Ainda Há Algo do Amor escrita por Eire


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Inuyasha& Cia não me pertence. Esta fic não tem qualquer interesse lucrativo. A música que está no início do capítulo é "In my place" do Cold Play. Quero pedir desculpas pela demora, mas é que final de ano na faculdade é fogo! Ainda mais quando se é o último ano. Mas acredito que as coisas vaão ficar mais calmas já que hoje eu vou entregar o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Eh! Eh! Eh! Desculpa gente, é que eu fico toda emocionada quando penso que consegui acabar esse trabalho, olho pra ele e parece que nem fui eu que fiz. Na verdade, sou assim com as fics também. Eu sei que vocês vão achar que esse capítulo é só encheção de linguiça, mas não é não. Afinal, a Kagome tem que visitar seus amigos também. Estou esperando seus comentários, mesmo que seja pra me xingar, dizer que a história tá ficando um lixo. Até agora ninguém mandou comentário sobre o último capítulo que postei, espero que isso não se repita neste capítulo.
Até mais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/1062/chapter/9

**************************************************

In my place, in my place,

(Em meu lugar, em meu lugar,)

Were lines that I couldn't change,

(Eram fronteiras que eu não poderia mudar,)

I was lost, oh yeah.

(Eu estava perdido, oh sim.)

And I was lost, I was lost,

(Estava perdido, perdido,)

Crossed lines I shouldn't have crossed,

(Ultrapassei barreiras que eu não deveria ter ultrapassado)

I was lost, oh yeah.

(Eu estava perdido, oh sim.)

Yeah, how long must you wait for it?

Por quanto tempo você deverá esperar por isso?)

Yeah, how long must you pay for it?

(Por quanto tempo você deverá pagar por isso?)

Yeah, how long must you wait for it?

(Por quanto tempo você deverá esperar por isso?)

Oh for it, yeah

(In my Place – ColdPlay)

****************************************************

Ainda há algo do amor

Capítulo 9

_Eu mesmo vou leva-la até lá? Vamos lá, suba nas minhas costas.

Kagome o obedeceu e não pode deixar de sorrir quando eles começaram a se locomover. Era tão bom estar perto dele novamente. Sentir seu calor, sua respiração. Por todos aqueles anos ela sabia que nunca tinha deixado de amá-lo, mas naquele momento ela sabia que nunca seria feliz de verdade sem ele por perto. Os dois passaram por Mirok e Hikari, que estava dando as mãos para Mirok.

_Resolveu ir Inuyasha.

_Sango provavelmente viria até aqui para me bater com o osso voador se eu não fosse e também Kagome não conseguiria chegar lá sozinha. Vamos logo. O que estão esperando? - falou olhando para trás, pois Mirok ainda estava parado com uma expressão incrédula no rosto.

_Sabe, minha cara Hikari, seu pai é muito difícil de ser compreendido.

Inuyasha seguia devagar, aspirando o cheiro de Kagome, embriagando-se com ele, sorria, como há muito tempo não fazia. Ela estava ali, com ele novamente. Será que essa era uma nova chance que estavam recebendo? E essa história de filhos. Seria verdade? E se fosse verdade, o que iria fazer?

Sango estava terminando de cozinhar quando ouviu a voz de Mirok e Inuyasha próximo a sua casa. “Então Mirok conseguiu convencer aquele meio-youkai teimoso a vir comer com a gente?”, de dentro da casa um garoto saiu correndo.

_Kohaku, quer parar de ficar correndo desse jeito.

_O papai está chegando aí, eu vou lá com ele.

_Vai, e depois que ver seu pai, me faça o favor de ir buscar a vovó Kaede e seu irmão, que foi lá buscá-la, mas ainda não voltou.

_Sim, senhora.

Alguns minutos depois Sango viu o marido entrar na casa e logo atrás dele, Sango viu algo que pensou que nunca mais voltaria a ver: Inuyasha carregando Kagome. Ao ver o olhar de espanto da mulher, Mirok fez sinal para que ela não falasse, nem perguntasse nada. Inuyasha disse um “oi” e colocou Kagome sentada em um canto da cabana.

_Olá Sango, senti tanto sua falta.

As duas amigas se abraçaram. Havia tanto que gostariam de dizer uma a outra, mas por enquanto apenas queriam se olhar para saber se era verdade.

_Kagome, o que você está fazendo aqui? E, parece estar machucada.

_É uma longa história Sango, uma longa história.

_Inuyasha a salvou de um youkai ontem à noite. - Mirok disse e foi até perto das panelas de Sango.

_Isso é verdade Inuyasha?

Inuyasha que estava juntamente com Mirok espionando a comida de Sango, fez um sinal afirmativo com a cabeça. Ao ver o que eles estavam fazendo Sango ficou brava e pegou seu osso-voador, com o qual ela bateu em Mirok e Inuyasha.

_Sango, minha querida, eu só estava vendo o que tinha nos preparado.

_Mulher idiota. Se não queria que comêssemos porque nos convidou?

Sango olhou para Inuyasha com uma cara de poucos amigos e Kagome também não parecia estar contente. Ao ver Kagome, Inuyasha murchou as orelhas, já esperando pelo senta.

_Inuyasha...Você não muda mesmo, né?

_Ufa! “Ela esqueceu de me mandar sentar. Ainda bem”.

_Inuyasha, porque você não se senta e espe...ops...Me desculpe.

Inuyasha tinha caído de cara no chão e Sango resolveu explicar porque eles ainda não podiam comer.

_Nós estamos esperando Kaede e meus filhos voltarem.

_Sango, eu vi seu filho assim que estávamos chegando, ele é uma gracinha.

_Obrigada Kagome.

_Ainda bem que o menino não puxou o Mirok, porque se não seria bem feio.

_Temos sorte da pequena Hikari não se parecer muito com você, Inuyasha...

_Grrrrrrr!

_Quantos anos os seus filhos tem?

_Kohaku tem 8 anos e Shippou nós não sabemos com certeza.

_Shippou!? Estão falando do Shippou que sempre andava conosco.

_Sim, é dele que estão falando, não se lembra que ele nos contou que Mirok e Sango iam adotá-lo, naquele dia em que você foi embora.

Kagome percebeu o tom de tristeza na voz de Inuyasha. Um longo silêncio se seguiu e Sango resolveu descontrair o ambiente conversando com Kagome.

_Kagome, e você. Também se casou e teve filhos?

_Eu não cheguei a me casar, acho que pra vocês nessa época, deve ser difícil entender, mas eu...Como posso dizer? Eu morei com um homem por um tempo, mas nunca nos casamos oficialmente, nunca tivemos uma cerimônia religiosa que abençoasse, essas coisas.

Sango e Mirok estavam de queixo caído.

_Quer dizer que você vive com um homem sem estar casada.

_Sango, você sabe muito bem que existem mulheres casadas que não valem nada, então, acho que não devemos julgar Kagome, muito me admira você que sempre se disse amiga dela.

_Inuyasha obrigada por me defender. “Ele me defendeu. Sei que também não aprova o que eu fiz, mas me defendeu”.

_Não há de quê, Kagome.

_Kagome, me desculpe, eu nunca pensaria mal de você, nunca, você sabe que foi, é e sempre será minha melhor amiga, eu só não esperava algo assim, eu não estou julgando você, Inuyasha está certo no que disse.

_Com toda razão minha Sango.

_Podem ficar despreocupados, eu já não estou mais com esse homem, aliás, ontem foi o casamento dele com outra mulher que ele conheceu no ano passado.

Era óbvio que Sango e Mirok agora entendiam os motivos que levaram Kagome a vir visitá-los.

_Então você não teve filhos, Kagome?

_Sim, eu tenho dois filhos, um casal de gêmeos.

_Gêmeos, mas isso é uma coisa muito rara de acontecer, duas crianças nascerem juntas. Não sei se sabe Senhorita Kagome, mas muitas pessoas não acham normal esse tipo de coisa acontecer. Há muitos até que chegam a matar uma das crianças.

_Feh! Fazem isso com meio-youkais também. São costumes idiotas. As crianças não têm culpa de nada. Só fazem isso porque acham que somente bichos têm mais de um filho de cada vez. As pessoas deveriam agradecer o fato de ter mais um filho, mas ao invés disso...

Kagome estava impressionada com o que Inuyasha dizia, ela sabia que durante muito tempo em seu país, antes da Era Meiji, as pessoas não viam com bons olhos o nascimento de gêmeos, como Inuyasha estava dizendo, ter mais de um filho no mesmo parto era coisa de bicho. O que Miroku disse era uma vergonhosa verdade, se gêmeos nascessem, uma das crianças seria morta e enterrada sem que ninguém ficasse sabendo. Inuyasha provavelmente entendia isso, pois este também era o destino de crianças meio-youkais, como ele, que deveria ter escapado da morte muitas vezes quando era criança. Ainda bem que em seu tempo esse tipo de coisa não acontecia mais, mas ela sabia que no fundo, culturalmente isso ainda persistia, principalmente entre pessoas mais tradicionais. Ainda bem que seu avô não pensava desta forma. Por várias vezes, ela havia notado que algumas pessoas faziam uma cara estranha ao saber que os filhos dela tinham a mesma idade, o fato de ser um casal, amenizava um pouco as coisas, mas ela não conseguia esquecer de algo que havia ocorrido quando as crianças ainda eram bebês, ela estava sentada com elas na porta da loja do templo e uma velhinha, que sempre freqüentava o lugar e que havia andado um pouco sumida, chegou para comprar alguns amuletos. Kagome se lembrava de tudo, como se tivesse acontecido ontem.

FLASHBACK

A velha senhora entrou no lugar para comprar amuletos, mas antes mesmo que o velho senhor Higurashi a cumprimentasse ela teve a atenção voltada para o lado com o choro de uma criança. Ao se virar ela viu que a neta do senhor Higurashi estava com duas crianças, uma estava no carrinho, e a outra a mocinha estava colocando no colo naquele exato momento.

Ao olhar para a mulher Kagome sorriu, mas a mulher não correspondeu, apenas tinha uma expressão horrorizada nos olhos.

_Olá Senhora Yamada! Tudo bem com a senhora? Faz tempo que não vinha nos visitar.

_Eu...eu estive muito doente. Escute mocinha, estas crianças, elas são de quem?

_São meus filhos.

_S-Seus filhos! Pelo que me lembro, há pouco tempo atrás você ainda era uma menina, e agora já é mãe.

_Essa juventude de hoje em dia! Em nosso tempo uma jovenzinha como Kagome nunca iria criar os filhos sozinha, sem estar casada, não é mesmo, Senhora Yamada?

_Senhor Higurashi, o senhor fala de algo tão sério com toda essa calma. Sua neta engravidou antes de se casar! Isso é terrível! Onde está o pai destas crianças. Vocês não o fizeram assumir o que fez?

_Bem...

_O pai dos meus filhos infelizmente não sabe nada sobre isso, ele está em outro país. Quando ele foi embora eu ainda não sabia que estava grávida.

_Ora mocinha, isso não é desculpa, acho que posso imaginar o que aconteceu. Ele deixou você quando soube que estava grávida de gêmeos, provavelmente porque sabe que isso não é normal. Minha avó sempre me dizia que ter dois filhos no mesmo parto significa uma maldição sobre a família, deve ter sido por isso que ele foi embora. Se você tivesse tido apenas uma das crianças... Muito me admira, Senhor Higurashi, o senhor deixar que essa menina circule por aí com essas duas crianças, mostrando para todos a vergonha de sua família, duas vezes desonrada. Se isso aconteceu neste templo, provavelmente ele não está mais sobre a proteção divina. Deve ser por isso que os amuletos desse lugar não funcionam mais...

_Escute aqui, senhora, o templo de meu avô e minha família não estão sob nenhuma maldição, se acha que os amuletos daqui não funcionam por que veio até aqui? Heim?

_ Quem você pensa que é para falar comigo assim mocinha?

_Ela é minha neta, Senhora Yamada, e tenho muito orgulho da coragem que tem demonstrado desde que meus bisnetos nasceram, em nome da amizade que cultivamos em todos esses anos, não vou dizer à senhora o que merecia ouvir, mas gostaria de pedir que nunca mais venha até meu templo e muito menos quero que chegue perto de minha neta ou de meus bisnetos. A saída é por ali.

A mulher não disse nada, apenas virou-se e saiu do lugar. Ela nunca mais voltou. Kagome nunca mais esqueceu o que tinha acontecido naquele dia, seu avô lhe contara depois sobre o pensamento que as pessoas tinham sobre o nascimento de gêmeos em épocas anteriores, depois ela ficou sabendo mais coisas quando estava na faculdade. Quando ficara sabendo que estava grávida, Kagome já sabia que enfrentaria muitos preconceitos por que ela seria mãe solteira, mas nunca imaginou que fosse passar por algo assim por causa dos filhos serem gêmeos.

Kagome foi despertada de suas lembranças pelas palavras de Mirok.

_Espero que não esteja achando que pensamos desse jeito, Senhorita Kagome? Particularmente acho que filhos são uma bênção, não importa se nasça apenas um ou se forem dois.

_Fico feliz por saber que vocês pensam dessa forma, se ensinarem isso a seus filhos, com o tempo esse tipo de coisa vai deixar de acontecer.

_Está dizendo que em seu tempo as pessoas aceitam bem o nascimento de gêmeos Kagome?

_Sim, Sango. Minha família ficou muito feliz quando ficamos sabendo que eu esperava gêmeos. Ainda existem pessoas que acham isso estranho, mas são a minoria.

_Você ficou sabendo que eram gêmeos antes deles nascerem?

_Sim. Através de um exame. Dá até pra saber antes do nascimento se a criança vai ser um menino ou uma menina.

_As coisas no seu mundo devem ser mesmo muito avançadas. Mas quantos anos seus filhos tem, Kagome?

_10 anos, chamam-se Yukito e Yume. Devem estar sentindo minha falta...-Kagome pensou nos filhos, deviam estar preocupados com ela, aliás, não só os filhos, mas toda a sua família, era verdade que tinha deixado um bilhete, mas será que acreditariam nele? Sua mãe devia estar desesperada. Ela precisava voltar logo. “Ah, não eu tenho aula hoje e amanhã tenho o simpósio, eu não posso ficar aqui, mas se eu me for, talvez nunca mais vou poder voltar a vê-los. Quem pode me garantir que o poço vai se abrir novamente? Eu não quero ir embora, não sem o Inuyasha, eu não quero me separar dele novamente. Não quero...”

Os pensamentos de Kagome foram interrompidos por Sango que havia se sentado ao lado de Kagome e olhava para a amiga com um olhar de...pena?

_Kagome, esse homem, do qual nos falou, ele a abandonou por outra, mesmo depois de vocês terem dois filhos.

_Ele não é o pai dos meus filhos.

Sango fez novamente uma cara de espantada e trocou olhares com Mirok, que olhou de esguelha para Inuyasha que escolheu o momento para se levantar e se dirigir para porta. Kagome percebeu que era por causa do assunto e se dirigiu a Inuyasha.

_Aonde você vai Inuyasha?

_Eles estão demorando, eu vou buscá-los, estou com fome e também estou preocupado com minha filha.

Mas Inuyasha não teve nem mesmo que sair da cabana, pois pela porta agora estava passando Shippou, que praticamente atropelou Inuyasha e se jogou sobre Kagome para abraçá-la.

_Kagome, você voltou. Eu senti tanto a sua falta.

_Eu também Shippou. Deixe-me olhar para você. Nossa você cresceu bastante!Está virando um rapazinho, só espero que não esteja aprendendo muita sem-vergonhice com o Mirok.

_Não, eu não aprendo as coisas só com o Mirok, o Inuyasha também me ensina muita coisa.

_Ei, falando desse jeito, até parece que estou ensinando algo errado para você Shippou, o que faço é tentar ensinar algo decente pra você, para compensar as besteiras que esse bonzo sem-vergonha te ensina.

_Inuyasha, Senhorita Kagome, se me permitem, eu não ensino nada de errado para o Shippou, muito menos para Kohaku, Sango é testemunha disso, e também a senhora Kaede.

Kaede que estava sentando-se ao lado de Kagome no momento e a abraçava resolveu se manifestar.

_Devo dizer que o senhor monge melhorou muito depois de casado, aliás, os dois, tanto Inuyasha quanto Mirok, são ótimos pais. Acho que Kohaku, Shippou e Hikari não têm do que reclamar. É difícil imaginar que aquele monge pervertido e aquele meio-youkai briguento e egoísta pudessem se tornar responsáveis, capazes de cuidar de uma criança, mas ambos me surpreenderam.

Tanto Mirok, quanto Inuyasha coraram com o elogio de Kaede. Sango começou a servir a comida a todos. Kagome olhava para Inuyasha pensativa, ele estava com Hikari sentada em seu colo, ele não parecia permitir que a menina ficasse longe dele por muito tempo, só deixou a menina ir com Kohaku buscar Kaede depois de a menina insistir muito, com um pouco da ajuda de Mirok, Kohaku e até mesmo de Kagome. “Só vai com uma condição, se vocês prometerem não desviar do caminho”. Depois ele disse para Kagome: “Até a casa da Kaede e até a casa do Mirok ela consegui ir, se estiver acompanhada, mas não sei até quando..?” Ele parecia se preocupar muito com a menina, e também com Shippou. “Quem diria? Acho que Yukito e Yume iriam adorá-lo. Ele teria sido um pai maravilhoso! Será que teria sido um bom pai para os nossos filhos? Ele parece estar tão pensativo, acho que é por causa do que eu disse, eu devia ter ficado de boca fechada, vou deixá-lo preocupado agora. Não há nada que possamos fazer, eu não posso obrigá-lo a voltar comigo pra minha era, eu não posso obrigá-lo a abandonar a filha, nem faria isso. Por outro lado, acho que não dá pra ficar aqui, não acho que as crianças fossem se acostumar aqui. E além do mais eu nem ao menos sei se ele ainda sente de verdade alguma coisa por mim, se me ama. Eu só sei que descobri que o amo tanto, tanto. Oh! Meu Deus, o que eu vou fazer?”

Continua...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!