Nós Fazemos a História escrita por All StarCherry, ShineMaki98, Annah_Hale


Capítulo 3
Perdida em seu inferno.


Notas iniciais do capítulo

Agora é a minha vez, ShineMaki98

Peço que por favor, falem o que acharam da Agnes.

Desculpe se ficou estranho, a imaginação estava fértil e eu queria fazer diferente delas, não queria que ficasse muito igual, então, deve ter ficado um pouco estranho, espero que dê para entender.



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Amigo: alguém que sabe de tudo a teu respeito e gosta de ti mesmo assim.

Escuridão. Escuro. Trevas. Era tudo isso que via e ao mesmo tempo não via. Adorava a escuridão. Odiava a luz. Uma cama se estendia a minha frente. Sangue escorria das paredes e na cama também estava presente. Uma verdadeira cena de horror.

Deveria ter no máximo 7 anos. Medo estava presente agora. Caminhei lentamente até o móvel e soltei um grito de horror quando eu vi. Ela, a mulher. A mulher que sempre está presente nos meus sonhos. Estendida na cama, muito pálida. Não sei se o sangue era dela, meu ou de uma pessoa qualquer.

Dei um passo para trás, mas caí. Minha cabeça latejava, mas dava para ver perfeitamente a mulher na minha frente. Cabelos negros e olhos cor puro carmim. Levantei-me correndo e saí para fora. Corria desesperadamente. Enquanto procurava uma saída, ouvia as vozes.

- Não dá para fugir, querida...

- Venha para nós...

- Venha para a luz...

- Não seria escuridão? - Risos.

- Querida, querida... Por que não vem para nós?

- O seu destino está com a gente...

- Você é amaldiçoada...

- Você é um ser repulsivo...

- Um ser de dar nojo...

- E pena... - Mais risos.

- Você é um anjo caído, um ser da escuridão, um demônio e só a luz pode te salvar... - As três, agora, falavam juntas. - A sua única salvação é a morte... - Risos maníacos.

A cena mudara. A escuridão novamente estava presente. Eu caía e as vozes falavam, numa cantiga.

"No horizonte longínquo a asa se partiu
Agarrada ao eterno, perdendo a saudade
Corroída pela inveja caiu e se feriu
Triste anja que negro te tornas-te sem vontade

Na escuridão do ser, perdes-te o sentimento
Sem saber o que fazer encontras a solidão
Companheira nas trevas do teu tormento
Viras-te um anjo negro sem alma nem coração

Pelo mundo vagueias, atormentando os demais
Puxando-os com as garras, ferindo-lhes a dor
Agora corrompes filhos, avós, tios e pais
Pois o teu karma é meter medo, criar pavor

Nas tuas veias corre a tua eterna maldição
Das nuvens caís-te, pois a tentação foi maior
No teu ser só há tristeza, dor e aflição
Assim só há crueldade,o que te faz sentir pior

Cansada e perdida, não segues, derivas
De asa quebrada tornaste-te um ser solitário
O teu sangue ferve nas veias rasgadas, feridas
Descansas pousando numa tumba ou campanário

Mergulhado no obscuro onde a luz não rompeu
Sem olhos nem sentimento ainda avisas
Se o homem não mudar, ficaram como eu
Perdidos nas trevas onde a saudade morreu

E então, eu sai do transe. Estava sentada numa mesa de uma boate, a música estava no seu último minuto. Garotas rebolavam até o chão, garotos babavam por elas e algumas também rebolavam com elas. Que sonho - se isso foi realmente um sonho - horrível eu tive.

Esse não era o primeiro - e se eu estiver correta - nem o último sonho(ou visão) que tinha naquela semana. Tão confuso... Tão distante...

Ah, perdoe-me. Sou Agnes Olympia, 18 anos, semi-deusa, fugitiva do Acampamento Meio-Sangue, prazer. O que raios é uma semi-deusa? A explicação básica.

É quando um deus ou deusa vem a terra, no mundo dos mortais, por causa do tédio, uma das suas desculpas estúpida e egoístas para fazer farra, transam com mortais e nós nascemos. Meio-deuses, meio-humanos.

Complicado? Estranho? Muito para absorver?

É, eu sei, passei por isso, mas é a minha realidade.

No início foi assim para mim também, fui levada muito cedo e desde cedo odeio, sinto nojo, repulsa de Deuses. Tão hipócritas... Tão egoístas... Tão repulsivos e por ai vai uma bela lista de adjetivos.

Sai da boate e caminhei pelas ruas. Nenhuma lua. Nenhuma luz. Só escuridão, trevas e eu? Enxergava perfeitamente. Não que eu realmente queira contar o por que disso e eu realmente não quero. Leve isso como uma divida não cumprida.

Deixando de lado a dor que carrego comigo. Ao gosto de falar desse assunto. Como eu disse, sou Agnes Olympia, 18 anos. Semi-Deusa filha de Zeus. Sim, o todo-poderoso. E não ligue para a ironia ou o sarcasmo.

3 da madrugada. Eu poderia estar me divertindo muito mais. Mas essa visão - ou sonho, depende do modo como você vê - me deixou sem animação. Maldito dia que eu quero esquecer e que não quero lembrar.

Suspiro.

Parei na praça. Olhando a noite. Uma luz acendeu-se ao meu lado e logo as outras tomavam o mesmo partido.

- Isso é pouco não convencional para chamar minha atenção, Morfeu, afinal, minha audição, minha visão, meu paladar e olfato são mais apurados que o normal. Senti sua presença agora a pouco. Mas... Deixando explicações de lado... O que queres? - Olhei o Deus a minha frente.

Morfeu não me dava nojo, repulsa ou qualquer outro sentimento. Gostava de conversar com ele. Ele tinha cabelos negros e olhos verdes que nem os meus. Usava um sobretudo negro, que ele usava sempre. Morfeu, ou Daniel, seu nome de quando ele era humano, era irmão de vários outros Deuses.

Morte. Destino. Desespero. Desejo. Delírio que antes era prazer. Destruição. E ele, Sonho. Caso eu tenha esquecido um, desculpe-me. Se quiser saber deles, procure pelo famoso Google ou quem sabe nos quadrinhos Sandman, os Perpétuos, de Neil. Morte apareceu ao seu lado e juntos, sentaram-se ao meu lado.

Morte era o nome que muitas davam a ela. E não, ela não é parecida com uma caveira. Cabelos negros, olhos pretos, roupas escuras. Muito parecida com Sonho, só diferencia a cor dos olhos. E na mitologia grega, ela se chama Tanatos. Muito grande a explicação? Problema é seu.

- Então, o que querem?

- Você tem que voltar ao Acampamento... - Morte pronunciou-se. - Seu pai... - Ri sarcasticamente.

- Agora eu tenho pai? Deixando claro, Tanatos, eu não tenho pai. Sou uma órfã de mãe e pai, o lado paterno nunca pronunciou-se e não vai ser agora que isso vai ocorrer. - A morte suspirou.

- É sério, Agnes, volte ao Acampamento, não por Zeus, nem pelos outros deuses, mas faça isso, você precisa ir para lá. - Suplicou-me o Deus. A garoto estava fria, mas mesmo assim, pedia com os olhos o mesmo que ele.

Levantaram-se juntos e começaram a andar, para fazer o trabalho deles.

- Esperam... - Minha voz soou fraca. - E a... minha...? - Supliquei, com a voz ainda baixa. O único a virar-se foi Morfeu, com a cabeça baia.

- Sinto muito. Nada podemos fazer. - Sua voz era quase um sussurro. - Mas... Essa tida “divida” irá tornar-se uma benção, um dom. - Sorriu.

- Como... - a fúria me tomava, meus olhos estavam marejados e as lágrimas escorriam sem pudor pelo meu rosto. - PODE SABER?! - Gritei.

- Eu só sei. Afinal, você é minha protegida. - Mais um sorriso antes de sumir. Cai no chão.

Levantei-me cambaleante. Fui para o apartamento, sem me importar se alguém veria meus olhos. Entrei no meu quarto. Peguei tudo. Tomei um banho rápido. Coloquei um top preto, mostrando claramente a marca da “divida”, uma calça jeans justa e rasgada, jaqueta de couro aberta, cabelos presos num rabo-de-cavalo alto. O que são as marcas e essa divida?

Nada que seja do seu interesse.

Peguei minha moto e percorri o caminho até Long Island. Pareci despertar do transe das palavras de Morfeu. Cuidado, o destino escreve-se certo por linhas tortas. Uma hora ou outra, vocês deveram aceitar seu destino, seu passado, quem vocês são e o seus futuros. A voz de Morfeu falou em minha mente. Certo, certo. Só espero que esse destino não envolva salvar a bunda gora de Zeus, que só fica sentado sem fazer nada. Aliás, eu quero que ele e todos os deuses, se explodam. Tirando vocês e os seus irmãos, é claro.

Um raio caiu na estrada, fazendo eu desviar. Sorri. Adorava irritar o que dizem ser meu “pai”. Espero que as minhas...

Putz. As meninas! Esqueci-me completamente delas. Espero que elas fiquem bem. Espero realmente que nada e ruim aconteça a elas, não quero nenhuma delas mortas. Quem são as meninas?

Garotas que nem eu. Desistiram da vida de Semi-Deusa por seus próprios motivos, que odeiam alguns ou todos os deuses por seus próprios motivos. Os monstros não nos caçam mais e sim, monstros existem, mas vocês não podem ver por causa da névoa, uma coisa da qual não vou explicar.

Espero que pelo menos, o caminho até o Acampamento Meio-Merda seja calmo, se não, vou xingar até a quinta geração deles e dos Deuses, além de chutar as bundas deles.


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Notas finais do capítulo

Agora é a minha amiga, Annah_Hale, manda ver amiga, ^.^

Reviews? Digam o que acharam da Agnes, da Ash e da Kate, oks?