Perfeito para Você escrita por Thatah


Capítulo 4
Capítulo 4 - PROMESSAS.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas.
Aqui está mais uma parte da "luta". Na verdade é o momento, pós a luta...^^ Enfim. Tem passagens do livro, como vocês bem poderão observar, mas a maioria foi modificada e reajustada as necessidades da FIC, para se enquadrarem no contexto.



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As árvores passaram voando por nós. Edward corria morro abaixo tão rápido que parecia que estávamos mergulhando numa queda descontrolada. Enquanto isso, minha mente se recusava a encontrar sentido de ainda haver mais com o que deveríamos lutar.

- Não entre em pânico. Eles não procurarão por nós. É só o contingente normal da guarda que em geral limpa esse tipo de confusão. Nada grandioso estão apenas fazendo seu trabalho. É claro que eles parecem ter programado sua chegada com muito cuidado. O que me leva a acreditar que ninguém na Itália lamentaria se esses recém-criados tivessem reduzido a família Cullen. – As palavras saíram entre dentes, duras e frias. – Vou ter certeza do que eles estão pensando quando chegarmos à clareira.

Eu não conseguia processar a explicação dele. Minha concentração estava dilacerada por meus tremores. A imagem de Jake ferido não sai da minha mente. E Edward não parava de dizer que iria ficar tudo bem, enquanto meus pensamentos não conseguiam ver como.

Tentei me distrair com as palavras de Edward, mas elas não se fizeram uma bela distração. Em minha mente só havia Jake, seu corpo caído no chão, seus gritos e gemidos de dor…

Olhei em volta. As árvores eram um borrão que fluía em torno dele como água esverdeada. À medida que nos aproximávamos, uma nuvem roxa e escura pode ser avistada, pendendo baixa sobre as árvores. Automaticamente reconheci a coluna grossa de fumaça, como aquela em nosso acampamento.

As árvores, enfim, perderam velocidade à nossa volta à medida que nos aproximávamos de nosso destino.

Mal chegamos e Alice já nos alertara que só nos restava cinco minutos para que os Volturi estivessem ali.

Alice encontrou meu olhar e então veio em minha direção com um rápido abraço em que ela intencionou me reconfortar. Mas não seria suficiente! Seus braços frios não trariam a tranqüilidade que meu coração tanto clamava… Não poderia, pois eu precisava que isso acabasse logo e que enfim eu pudesse ver Jacob novamente. Certificar com meus próprios olhos que os ferimentos não foram assim tão graves.

- Jacob irá ficar bem… Sam está tentando fazê-lo voltar à forma humana, como Carlisle recomendou. – Enquanto Edward sussurrava em meu ouvido, eu atônica olhava os olhos de Carlisle.

- Assim que terminarmos aqui, irei me certificar, pessoalmente. Acredite, ele ficará bem…

As palavras de Carlisle me tranqüilizaram, mas só o suficiente para me dar forças para encarar mais esta batalha.

Notei pelo comportamento estranho de Jasper – basicamente a forma como a qual ele encontrava-se posicionado, com os ombros tensos, os braços um tanto estendidos – que havia outra coisa, ali, na sombra dele. Em frente a fogueira de restos mortais dos recém-criados.

Eu estava entorpecida demais para sentir mais do que um leve choque ao perceber o que era.

A menina estava enroscada como uma bola ao lado das chamas, os braços envolvendo as pernas. Era muito nova. Mais nova do que eu, e aparentava ter em torno de 15 anos, o cabelo escuro e liso. Os olhos estavam focalizados em mim e as íris eram de um vermelho vivo e chocante. Muito mais brilhante do que as de Riley, quase em fogo. Giravam loucamente, descontrolados.

- Ela se rendeu – Edward sussurrou em resposta a minha visível confusão. – É uma coisa que nunca vi na vida. Só Carlisle pensaria nessa oferta. Jasper não aprovou.

Quem mais aprovaria?! Pensei. Realmente só Carlisle para confiar que um recém-criado pudesse aceitar uma vida de abstinência logo de cara. Quando a bondade de Carlisle teria limite? Será que isso daria certo? A garota mantinha um olhar irascível em minha direção, como se a qualquer descuido de Edward o meu pescoço lhe seria como premio.

Mal calei meus pensamentos e a garota já provou o quão difícil seria aceitar a proposta de Carlisle.
A jovem fêmea de repente lançou a cabeça para trás como um animal e gemeu com estridência.

Jasper grunhiu para ela e ela se encolheu, mas seus dedos cavaram o chão como garras e sua cabeça se agitava de angustia. Jasper deu um passo até ela, agachando-se mais. Edward moveu-se com uma despreocupação exagerada, virando nossos corpos para ficar entre mim e a garota. Eu espiei por seu braço para ver a garota arrasada e Jasper.

Carlisle aproximou-se de Jasper, e pôs uma mão restritiva no braço da garota.

- Mudou de idéia, jovem? – sua voz era calma, como sempre. – Não queremos destruí-la, mas o faremos se não conseguir se controlar.

- Como pode suportar isso? – grunhiu a menina numa voz alta e clara. – Eu a quero. – Sua íris carmim focalizou em meu rosto, suas unhas rasparam o solo duro de novo.

- Deve exercitar o controle. – Carlisle insistiu. – É possível e é a única coisa que a salvará agora.

Carlisle não teve tempo de se aprofundar em seus ensinamentos, logo que as feições de Edward se enrijeceram, percebi certa agitação entre os Cullens. Novamente o semicírculo em volta de mim fora formado. Edward colou seu corpo ao meu, de forma absurdamente protetora. Uma frente unida.


A fumaça ondulou para frente.


- Olá Jane! – Ele saudou a neblina.


Meus olhos não foram capazes de visualizar nada além da cortina de fumaça. Mas então, as formas escuras se aproximaram , separando-se da névoa, solidificando-se. Eu sabia que seria Jane na frente – o manto mais escuro, quase preto, e a figura mais de meio metro menor. Sob a sombra do capuz, suas feições angelicais permaneceram indistinguíveis.


Atrás de Jane, em sincronia, quatro sombras se fizeram distintas da névoa. O maior deles, deixou cair o capuz levemente em suas costas – Felix! – ele me olhou, piscou para mim e sorriu. Os braços de Edward aninharam meu corpo para mais perto do seu.


Eles pararam a alguns metros de nós. O olhar de Jane caminhou lentamente pelos rostos luminosos dos Cullen e tocou a recém-criada do lado do fogo.


- Vejo que da sutil demonstração de força, vocês deixaram uma escapar…


- Ela se rendeu – explicou Edward.

Os olhos escuros de Jane faiscaram.


- Rendeu-se?


- Carlisle lhe deu esta opção.



Dois que ainda mantinham-se sob a sombra do capuz, trocaram um rápido olhar.



- Não há opções para os que quebram as regras – disse Jane monotonamente.


Meu coração explodiu em disparada. Eu sabia bem o que aquelas palavras significavam. Minha promessa de virar uma vampira teria que ser cumprida, ou então teríamos que enfrentar a fúria da “justiça” dos Volturi. Logo agora que meus sentimentos – antes certos – traçaram um rumo completamente inesperado!?


Fitei o olhar, da garota. Seus olhos vermelhos e irascíveis, dificilmente se desviavam de mim. Sustentei seu olhar, hipnotizada, perguntando-me se estava olhando meu futuro – caso de fato permanecesse com a decisão de passar a eternidade com Edward.


- Espere… - Edward se alarmou, fazendo Jane retardar por alguns instantes sua intenção.


- Ninguém lhe ensinou nada. Eu me proponho a fazê-lo… - Carlisle disse brandamente.


- Isso é irrelevante – insistiu Jane.


- Eu insisto…


Jane fitou Carlisle, concentrada. Sacudiu a cabeça indistintamente, depois recompôs as feições.


- Só por curiosidade profissional, quantos havia? - Ela olhou para a fumaça.

- Dezoito, incluindo esta – respondeu Carlisle.


Os olhos de Jane se arregalaram e ela olhou o fogo novamente, parecendo reavaliar o tamanho. Outra troca de olhares foi realizada entre Felix e a outra sombra, um olhar um pouco mais longo desta vez.


- Dezoito? – Repetiu ela, sua voz transmitindo insegurança pela primeira vez.


- Sim. Todos novos – a voz de Carlisle era de puro desdém. – eram inábeis.


- Todos? – Sua voz ficou incisiva. – Então, quem foi seu criador?


- O nome dela era Victoria… - respondeu Edward, sem emoção na voz.


- Era?


Edward inclinou a cabeça para a floresta a leste. Os olhos de Jane seguiram a indicação, e fitaram o leste por um bom tempo, em seguida voltou para examinar a fogueira próxima.


- Quem cuidou da criadora?


- Eu – disse-lhe Edward – Cuidei dela e de seu companheiro.


- Vinte – Os olhos de Jane se estreitaram.

- Você aí – Jane se voltou para a jovem. – Seu nome.

Ela não respondeu, apenas lançou um olhar maléfico para Jane, os lábios firmemente unidos.

Jane lhe abriu um sorriso angelical.

O grito de resposta da recém-criada era de perfurar os tímpanos; seu corpo se arqueou rigidamente numa posição distorcida e nada natural. Não consegui presenciar tal cena, mas tive que reprimir o impulso de tapar os ouvidos. Olhei para as feições de Edward, mas elas não foram suficientes para me tranqüilizar.

Por fim, fez-se silencio.

- Seu nome – repetiu Jane coma voz sem nenhuma inflexão.

- Bree – disse a menina, ofegante.

Jane sorriu e a menina gritou novamente. Prendi a respiração até que o som de sua agonia cessasse.

- Ela irá contar o que quiser – suplicou Esme.

Os olhos apáticos de Jane voltou-se para a figura da matriarca Cullen.

Mesmo depois de Bree ter confirmado tudo, Jane pareceu insatisfeita. Ela demonstrou-se surpresa e levemente frustrada ao descobrir o porquê de Victoria ter criado um exército de recém-criados.


De repente o riso borbulhante de uma criança feliz se fez ouvir. Só então percebi que Jane estava sorrindo.


- Esta aí parece provocar reações estranhamente fortes em nossa espécie – observou ela, sorrindo diretamente para mim, o rosto beafítico.


Edward enrijeceu.


- Pode, por favor, não fazer isso? – perguntou ele numa voz dura.


Jane riu mais uma vez.


- Só estou verificando. Ao que parece, não causei dano algum.


O braço de Edward se estreitou à minha volta, assim que meu corpo tremeu.

- Bem, parece que não nos resta nada a fazer. Singular. – disse Jane, a apatia voltando de mansinho em sua voz. – Não estamos acostumados a ser considerados desnecessários. É péssimo que tenhamos perdido a luta. Parece que teríamos uma diversão para assistir.


- Sim. – Respondeu Edward – É uma pena que não tenham chegado meia hora atrás. Talvez pudessem cumprir seus objetivos aqui.


Jane encontrou seu olhar.


- Sim. Uma pena mesmo que as coisas tenham sido assim, não é?


Edward apenas assentiu. Em fim, sua suspeita estava confirmada.


- Felix?


Jane virou-se para olhar a recém-criada Bree, o rosto completamente entediado.


- Espere. – Edward interferiu, olhando para Carlisle.


- Estamos preparados para assumir a responsabilidade por Bree. - Carlisle tentou interceder pela jovem novamente, mas Jane se demonstrou irredutível.


- Não abrimos exceções – disse ela. – E não damos uma segunda chance. É ruim para a nossa reputação. O que me lembra… - de repente, seus olhos estavam em mim novamente e sua face de querubim se encrespou. – Caius ficará tão interessando em saber que ainda é humana, Bella. Talvez ele decida fazer uma visita.


- A data está marcada – disse Alice a Jane, falando pela primeira vez. – Talvez nós os visitemos daqui a alguns meses.


Senti uma certa insegurança na voz de Alice, que permaneceu com os olhos fixos em Jane. O sorriso de Jane desapareceu e ela deu de ombros com indiferença.


- Cuide disso, Felix – a voz de Jane gotejava tédio – Quero ir para casa.


O grito da garota era de perfurar a alma. Edward pediu para que eu não olhasse, mas aquilo não me afetava mais. Meus olhos já haviam presenciado coisa pior: Jake caído na minha frente, ferido…


O som parou rapidamente, em seguida o único som era um esmagar e estalar nauseante. Tudo ficou em silencio.


Os mantos cinza desapareceram na névoa espessa.


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Notas finais do capítulo

É isso ai...
Críticas!? Elogios...?!

Deixe um review!

Beijos