The Gardener escrita por LittleFish


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

Olá! Acho que não demorei. Agradeço a todos pelos reviews maravilhosos e estimulantes que recebi! Espero que curtam esse capítulo.

Boa leitura ~



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Rukia estava tão ansiosa para a chegada dos empregados que acordou o mais cedo que pôde. Tão cedo que assim que desceu as enormes e elegantes escadas deparou-se com a figura de Byakuya que já saia para trabalhar.

– Caiu da cama, garota? – Ele perguntou.

– Nii-sama... – Disse com sono – Quando o pessoal chega?

Ele fez uma expressão estranha. Nunca a tinha visto em seu rosto, mas parecia muito com a de desgosto.

– Eles não são “o pessoal”, Rukia. São empregados, estão aqui para trabalhar. E nada de conversinhas entendeu? – Disse severamente.

Ela revirou os olhos.

– Nii-sama...

– Prometa-me – Falou, quase soletrando.

Rukia suspirou, vencida.

– Está bem, está bem. O senhor é quem manda – Levantou os braços em sinal de rendição.

– Ótimo. Hoje à noite trarei um amigo para jantar aqui. Peça a Matsumoto que capriche na comida.

– Amigo? Quem...?

A garota sempre fora muito curiosa, por isso Byakuya nunca se espantava com suas constantes perguntas. Mas daquela vez, ele parecia bastante satisfeito com isso.

– Ele se chama Lawrence Inglethorp.

– Não é japonês?

– Não. É um norte-americano que está fazendo parceria com a minha empresa. Um homem muito bem sucedido e responsável.

“E por que ele está me dizendo isso mesmo?” – Se perguntou.

– Então vou indo... – Tossiu.

– Tenha um bom dia, Nii-sama!

– Você também – Disse meio sem jeito.

Abriu a porta e retirou-se, deixando a garota sozinha na casa. Ela olhou para os lados, procurando o relógio de pêndulo que ficava no canto da sala. 7:30... Os novos empregados chegariam as 8:00. Rukia não estava nem um pouco disposta a esperar.

Sentou-se no sofá e ligou a TV. Programas culinários, novelas matinais, mini-séries, programas policiais... Nada que lhe atraísse. Desligou-a então e ficou mirando o teto cheio de detalhes da Mansão Kuchiki enquanto pensava nos acontecimentos do dia anterior.

– Foi um prazer, Rukia-sama.

A voz daquele rapaz ainda ecoava em sua mente.  Ela não conseguia parar de pensar naquela figura alta e tão singular de cabelos laranja. A moça nunca fora muito sonhadora, pois aprendera com o irmão que não se deveria idealizar nada em vão. Mas naquele momento, pediu desculpas internamente para Byakuya, não conseguia parar de pensar no momento que o veria novamente.

Durante o dia anterior, ele quase nada dissera, mas estava decidida a fazê-lo falar. Estava tão curiosa quanto uma criança... Queria saber mais e mais.

Suspirou então.

“Mas que diabos ando pensando?” – Sacudiu a cabeça violentamente.

Mas antes que sua mente se direcionasse a outro devaneio ela ouviu a campainha soar.

“O que...”

A campainha tocou novamente.

– Rukia-sama? Rukia-sama? – Uma voz feminina chamou.

“Deve ser a Inoue...” – Pensou ao se levantar.

Caminhou e abriu a porta. Inoue Orihime sorria para ela com um uniforme preto simples. Atrás dela vinha Matsumoto com uma roupa comum e um avental na mão. Mas só avistou as duas mulheres.

– Onde está o outro? – Perguntou.

– Kurosaki-kun preferiu ficar logo no jardim, Rukia-sama. Ele é meio fechado, mas é uma ótima pessoa – Sorriu.

Ela assentiu.

– Podem entrar! Matsumoto, meu irmão pediu para que você caprichasse no jantar de hoje... Ele trará um amigo para cá.

A loira levantou as sobrancelhas.

– E ele é bonito?

Inoue remexeu-se incomodada.

– Rangiku-san, não deveria fazer esse tipo de comentário...

Mas Rukia riu divertida.

– Não o conheço, mas se for bonito com certeza o deixarei para você – Comentou.

A loira sorriu.

– Acho que vamos nos dar muito bem, Rukia-sama.

Na verdade, a garota não suportava que lhe dirigissem a palavra com –sama incorporado ao nome. Não combinava com ela... Era tão frio e formal. Tentou dizer isso as duas, mas elas retiraram-se antes que pudesse começar a falar.

– Está certo... – E fechou a porta.

Matsumoto já estava na cozinha, preparando alguma coisa e Inoue estava limpando os vasos da coleção de porcelana chinesa de Byakuya.

– Eu odeio esses vasos – Ela comentou.

– Por que?

– Nii-sama passa mais tempo os polindo do que conversando comigo – Disse incomodada.

A ruiva sorriu.

– Talvez não seja bem assim, Rukia-sama. Ele pode ser um homem ocupado, mas com certeza se importa com a senhorita.

A garota sorriu.

– Não precisa ser tão formal assim.

A ruiva devolveu-lhe o sorriso.

– Acho isso um pouco estranho... Em nenhuma casa onde trabalhei as pessoas me trataram assim.

– Não vejo nenhum motivo para ninguém ser tratado diferente. Afinal, qual é o problema de sermos amigas?

– P-Por mim nenhum...

– Então pronto! Não se preocupe em manter essas formalidades comigo...

Da janela da sala, dava para ver o imenso jardim a sua espera.

– O Kurosaki-kun está lá. Acho que ele adoraria uma visita – Mas sua voz não era muito confiante.

Mas a garota não se importou.

– Acho que vou lá mesmo...

E sendo assim, retirou-se da sala e foi caminhando a passos largos para o jardim.

Mais ou menos na metade do enorme campo, ela deparou-se com uma figura agachada perto de um canteiro. Camisa preta levemente folgada, a típica jaqueta xadrez amarrada na cintura, uma calça jeans e um tênis All Star preto. O rosto estava levemente sujo de terra e a camisa estava um pouco machada de suor. Em sua mão esquerda estava uma rosa branca e na direita uma espécie de tesoura.

– Ai meu Deus... – Deixou escapar.

Ele ergueu os olhos.

– Posso ajudar, Rukia-sama? – Perguntou em uma voz baixa, levemente irritada.

– Ah... Ah... Eu... Só... – Enrubesceu.

O rapaz aguardou a resposta.

– Só queria ver como você estava se saindo.

– Estou ótimo.

– Gostou do jardim? – Perguntou, tentando parecer simpática.

– É bonito, mas está malcuidado – Disse olhando para a rosa.

– Acha que pode dar um jeito?

Ele voltou-se para encará-la.

– É, acho que sim. Já vi piores, acredite.

Ela assentiu, pensativa.

– Não sabia que havia trabalhado em outros lugares...

– Já sim, há algum tempo. Mas o salário era muito baixo... – E não concluiu.

E Rukia percebeu, logo pelas roupas, que Kurosaki Ichigo não era um homem de muitas posses. Automaticamente sentiu pena.

– Mas não é motivo para você fazer essa cara, Rukia-sama – Ele observou.

A moça sentiu o rosto corar um pouco.

– Eu só...

– Sei que suas intenções são boas, mas prefiro não ver isso estampado no seu rosto.

– Sinto muito...

Mas ele a interrompeu com a mão que segurava a rosa.

– Não se preocupe com isso. Sou só um jardineiro afinal. Por que está falando comigo mesmo? – E fez uma expressão zombeteira – Kuchiki-sama não iria gostar nada disso.

– Algum problema se eu quero fazer amizade? – Disse irritada.

– Não... Mas contanto que não seja comigo.

Ela sentiu como se lhe houvessem dado uma bofetada.

– Ora seu...

– Por mim não há problema, mas acho que o seu irmão não vai gostar nadinha da nossa “amizade”.

– Humph, e quem disse que ligo para que o Nii-sama diz? – Nem ela própria acreditava que estava dizendo isso.

Ele sorriu com certa malícia.

– Então está disposta a arriscar?

– Claro! – Disse decidida.

– Então está feito. Certifique-se de me visitar todos os dias – Seu tom era de desafio.

– Eu o farei!

– E cuidado com seu irmão – Disse zombeteiro.

Ela suspirou.

– Não precisa lembrar...

Ele riu, mas não era um riso divertido.

– E não me venha com esses risinhos! Agora apronte logo esse jardim – Disse brincando, mas seu tom era sério.

Ichigo ergueu as sobrancelhas.

– O que a senhorita desejar, Rukia-sama - Disse dando ênfase no nome da garota.

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Notas finais do capítulo

Curtiram mesmo? Uma integração maior entre Ichigo e Rukia o/
E sabe o que eu disse sobre ser uma short fic? Bom, ela vai continuar sendo pequena, mas a minha imaginação conseguiu acrescentar alguns capítulos a mais. Droga, KKK.

Bom... Reviews??