrei e fui tomar um banho
quente, quando saí, percebi uma certa loira sentada em minha cama mexendo no
meu celular.

                - Seu mais novo hobby agora é
ficar entrando no quarto dos outros e ficar mexendo nos celulares alheios?!

                - Sim, quando é o quarto e
celular do meu irmão preferido.

                Olhei de forma cética em sua
direção e fui pegar o meu celular de suas mãos. Entreguei a sacola com remédios
dela e abri a porta com a intenção de que ela fosse embora, mas parece que ela
não se tocou já que ela nem saiu ainda da minha cama.

                - Então Rosalie, deseja algum
tipo de convite formal?

                - Da pra parar de ser mal
educado? E muito obrigada por ter comprado o meu remédio, alias, muito obrigada
não, já que não fez mais que a sua obrigação depois de ter pegado sem a minha
permissão e ter dado pra Bella. E por falar em Bella, como esta a minha
cunhada? – perguntou com um sorrisinho malicioso.

                - Rosalie, por favor, não comece
a essa hora da noite, hoje não foi um dia muito bom, e eu estou cansado. E ela
esta bem, e só pra constar ela não é sua cunhada.

                - Eu sei que não é, e não é por
falta de vontade sua não é mesmo? – perguntou num tom de quem sabia demais.

                - Rosalie você deve ter bebido
demais ontem à noite e o álcool ainda deve estar no seu organismo, agora, por
favor, se retire.

                - Eu sei que vocês se beijaram e
ela falou que tem um namorado em NY, Edward. E eu sei que isso deve ter sido
mais que um balde de água fria em você.

                Eu sabia que não deveria ter
contado nada praquela anta do Emmet, ele tem a língua maior que a boca. Mas eu
tenho que admitir que ele foi um ótimo psicólogo quando eu cheguei arrasado
naquele dia.

                - O que você esta querendo
Rosalie? Acho que já é tarde demais pra me consolar.

                - Eu quero te ajudar a conquistar
ela e ainda fazê-la terminar com o namorado.