Em Busca das Almas Perdidas escrita por vivaopato


Capítulo 15
Me penduro de uma janela


Notas iniciais do capítulo

Pois é, gentalha que eu amo. Eu estou postando às cinco e catorze da madrugada, ao som de Phineas e Ferb - Não Tenho Ritmo. Isso mesmo, conheçam essa autora. De qualquer modo, eu disse que só postaria quando tivesse seis reviews no meu último capítulo, mas eu ganhei uma nova leitora! *-* E eu já estava tendo sonhos com esse capítulo de tanto que eu queria que vocês lessem logo, e...
Tá fazendo o que aqui? Vai ler!



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                Me levantei rapidamente.

                - Ah, oi, Ally... – falei envergonhado.

                - Quanto você ouviu? – Ally exigiu estreitando os olhos.

                Que, a propósito, estavam num tom incrivelmente claro de rosa. Mais uma vez, me perdi ali naquela imensidão.

                - Nico? Nico! – a garota exigiu desconfiada.

                - Hã? O quê? – respondi abobalhado.

                Ela revirou os olhos, mas sorriu de lado. Bateu na sacada ao seu lado, indicando para que eu me sentasse. Fui relutante até ela e me sentei com as pernas penduradas para fora.

                Ally me encarou desconfiada novamente.

                - Então? Há quanto tempo estava aí escondido?

                Corei.

                - Ah, bom... Há pouco tempo. Não escutei quase nada do que você e sua mãe conversaram. – menti.

                Ally voltou a olhar para a frente. Estávamos voando, e realmente, era impressionante a visão que tínhamos da lua e das estrelas. Reparei que o céu estava um pouco mais claro que antes.

                - Então... Como está indo com essa coisa de missão e... você sabe...? – perguntei sem graça.

                - Bem. Acho que estou me acostumando bem a isso tudo.

                - Você morava com seu pai antes de ser levada ao Acampamento? – perguntei.

                Ela assentiu.

                - É. Meu pai é um biólogo plantae. – ela disse.

                - O que? – perguntei.

                Ela revirou os olhos.

                - Um biólogo que estuda as plantas. Nós morávamos em uma casa no Maine, com uma estufa nos fundos. Era legal. – ela suspirou.

                Toquei em seu braço num gesto de conforto. Juro que não tinha segundas intenções. Quando nossas peles se encontraram, um arrepio percorreu meu corpo.

                - Vai ficar tudo bem. – consegui dizer.

                Ela sorriu agradecida e encostou a cabeça em meu ombro. Senti meu coração acelerar e minha falta de experiência com garotas gritar dentro de mim. Ainda assim, respirei fundo e tomei sua mão para a minha.

                Ela pareceu surpresa com o meu ato. Juro que não estava mais me controlando. Segurei sua mão macia com a minha, acariciando as costas de sua mão com meu polegar, sentindo os arrepios percorrerem meu corpo. Então ela virou o rosto para mim e ficamos com os rostos quase colados.

                Aproximamos nossos rostos um pouco mais. Meus olhos vacilaram para seus lábios carnudos e rosados. Sentia sua respiração ofegante em meu queixo. Nossos lábios quase se tocando. Ally fechou os olhos. Deixei os meus abertos para vê-la em cada segundo que pudesse.

                Então acabei com a distância entre nossos lábios. Senti Ally estremecer com o primeiro toque entre nós dois. Fechei meus olhos sentindo correntes elétricas me arrepiando a cada instante. Ela entreabriu a boca dando passagem à minha língua que invadiu sua boca instantaneamente. Tremíamos levemente com o contato.

                Puxei-a para mim pela cintura e ela me puxou pela nuca para aprofundar o beijo. Quando o ar nos faltava tanto que senti Ally praticamente desmaiar em meus braços, fomos nos separando com selinhos. Mantendo meus olhos fechados, virei-me para a frente. Ouvia Ally arfar ao meu lado em busca de ar. Dei uma arfada apenas, numa tentativa de acalmar meus nervos e meu coração.

                Abri os olhos e olhei o céu rosado. Como Eos havia dito, o céu tinha traços marcantes de vermelho sangue e preto, dando uma aparência bonita, mas bizarra. Encarei Ally que sorria. Seus olhos num rosa quase tão avermelhado quanto o pêlo de Mors. Sorri de lado. Ela estava  corada, e eu com certeza também estava.

                Fechei meus olhos outra vez. Eu não devia ter feito aquilo. Tudo bem, fora uma das melhores coisas que eu já havia feito, mas ainda assim, conturbava meus planos de me tornar um deus.

                - E então? – ouvi Ally dizer.

                Continuei de olhos fechados.

                - O que foi? – ela perguntou.

                Olhei-a.

                - Foi um erro, Ally.

                Ela me encarou confusa.

                - Como assim? Você... você não gostou? Você se... se arrepende? – ela exigiu balançando a cabeça em um gesto descrente.

                - Olha, Ally, meus planos não incluem você, ok? Sinto muito, mas... eu me arrependo porque isso atrapalha o que eu tinha em mente, o que eu sempre tive em mente.  Então... é do Luke que você gosta, não é? – tentei me convencer. – Fale com ele. Guarde isso para ele.

                Ela me encarou incrédula com lágrimas pequeninas nos olhos. Então se virou e saiu tempestuosamente. Revirei os olhos, enquanto soltava um suspiro. Percebi que estava morto de sono.

                Me virei e voltei para o meu quarto. Nico dormia na cama. Joguei-me ao seu lado e dormi imediatamente. Com sonos atormentados. Claro.

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Notas finais do capítulo

OOOOOKKK!
NAO ME MATEM!
*desvia dos cacos de vidro e dos abacaxis roxos
Eu estarei escondida numa montanha na Patagônia até vocês se acalmarem e não quererem me matar mais...
Ok, beijos, deixem reviews ou morram, pelas mãos do terrível...
CHIMPANZÉ BIGODUDO!