Percy marcou de se encontrar com seu s amigos na ponte Golden Gate às seis e meia para praticarem Bungee jumping .  Quando chegou à ponte ainda não havia ninguém e uma forte nevoa cobria o lugar.  Ficou colocando o equipamento ate que viu uma cabeleira loira, e mesmo de muito longe e com a névoa dificultando a visão, soube que era Annabeth.

Correu para saber o que ela estava fazendo ali, ate que ela pulou da ponte. Apressou-se em chegou a tempo de ver o corpo da garoto sendo submergido. Percy tinha que pensar em algo rápido, se não a garota não ia sobreviver. A sua maior sorte foi que já estava com todo o equipamento pronto. Só faltava prender as cordas a ponte, e foi o que fez. Prendeu o mais rápido que pode e pulou atrás dela.

Ao chegar ao limite que o equipamento permitia o retirou e pulou na água. Se não fosse um dos melhores nadadores da cidade teria morrido na hora.  Torceu para que Annabeth estivesse bem.

Submergiu-se e procurou a garota, não tardou a achá-la. Com alguns aranhões, desmaia e, ao subir para a superfície, tossindo muita água. Pensou em como ia fazer para voltar à ponte, ate que ouviu um grito vindo cima.

-PERCY!- essa com certeza era a voz de Nico.

-Aqui em baixo- Percy gritou de volta

Nico olhou para a água e não acreditou no que viu: Percy com uma garota nos braços.

-O que você ta fazendo ai?- Perguntou Nico

-Sem tempo para explicações. Dá um jeito pra eu conseguir sair daqui- Percy falou em pânico. Não iria agüentar por muito tempo

-Eu não sei o que fazer- gritou o menino de cima da ponte

-Que tal chamar os bombeiros?- perguntou Percy com uma cara de obvio

-Ah, claro- disse Nico como se pedisse desculpas

Depois de quinze minutos o corpo de bombeiros chegou. Não estavam muito longe dali quando Nico ligou. Eles tiram Percy e Annabeth de lá e não fizeram muitas perguntas, apenas os levaram para o hospital.

Percy só teve uns arranhões. Já Annabeth quebrou o braço e teve um pequeno corte na cabeça, alem de ter engolido muita água.

Ao acordar Annabeth pensou que estivesse morta. Sentiu uma dormência no braço, e maquinas? Abriu os olhos rapidamente e viu que estava num hospital, com o braço esquerdo engessado.

-Onde eu estou?- sussurrou sem entender o que estava acontecendo

-No hospital, você levou um tombo e tanto- Annabeth se assustou ao ver que Percy estava no quarto

-O que você esta fazendo aqui? Como eu to viva?- perguntou perplexa

- Você precisava vir pro hospital. E eu te tirei de lá- disse Percy a garota, ele pensava que ela ia agradecer, mas ela ficou irritada

-Porque você fez isso?- gritou Annabeth indignada

-Eu salvei sua vida- respondeu Percy no mesmo tom- Você poderia ter um pouco de gratidão

-Quem disse que eu queria ser salva?- disse Annabeth num tom mais baixo, se lembrando dos motivos e...

-Você tava tentando se matar?- perguntou-lhe Percy com um tom diferente quase que preocupado. Ou seria desesperado?

Annabeth não precisou responder, o garoto soube na hora que era verdade. Ele ia falar uma coisa quando a medica chegou.

-Ah, você acordou. Você está bem?- Annabeth podia ter respondido “Eu estaria melhor se ele não tivesse me salvado”, mas apenas fez que sim com a cabeça- O seu braço vai fica assim por 15 dias. Você já pode ir para casa. Mas tem que passar essa pomada no rosto- dito isso a medica lhe entregou a receita e se retirou

-Eu te levo- disse Percy olhando pela janela perdido nos próprios pensamentos

-Só responde por que eu não estou com a minha roupa?- perguntou Annabeth olhando a roupa, que claramente, não era a sua

-A sua estava muito molhada, então as enfermeiras a trocaram- respondeu Percy num tom impaciente

-E como seu carro chegou aqui?Perai, desde quando você tem carro?- Perguntou novamente a garota, dessa vez dentro de um Brio verde

-Eu pedi para o Nico trazer. E eu ganhei de aniversario- depois disso não se falaram mais ate chegarem à casa de Percy

Ao chegarem lá Percy pediu para Lorie, a empregada, levar um lanche para eles no quintal.

Sentaram-se na mesa que tinha no quintal e que por muita coincidência tinha uma vista para a Golden Gate. Um arrepio percorreu a face de Annabeth ao ver a ponte. Depois de 20 minutos Lorie trouxe duas xícaras de chá e cookies.

-Coma- a voz de Percy soou distante

-Eu não quero- disse Annabeth decidida. Só de pensar em comida ela tinha vontade de vomitar, literalmente

-Eu não perguntei se você queria, eu disse pra você comer- Annabeth lançou um olhar cético para ao garoto quando ele disse isso. Ele entendeu o recado dela “Você não manda em mim”

-Ok! Desculpe, mas é que eu ainda não conseguir entender o porquê de você tentar se matar- finalmente, desde o hospital, ele olhou nos olhos da garota- Você não pensou nos seu pai, na sua mãe, nos seus amigos... - o garoto foi cortado bruscamente pela garota de olhos cinza

-QUE AMIGOS? Me diz onde você me ver com amigos.... Eu não tenho amigos, é por isso que eu fico naquela biblioteca apodrecendo. PORQUE EU NÃO TENHO NINGUEM. Satisfeito agora por saber?- ela falou a verdade ou quase toda, só omitiu sobre Rachel e suas amigas ficarem a torturando, para não falar pior- quanto ao meu pai... - parou e deu uma risada nervosa- ele nem se lembra que eu existo- dito isso pegou a xícara e bebeu um pouco de chá, se sentiu tonta ao colocar comida na boca depois de tanto tempo

As perguntas rondavam cada vez mais a cabeça de Percy, mas ele sentiu que ali não era o lugar nem à hora certa para perguntar. Annabeth comia um cookie pensativa

-E sua mãe? – perguntou o garoto, afinal a mãe era a única que a loira não tinha falado nada

-Ela. Eu a amo, mas... - ela pensou se diria a verdade. Mas não confiava no garoto a ponto de falar tudo- ela pode fazer algumas coisas erradas, mas eu a entendo- o garoto esperou pela continuação- A mãe dela foi embora, ela foi criada pela tia, muitos anos atrás o irmão dela morreu e recentemente meu avó e por isso ela é assim... - agora foi à vez de Annabeth ser cortada

-E você acha que outra morte iria ajudá-la?- essa ela não soube responder, na verdade, nem precisou- Eu te levo para casa, pode ser?- a garota assentiu

No carro Percy pensava no que a menina tinha dito soube não ter amigos e se imaginou sem os seus. Se a vida dele é difícil, sem eles seria impossível.

-Ah, Annabeth- disse quando chegaram ao portão da casa dela- Você quer sair amanha?

-Sair? – a garota questionou com estomago revirando

-É para recompensar por não deixar você morrer- dessa Annabeth teve que rir e ele a seguir, pois a risada dela, embora rara, era contagiante

-Tudo bem então- e ela já ia embora quando se lembrou de falar - Obrigada por me salvar!

Ficou pensando aonde ele a levaria amanha. Desligou isso da sua mente. Foi ao banheiro e vomitou tudo o que tinha comigo naquele pequeno pedaço de dia, porem que iria marcar a historia do casal de um modo que eles nunca imaginariam.