A Feiticeira e o Vampiro escrita por Samira_28ka


Capítulo 18
Capítulo 19 O Acidente


Notas iniciais do capítulo

O capítulo está como muitos imaginaram.
Bjs



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Vou descrever a minha visão detalhadamente:


                Tyler e a Juliana discutiam por algum motivo que eu desconheço. Ele descontou a sua raiva na estrada coberta de gelo. A Juliana estava desesperada. Quando o Tyler freou, o veículo se descontrolou e começou a rodar no asfalto. A última coisa que eu vi foi van do Tyler indo em direção ao meu carro, conseqüentemente, o exato lugar onde eu estou.


                O resto, eu deduzi. Qualquer um sabe o que vai acontecer. Será um Foi ótimo ter me conhecido. Adeus, Bella!


                Morrer por causa de uma briga de um casal adolescente. Que provavelmente se reconciliará em cinco minutos. Motorista irresponsável. Até quem não sabe dirigir, sabe que não pode acelerar na pista molhada, principalmente, com neve.


                Mas não tive tempo de fugir. Menos de um segundo depois da minha visão, um barulho ensurdecedor ecoou pelo estacionamento. Não precisei me virar na direção do som.


                Olhei pela última vez o Edward e a Alice. Alice estava com a mão sobre boca em uma expressão de choque como se tivesse visto o mesmo que eu. Outra coisa que me leva a acreditar nisso, é que ela trocou um olhar entre a van e eu. Edward mantém um olhar preocupado e seu rosto um misto de confusão, proteção, choque, preocupação e medo. Essa seria a expressão que eu manteria se eu visse o meu acidente de fora. Ele não me odeia. Deve ser influencia de Alice. Dei um sorriso tranqüilizador para os dois como se dissesse que tudo ficará bem.


                Não há mais tempo.


                Tudo vai acontecer


                Agora!


                Eu tinha aproximadamente dez segundos para parar o carro. Tirei meu anel e preparei para usar os meus poderes.  Fechei meus olhos e ergui uma mão. Criei uma barreira de ar praticamente impenetrável e invisível par a os outros. Outros, eu quero dizer humanos. Com certeza, os meus vampiros preferidos viram tudo. Claro, todo mundo conhece muitos vampiros. ; )


                O que ele está fazendo?


                Odeio admitir, mas eu estou errada. Eles não ficaram parados perto do seu luxuoso carro assistindo a minha possível morte. A prova disso é uma mão gelada em torno da minha cintura. Mesmo de olhos fechados sinto a sua presença e estou afetada. Seu cheiro adocicado e sem igual de mel e hortelã me faz ter tonturas. O seu toque faz correntes elétricas passarem por meu corpo. Todas as perguntas se tornavam irrelevantes perto dele. Por que eu não gosto dele mesmo?


                Mas movida por uma preocupação e uma coerência vindas de algum lugar opaco da minha mente que agora estava nítido. Ele ia parar o carro. Isso é lindo e heróico, senão fosse o fato dele se expor para um monte de alunos. A outra mão devia estar erguida para parar o carro. Edward estava em uma explosão  de emoções, que só não é pior da minha. Eu estava preocupada com todos, medo de tudo dar errado, chocada por Edward Cullen vir me salvar, feliz por estar ao lado de Edward, raiva por ele resolver bancar o herói quando eu não preciso ser salva, sensação de poder e descontrole, eu estava me sentindo quente, quase pegando fogo e outros sentimentos igualmente intensos. Junte isso a muita adrenalina, pânico e autocontrole e imagine como eu estou.


                - Deixe suas duas mãos na minha cintura agora e não questione. – murmurei o mais rápido que pude. Em um tom baixo, mas autoritário.


                Na hora que ele fez o que eu disse, a van azul colidiu com a minha parede de ar e recuou um pouco, mas parou. Novos arrepios passaram no lugar onde as suas mãos estão. Peguei meu anel e o coloquei. Sentia seu olhar acompanhando o movimento. Abri os olhos, logo após colocar o anel. Fitei seu olhos mais dourados do que nunca. Eles estavam carregados de preocupação. Mesmo preocupado, franzindo as sobrancelhas perfeitas, ele continuava lindo. Lindo, ele é mais que lindo.


                Repreendi-me por esses pensamentos, mesmo que  sejam verdadeiros. Para quem via de fora, parecia que éramos um lindo casal romântico. Nós estávamos longe de ser isso. Percebi que ele me erguia levemente contra o carro. Algo extremamente fácil para alguém com a força dele.


                -Bella!- ele chamou preocupado


                -Sim? –automaticamente falei com a máxima segurança que consegui.


                -Você está bem? – sua voz é sem dúvida a mais bonita que eu ouvi. Assenti confiante, não tendo certeza de como a minha sairia.


                Não tirava meus olhos dele e minhas mãos estavam inconscientemente no seu pescoço. Meu desejava puxá-lo para mais perto, mas a razão estava governando T.T. Timidamente, algo que eu não faço com muita frequencia, retirou minhas mãos do seu pescoço.  Ouvia vozes de pessoas se aproximando ao longe, mas eu pouco me importava com elas agora. Sentia como se estivéssemos em uma bolha que nos afastada de todo o mundo, mas que podia se partir com o menor dos sons. Ele tirou as mãos da minha cintura, mas sem interromper o contato visual.


                Ele se afastou um centímetro de mim, como se não fosse seguro estar perto de mim. Olhou-me de cima a baixo para ver se eu não tinha algum ferimento. Sorri um pouco envergonhada, mas muito feliz. Eu não sabia o motivo dessa felicidade. Na verdade, eu acho que sei. Mas não vou admitir estar tão feliz por causa dele, afinal, eu acabei de sofrer uma experiência quase- morte. Os cantos da sua boca se viraram para cima em um sorriso sem mostrar os dentes. Um barulho alto e gritos me despertaram daquele transe em que eu estava, estourando a minha bolha particular.


                Um grupo de homens afastava a van do Tyler. Olhei preocupada para os dois dentro do carro. Juliana estava inconsciente, não conseguiu ver se ela estava ferida. Tyler estava sangrando, mas eram cortes superficiais.


               Sangue. Mesmo sendo um vampiro vegetariano, ele ainda tem sede de sangue.  É melhor não arriscar. Virei- me para ele e sorri.


                - É melhor você não ficar aqui.


                - Por quê? - eu notei um leve tom de desafio em sua voz.


                - Acho que você não quer explicar como chegou a menos de um segundo aqui. Você quer?- ergui as sobrancelhas. Ele ficou levemente confuso, mas não transpareceu. Ele é um ótimo ator. Mas eu também sou.


                -Bella, você está enganada. Eu estava ao seu lado. Você não me viu porque estava de olhos fechados. – Se eu não soubesse de toda a verdade, eu diria que era tudo verdade o que ele dizia. Ele falava com uma convicção assustadora e disse cada palavra lentamente como se eu fosse deficiente mental. E ele me chamou de Bella, sendo que nós nunca conversamos. Vai demorar a fazê-lo admitir o que é. Mas não posso culpá-lo, eu agiria da mesma forma. E provavelmente agirei assim na nossa próxima e breve conversa. Mas eu não posso ficar discutindo com ele agora, por mais que eu goste disso, minha prima está mal nesse momento.


                -Edward, eu e você sabemos que o que você disse é mentira. Tenho certeza que você também quer esclarecer algumas comigo. Conversamos quando eu sair hospital. Ok? - falei tudo num fôlego só e parei para respirar. Olhei intensamente para ele que estava em uma mascara de indiferença.


                -Tudo bem. - ele respondeu friamente. Para acabar com a sua pose, beijei o seu rosto. Ele não mudou a expressão. Mas seu hálito de perto é incrível e eu percebi que ele não respirou. Já haviam tirado os ocupantes do veículo e depois vieram até nós. Perguntaram se precisávamos de macas, mas recusamos os dois. Edward insistiu para que eu ficasse em uma maca, mas eu neguei e convenci o enfermeiro de que eu estava bem. Ele não é o único que é persuasivo.


                Minha prima estava sendo levada com um suporte de gesso no pescoço. Quando Tyler passou por mim, ele implorou desculpas e eu o perdoei. Fui até um médico que estava de costas.


                -Doutor?!- assim que ele se virou, sabia quem ele era. Ele é incrivelmente bonito, pálido e tem olhos dourados. Doutor Carlisle Cullen. Vampiro. Um médico vampiro. Quem quer uma consulta com alguém que suga sangue? Se bem que, se ele fosse o médico muitas pessoas iriam reconsiderar. Foco, Bella, Foco.


                -Doutor Carlisle Cullen, mas me chame só de Carlisle.Em que posso ajudá-la?- Ele sorriu elegantemente, enquanto analisava umas folhas.


                - Eu queria saber o estado das vítimas. ­– Edward observava ao longe, certamente conversaria com o seu pai depois.


                -Não aconteceu nada grave, mas só posso ter mais informações quando tiver feito os exames. Você é parente de alguma das vítimas? – ele perguntou profissionalmente. Ele me passava confiança como médico.


                -Sim. Sou prima da Juliana Way. Como os pais dela não estão eu sou responsável por ela. Isabella Swan, mas me chame de Bella.


                -Bella, é um prazer conhecê-la. Mas eu tenho que ir.


                -Desculpe Carlisle. Estou ocupando seu tempo. Vejo o doutor no hospital. Até mais. – sorri simpática e fui andando até meu carro. Fiz um sinal para Jessica que explicaria tudo depois.


                Acelerei até o hospital, que como tudo na cidade, era no centro. Pensei se nunca repararam que eu dirigia acima dos limites permitidos e nunca levava uma multa. Mas me desliguei desses pensamentos.


                Fui à recepção e me deram o número do quarto deles. Fiquei na sala de espera e logo chegaram os alunos daquela escola inteira. Tive que explicar a mesma história várias vezes. Usei a versão de que o Edward me salvou. O que é uma meia verdade.


                O doutor me chamou e eu entrei na sala. Tyler estava em uma cama e a Juliana em outra. Ela estava dormindo e uma enfermeira fazia curativos nos ferimentos dele.


                - Oi Tyler! – tentei parecer animada.


                -Oi, Bella. Quero que me desculpe por isso.


                - Está tudo bem. - disse pela milésima vez.


                - Por que você não está acorrentada em uma cama como nós? – Ele apontou para a Juliana e contorceu o rosto quando a enfermeira passou o algodão.


                Antes de eu responder, dois homens entrarão na sala. Edward Cullen e Carlisle Cullen. Olhei para os dois e sorri surpresa. Edward enrugou o nariz como se tivesse sentido um cheiro ruim e olhou para mim com o rosto inexpressivo.


                - Ela tem bons contatos. – Edward respondeu a pergunta por mim com um sorriso. Se ele souber como essa frase ficou ambígua.


                - Olá, Edward. Olá, Dr. Cullen. - Carlisle olhou para  mim e eu corrigi com um sorriso.


-Olá, Carlisle.


- Olá, Bella. - responderam juntos.


- Como eles estão?- eu perguntei


- Sua prima fraturou o braço, tem alguns aranhões superficiais e teve uma leve pancada na cabeça. Está sobre o efeito de sedativo e vai passar a noite em observação. O Tyler tem alguns cortes e hematomas e também terá que passar a noite em observação.


- Quando ela irá acordar? - eu perguntei


- Em algumas horas. Como está se sentindo, Bella? - informou Carlisle.


- Estou bem. - respondi entediada.


- Posso fazer um exame rápido? – perguntou o médico. Edward me olhou atentamente como se a qualquer momento eu fosse gritar para os quatro ventos que ele era uma farsa. Como se eu fosse surtar ou cair de joelhos. Sorri docemente para o médico e assenti.


                Ele passou a sua mão tão levemente pela minha cabeça que eu mal senti. Enquanto o doutor fazia o exame, Tyler perguntou:


-Como que você saiu do caminho tão rápido?- Olhei acusadora para o Edward que não devolveu o olhar. Para alguém que me salvou há minutos atrás, ele estava muito ignorante no sentido de não- me- importo- com – o –que – você – diga.


- O Edward me tirou do caminho a tempo.- falei com  a voz com um falso agradecimento. Falso para mim, verdadeiro para os outros. Por mais que tenha sido incrível ter o corpo de Edward a centímetros do meu e sua intenção tenha sido das melhores, ele teria me exposto se eu não fizesse nada. Agora age como se não tivesse feito nada de importante. Inferno!Foi a minha vida que você tentou salvar. Eu terei a minha explicação. Ele não vai me impedir.


- Quando você chegou lá?Não te vi na hora do acidente - ele perguntou diretamente ao Edward. Ergui uma sobrancelha e tentei não sorrir.


-Eu estava ao lado dela. Você não deve ter me visto porque estava muito confuso no momento e o seu carro estava girando muito rápido. – ele falou com a mesma confiança que falou para mim lá fora. Tyler acreditou, é lógico. Eu queria que algumas pessoas não acreditassem em tudo que dizem. Para ser sincera, eu queria que o Tyler fizesse mais perguntas ao Edward. Mas com a  minha sorte, meu desejo se viraria contra mim e ele começaria a fazer perguntas para mim.


- Está tudo bem com você. Qualquer dor venha imediatamente ao hospital.- Explicou o doutor.


- Certo - eu concordei.


- Agora, vamos ver os seus exames. -  Ele se virou para o Tyler e o Edward saiu da sala.


Peguei a mão da Juliana que ainda está adormecida.Passei a mão com cuidado pelo seu cabelo. Ela parecia tão frágil com todos aqueles fios.


-Vai ficar tudo bem. - Eu sussurrei perto dela e apertei de leve a sua mão.


-Carlisle, ligue para a minha casa quando ela acordar. - Tentei não parecer autoritária, algo que eu fazia sem querer. O doutor olhou para mim e responde.


- Claro, Bella.


-Melhoras, Tyler. A escola toda está esperando você na sala de espera.- falei enquanto ia  até a porta. Não fiquei para ouvir a sua resposta.


Corri pelos corredores atrás do Edward e o encontrei conversando com Rosalie. Eles conversavam rápido demais e baixo também. Se pudesse estar vermelha de raiva, ela estaria.  Agora, mais do que nunca, ela parecia a loira psicopata. Os dois olharam para mim ao mesmo tempo como se eu fosse o demônio em pessoa.


Rosalie bufou e saiu desfilando pelo hospital elegantemente e imponente, atraindo olhares de todos que passavam. Edward se virou para mim com a face hostil. Ele não queria uma conversa amigável. Se ele quiser uma conversa.


Tentei manter a calma e coloquei um sorriso no rosto. Talvez eu pudesse tornar isso algo prazeroso para os dois.Ou não.


- Edward, podemos conversar?


- Tenho outra escolha? - murmurou ele cinicamente.Ele quer acabar com a minha paciência.


- Você prometeu, agüente as conseqüências.Vamos conversar lá fora por favor?- ele pensou rapidamente e foi andando para fora.


Bufei irritada e praticamente  corri para acompanhá-lo. Fomos o caminho todo em silêncio. Ele foi para perto do seu carro lindo e caro. E se virou para mim.


­- O que você quer conversar comigo? – perguntou asperamente. Se ele queria uma conversa assim, é isso que ele terá. Prepare-se Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer a todos que mandaram reviews.
e até.........



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