VII. Fim de férias

POV Bella

Acordei no domingo com um raio de sol nos meus olhos, olhei no relógio eram 08h30min, dormi bem, na verdade, dormi MUITO BEM...

Desci para tomar meu café, as cortinas lá de baixo estavam fechadas e Charlie estava sentado no sofá lendo jornal.

- Bom dia! – disse a ele que se virou e sorriu.

- Bom dia, finalmente acordou sem olheiras e com uma corsinha – comentou.

Virei e me olhei no espelho que tinha na frente da escada, realmente já fazia um tempo que eu não estava com uma boa aparência, sorri para meu reflexo e fui andando para a cozinha.

- Não vou nem perguntar por que as cortinas estão fechadas... Mesmo não entendendo porque me esconde isso! – disse pegando um suco na geladeira, não era preciso gritar, mesmo estando em cômodos diferentes ele me ouvia perfeitamente.

- Já disse que não quero falar sobre isso! – ele respondeu.

- Sério pai, to começando a achar que isso foi algum tipo de trauma! – falei olhando pela porta e o vi ficar rígido no sofá. – Foi um trauma? – perguntei boquiaberta, será que acertei?

- Come seu pão e não me enche o saco! – ele disse e eu ri da reação dele que pareceu ficar envergonhado da minha descoberta, ri mais ainda com esse pensamento.

[...]

Eram quase cinco horas da tarde, resolvi sair, peguei minha máquina fotográfica...

- Vai sair? – perguntou meu pai.

- Vou sim, mas relaxe porque eu não vou longe, só quero tirar umas fotos... – disse indo em direção a porta.

- Não é bom você sair sozinha, você está com a aparência bem melhor, mas tem certeza que já recuperou suas forças? – bem minhas forças eu recuperei, já que meus reflexos pareciam normais... Meus poderes ainda eram arriscados usar... Sorri sapeca lembrando uma coisa.

- Bem, eu me sinto melhor e estou com meu celular qualquer coisa eu ligo, ou se preferir pode vir comigo! – ele fez uma carranca na hora e virou de costas pra mim.

-Vai duma vez e pare de me pentelhar! – saí de casa gargalhando acho que se ele pudesse ficar vermelho ele ficaria agora.

Fui andando, o lugar onde eu morava não era longe do colégio dava pra ir a pé, mas na maioria das vezes ia de carona com meu pai, entre minha escola e minha casa tinha um campo verde com poucas árvores, fui até lá e encostei-me a uma das árvores, o vento batia nos meus cabelos, e o sol que passava entre as folhas da árvore me esquentava, fechei os olhos, aquele tempo era incomum por aqui, geralmente o tempo era nublado com uma temperatura amena e não chovia muito... Se é que 10 dias por mês de chuva era considerado pouco.

Abri os olhos e percebi que o céu estava ficando em tons de vermelho, rosa, roxo e violeta... Estava lindo! De onde eu estava era possível ver o sol se pondo entre as montanhas, eu gostava de vir nesse lugar quando fazia sol, pois sabia que quando o crepúsculo chegasse, a paisagem seria linda, como sempre.

Minhas férias estavam acabando e eu nem tinha aproveitado ela direito, já que passei quase ela inteira cansada por causa de algo que nem sei que acontece comigo nessa cidade bizarra onde personagens de historias de terror são os mocinhos.

[...]

POV Edward

Amanhã começariam as aulas e eu finalmente conheceria a dona da voz linda que escutei pelo telefone, estava intrigado com toda aquela história de desenho que fiz quando era humano, de Alice não conseguir ver o futuro direito e depois por ter que estudar com lobisomens.

Estava pensando deitado na cama, Alice entrou no meu quarto e sentou ao meu lado.

“Quero que veja isso” – ela pensou me mostrando a imagem.

Era ela! A princesa! Estava encostada em uma árvore de olhos fechados com os raios do sol em seu rosto e braços, ela estava diferente do que as lembranças de meus irmãos e meu pai... Ela é branca, não tanto quanto nós, cabelos escuros com grandes cachos que caiam a partir do nível do queixo em degrade... Ela abriu os olhos e sorriu... Tinha os mesmos olhos expressivos do meu desenho, com cor chocolate, e seu sorriso era lindo com dentes brancos e alinhados... Ela pegou uma máquina e tirou uma foto, por um momento pensei que fosse uma foto minha já que estava olhando ela de frente, aí lembrei que estava dentro da visão de Alice.

Sorri e percebi que Alice me olhava sorrindo.

“Ela é linda não é?” – perguntou ela amorosamente, ela já amava a garota que seria sua grande amiga.

- Sim, mas está diferente. – disse a ela reparando que na lembrança que tinha de sua mente a garota era mais branca e tinha olheiras parecidas com as nossas.

“Eu também reparei, parece que ela está recuperando suas forças”

Agora me lembro que eles disseram que ela andava um pouco fraca e ninguém sabia o motivo. Alice saiu do meu quarto e eu fui para o jardim nos fundos de casa deitar na grama, já que fazia sol e não poderia sair em público. Ainda bem que nossa casa era bem afastada e não tinha problemas de sermos o que éramos.