The Gardener escrita por LittleFish
Notas iniciais do capítulo
Olá! Acho que não demorei. Agradeço a todos pelos reviews maravilhosos e estimulantes que recebi! Espero que curtam esse capítulo.
Boa leitura ~
Rukia estava tão ansiosa para a chegada dos empregados que acordou o mais cedo que pôde. Tão cedo que assim que desceu as enormes e elegantes escadas deparou-se com a figura de Byakuya que já saia para trabalhar.
– Caiu da cama, garota? – Ele perguntou.
– Nii-sama... – Disse com sono – Quando o pessoal chega?
Ele fez uma expressão estranha. Nunca a tinha visto em seu rosto, mas parecia muito com a de desgosto.
– Eles não são “o pessoal”, Rukia. São empregados, estão aqui para trabalhar. E nada de conversinhas entendeu? – Disse severamente.
Ela revirou os olhos.
– Nii-sama...
– Prometa-me – Falou, quase soletrando.
Rukia suspirou, vencida.
– Está bem, está bem. O senhor é quem manda – Levantou os braços em sinal de rendição.
– Ótimo. Hoje à noite trarei um amigo para jantar aqui. Peça a Matsumoto que capriche na comida.
– Amigo? Quem...?
A garota sempre fora muito curiosa, por isso Byakuya nunca se espantava com suas constantes perguntas. Mas daquela vez, ele parecia bastante satisfeito com isso.
– Ele se chama Lawrence Inglethorp.
– Não é japonês?
– Não. É um norte-americano que está fazendo parceria com a minha empresa. Um homem muito bem sucedido e responsável.
“E por que ele está me dizendo isso mesmo?” – Se perguntou.
– Então vou indo... – Tossiu.
– Tenha um bom dia, Nii-sama!
– Você também – Disse meio sem jeito.
Abriu a porta e retirou-se, deixando a garota sozinha na casa. Ela olhou para os lados, procurando o relógio de pêndulo que ficava no canto da sala. 7:30... Os novos empregados chegariam as 8:00. Rukia não estava nem um pouco disposta a esperar.
Sentou-se no sofá e ligou a TV. Programas culinários, novelas matinais, mini-séries, programas policiais... Nada que lhe atraísse. Desligou-a então e ficou mirando o teto cheio de detalhes da Mansão Kuchiki enquanto pensava nos acontecimentos do dia anterior.
“– Foi um prazer, Rukia-sama.”
A voz daquele rapaz ainda ecoava em sua mente. Ela não conseguia parar de pensar naquela figura alta e tão singular de cabelos laranja. A moça nunca fora muito sonhadora, pois aprendera com o irmão que não se deveria idealizar nada em vão. Mas naquele momento, pediu desculpas internamente para Byakuya, não conseguia parar de pensar no momento que o veria novamente.
Durante o dia anterior, ele quase nada dissera, mas estava decidida a fazê-lo falar. Estava tão curiosa quanto uma criança... Queria saber mais e mais.
Suspirou então.
“Mas que diabos ando pensando?” – Sacudiu a cabeça violentamente.
Mas antes que sua mente se direcionasse a outro devaneio ela ouviu a campainha soar.
“O que...”
A campainha tocou novamente.
– Rukia-sama? Rukia-sama? – Uma voz feminina chamou.
“Deve ser a Inoue...” – Pensou ao se levantar.
Caminhou e abriu a porta. Inoue Orihime sorria para ela com um uniforme preto simples. Atrás dela vinha Matsumoto com uma roupa comum e um avental na mão. Mas só avistou as duas mulheres.
– Onde está o outro? – Perguntou.
– Kurosaki-kun preferiu ficar logo no jardim, Rukia-sama. Ele é meio fechado, mas é uma ótima pessoa – Sorriu.
Ela assentiu.
– Podem entrar! Matsumoto, meu irmão pediu para que você caprichasse no jantar de hoje... Ele trará um amigo para cá.
A loira levantou as sobrancelhas.
– E ele é bonito?
Inoue remexeu-se incomodada.
– Rangiku-san, não deveria fazer esse tipo de comentário...
Mas Rukia riu divertida.
– Não o conheço, mas se for bonito com certeza o deixarei para você – Comentou.
A loira sorriu.
– Acho que vamos nos dar muito bem, Rukia-sama.
Na verdade, a garota não suportava que lhe dirigissem a palavra com –sama incorporado ao nome. Não combinava com ela... Era tão frio e formal. Tentou dizer isso as duas, mas elas retiraram-se antes que pudesse começar a falar.
– Está certo... – E fechou a porta.
Matsumoto já estava na cozinha, preparando alguma coisa e Inoue estava limpando os vasos da coleção de porcelana chinesa de Byakuya.
– Eu odeio esses vasos – Ela comentou.
– Por que?
– Nii-sama passa mais tempo os polindo do que conversando comigo – Disse incomodada.
A ruiva sorriu.
– Talvez não seja bem assim, Rukia-sama. Ele pode ser um homem ocupado, mas com certeza se importa com a senhorita.
A garota sorriu.
– Não precisa ser tão formal assim.
A ruiva devolveu-lhe o sorriso.
– Acho isso um pouco estranho... Em nenhuma casa onde trabalhei as pessoas me trataram assim.
– Não vejo nenhum motivo para ninguém ser tratado diferente. Afinal, qual é o problema de sermos amigas?
– P-Por mim nenhum...
– Então pronto! Não se preocupe em manter essas formalidades comigo...
Da janela da sala, dava para ver o imenso jardim a sua espera.
– O Kurosaki-kun está lá. Acho que ele adoraria uma visita – Mas sua voz não era muito confiante.
Mas a garota não se importou.
– Acho que vou lá mesmo...
E sendo assim, retirou-se da sala e foi caminhando a passos largos para o jardim.
Mais ou menos na metade do enorme campo, ela deparou-se com uma figura agachada perto de um canteiro. Camisa preta levemente folgada, a típica jaqueta xadrez amarrada na cintura, uma calça jeans e um tênis All Star preto. O rosto estava levemente sujo de terra e a camisa estava um pouco machada de suor. Em sua mão esquerda estava uma rosa branca e na direita uma espécie de tesoura.
– Ai meu Deus... – Deixou escapar.
Ele ergueu os olhos.
– Posso ajudar, Rukia-sama? – Perguntou em uma voz baixa, levemente irritada.
– Ah... Ah... Eu... Só... – Enrubesceu.
O rapaz aguardou a resposta.
– Só queria ver como você estava se saindo.
– Estou ótimo.
– Gostou do jardim? – Perguntou, tentando parecer simpática.
– É bonito, mas está malcuidado – Disse olhando para a rosa.
– Acha que pode dar um jeito?
Ele voltou-se para encará-la.
– É, acho que sim. Já vi piores, acredite.
Ela assentiu, pensativa.
– Não sabia que havia trabalhado em outros lugares...
– Já sim, há algum tempo. Mas o salário era muito baixo... – E não concluiu.
E Rukia percebeu, logo pelas roupas, que Kurosaki Ichigo não era um homem de muitas posses. Automaticamente sentiu pena.
– Mas não é motivo para você fazer essa cara, Rukia-sama – Ele observou.
A moça sentiu o rosto corar um pouco.
– Eu só...
– Sei que suas intenções são boas, mas prefiro não ver isso estampado no seu rosto.
– Sinto muito...
Mas ele a interrompeu com a mão que segurava a rosa.
– Não se preocupe com isso. Sou só um jardineiro afinal. Por que está falando comigo mesmo? – E fez uma expressão zombeteira – Kuchiki-sama não iria gostar nada disso.
– Algum problema se eu quero fazer amizade? – Disse irritada.
– Não... Mas contanto que não seja comigo.
Ela sentiu como se lhe houvessem dado uma bofetada.
– Ora seu...
– Por mim não há problema, mas acho que o seu irmão não vai gostar nadinha da nossa “amizade”.
– Humph, e quem disse que ligo para que o Nii-sama diz? – Nem ela própria acreditava que estava dizendo isso.
Ele sorriu com certa malícia.
– Então está disposta a arriscar?
– Claro! – Disse decidida.
– Então está feito. Certifique-se de me visitar todos os dias – Seu tom era de desafio.
– Eu o farei!
– E cuidado com seu irmão – Disse zombeteiro.
Ela suspirou.
– Não precisa lembrar...
Ele riu, mas não era um riso divertido.
– E não me venha com esses risinhos! Agora apronte logo esse jardim – Disse brincando, mas seu tom era sério.
Ichigo ergueu as sobrancelhas.
– O que a senhorita desejar, Rukia-sama - Disse dando ênfase no nome da garota.
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Curtiram mesmo? Uma integração maior entre Ichigo e Rukia o/
E sabe o que eu disse sobre ser uma short fic? Bom, ela vai continuar sendo pequena, mas a minha imaginação conseguiu acrescentar alguns capítulos a mais. Droga, KKK.
Bom... Reviews??