Morning Glory escrita por vickdecullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Estou me rendendo aqui para aquelas leitoras que querem me matar. Dou toda a razão para vocês amores, desculpem de verdade pela demora para postar a fic, estava completamente sem ideias, parecia uma vazio na minha cuca kkk
espero que voces ainda não tenham me abandonado e continuem com seus comentarios lindos *-*
beijos vick de cullen



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- Isabella?

Quase não podendo acreditar na voz dele, Isabella se virou ficando cara a cara com a ultima pessoa que precisava ver hoje.

- Jesse? – disse surpresa.

- Bella! Meu Deus, quanto tempo! – disse vindo em sua direção e dando um abraço apertado que continuava estática. – Nossa, como você mudou. Quase não a reconheci quando entrou no restaurante.

- Nossa, nem posso acreditar que estou cara a cara com você... Faz tanto tempo. – respondeu sem emoção.

- É, exatamente cinco anos...

- Cinco anos. – disse num sussurro.

- Mas como vem passado?

- Ótima, trabalhando muito... E você? Terminou a faculdade? Trabalho? Filhos? – perguntou com um sorriso fraco.

-Ah sim claro. Terminei a faculdade, trabalho numa empresa muito importante aqui em Nova York. – disse dando de ombros. - Casei, mas já estou no meio de um divorcio e tenho um filho de 4 anos.

- Nossa, praticamente já passou por todas as faces da vida. – respondeu rindo.

- É, quase isso. – riu também. – E você casou? Tem filhos? – perguntou a olhando tão profundamente que parecia que via sua alma.

- Casar, eu?! Imagina, isso não é comigo. Não agora que eu estou tão bem com a minha carreira. – disse percebendo que estava começando a realmente conversar com ele. Justamente com ele.

- E onde está trabalhando?

- Eu sou produtora chefe no Day Break.

- Day Break! Eu assisto todos os dias antes de ir para o trabalho. É realmente muito bom e minha ex-mulher também ama o programa.

- Obrigada pelos elogios. – respondeu corando e o encarando, por incrível que pudesse parecer, aquela sensação de estar conversando com ele estava a deixando bem. Na verdade muito bem. Como se nada do que tinha acontecido havia acontecido. – Bem, acho que vou indo. – disse passando por ele, que o mesmo pegou no seu pulso.

- Espere. – disse. – Deixe lhe pagar um drink.

- Não acho que deveria... Não seria prudente depois de tudo...

- Vamos lá, Bella. Como nos velhos tempos. – pediu com aqueles olhos azuis que tanto ela amou um dia. Parou para pensar. Um drink não lhe faria mal, afinal ela realmente precisava de um. Apesar de ser ele que pagaria a bebida, era melhor que um conhecido qualquer. E por mais que não quisesse, eles tinham que se encarar um dia, mesmo que num dos piores dias da sua vida.

- Acho que um drink não vai fazer mal, não é mesmo?

- Essa é a minha Bella.

Ela sorriu e aceitou o braço que ele a concedeu indo até a mesa que ele estava. Jesse a tratava como um digno cavalheiro, puxou a cadeira para que se sentasse e pediu as bebidas.

- Não acredito que você ainda se lembra da minha favorita. Conhaque com três pedras de gelo. – disse rindo.

- Não esqueci nada em você. – disse a olhando, deixando Isabella um tanto que incomodada com o olhar, era tão intimo. – Tanto que eu sei que você estava chorando sim quando entrou aqui. Mas não irei obrigá-la a me falar nada, afinal não tenho esse direito.

 - Não tem mesmo. – disse num tom rude. Jesse a encarou por alguns segundos com dor no olhar. Sabia que ele havia magoado Isabella, mas ele se arrependia todos os dias por ter feito isso com uma mulher descente que ela é. O pior foram às palavras sujas que ele tinha tido para ela na noite em que terminaram.

E lá estava ela na sua frente, exatamente do jeito que ele nunca imaginara que ela se tornaria.  Uma mulher elegante e feminina. Será que mudara por causa dele? Não poderia, talvez por causa do trabalho, pois mesmo com toda a sua mudança ela ainda continuava a usar batom vermelho e esmalte preto nas unhas. E seu perfume... Ah, era o de baunilha que ele sempre adorou.

- Bom, então vamos mudar o assunto. – disse tentando deixar o clima mais leve. – Esta muito linda, Isabella. Devo dizer que mudou muito desde á ultima vez que nos vimos.

- Obrigada, Jesse. – respondeu olhando para as mãos sobre o seu colo. – Você também mudou. Não parece mais o motoqueiro louco que eu havia conhecido num pub.

- Eu cresci, assim como você. – respondeu olhando para ela.

As bebidas chegaram e ambos beberam depois de um trincar de copos. Um... Dois... Três... Cinco copos eles já haviam tomado e ambos riam e conversavam sobre os velhos tempos, dos momentos que tiveram juntos, da noite em que eles tinham se conhecido... De quando Jesse havia comprado um molho de tomate apimentado e tiveram que comer um macarrão super forte. Jesse a cada momento que se passava se lamentava por ter  traído ela anos atrás. Que talvez agora eles estivessem casados, com filhos, e felizes. E por um momento pensou que tudo isso ainda poderia acontecer. Sem notar estava a encarando com admiração, como se ela fosse um vinho refinado e o mais caro da prateleira.

- O que? – perguntou sorrindo com a feição mais suave por conta da bebida.

- Nada, só estou apreciando sua beleza.

- Poderia tê-la ainda se fosse há cinco anos atrás. – disse bebendo mais um gole da bebida.

Jesse fechou a cara deixando o copo sobre a mesa e a encarando novamente. Se ele a queria teria que agir agora.

- Arrependo-me todos os dias por ter feito isso a você, Bella. – pegou na sua mão a fazendo olhar para ele. – Casei com uma mulher que não amava por causa de um filho que iríamos gerar. Pensava em você todos os dias. Ainda penso em você todos os dias.

Mal podia acreditar no que ele tinha tido para ela agora. Tantos dias chorando e pedindo  para que ele um dia dissesse isso para ela, e agora que ele estava ali, na sua frente, fazendo exatamente o que tanto esperou, ela não sentia nada. Não pensava em nada... Na verdade todo aquele pequeno discurso que há anos tinha planejado falar nesse dia, não passava de palavras soltas na sua cabeça... E com a mais oculta das forças, tiradas de seu ser, ela se permitiu dizer:

- Acho que agora é tarde demais para arrependimentos, Jesse. – disse. – Passei cinco anos da minha vida pensando e tentando entender o “por quê”. Você faz idéia de quanto eu te amei? E de quanto tempo eu sofri por causa disso? – dizia o encarando. – Meu coração foi quebrado por tanto tempo... Que agora, já não consigo imaginar um futuro ao seu lado.

- Não, não é tarde demais, Bella. – disse isso e lhe tomou os lábios com os dele.

De inicio, Bella não retribuiu. Estava surpresa, mas por mais que tentasse não querer beijá-lo, o desejo reprimido por tantos anos falava mais alto. Então se permitiu levar pelo momento e fechou os olhos. Os lábios trocavam leves beijos, um saboreando o outro. E por um leve segundo, Bella achou que eram os lábios de Edward, por isso lhe permitiu os abrir e deixar que sua língua escorregasse para dentro da sua. Como se arrependia de ter dito aquelas horríveis palavras para ele a poucas horas atrás. Como queria poder ter o privilegio de voltar no tempo e evitar que ele beijasse Tânia, de poder se permitir amar, de poder ter um futuro feliz com Edward.

- Eu te amo. – ele sussurrou em seu ouvido e isso bastou para fazer lágrimas caírem por sua face. Ele a amava. Era o que bastava para ela se entregar mais uma vez ao beijo que ela acreditava ser do único homem que ela verdadeiramente amou.

- Eu também te amo, desculpe por isso. – sussurrou sem abrir os olhos. Não queria abri-los, não estava pronta para encarar a realidade, pois mesmo sob o efeito do álcool e por ter a certeza de que ali não era Jesse, de certo modo sabia que não era Edward que a beijava. E que não era ele que a amava.

(...)

Um mês depois...

O cheiro de álcool era forte. O apartamento era uma escuridão profunda e gelada. Se ele não morasse lá, diria que não tinha nenhum tipo de vida pairando no escuro. Tudo era muito assombrado. As janelas estavam abertas e a neve entrava por elas.

Com pouca dificuldade podia-se ver uma sombra sentada no piano branco. A mão grossa e áspera segurava um copo de conhaque cheio, que depois de um generoso gole, o repousou sobre o piano, quase escasso.

Novamente as mãos fizeram um pequeno movimento, mas agora para poder tocar a melodia de The Heart Won't Be Denied de Collin Devlin.

Edward Cullen já não era mais o mesmo. Pior do que ele poderia se tornar, ele agora bebia para tentar esquecer a dor... Acordava sem rumo, não saia de casa, não atendia o telefonema de ninguém e, às vezes, no meio da madrugada, desorientado se via embriagado na porta do apartamento de Isabella, com a esperança de poder trombar com ela, mas sempre o porteiro acabava o amparando colocando-o num táxi, fazendo ele voltar para o seu apartamento.

É, o amor doía muito. Era uma dor que ele não desejaria para o pior dos seus inimigos.

Com os acordes finais, Edward finalizou sua melodia com um forte bater nas notas, como se as tivessem socado. Fechou os olhos, abaixou a cabeça, e gritou derramando lagrimas de esperança, esperando que debaixo dele se formasse um mar onde pudesse navegar até Isabella.

A mulher atrás de si encarava tudo com lagrimas no rosto. Vê-lo sofrer desse jeito doía demais em si. Se pudesse, transferiria essa dor lastimante do coração de seu filho para o dela. Só para não o ver mais desse jeito, faria. Porém, Esme não tinha super-poderes, e a única coisa que poderia fazer naquele momento, era correr até seu filho caçula, abraçá-lo com toda a sua força, e recitar em seu ouvido: “Tudo ficará bem...”.

Esme o segurava fortemente para que ele não fugisse. A dor era tanta que ele não queria que sua mãe sentisse a mesma coisa, apesar de saber que era impossível.

Mãe e filho estavam sentados um do lado do outro, sobre o banquinho na frente do piano, enquanto uma brisa de neve entrava e rodeava-os, como um abraço cálido.

- Pelo Amor de Deus, meu filho, não faça isso com sua mãe. – disse Esme depois de um tempo. – Não tem noção de como me dói vê-lo desse jeito, meu amor. – pegou em seu rosto molhado.

- Mãe, por que amar dói tanto? – perguntou derrubando mais lagrimas. – Sinto como se não pudesse mais viver, como se não pudesse respirar. Ela se foi, mãe. Deixei-a escapar. Se eu não tivesse a fama que tenho, talvez agora ela estivesse comigo. Teria me deixado falar, teria acreditado quando disse que a amava...

- Querido... – disse numa voz doce voltando a abraçá-lo, se perguntando mentalmente até quando iria conseguir guardar esse segredo que ela tinha em suas costas.

“O natal já esta para chegar” se repetia mentalmente, a cada vez que olhava para os verdes olhos de seu filho “logo tudo isso acabará.”...

(...)

Natal.

O apartamento dos Cullens estava num clima festivo. Todos os convidados comiam, bebiam, riam, falavam... Depois de muito sua mãe insistir, Edward finalmente concordou em ir à comemoração de natal de sua família. Ninguém havia tocado no assunto sobre seu sumiço, apesar de todos de sua família saberem o motivo.

Esme andava impaciente de um lado para o outro sem parar, tateando com as pontas dos dedos a taça de champanhe.

- Será que vai demorar muito? – perguntava andando de um lado para o outro.

- Calma, Esme, falei com ela hoje de manhã, ela virá com certeza. Lhe garanto.

- Oh, desculpe meu comportamento, querida. – dizia para Rosalie. – É que estou muito ansiosa. Esses últimos dias tem sido um verdadeiro inferno. Ter que ver Edward desse jeito, tendo que quadrar segredo sobre tudo... – suspirou.

- Não se alarme, mamãe. – disse Emmett. – Bella estará aqui. Disse que passaria na casa de um amigo e depois viria.

- Está bem. – respondeu.

- Querido, veja. – disse Rosalie segurando na sua barriga. – Os meninos estão chutando.

Emmett foi até a barriga de sua mulher e começou a conversar com seus filhos. Esme via tudo com brilho nos olhos. Como queria que seu caçula tivesse tudo isso também. E sabia que teria, como já tinha dito, ela nunca errava numa previsão e algo dizia que tudo no final ficaria bem.

Enquanto tudo isso acontecia, do outro lado da festa Edward estava no bar pedindo um drink após o outro, bebendo tudo calmamente. Não iria encher a cara na festa de Natal de seus pais. Afinal, era para ser um dia animado, festivo... Riu em pensamentos por terem passado essas palavras em sua cabeça. Virou o copo e pediu mais um conhaque.

Quase todos os convidados pararam quando Isabella entrou pela porta do apartamento dos Cullen. Estava linda em seu traje de vestido dourado tomara que caia acima dos joelhos. Os cabelos estavam soltos com leves ondulações, e nas unhas um esmalte preto, como sua marca registrada.

- Ela chegou. – disse Rosalie indo em sua direção, mas ao se aproximar viu atrás da moça um jovem alto e esbelto a segurando pela cintura.

Rosalie foi diminuindo o passo e nas suas rubras faces uma duvida se instalava.

- Bella?

- Rosalie. – exclamou a morena indo até sua amiga e lhe dando um abraço. – Feliz Natal.

- Feliz Natal... Uhm... Quem é o homem com você? – perguntou já vendo todo o seu plano e o de Esme indo ralo abaixo.

- Esse é o... Jesse. – sussurrou o nome, pois Rosalie sabia o muito bem quem era ele. Mesmo nunca o tendo visto, sabia o que este homem havia feito com sua amiga. – Antes que você diga alguma coisa, saiba que ele mudou muito desde que terminamos e que não estamos tendo nada serio.... No momento. Então seja, por favor, gentil. Jesse!

O homem veio em sua direção com um sorriso brilhante no rosto.

- Jesse, está é a minha amiga Rosalie, aquela que tanto falei.

- Ah, sim, claro que me lembro, amor. Feliz Natal. – a desejou com um beijo na bochecha que Rosalie apenas o aceitou de mal grado encarando Bella, por ele ter a chamado de “amor”, uma vez que Isabella tinha dito não ser nada serio.

- Jess, quer pegar um copo de champanhe para mim? – pediu Bella para poder falar com a amiga em particular.

- Claro. Ahm... Gostaria de alguma coisa, Rosalie?

- Não, obrigada. – disse num tom quase seco, mas que ele entendia perfeitamente. Era obvio que Rosalie sabia sobre o que havia acontecido há cinco anos atrás. Então apenas sorriu, deu um leve beijo na bochecha de Isabella, e seguiu para o bar, para pegar suas bebidas. Rosalie encarou Bella com ira no olhar.

- O que esta acontecendo, Isabella Swan? Desde quando vocês dois vêem se encontrando?

- Desde algumas semanas... Apesar de que realmente não te devo satisfações, Rosalie.

- Está certa não tem, mas a julgá-lo pelas coisas horríveis que ele te fez passar, pelo trauma que lhe causou, não posso acreditar que está se encontrando com ele. E me ofende você disser isso para mim, Bella.

Isabella viu nos olhos da amiga o quanto eles estavam magoados, confusos, surpresos...  Com inúmeras emoções que ela muito poderia ter evitado não fosse os ataques de raiva que vinha tendo.

- Perdoe-me – pediu a abraçando. –, não queria magoá-la.  É que eu ando muito estressada e nervosa esse mês.

- Desculpe-me também, por querer dizer o que você deve fazer, Bella. A vida é sua e você sabe o que faz.

Olhou para Rosalie.  Mais uma vez agradeceu por não ser denunciada pelo olhar. Afinal, ela sabia que a amiga estava certa e também sabia que estar com Jesse era  errado. Mesmo vendo o quanto ele mudara nesses cinco anos, não era ele que amava.

- Ele está aqui? – perguntou à amiga.

- Está. – respondeu com a face sem expressão. – Ele vem sofrendo muito desde ultima vez que se viram, Bella... Sobre aquela noite...

- Aquela noite, Rosalie, nada mais foi o que eu sempre temi. Edward não ama as mulheres, as seduz, brinca com seus sentimentos, para depois joga-las no lixo como se fosse nada.

-Você nunca quis saber o que realmente aconteceu naquela noite, Isabella?

- Eu sei o que vi, não tem nada a ser esclarecido.

- Mas será que viu o que realmente aconteceu?

- O que quer disser...

- Que talvez não tenha sido ele que a beijou, mas sim ela....

Isabella começou a pensar. E tudo naquela noite começou a rodar na sua cabeça. Talvez tenha sido tola por ter acho que ele realmente a amou e ama, ou tola por julgado as ações erradas.

Uma súbita vontade de chorar a atacou nos tubos lagrimais, e inconscientemente passou a procurar por Edward. Seus olhos se cruzaram. Azul e Verde se misturavam. Ambos sem reação, ambos apaixonados.

Bella não pode ficar dentro daquele apartamento teve que sair de lá.

- Licença. – pediu a Rosalie e  foi em direção ao elevador.

Como vento Edward passou por Rosalie, correndo na mesma direção que Bella. Teria que dar tempo de alcançá-la. Teria que dar!


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