Who Am I Living For escrita por deadlovers


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ill be your commander




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Cici caminhava lentamente pelos corredores que ligavam aquele grande saguão de espera até a aeronave. Cici, uma garota morena, alta, que possuía sardas no rosto, uma argola no nariz e um desenho que lhe cobria os ombros parcialmente cobertos pelos cabelos. Aparentava uns vinte e poucos anos e se vestia desleixadamente, com calças jeans, coturnos com grandes fivelas, regata branca e um cardigã cinza que lhe caía nos ombros sensualmente. Ela parecia impaciente, e no fundo realmente rezava, implorava e suplicava para que seu corredor estivesse vazio. Odiava conversar com pessoas desinteressantes, e tinha certeza absoluta de que aquele avião estava cheio delas.

O vôo estava quase cheio por ser uma conexão no Canadá vinda dos Estados Unidos. E seu destino era a Alemanha.  Com certeza aquele vôo seria mais um daqueles torturantes, entediantes e que nunca chegavam quando e como esperavam. A morena olhou para o corredor Seis, e lá já esperava um ‘’companheiro’’ de bordo. Cici bufou.

Tom’s P.O.V On

Eu já estava acomodado na poltrona ao lado da janela com os fones de ouvido e prestando atenção nas pessoas que entravam ali. Nada muito excitante... Exceto por uma morena que, por coincidência ou não, vinha em minha direção. A garota parou em minha frente e ficou ali, me olhando.  Abri aquele sorriso malicioso. Ela o ignorou. Ela parecia brava. Seria uma de minhas ex-namoradas?

- Você está sentado no meu lugar. – Ela disse. Ufa, era só isso.

- É... É que eu realmente odeio ficar no corredor, então vou ficar aqui. – Disse enquanto tirava os fones.

- É? – Perguntou, enquanto arqueava a sobrancelha direita.

- É. – Respondi sorrindo maliciosamente. – Mas tu ainda tens mais dois lugares para sentar-se.

- Hm, olha você não ‘tá entendendo... Eu escolhi este lugar em que você está sentado. E eu não quero outro. – Ela disse já impaciente.

- É? – Perguntei só pra irritar, confesso.

- É. – Ela logo entrou no meu jogo, e respondeu abrindo um sorriso malicioso.

- Então, dona moça, no próximo vôo, chegue primeiro e pegue a poltrona da janela. – Eu segurava o riso, nhac. Ponto para o Kaulitz.

A morena bufou, e sentou-se na poltrona do corredor, e eu retornei a atenção para os fones. Não demorou muito, e percebi que a garota chamou a comissária.

- Não estou me sentindo muito bem aqui. Eu tenho claustrofobia, sabe? – Ela disse á moça, que mais parecia um robô, do que uma moça.

- É? – A comissária perguntou, exibindo um sorriso filho da puta na cara. Senti pena.

- Posso mudar de lugar? – Minha pena foi embora, rápido assim. Minha companheira sorria amarelo, e ao mesmo tempo sua face tinha uma expressão de ‘’ME TIRE DAQUI. ’’ E eu fazia careta. Estava indignado mesmo. TENHO 14 HORAS PRA COMER ESSA GURIA, E ELA NÃO VAI SAIR DAQUI!

- Só lamento, o vôo está lotado. – Ela disse, com o sorriso ainda na cara. Amei a comissária. – E além do mais, seu coleguinha irá ficar tristonho se tu sair daqui. – Ela completou piscando para mim. Odiei a comissária.

Tom’s P.O.V Off

Cici’s P.O.V On

O vôo finalmente decolou. Apesar de TUDO, foi divertido. Parecia que o indivíduo ao meu lado tinha medo de aviões. Fechava os olhos, apertava com força os braços da poltrona e eu segurava para não gargalhar. Fora isso, o resto do vôo foi um tédio. E então, serviriam os lanches.

- O que desejam para beber? – Uma comissária simpática nos perguntou já nos entregando uns sanduíches embalados.

- Coca-cola, por favor. – O indivíduo pediu. Pelo menos ‘’Por favor’’, ele sabe dizer, olha.

- Suco de laranja. – Sorri.

A comissária me entregou o copo cheio do conteúdo escuro para que eu o passasse ao meu ‘’vizinho’’. Aproveitei-me da situação e deixei um pouco do líquido cair-lhe sobre a roupa.

- Desculpe. – Eu disse, dando um meio sorriso. E a raiva estava evidente em sua face. Ele se limpou e comeu seu sanduíche. Preferi não comer. Apenas bebericava meu suco.

Eram 3:00 AM, e faltavam 10 horas para chegarmos ainda.

Eu não conseguia dormir, e aparentemente o guri também não. Confesso que fico desconfortável quando estou em aviões. Especialmente à noite, principalmente sozinha.

Cici’s P.O.V Off

Tom’s P.O.V On

Eu queria conversar com a menina, saber seu nome, mas eu estava puto demais para puxar qualquer assunto que fosse, e ela também estava com certeza. Já eram 5:00 AM e no avião, estavam quase todos dormindo. Exceto eu, a garota e os pilotos. E se brincar, até os pilotos dormiam. Eu a olhava pelo canto do olho, e ela ficava fuçando nos filmes. Já tinha assistido quase tudo disponível.

6:30 AM

Uma comissária com a voz sexy anunciou que serviriam o café da manhã. Serviriam mais uma vez o sanduíche embalado. E mais uma vez, a morena não o comeu. Estranhei.

- Você nunca come? – Puxei ‘’assunto’’.

- Sem fome. – Ela disse, sorrindo (?)

Eu disse ‘’sorrindo’’. Sim, aquilo parecia um belo sorriso.

- Hm. – Respondi, dando de ombros.

Foi assim o resto da viagem. Trocávamos duas ou mais palavras a cada quatro horas, e aí, o avião pousou.

Tom’s P.O.V Off

Cici’s P.O.V On

O avião finalmente pousou. Achei estranho por que não deixaram ninguém sair até que meu ‘’companheiro’’ saísse acompanhando de uns seguranças. Era alguém importante, com certeza.  Quando saí, o motorista já havia pegado as minhas bagagens, então seguimos para o hotel. Alemanha, tão linda Alemanha. Sempre amei Berlim, e apesar de meus pais e minha irmã morarem em Hamburgo, Berlim é nossa cidade natal. E agora estava indo para uma ‘’importante’’ reunião com meus pais. Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque de meu celular.

- Alô?... Sim, Chloë. Estou indo, bitch. – Ri, e desliguei o telefone.

Realmente não entendo por que não podemos nos reunir em casa. Seria tão importante assim, ou apenas um ‘’pretexto’’ pra eu ir até a Alemanha?  Diziam ser uma reunião superimportante, que me fez sair do Canadá e vir imediatamente para cá.

Chegamos ao hotel, e eu desci do carro. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas era algo de extrema importância. Havia seguranças por toda parte e na porta, carros de luxo, limusines e tudo mais.

Me dirigi ao balcão acompanhada de meu segurança, que estava no carro junto ao motorista.

- Bom dia, senhorita. – Uma recepcionista simpática me recebeu.

- Olá... – Hesitei. - Eu preciso fazer o check-in, e ir até a sala de reuniões.

- Nome, por favor? – Ela perguntou com uma cara de ‘’Vai até a sala de reuniões, é?’’

- Cínthia Ardeoux.

A recepcionista imediatamente pegou seu telefone, e logo a pessoa na outra linha atendeu.

- Ela está aqui... – Quem eu? Rs. A mulher desligou o telefone e logo substituíram ‘’meu’’ segurança por um do hotel, que me acompanharia até a sala de reuniões. Desnecessário.

Cheguei à sala de reuniões e meu pai, saltitante veio me abraçar.

- Cici! – Eu o abracei, e percebi que também estavam lá minha irmã, minha mãe, um garoto muito sexy que parecia ter mais ou menos a minha idade e muitos outros executivos orientais mais velhos.

- Pai, qual é a finalidade disso tudo? – Sussurei ao meu pai.

- Filha, sente-se. Irei te explicar tudo, assim que outra pessoa chegar.

Cici’s P.O.V Off

Tom’s P.O.V On

Estávamos eu e meu tio, Von Bruck, no carro, indo em direção ao hotel.

- É isso. A viagem foi cansativa. Não havia nada excitante... Aliás, tinha algo sim. Uma garota que, logo quando entrou no vôo, já ficou puta comigo. Então nada interessante aconteceu. – Disse.

- Pare de pensar em sexo, Tom. Mas... Você não respondeu aquela minha mensagem. O que acha?

Suspirei.

- Tio, eu não vou me casar, muito menos sem conhecer a pessoa. Imagine eu me casando com alguém pela qual eu não sinto nada... Tenha santa paciência!

- Tom, se você não se casar com essa menina, nossos negócios vão por água abaixo! Espere um instante... Tu sentes alguma coisa além de tesão?

- Não! Mas se por acaso eu sentir, é um sinal de que eu deva me casar. É uma ótima tática, não corro riscos de errar. – Eu disse.

- Ah, Tom! Por que tu não és como teu irmão, huh? Bill se casou, vive bem, enriqueceu, e tem apenas 21 anos. Orgulho!

- Se receber a herança dos pais, é enriquecer, também estou rico, e nem precisei me casar pra isso. – Disse impaciente.

Meu tio bufou.

- Não vou me casar. Não confio em mulheres!

- Por quê?

- Por que são adulteras!

- Só as que você conhece, Tom.

- Ah, sim! Se não me engano, tua ex-mulher é minha mãe. E a mulher de Bill... Ah, poxa, ele é meu irmão. Não sou como meu pai, oras. – Ok, né.

- Você não conhece a mulher de Bill, Tom. – Bruck disse com aquela cara de tacho.

- Isso também.

- Tom, você também nunca viu sua... Futura esposa. Dê uma chance a ela.

Suspirei.

- Ela não sabe como eu sou, sim?

- Não, por quê?

- Por que eu vou conhecê-la, mas ela não vai saber que sou eu, entendes? Então eu vou lhe provar que ela é adultera como todas as outras.

- Tudo bem. Você tem 24 horas para fazer com que ela se deite contigo. Se ela for, tu não se casa. Se não, marcamos o casamento.

- Feito. – Eu disse.

Donos de uma herança incontável, os irmãos Kaulitz e o tio Von Bruck estavam para fechar um negócio tão grande que podiam morrer, e ainda sobraria dinheiro para a próxima geração. Mas a empresa da família Kaulitz não estava sozinha nessa. Fariam uma parceria com a família Ardeoux. Mas nada justificava a ligação entre as duas famílias. Então, Tom teria que se casar com um membro da família Ardeoux.

Ainda no carro, eu estava preocupado. Preocupadíssimo.

- Mas... Se não der certo, não há como apenas fingir que casamos?

- Eles obviamente irão cobrar os documentos.

- Não há como falsificar os documentos?

- Tom, eles não são burros! Estamos lidando com gente de Tóquio, podres de ricos e super inteligentes. Não tente um golpe. – Meu tio disse, me preocupando ainda mais.

Suspirei.

Eu estava fodido mesmo. Esse negócio de casamento às escuras não rola! E tem tantos exemplos... Carlota Joaquina e Dom João, e um monte, sei lá.

Tom’s P.O.V Off

Cici’s P.O.V On

Ainda estávamos na sala, e eu ainda não sabia o motivo daquilo tudo.  E então, o telefone de meu pai tocou.

- Hallo? Ah sim, compreendo bem, Von Bruck. Então marcamos amanhã. – Desligou o telefone.  – Vão curtir a Alemanha, senhores. Vemos-nos no jantar de hoje, e amanhã à noite novamente. Desculpem-nos. Dois dos Kaulitz não puderam chegar a tempo.

Saímos daquela sala, então, minha irmã, Chloë, me levou até o quarto onde ficaríamos, e onde minhas bagagens já estavam.

- E então, Chloë, o que vamos fazer? – Suspirei, me deitando na cama.

- Já almoçou? – Ela perguntou.

- Não.

- Podemos ir ao shopping comer, se quiser.

Fomos.

Cici’s P.O.V Off

Tom’s P.O.V On

Estávamos saindo do carro, quando Von Bruck me apontou a tal ‘’noiva’’. Era ela, a menina do avião. Faleci.

- Bruck, é a garota de quem te falei.

- A do avião?

- É!

- Então corra garanhão, agora você só tem 10 horas para deitar-se com ela. – Ele riu, dando tapinhas leves em meus ombros.

Filho da mãe.

Corri até o balcão e fiz o check-in. Aproveitei para descobrir o apartamento da menina. Descobri também seu nome. Cínthia Ardeoux. Bem, se tudo der errado, ela é gostosa, pelo menos.

Ao chegar ao quarto, peguei o celular e liguei para meu irmão, Bill.

- Hallo! – Ele atendeu.

- Ei, brüder – Eu disse. – Vamos almoçar?

- Bom, eu já almocei, Tom. Mas se quiser te faço companhia. Estou livre, o vôo da Char atrasou.

- Tudo bem, me encontre no saguão. – Desliguei.

Charlotte era a esposa de Bill que estava chegando da Itália. Os dois moravam lá, e tinham um bom relacionamento. Juntamente com a nossa enorme herança que era a empresa que deixávamos sobre responsabilidade de Bruck, Bill trabalhava como produtor de algumas bandas e sua esposa como designer me Milão.

Encontramo-nos no saguão e fomos ao restaurante do hotel mesmo.

- Me diga Bill. Como é minha futura esposa? – Ele riu.

- Nunca viu ela? – Balancei a cabeça negativamente. Ora, eu precisava saber o que ele achou dela, hm. – Nem por fotos? – Perguntou.

- Não, Bill! Diga-me logo, como ela é? – Ri.

- É morena. Ela é sexy. Muito sexy. Acho que vai gostar. Parece ser séria. Mas sabe, as sérias são os melhores projetos de furacão na cama...

- Cale a boca, é minha mulher. Respeito, ow. – Nós dois rimos. Eu estava empolgado com aquilo, confesso.

- Tom, ela ainda não sabe que terá que se casar. – Ele disse, e eu arregalei os olhos.

- Como não?

- O pai dela ia contar, mas estavam esperando por você.

Tom’s P.O.V Off

Cici’s P.O.V On

- Cici, então, como foi o vôo? – Ela perguntou enquanto estávamos na fila do Mcdonalds esperando por nosso lanche.

- Ah, Chlô, foi um tédio. Sentei-me ao lado de um garoto super sexy, porém, um saco. Então, o ignorei. – Suspirei - Dá pra me dizer pra quê diabos essa reunião aconteceu? Ou vai acontecer, sei lá. – Eu perguntei, já pegando minha bandeja e me sentando a uma mesa próxima.

- Tu não sabes? – Chloë se sentou.

- Não. Os interesses da companhia ainda não são os mesmos que os meus interesses.

Moro no Canadá e lá curso aulas de inglês. Já morei em grande parte do mundo e sei falar português, japonês, italiano, francês, espanhol, obviamente alemão, e estou terminando inglês. Pretendo voltar à Alemanha e cursas relações internacionais para, em breve, assumir a empresa com minha irmã.

- Mas não são apenas da companhia... São também pessoais.

- De quem? – Disse, dando de ombros e já comendo.

- SEUS Cínthia.

- Meus?

- Olha, eu vou ter que te explicar... A Ardeoux Tecno Company abriu uma parceria com a concorrente. Aquela dos Kaulitz sabe?

Assenti.

- Então, papai fez uma parceria com Von Bruck para fecharem com uma empresa ainda maior de Tóquio.

- Mas para fazer um negócio com empresas de outro país, as duas empresas alemãs precisariam ter uma ligação, e você deveria saber disso, não?

- Era onde eu queria chegar. Você é a ‘’ligação’’, Cici.

- Como? – Quase engasguei com as batatinhas.

- Tu vais se casar com o herdeiro da concorrente, Tom Kaulitz.

- NÃO. NÃO. NÃO.

- Eu sei que isso é cruel, Cici.

- Por que você não se casa com ele?

- Não! Tenho horror a casamentos e, você é mais velha. Se não casar agora, não vai se casar nunca.

Quase tive um ataque. Chloë é apenas dois anos mais nova. Tem 18.

- Mas o pior não é isso.

- Tem como piorar? – Sofri.

- Você com certeza vai ter de que voltar para a Alemanha.

Bufei.

- Não sei o que fazer, quero ver a Haidee.  – Me debrucei sobre a mesa, fazendo bico.

- Cici, irão ficar desapontados se você recusar. Esse negócio envolve milhões de dólares, euros, sei lá. Envolve muita grana, ok? E além do mais, dizem que o tal herdeiro é bem bonito. Gêmeo daquele que estava na reunião mais cedo.

- Quem liga? – Olhei pra ela pelo canto do olho.

- Você?

- Verdade. – Me levantei e ri baixinho, porém, a preocupação ainda estampava minha face.

- Ah, Cici, c’mon. Você sabe que pode dar certo. E você adora loucuras. Pelo menos adorava. E existe loucura maior que se casar com alguém desconhecido?

- Ainda preciso falar com a Haidee. – Sorri para minha irmãzinha.

Haidee é minha melhor amiga, e por acaso estava perto do shopping. Em poucos minutos ela apareceu por lá com um primo.

- Cici, Chloë, este é Joshua, um primo americano. Está por aqui de férias. – Disse ela, sorrindo.

- Olá! – Disse me levantando e cumprimentando-o com dois beijinhos no rosto. – Sentem-se aí.

Conversamos e rimos muito. Isso distraiu minha atenção, um pouco. Logo Joshua foi embora com o irmão de Haidee, que foi buscá-lo.

- QUE OLHOS SÃO AQUELES?! – Disse para minha melhor amiga, logo após a saída dos dois meninos.

- Lindos, não? – Ela disse, rindo. Concordei. Porém Chloë nem se pronunciou quanto a isso. – Cici, hoje vamos ter uma festinha na casa de meus pais. Gostaria de ir?

- Claro. Estou morrendo de saudades dos teus pais!

Ela sorriu.

A família de Haidee é americana. E quando a mãe, Isabella, estava grávida de Haidee, resolveram se mudar para a Alemanha, assim, do nada. Então nos conhecemos desde muito pequenas. Chloë e eu vivíamos na casa dos Armstrong... E foi em uma viagem de férias com eles que eu conheci os Estados Unidos, me apaixonei por lá. Mas acabei gostando mais do Canadá, então me mudei para lá. Desde então, só nos víamos via internet.

Demos algumas voltas no shopping, compramos algumas coisas, e fui para a casa de Hai. Chloë optou ir para o hotel.

Cici’s P.O.V Off

Tom’s P.O.V On

Terminei de almoçar, e Bill finalmente saiu para pegar Charlotte no aeroporto. Não sei por que ele não manda o motorista pegar. Prefere essas coisas... Por ser romântico. Eu ri. Por falta do que fazer mesmo, perguntei aos recepcionistas se minha ‘’noiva’’ já havia chegado.

- Ela já chegou, sim.

- E qual é o quarto mesmo? – Cara de pau mesmo, ow.

- 2102.

Bingo! Mesmo andar que o meu, por acaso... Fui para meu quarto, tirei a roupa e fui para o chuveiro, mas me molhei apenas.  Enrolei uma toalha em minha cintura, e fui até o apartamento de minha ‘’vizinha’’. Bati na porta.

- Serviço de quarto. – Eu disse.

Uma voz suave gritou lá de dentro, se aproximando.

- Mas eu não... – Ao abrir a porta, e se deparar com meu belo e atlético corpo, perdeu a fala. Enquanto meu sorriso malicioso se desfazia.

- O que você quer, Kaulitz? – Ela riu. – Que eu saiba você ainda não fica no mesmo quarto que a minha irmã...

Eu conhecia a Chloë. Por morar na Alemanha, era mais fácil vê-la nos eventos que promoviam entre as duas empresas. E além do mais, ela era conhecida, pelo menos na Europa, por ser modelo. E ela era bem parecida com a Cínthia mesmo.

- Chloë, não comece. Tua irmã está aí?

- Não, ela foi para a casa de uma amiga.

- Hm, tudo bem. – Eu já ia saindo quando a pequena Ardeoux me segurou pelo braço.

- Mas... O que você queria mesmo? – Ela exibia um sorriso que devia ser meu.

Eu sorri maliciosamente e Chloë me beijou enquanto eu a agarrava pela cintura, e a empurrava para dentro do quarto. Chloë não é lá uma santa. E não era a primeira vez que ficávamos.

Baby there's no other
who do it like I do it yeah

from here on out
I'll be your commander
(Commander – Kelly Rowland)

Tom’s P.O.V Off

Cici’s P.O.V On

Já eram 19:00 e a festa cujo o motivo era o aniversário de Isabella, começaria ás 21:30. Pedi ao motorista que me levasse de volta ao hotel, para que eu pudesse me arrumar.

Fui até o quarto e Chloë não estava lá. Estranhei, porém fui tomar banho mesmo assim.

Após tomar banho, me vesti , fui para o hall do elevador e chamei o mesmo.

Não demorou muito e o elevador chegou. Nele estavam o Kaulitz menor e uma menina. Provavelmente sua esposa.

Então eu desci e o motorista já estava na porta me esperando. Seguimos para a casa de Haidee.

Cumprimentei Isabella, e lhe dei seu presente. Eu estava de jeans mesmo, por que sabia que seria simples. Logo me sentei na mesma mesa em que estavam Hai, Joshua, e Eliot, o irmão de Hai, e mais alguns primos e amigos de minha melhor amiga.

Joshua fazia piadas, conversávamos sobre os Estados Unidos, Canadá, Brasil, a América em geral. Comi doces absurdamente deliciosos, e aí, Haidee me chamou para ir ao banheiro.

- Se você quiser ficar com o Joshua, ele fica contigo. – Ela soltou seriíssima.

Eu ri.

- Hã? – A encarei com uma expressão tipo ‘’Hã’’.

- Ele quer ficar contigo, huh. Vai recusar aqueles olhos?

Eu ri de novo.

No mesmo instante, senti meu celular vibrar em meu bolso. O peguei e li a mensagem.

From: Chlô’bitch.

To: Cici.

‘’ Cici, você se esqueceu do jantar? O carro virá em 30 minutos’’.

Suspirei.

- Haidee, não vai dar. Tenho que ir.

- Ah, não, Cici!

- Haidee, eu vou ficar muito tempo em Berlim ainda. – Eu ri.

- Tudo bem, então. Antipática. – Ela riu.

Sorri e então peguei meus pertences, me despedi de todos e fui para o hotel. Ao chegar ao quarto, levei um puta susto. O quarto estava de cabeça para baixo.

- Chloë!

- O que? – Ela berrou saindo do banheiro desajeitadamente apenas de lingerie e saltos altíssimos.

- Você destruiu o quarto. – Disse, rindo.

- Ah, ora. Foi necessário. – Ela riu. – Se vista! – Ela disse, jogando em minha direção um vestido de renda tomara-que-caia na cor gelo, e um par de peet-toe azuis.

Minha mãe, como uma a toa de carteirinha, resolveu se dedicar somente ao corpo. E mesmo com as duas filhas maiores de idade, e donas do próprio nariz, ela nos cobra corpos perfeitos.

Chloë é modelo, mas também cursa administração de empresas.

Surpreende-me que Chloë não tenha um namorado. Aos 18 anos, ela é a menina mais fantástica que eu conheço.É linda, e loira, e tem um corpo de dar inveja em muitos. Porém, Chloë é uma pedra de gelo em relação a homens. A única coisa que sei sobre ela, é de transas casuais que ela me conta. Contamos tudo uma para a outra. Ela não é do tipo de garota que morre de amores por alguém. Nunca se amarrou, e morro de orgulho dela por ser assim.

Enfim, nos vestimos e fomos para a tal ‘’reunião. ’’

Descemos do carro e havia fotógrafos na porta daquele grande salão de onde seria o evento. Fomos diretamente encaminhadas por seguranças até a mesa de meus pais. Percebi que na mesa ao lado, estava Bill Kaulitz, a esposa e Von Bruck. Onde estaria Tom Kaulitz?

Personagens ;;

Charlotte Novakovic (Neon Lynxie) – http://tinypic.com/view.php?pic=2lcryno&s=7

Chloë Ardeoux (Mosh) – http://tinypic.com/view.php?pic=kd7691&s=7

Cici Ardeoux (Hanna Beth) – http://tinypic.com/view.php?pic=2z4h8pk&s=7

Haidee Armstrong (Mandy Murphy) – http://tinypic.com/view.php?pic=smccpv&s=7

Joshua Armstrong (Joshua Estrella) - http://tinypic.com/view.php?pic=5dqfeb&s=7

Bill Kaulitz (Bill Kaulitz) – http://tinypic.com/view.php?pic=33xestg&s=7

Tom Kaulitz (Tom Kaulitz) – http://tinypic.com/view.php?pic=1584ig1&s=7


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Notas finais do capítulo

É isso, rs.



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