3 anos depois.

Uma Manhã Gloriosa assoprava em Nova York. Era começo do verão então as ruas estavam abafadas e densas. Os parques lotavam de crianças correndo de um lado para o outro, casais tomavam sorvetes, e alguns corriam pingando de suor. Era um dos dias mais quentes do ano e o céu era um azul infinito e brilhante sem uma única nuvem. As arvores eram verdes de todos os tons. As ruas continuavam movimentadas e as escolas fechadas para as férias dos alunos. Aqueles que tiverem também um retiro de férias em seus empregos saiam para tomar sol, ir na piscina com a mulher e filhos, ou iam tomar refrescos, diferente de Edward e Bella que neste exato momento se encontravam sentados em um canto do banheiro no apartamento comprado logo depois do casamento. Era espaçoso e tinha quatro quartos. A suíte do casal, um de hospedes, outro de escritório para Edward e Bella (onde compartilharam inúmeras aventuras sexuais ali) e um que pairava vazio, apenas com uma vasta janela que dava uma incrível visão do Centro Park.

Isabella usava apenas uma blusa larga dos pijamas de Edward, enquanto este usava o shorts. Ambos sem nada por debaixo das vestes.  

-Falta muito?- perguntou Bella com os olhos brilhantes e esperançosos enquanto se aconchegava mais ao marido e encolhia seus joelhos aos peitos.

-Acho que uns cinco minutos- respondeu afagando o fino braço da esposa.

-Edward e se...- ela começou.

-Se não der certo, tentaremos quantas vezes você quiser- respondeu passando a ponta de seu nariz no dela e encostando suas testas- Como fizemos agora... E de novo e de novo e de novo...

Um barulhinho se fez no banheiro como um apito de fogão alertando que o peru estaria assado. Isabella mordeu os lábios sorrindo.

Edward a ajudou se levantar e se encararam por um segundo.

-Não se preocupe, vai dar tudo certo. Acredite. Não seria possível depois de tantas tentativas no feriado que passamos em Veneza- respondeu fazendo a esposa corar por lembrar-se daqueles maravilhosos dias em Veneza com o marido. Só de pensar, fazia-a querer repetir a dose tudo novamente. Edward caminhou até o grande balcão da pia e pegou uma espécie de palitinho na borda. Por mais que tentasse parecer calmo, ele estava realmente muito nervoso. Era a primeira vez que estaria fazendo isso, então com as mãos suadas, olhou para o resultado que o palitinho dera, o que poderia fazer mudar a vida de ambos a partir de então.

-Então o que deu?- perguntou Isabella ansiosa.

Ele sorriu e foi até a esposa.

-Eu disse que não teria como dar errado- entregou o palitinho que mostrava um sinal de positivo rosa choque nas mãos de Isabella que sorriu e esticou os braços ao marido o beijando. Não ouve derramamento de lagrimas, não dera tempo. Nem mesmo de tirarem as roupas, pois agora Edward e Bella se encontravam ofegantes na parede do banheiro. A blusa da tirada apenas de um lado e o shorts dele acumulado nos joelhos.

-Bem se isso estiver como um alarme falso, te garanto que agora não tem como errarmos- disse ele ofegante e sorrindo para a Bella que gargalhou e voltaram a praticar o que mais adoravam. Sexo.

8 meses depois.

Aquele quarto agora não mais vazio estava pitado de cor azul bebê e branco. O berço era de folhado a ouro e a roupa de cama era branca macia com alguns bordados em azul. Pendurado na parede e caindo para dentro do berço tinha uma espécie de brinquedo giratório que tocava uma suave musica. Nas janelas grandes e pesadas cortinas caiam até o chão. O resto da mobília era formado pelo trocador, o armário de roupas e outro nomeado de Fraldario, que guardava as fraldas, talcos, mamadeiras, chupetas, mordedores, entre outras coisas. A decoração também ganhava vida com alguns bichos de pelúcia, e porta retratos que logo seriam preenchidos. Ao lado da janela tinha uma poltrona de balanço que ia e vinha lentamente. Sentada nela Isabella dava de mamar para sua pequena e prematura Felipa Swan Cullen. A pequena tinha cabelos escuros e cheios, a boquinha era vermelha e o corpinho era magricela por nascer antes da hora, mas, contudo, gozava de perfeita saúde. Isabella ainda não conseguia ver a cor de seus olhos, mas não duvida que esta teria sorte. A porta do quarto rangeu um pouco e de lá saiu Edward acompanhado de Rosalie e dois pestinhas que entraram correndo parando ao lado da madrinha.

-Ela tá nanando?- perguntou Lorenzo com seus cabelos encaracolados e negros olhando para a priminha enquanto Frederico, com seus cabelos loiros avermelhados seguia o irmão.

-Está quase- respondeu Bella sorrindo para seus meninos.

-Não façam barulho garotos- disse Rosalie entrando com seu mais novo barrigão de 7 meses carregando agora Victória- Como vai a minha menina?- perguntou passando a mão na cabecinha de Felipa.

-Sonolenta- respondeu baixinho vendo que sua pequena já tinha adormecido.

Edward olhava para as duas sorrindo. Não poderia estar mais feliz como estava agora.

-Então é melhor deixarmos a neném descansar não é meninos?- disse para seus filhos que muito quietos deram um beijinho na cabecinha de Felipa e depois na bochecha da tia- Depois nos falamos ok?- piscou se despedindo da amiga.

Logo depois que eles saíram, Bella se levantou silenciosamente e a carregou até o berço, onde, se não fosse a cabeleira, sua filha quase desaparecia. Ela ficou observando os pulmõezinhos subirem e descerem lentamente, a boquinha ficava entre aberta e as mãos e pés não paravam no lugar. Sorriu com a cena.

Sentiu um beijo ser deixado na nuca e mãos agarrarem suas cinturas ainda finas.

-Edward- suspirou.

-Isabella- respondeu suspirando também enquanto beijava seu pescoço e passava os lábios pela garganta- Sinto tantas saudades de você- disse rouco.

-Eu também- respondeu no mesmo tom.

-Felipa como está?- perguntou agora subindo as mãos pelas costelas dela.

-Como eu disse, bem sonolenta- e se virou para ele o beijando calmamente- Eu te amo.

-Eu também te amo- respondeu voltando a beijá-la e a carregando para o quarto de casal onde saciaram suas saudades carnais.

O que começou com algo sem compromisso, acabou em amor, mas é como dizem, as coisas surpreendentes da vida são as que vêm inesperadamente. Podia ser com um trocar de olhos, em uma conversa entre amigos, ou um derramar de café na saída apressada de uma cafeteria...

Fim.