Pigananda!!! escrita por almightymag


Capítulo 2
Justice League o/


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE! o/



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Key nos levou até a casa deles – sim, no plural. Ele disse que eram cinco contando com ele. Repetindo: CINCO GAROTOS!

A casa deles não era muito longe, por isso fomos caminhando. Sunie e Anna andavam um pouco atrás, o Key andava do meu lado, e eu me senti um pouco incomodada com isso. Porque Sun e Ann sempre faziam isso quando percebiam que eu estava afim de um garoto. Mas apesar de o Key ser bonito, eu não sentia atração por ele.

Eu olhei para trás esperando que elas sorrissem maliciosamente e se cutucassem murmurando algo como “Maggy se deu bem” ou “Maggy pegadora”, mas elas me fuzilaram. Tipo, me fuzilaram mesmo, o ódio borbulhava em seus olhos.

Caramba! O que eu fiz de errado?

Eu diminuí meus passos deixando Key ir na frente.

– Você enlouqueceu de vez? – sussurrou Sunie.

– É. O que você pensa que está fazendo? – disse Anna.

As duas falavam baixo o suficiente para que só eu escutasse.

– De nada – disse irônica – Estou salvando nossas vidas por uma semana!

Salvando nossas vidas? – Anna ecoou com certo sarcasmo – Maggy, você não tem mínima idéia de quem eles são – agora ela falava séria – Eles podem ser psicopatas tarados de olhos puxados!

– Não exagera – murmurei enfiando as mãos nos bolsos do meu casaco lindo que não esquenta porcaria nenhuma.

– Por que simplesmente não ligamos para os nossos pais? – sugeriu Sunie.

– Porque eu não dependo dos meus pais! – isso saiu mais alto do que eu esperava.

Key olhou para trás e eu senti minhas bochechas arderem. Detesto quando isso acontece!

Ele tirou as chaves do bolso balançando-as entre os dedos e virou na ruazinha a direita. Nós, naturalmente, o seguimos. Mas era uma rua sem saída.

Sunie foi a primeira a parar, Anna logo parou ao seu lado enroscando seu braço no de Sunie. Eu olhei para as duas.

– É aqui que ele vai nos matar – sussurrou Sunie alternando seu olhar freneticamente entre mim e Key.

– Por favor!– minha voz chegou ao extremo da súplica – Dá uma chance.

Eu olhei para trás e vi Key abrindo o portão duplo de madeira. Ele estava com os olhos fixos em mim enquanto empurrava o portão, um olhar convidativo.

– Vamos? – disse já me virando.

– Só essa noite? – perguntou Anna.

Eu me voltei para elas.

– Uma semana – respondi – Me dê uma semana e se...  nós tentarmos, podemos conseguir o dinheiro da passagem de volta para Manhattan.

– Nós? – Anna ergueu uma sobrancelha perfeita.

Eu suspirei impaciente.

– Lembrando que isso tudo é culpa da Sun – Sunie fez beicinho. – E, respectivamente, a culpa é sua também, Anna, por ter deixado a nécessaire com ela! E eu, que não tenho naaada a ver com isso sou a única que está tentando. Vocês poderiam fazer o favor de serem agradecidas por míseros segundos!

Eu nunca imaginei que chegaria a esse ponto. Preciso me lembrar que Sunie e Anna são pessoas maravilhosas, mas em situações como esta – por culpa de seus desesperos irrevogáveis – elas são irritantes. No entanto, elas não são o tipo de pessoas pelo qual vale a pena se estressar. Irmãos discutem e nossa amizade não está longe disso.

Eu respirei fundo e me virei. À medida que me aproximava Key abria um sorriso para mim. E eu sorria de volta.

– Podem vir – disse Key olhando por cima do meu ombro – Prometo não morder.

Elas desistiram de resistir.

Era uma casa coreana tradicional. Não sei o que eu sabia sobre casas coreanas tradicionais, simplesmente era uma casa desigual, com a fachada toda de madeira e portas de correr. Um poço antigo no meio do quintal, árvores com troncos finos e folhas roxas, o chão estava todo coberto de neve e minhas botas afundavam.

Key nos conduziu até a porta lateral. Ele descalçou os tênis e os colocou no canto da varandinha. Eu, Sunie e Anna nos entreolhamos e fizemos o mesmo, só que tirar botas de cano médio era uma tarefa mais demorada, e exigia a habilidade de um contorcionista para fazer isso em pé.

Nós entramos em um cômodo que eu chamaria de sala. Os outros quatro corean... do grupo estavam fantasiados de super-heróis, cada um com uma fantasia diferente; um estava com a fantasia do Superman, outro com a do Spiderrman só que com a calça menos colada,  um com a do Batman e outro com a do Aquaman. Eles riam alto e dançavam para uma câmera ao som de uma música que ressoava ring ding dong ring ding dong.

Key pigarreou.

Ulineun bangmunja, hyungs.

Meu cenho franziu quando ele disse isso.

O primeiro a desviar a atenção da câmera foi o garoto que tinha cabelos castanhos claros que caiam sobre os olhos. Todos eles tinham cabelos que caiam sobre os olhos.

Issneun geudaelo Matzzinayo? – ele parecia realmente preocupado com alguma coisa.

Eu tentava entender ao menos uma palavra do que eles diziam, mas só de pensar em tentar entender já me dava dor de cabeça.

Os outros também se viraram curiosos para a resposta. Eu, Sunie e Anna nos entreolhamos de novo, mas dessa vez eu podia saber exatamente o que elas estavam pensando. Não é seguro ficar aqui. Não porque eles podem ser psicopatas tarados. Mas porque nós é que poderíamos nos tornar as taradas. Não era seguro ficar numa casa com cinco garotos lindos como eles. E também havia outra coisa que provocava uma leve ruguinha entre seus olhos, que eu também entendi com muita facilidade. Do que é que eles estão falando?

Uliga heeojin – respondeu Key. Havia uma ponta de amargura em sua voz, mas ele sorria.

Ele suspirou e olhou para nós três que estávamos um pouco atrás dele, porém seus olhos se fixaram especialmente nos meus.

Key sorriu, sem nenhuma ponta de amargura dessa vez.

– Essas são nossas... visitantes – disse ele para os outros meninos – Elas são americanas, então se esforcem no inglês.

Agora que o Key fez a honra de falar da gente é que os outros notaram nossa presença, porque agora eles pareciam envergonhados, impressionados, assustados, e de repente as fantasias pareciam não estar mais confortáveis. Eles nos disseram olá e fizeram uma reverência ocidental inclinando o corpo para frente.

– Oi – eu, Sun e Ann dissemos num uníssono e ficamos confusas perguntando-se se era realmente necessário fazer a reverência.

Nós tentamos, se é que podemos chamar aquilo de reverência.

– Desculpem pelas fantasias. – disse um dos garotos vestido de Superman. Seus cabelos eram castanhos e lisos. Ele tinha o rosto arredondado, um sorriso fofo e um olhar sério, apesar de descontraído. – Nós estávamos... sem nada para fazer – Os meninos riram e nós também nos rendemos a um sorriso. – Meu nome Onew.

– Meu nome é Minho – disse o que parecia... era o mais alto de todos, e vestia a roupa de Batman.  Seus lábios eram grossos, mas pequenos. Seus olhos eram redondos, mas havia vestígios de coreaníce nele. Entre todos, o seu cabelo era o mais curto, também escuro.

– Taemin – disse o de cabelos castanhos claros. Já ele parecia ser alguns dois centímetros mais baixo que os outros, e estava vestido de Spiderrman, as calças eram largas e ele estava de meias roxas o que deixava a fantasia um tanto bizarra. Ele era bochechudinho e tinha lábios atraentes.

Com certeza esse era o Tae do yakissoba.

– Jonghyun.

Sunie tombou a cabeça para o lado. Anna ergueu as sobrancelhas. Eu franzi os lábios.

– Pode me chamar de Jjong, ou só Jong – disse Jong sorrindo e nós respiramos aliviadas.

Ele tinha os músculos mais definidos do que os dos outros. Seu cabelo era todo repicado e também caía sobre os olhos levemente puxados. Ele estava vestido de Aquaman.

Nós já tínhamos a sagrada habilidade de não gravar nomes, quanto mais nomes coreanos!


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Notas finais do capítulo

Nháa, espero que tenham gostado das descrições, não sei se fui precisa >.< é que é meio difícil descrever algo que já existe, e além do mais voc]~es já os conhecem u_u kkkkk'
Reviews para uma escritora feliz o/



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