A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 60
Capítulo 11 - Um descanso, por favor?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meu povo :D Fiquei tãaaao feliz com os comentários do cap passado! Muito obrigada pelo carinho!
Como não foi uma nem duas pessoas que vem me dizendo sobre escrever um livro sobre essa história resolvi falar com vocês sobre o assunto. Bem, não vou dizer que não penso sobre, na verdade até tenho um pequeno esboço e realmente tenho vontade. Mas a idéia que está em minha mente é escrever a origem dos lunares... Vocês terão um pequeno trecho no capítulo 17 se não me angano, o pessoal do orkut achou bem legal, quando chegar lá vocês me falam o que acharam. Porém essa é uma idéia que tem que ser muito bem desenvolvida antes de qualquer coisa e se realmente for virar um livro eu avisarei vocês :)
Agora chega de falatório e vamos ao capítulo.



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Capítulo 11 – Um descanso por favo?

POV Edward

Victória tinha o olhar frio em direção a nós. Tentei captar sua mente, mas meus poderes estavam aflorados de mais e eu não estava conseguindo controlar tantos pensamentos em minha cabeça.

- Me solta Jake! Eu quero o meu pai! – a voz chorosa do ser que eu amava mais do que tudo chamou minha atenção e de Bella e nós desviamos o olhar da vampira.

Nós dois viramos e nos deparamos com minha filha chorando de bracinhos cruzados em quanto Jacob em forma de lobo a puxava mordendo sua blusa.

Soltei-me de minha esposa e fui em direção a minha filha. Vendo meus movimentos Jacob a puxou mais forte fazendo minha pequenina dar dois passos desequilibrados para trás.

- Papai! – ela esticou os bracinhos para mim.

Sorri para ela.

- Solte-a Jacob. – pedi me aproximando mais dois passos.

O cachorro rosnou o que fez com que eu fechasse a minha cara para ele.

“Não se aproxime!” – sua mente gritou.

- Por que não? – perguntei entre dentes.

“Não confio em você! Não nesse momento.”

- Por Deus Jacob! Não vou machucar minha própria filha! – rebati horrorizado.

“Machucou Bella.” – lembrou ele e eu me encolhi.

Olhei para trás e minha princesa estava com o olhar fixo em Victória. Corri seu corpo e me deparei com seu pulso machucado.

- Eu sei. – murmurei e voltei meu olhar para o cachorro. – Mas estou controlado agora, não vou machucá-la. Então a solte, por favor.

Ele me fitou hesitante, mas soltou Nessie que no mesmo instante correu em minha direção.

Ajoelhei-me sorrindo largo e de braços abertos para a minha baixinha que se agarrou em meu pescoço.

- Hey meu anjinho! – disse a abraçando e levantando com ela no colo.

- Eu senti sua falta papai. – disse ela com um beicinho.

Meu rosto entortou de felicidade.

- Eu também Nessie. – disse enterrando meu rosto em seu pequeno pescoço.

Ela gargalhou alto e eu me afastei olhando-a sem entender mas ao mesmo tempo sorrindo.

- Seu cabelo me fez cócegas. – explicou ela passando a mãozinha curiosamente em minha barba mal feita.

Gargalhei com seu jeitinho e expliquei.

- Não é cabelo meu anjinho, é barba. – ela fez um biquinho de entendimento e então sorriu lindamente.

Não consegui evitar retribuir.

POV Daniel

Foi impossível não sorrir para Edward e Nessie. As coisas estavam voltando aos seus devidos lugares.

- O que Bella está fazendo? – perguntou Nati com o ar assustado e eu virei rapidamente meu rosto acompanhando seu olhar.

Arregalei meus olhos quando vi minha irmã andando em direção a Victória. As duas se encaravam. Por Deus! Quando Bella vai parar de agir feito louca?!

Corri até ela e parei em sua frente olhando de modo a repreendê-la. Minha irmã apenas suspirou.

- Que merda você pensa que está fazendo? – perguntei de cara fechada em quanto a empurrava para trás.

- Bella? – Edward estava ao meu lado e a olhava sério também.

Fomos a levando para trás até que escutamos a voz da vampira ruiva.

- Chega de enrolação! Você prometeu princesa!

- Eu sei! E vou cumprir. – respondeu minha irmã com braveza.

- Bella! – exclamamos eu e Edward ao mesmo tempo.

Ela revirou os olhos para nós.

- Não peçam para não fazer isso por que eu vou! Victória quer ver meu passado e eu vou deixar que ela o faça. – disse convicta.

- Não Bella! Você está louca minha irmã?

- Medo da verdade majestade? – perguntou Victória com a voz divertida.

- Não fale besteira! Não é com isso que estou preocupado! – disse sobre os ombros e depois voltei meu olhar à enfezada a minha frente. – Não me olhe desse jeito! Olhe para você, está fraca! Acabou de lutar contra alguém de poder impressionante, sua regeneração parou e ainda Edward bebeu uma boa quantidade do seu sangue.

- Dan! – exclamou ela me reprovando.

- Não estou o acusando de nada! – rebati.

- Não, seu irmão está certo Bella... Eu te deixei ainda mais fraca e se você fizer qualquer coisa nesse estado não vai agüentar. – ajudou-me Edward com o olhar agoniado.

Bella suspirou e disse com calma e determinação.

- Eu estou cansada de tudo isso. Cansada de viver me escondendo, cansada de viver com medo de que a qualquer momento façam mal a minha filha ou a algum membro de minha família, cansada de ter que estar sempre alerta para tudo o que acontece a minha volta por que simplesmente querem me matar pelo pecado de nascer! Já chega disso! Eu não quero mais viver com medo! Eu não quero mais que seqüestrem as pessoas que eu amo, que as torturem! Chega de sofrimento! E querendo ou não esse é o único modo de termos paz e eu não vou deixar de fazê-lo, sinto muito, mas nada do que vocês digam ou façam irá me impedir.

Olhei-a desesperado.

- Deixe-me ajudá-la então!

- Não. – respondeu simplesmente e eu grunhi.

- Por que não?

- Bella está certa Daniel. – disse minha esposa se aproximando e sorrindo para sua cunhada.

- Certa? – perguntei descrente.

Nati revirou os olhos.

- Ela está pensando, coisa que você não está fazendo agora. – disse e eu fiquei olhando para cara dela de maneira emburrada. – Bella não vai morrer, isso eu tenho certeza. – ela sorriu esperançosa para minha irmã e então voltou seu olhar para mim. – Mas se você ajudá-la nisso os dois enfraqueceram e quem então irá proteger todas essas pessoas depois que isso acabar? Sozinha eu não consigo Dan, você tem muito mais poder do que eu.

Abaixei meu olhar resignado. Elas estavam certas.

- Só não se mate ok? – pedi em um sussurro e me afastei alguns passos com Nati em meu encalço.

Minha esposa apertou minha mão em apoio.

POV Bella

Edward me olhava com sofrimento.

- Por favor... – pediu com a expressão entortada em agonia.

Peguei seu rosto entre minhas mãos e disse olhando dentro de seus olhos verdes.

- Eu não vou morrer ok? Eu prometo a você que nada vai acontecer comigo. – então eu sorri. – Eu esperei você por 5 anos, acha mesmo que vou desistir logo agora que você está aqui do meu lado?

Meu vampiro esboçou um sorriso triste e beijou minha testa.

POV Edward

Eu conhecia Bella o suficiente para ter certeza que nada do que eu dissesse ou fizesse a impediria, então nada disse ou fiz.

Virei de frente para Victória a olhando com raiva. Se algo acontecesse a minha princesa ela seria uma vampira morta. A ruiva sorria maliciosamente.

- Faça! – disse Bella sem medo.

A vampira sorriu largamente e olhou fixo para Bella que segurava a minha mão com firmeza. Três segundos exatos se passaram quando uma grande força nos atingiu, como se nos empurrasse para o chão. Eu estava forte então consegui agüentar sem problemas, porém minha princesa estava fraca e caiu de joelhos. Antes que eu pudesse ajudá-la outra leva daquela gravidade nos atingiu e dessa vez me levou a ficar sentado ao chão também. Antes que minha visão ficasse completamente preta eu vi um brilho no meio da floresta que iluminou novamente minha visão e agora meu colar e o de Bella brilhavam exatamente do mesmo modo que brilhou quando minha esposa recuperou sua memória.

Como naquele dia a luz encobriu a todos e levou-nos ao passado. A história na lua mostrou-se novamente desde o nascimento de Bella até a minha morte, porém quando pensei que iria acabar as coisas continuaram e o “filme” mostrou-me quando eu era um bebê sendo cuidado por meu anjo e seguiu até Carlisle aparecer, quando meu pai estava perto de mim às imagens se aprofundaram na estória dele.

Em Londres, 1650, a história que eu tão bem conhecia começou a passar. A vida humana de Carlisle, sua religiosidade e o momento de sua transformação. Sua repulsa por si mesmo, as várias tentativas falhas de suicídio e então sua descoberta pela nova dieta. As mudanças em sua vida solitária até me encontrar.

Então a minha transformação, a descoberta de meu poder, as discussões com Carlisle em meu tempo de revolta o qual eu comecei a caçar humanos, apenas os maus, porém a repulsa por mim mesmo começando a me afetar e então eu voltando para os braços de meu criador. A história seguiu até encontrarmos Esme, seu amor incondicional e sua louca vontade de ter filhos juntamente com a impossibilidade de ela os gerar. Então seu suicídio ainda quando humana e então encontrada e transformada por Carlisle. O amor dos dois tão absoluto.

Então as mudanças de cidades até que encontramos Rosálie. Sua triste história mostrou-se como uma triste realidade da época. Sua revolta principalmente comigo quando me ouviu falar com indiferença dela. Até que finalmente ela encontrou Emmett. A alegria da casa. Sua história humana também se mostrou. Sua fuga direta para a morte. O encontro com o urso que quase o matou e depois com a vampira loira que o levou até Carlisle. Emmett colocou bom humor nas tensões de nossa família e acalmou a fera que Rose sempre fora.

Mudamos para outra cidade e logo fomos caçar, quando voltamos dois intrusos estavam em nossa casa. Então a história de Alice começou. Prestei atenção nessa parte já que minha irmã não lembrava sua vida humana.

Alice era uma menina doce, porém seus poderes já manifestados quando humana a tornava sombria para as pessoas. Com a mente ignorante da época acabou sendo internada em um sanatório ainda quando criança. Os tratamentos de choque e as salas escuras interferiram em seu desenvolvimento e acabou se tornando uma mulher de corpo miúdo e frágil até o dia e que um vampiro a encontrou e com dó da garota a transformou. Seus poderes afloraram e ela seguiu suas visões até uma lanchonete e assim encontrou Jasper.

A história de Jasper sem sombra de dúvidas foi a mais sanguinária de nossa família. Sua vida como um soldado de um exército de recém nascidos foi dura e triste, até que ele finalmente soube através de seus amigos Peter e Charlotte que existia uma nova maneira de viver. Ele conviveu com o casal por um tempo até que seus poderes lhe incomodavam já que ele sentia tudo o que sua presa sentia. Em um dia ocorreu a solução, ele encontrara Alice em uma lanchonete e ela lhe contara sobre uma família que tinha visto.

Os dois seguiram para a nossa casa nos pregando o maior susto, já que Jasper apresentava dezenas de marcas de batalha e Alice chamava todos pelo nome e perguntava onde ficaria seu quarto... O detalhe sórdido, a tampinha já havia retirado todas as coisas do meu quarto e colocado na garagem, só por que a vista era melhor! Hun, Alice nunca teve jeito.

Os flashes de nossa vida começaram a acelerar até Carlisle encontrar Charlie. A estória voltou até o momento em que ele encontrou Daniel e Bella em frente a sua casa. A história dos três passou rapidamente também mostrando as amizades no colégio, a falta de memória dos irmãos, a popularidade de Daniel em quanto adolescente, a alegria de Bella dançando com a companhia. Então a recuperação da memória de meu cunhado quando encontrou Nati, seu casamento, o nascimento de Bruna e então a mudança de Charlie e Bella para Forks.

Todos os fatos importantes de nossas vidas passavam feito um filme, desde momentos felizes até os mais tristes como a morte dos pais de minha esposa. Concentrei-me nas cenas da vida de minha família após eu me entregar a Victória. Senti-me mal apenas em ver o desespero nos olhos de todos.

Surpreendi-me quando eu apareci como fantasminha junto a Bella. Mas a maior surpresa foi ver a história de Charlie. Quando ele esbarrou com Lara e enxergou seus olhos o tempo começou a voltar até uma época na qual a civilização ainda estava em construção.

Minha boca foi ao chão ao ver quem foi o vampiro que o transformou. A dor de Charlie transformada em fúria em quanto o perseguia, até que ele parou ao encontrar meu sogro e então construírem uma amizade.

Quando a história tornou ao começo do ciclo a luz a nossa volta foi diminuindo o brilho até que tive que piscar meus olhos várias vezes para me acostumar com a realidade.

Levei minhas mãos às têmporas com a dor que senti. Como se de repente eu tivesse saído de um grande silêncio para uma multidão de gritos histéricos. E foi mais ou menos isso que aconteceu.

Respirei fundo e tentei me concentrar em qualquer coisa que não fosse às mentes confusas de todos que presenciaram aquelas cenas.

Olhei para frente e me deparei com minha esposa, ela estava sentada em seus calcanhares assim como antes, porém seus ombros estavam encolhidos e suas mãos em punho sobre suas cochas em quanto chorava baixinho.

Ela ergueu sua cabeça e fitou Victória com seus orbes azuis brilhantes de tristeza em quanto lágrimas escorriam pela sua linda face.

- Então Victória? Achou o que tão ruim eu fiz em meu passado para merecer milênios de perseguição? – sua voz estava rouca e cansada.

Fui rapidamente até Bella a ajudando a levantar. Sua respiração estava ofegante. Apoiei o peso de minha esposa segurando-a pela cintura. Olhei para a vampira.

Ela tinha os olhos arregalados em quanto segurava sua cabeça e fazia negativo com a mesma. Algo em seu olhar mudou.

- Não! – gritou. – Você interferiu!

- Sabe tão bem quanto eu que eu não podia interferir. – suspirou minha esposa e então a olhou com dor. – Não sou a pessoa que James imaginou. Ele cometeu um engano. Não sou eu!

A vampira começou a dar passos para trás em quanto negava com a cabeça visivelmente perturbada. Mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa seu grito ecoou alto e em milésimos de segundo ela estava se contorcendo no chão.

POV Bella

Olhei horrorizada para a cena. Edward me apertou contra seu corpo de maneira protetora, mas eu não conseguia desviar meu olhar da vampira ao chão. Ainda gritando ela olhava diretamente em meus olhos.

- Acabem logo com isso Felix, Demetri. – uma voz que eu conhecia por ser de Caius Volturi ecoou a minha esquerda, mesmo assim eu não consegui desviar meu olhar.

Victória me fitou com mais desespero ainda e sibilou.

- Princesa me... – mas ela não conseguiu terminar de falar já que dois vampiros de manto preto a levantaram do chão fazendo-a desviar o olhar de mim.

Eu nunca pensei que diria isso, mas a vampira estava apavorada e parecia apenas mais uma vítima indefesa. Felix a segurava pelos braços fazendo seus ombros levantarem e seus pés ficarem em ponta para alcançar o chão. Demetri que estava atrás dela ergueu um equipamento dourado sobre a cabeça da ruiva e então uma labareda atingiu o corpo de Victória que só pode gritar em agonia antes que seu corpo virasse cinzas.

- Não! – a palavra saiu de minha boca sem eu perceber.

Meu braço esticado em sua direção em quanto eu estava chocada com aquilo.

Edward tentou me puxar para trás, mas uma raiva me dominou e minhas lágrimas secaram em meu rosto.

- Porque a mataram?! – berrei rosnando.

- Bella. – tentou me acalmar meu marido em quanto me segurava pela cintura.

Se meu olhar matasse pode ter certeza que Caius, Aro e Marcus já seriam cinza juntamente com a loira torturadora.

Eles me olhavam com indiferença.

- Apenas fazendo nosso trabalho princesa. – explicou a loira com um sorriso debochado.

- Não sabia que matar era um tipo de trabalho. – debochou meu irmão.

- Desculpe, mas o que mesmo vocês têm a ver com isso?! – perguntou Caius de maneira ácida e então completou perigosamente. – Cuidem de suas leis que nós cuidamos das nossas!

Meu irmão estreitou os olhos.

- Paz meus amigos. – disse Aro erguendo suas mãos para o alto seu olhar divertido.

- Amigos. – ironizou Edward. – O que fazem aqui Aro? – perguntou em voz alta e perigosa.

- Edward meu velho amigo! É bom vê-lo novamente ao lado de sua bela esposa! – disse como se aquele fosse um encontro casual.

- Péssimo trocadilho. – murmurei e percebi Edward prender um sorriso debochado.

- Amigo Aro? Você tem certeza disso? – a voz de Carlisle soou dura em quanto ele se aproximava de nós. – Meu filho foi dado como morto por 5 anos e você se quer encontrou a vampira responsável por isso em todo esse tempo, algo errado com seus rastreadores? Ou talvez fosse uma questão de prioridade... Não! Victória foi à responsável pela revelação dos vampiros para a sociedade humana, vocês não deixariam esse assunto pendente por tanto tempo. Então qual foi à questão Aro?

Nunca vi Carlisle tão... Vampiro. Aro tinha o olhar debochado, como se achasse graça na revolta de uma criança.

- Por favor Aro, deixemos tudo as claras.

- Ora amigo Carlisle! Admira-me e desaponta-me suas especulações.

- Então elucide meus pensamentos.

- A vampira tinha um instinto de fuga meu amigo, quando estávamos perto ela escapava. – explicou com pesar, bem, eu duvidava que o sentimento fosse verdadeiro. – Foi somente hoje que tivemos a oportunidade de fazê-lo... Agradeço por mantê-la distraída princesa.

- Não devia tê-la matado, ela estava arrependida, não iria fazer mais danos a ninguém. – disse brava.

Edward me puxou mais para perto quando Aro mudou sua expressão para uma surpresa e então uma sombria.

- Creio que seu marido não explicou o que representamos não é mesmo princesa?

Meu vampiro rosnou me colocando atrás dele.

- Nós somos a lei, graças a nós nosso mundo esteve camuflado por milênios. Nossa política não permite segundas chances. Os Volturi não dão segundas chances. – disse seriamente. – A vampira chamada Victória expôs nosso mundo, sua sentença foi a morte. Graças a ela vampiros por todo o mundo estão achando que podem se expor sem nenhum problema, matar quantos quiser... – então falou alto para que os humanos também pudessem escutá-lo. – Que fique claro a todos que as leis continuam as mesmas... Vampiros que colocarem nossa espécie em risco com guerras de recém-nascidos ou crianças imortais sofreram as conseqüências.

Ele se esqueceu de mencionar “se isso for conveniente a nós”.

O Volturi andou em direção aos humanos, ou melhor, a minha sobrinha já que ela estava em frente aos humanos. Automaticamente nós acompanhamos seus passos.

Aro sorriu para a minha sobrinha e disse a meu irão sem tirar os olhos de sua filha.

- Uma linda mulher está se tornando sua filha.

POV Bruna

Estreitei meus olhos para o vampiro. Meu ego inflaria com o adjetivo mulher, finalmente alguém que não me tratava como criança, porém vindo dele eu senti nojo.

- E perigosa também. – completei com um sorriso duro.

Aro gargalhou.

- E tem a língua afiada exatamente como o pai, o avô, a tia... Bem, acho que esse é um adjetivo da família real da lua. – disse divertido.

- Tenha mais respeito Aro, minha paciência está se esgotando. – disse papai entre dentes.

Aro sorriu assentindo, mas em sua expressão eu via que as palavras de meu pai não surtiram muito efeito.

Ele baixou o olhar para as minhas pernas, ou melhor, para a minha prima agarrada a elas dês de o momento em que seu pai pediu que ela ficasse comigo. No mesmo instante eu rosnei juntamente com todos de minha família e em segundos eu peguei Ness no colo e fui empurrada para trás por todos da família que se colocaram em defensiva em minha frente e de minha prima.

Aro não se ofendeu pela repentina defesa.

Nessie colocou sua mãozinha em meu rosto e mostrou-me novamente o vampiro de olhos vermelhos, claramente ela tinha medo dele. Assim que minha visão retornou ao espaço real eu sorri levemente para ela.

- Não se preocupe, ninguém vai fazer mal a você Ness. – ela assentiu e se abraçou em meu pescoço.

Quando ergui meu olhar para Aro ele tinha um olhar cobiçoso para a pequena em meus braços. Seus olhos brilhavam em ganância.

- Que magnífica prole, que dom! Está criatura só poderia vir de pais dotados com preciosos poderes! Será que poderia...? – ele esticou a mão em direção a Nessie que se apertou ainda mais em mim.

Jake rosnou ao meu lado, seus pelos se eriçando em todo seu corpo.

- Creio que não. – respondeu tio Ed ao meu outro lado. – Não é essa a questão... Ela tem medo de você. – disse em resposta a alguma pergunta mental.

- Oh! – eu tinha que admitir o vampiro era um dramaturgo! – Que pena...

Aro correu seus olhos em meus amigos humanos até que parou em Bernardo e sorriu.

- Pergunto-me se todos seus descendentes possuem dons como o teu jovem Edward.

Tio Ed fechou a cara e rosnou.

- Nem cogite essa hipótese Aro.

- Apenas curiosidade. – respondeu com um sorriso contido.

- Já se estendeu de mais sua estádia nessa cidade Aro, não tem mais o que fazer aqui. – Carlisle disse friamente.

- Está a me expulsar? – perguntou o vampiro de olhos sangue erguendo uma sobrancelha.

- Sinceramente estou. Gostando ou não, essa área é nossa e não queremos pânico na região. – caramba, Carlisle estava muito bravo.

O Volturi suspirou como se aquilo o entristecesse.

- Antes de partir não posso deixar de perguntar... Pequena Alice, ainda não tem interesse em entrar na guarda? – o vampiro olhou esperançoso para tia Ali que estava perto de Esme.

Ela de ombros e ombros e respondeu simplesmente.

- Não obrigada.

- Edward? – tentou, tio Ed soltou uma risada irônica e então respondeu seriamente.

- Não.

- Uma pena... – o olhar do vampiro correu até encontrar alguém que ele conhecia muito bem e então sorriu maliciosamente. – Charlie?

- Você só pode estar brincando com a minha cara! – grunhiu vovô e logo foi segurado por tio Emm e tio Jazz que lhe deu uma boa doze de calmante.

Aro riu e curiosamente olhou para Lara.

- Ela tem os mesmo olhos que mia cantante tinha.

- E realmente acha que eu não sei?! – rosnou vovô.

- Vamos para casa Aro, isso aqui está entediante. – reclamou Caius ao fundo.

- Não entendo toda essa hostilidade Charlie. – provocou Aro.

- Você vai ver hostilidade quando eu meter a mão na sua cara! – grunhiu vovô partindo para cima de Aro.

Segurei a respiração. Isso ia dar merda. E uma merda das grandes.

Papai rapidamente fez um escudo entre todos os inocentes e os Volturi. Em quanto tio Ed derrubava vovô no chão para que ele não atacasse.

- Pare Charlie, é exatamente isso que ele quer... Pense nas conseqüências! – dizia tio Ed em quanto o segurava.

Aro gargalhou.

- Previsível como sempre chefe Scott! Adeus! – disse dando um tchauzinho debochado e andando com a sua guarda rumo à floresta.

Percebi que tinha muitos outros vampiros da guarda Volturi presentes, porém estavam escondidos na penumbra da floresta.

Antes que Aro se juntasse a eles perguntou debochadamente.

- Quer que cuidemos de seu problema? – apontou para Line que estava ajoelhada com a cabeça baixa.

Caramba até tinha me esquecido dela!

- Não será necessário. – uma voz imponente soou e de repente eu não podia mais enxergar.

Gemi me encolhendo e cobrindo meus olhos. Escutei os gemidos de meus pais e de tia Bella também. Nessie cobriu seu rostinho em meu ombro.

Eu nunca vi alma tão brilhante. Algo que me deixou ofegante, pois ao mesmo tempo em que era lindo eu não podia enxergar, a beleza cegava meus olhos. Aquela alma passava muitos sentimentos, ao mesmo tempo em que eu sentia medo, eu me sentia segura. A luz trazia felicidade, mas me fazia tremer em receio. A energia era muito forte.

- Eu cuidarei dela. – a voz soou novamente e então a luz desapareceu e eu pude enxergar novamente.

Line havia desaparecido junto com a voz imponente. Aro tinha os olhos arregalados e rapidamente se retirou com sua guarda.

Olhei para os lados e vi meus pais e tia Bella de joelhos ao chão em quanto esfregavam seus olhos. Só então percebi que eu também havia caído de joelhos ao chão ao não suportar tamanha energia.

Nessie estava em pé abraçada a mim.

- Tudo bem Ness, já pode abrir os olhos. – sussurrei e ela se afastou piscando seus lindos olhinhos verdes rapidamente.

- Caramba garoto, você está muito forte! – reclamou Charlie mexendo seus pulsos.

- Desculpe. – murmurou tio Ed sem graça.

- Que luz foi essa? – perguntei assustada a papai.

- Eu não sei ao certo... – murmurou ele em quanto trocava um olhar assustado com mamãe.

POV Bernardo

Minha cabeça rodava tentando assimilar as tantas coisas que aconteceram hoje. Eu me sentia exausto mentalmente. Não sabia muito bem o que pensar com tudo isso. Percebi que vovó ao me lado permanecia forte, mesmo com sua idade avançada ela tinha um coração forte para agüentar tantas emoções. Acho que eu tinha mais chances de morrer do coração do que ela. Não consegui deixar de reparar que ela olhava para o marido da professora Cullen com olhos marejados.

Bruna sorriu para os pais e então veio até nós.

- Er... – começou sem graça, suas bochechas vermelhas. – Acho que eu devo pedir desculpas por esconder de vocês quem eu sou e o que eu sou... – murmurou. – Espero que continuemos nossa amizade.

Seus olhos brilharam temerosos. Sorri para ela confirmando que quanto a mim não teria problema. Os outros, em sua maioria, também sorriram.

- A gente precisa chamar você de princesa agora? – perguntou Maggie com a testa franzida.

Minha amiga revirou os olhos.

- Isso é uma formalidade ridícula que eu não preciso ter entre meus amigos.

- Ai que bom! Porque eu não me acostumaria com isso nunca! – respondeu a loira com um largo sorriso.

- Brubs? Seu pai tem boa memória? – sussurrou Denis temeroso e antes que ela respondesse o rei estava atrás de meu amigo de braços cruzados e peito estufado.

- E ótima audição também. – disse o pai de minha amiga fazendo Denis pular de susto.

- Papai... – a voz de Bruna se arrastou e ela fez um bico para o pai que sorria matreiro.

- Não assuste o garoto Daniel! – gralhou a rainha de cara feia e então sorriu amistosa para meu amigo que tinha os olhos esbugalhados e os ombros encolhidos.

Era hilário vê-lo daquela forma. Mas eu acho que não tinha forças para rir.

- Ah maninho me perdoe! – escutei a voz de Alice chorosa e virei meu olhar em sua direção.

Ela abraçava pela cintura o vampiro parecido comigo.

- Tudo bem tampinha a culpa não foi sua. – disse ele em quanto retribuía o abraço com carinho e então revirou os olhos. – Não faz teu tipo alto-flagelação Lice, relaxe, agora acabou.

- Tem razão! – ela se afastou abruptamente e o olhou com reprovação. – Você precisa de um banho URGENTEMENTE! – sibilou fazendo-o revirar os olhos e lhe dar as costas em quanto a baixinha falava tão rápido e saltitante quanto era possível.

Não demorou até que Emmett e Jasper fossem abraçá-lo. Chegava a ser palpável o carinho que sentiam. E pelo pouco que consegui escutar todos pediam desculpas a ele. Carlisle o abraçou com entusiasmo.

- É bom tê-lo de volta filho! – e então Esme chorando horrores escondeu o rosto no peito do filho.

- Tudo bem mãe... Não chore. – pediu ele beijando carinhosamente o topo da cabeça da vampira.

Então como se tivessem chamado seu nome ele lançou seu olhar em minha direção. Senti minha espinha gelar. Oh por favor, não venha falar comigo! O que eu iria dizer? Que bom que está de volta, a propósito eu sou seu neto! Pois é minha vó escondeu a gravidez de você! Ah! O fato de você ser meu avô e parecer apenas 3 ou 4 anos mais velho do que eu não me faz pirar! É, eu to sendo irônico pra cacete!

Então ele desviou o olhar sorrindo para seus irmãos. Minha respiração soltou... Nem havia percebido que eu tinha segurado a mesma...

- Vamos? – perguntou vovó me tirando de meus devaneios.

Assenti para ela.

POV Edward

Assim que Bernardo me notou o olhando seus pensamentos começaram a pirar de uma forma que eu só imaginava que Alice seria capaz. Sua imaginação foi longe e confesso que as imagens que surgiram em sua mente foram hilárias. Mas prendi meu riso, eu imaginava o quanto estava sendo insano para ele saber de mim. O que não me tira a imensa vontade que tenho de conhecê-lo.

Percebi Charlie um pouco afastado de todos conversando com Lara, ele tinha uma expressão arrependida no rosto. Acho que relacionado às suas atitudes perante a Aro. Eu não o condeno se eu estivesse em seu lugar teria feito besteira muito antes. Desviei meu olhar deles para não invadir sua privacidade.

Vi Bella conversando com o Dr. Ulisses e sua esposa. Ela pegou com eles dois mantos brancos. Um ela jogou para mim, já que minha camisa estava em farrapos. Coloquei rapidamente sorrindo para ela. Ela retribuiu me mandando uma piscadela e então foi até Jacob e jogou o manto em seu dorso.

O cachorro se destransformou rapidamente, sua nudez protegida pelo manto. Ele agradeceu com um sorriso largo que se desmanchou quando ele levou de Paul uma focinhada nas pernas.

- Hey! Olha onde você mete esse focinho! – gralhou alto fazendo os adolescentes rirem.

- Edward, é melhor você levar Bella para casa, ela vai desmaiar daqui a pouco. – avisou Alice e eu a olhei de olhos arregalados. – Não se preocupe, ela apenas está cansada. – explicou me fazendo suspirar aliviado.

Assenti me dirigindo a minha esposa e filha que estava ao lado da mãe.

- Não me olhe com essa cara de cachorro que se perdeu da mudança! Eu te avisei para não se transformar aquela hora! Agora agüente até a gente chegar em casa e você poder pegar uma bermuda. – reclamou Jacob com Paul que latia indignado.

Fui em direção a Bella, mas antes que chegasse nela Bruna se jogou em cima de mim me abraçando. Gargalhei com sua atitude.

- Ah tio! Desculpe-me por não acreditar que estava vivo! Eu senti sua falta! – disse ela atropelando as palavras com lágrimas nos olhos.

- Deus! Você está enorme! – disse em quanto a colocava no chão e sorria calorosamente para minha sobrinha de mente insana.

- Né? Concorda que devem parar de me chamar de pequena? – perguntou esperançosa.

A olhei com pesar e disse.

- Antigos hábitos não mudam pequena. – disse e então gargalhei com seu bufo.

Ela pisou fundo andando até seus amigos que riam de sua atitude infantil. Ainda sorrindo passei um braço sobre os ombros de Bella e beijei sua têmpora.

- Vamos para casa? – perguntei em seu ouvido e ela assentiu sorrindo fraco pelo cansaço.

Apenas com os olhos tentei transmitir todo o amor que eu sentia pela minha esposa, todo o carinho e admiração. E olhando em seus orbes azuis como o oceano eu via meus sentimentos se refletindo. Por aqueles poucos segundos minha mente ficou vazia de pensamentos e agora tudo o que eu escutava era o amor sem palavras que minha linda esposa transmitia não somente com seus olhos, mas também com a eletricidade de nossas peles se tocando, com seu coração batendo acelerado e sua respiração descompassada.

O canto de minha boca se ergueu em um sorriso sincero e cheio de saudades de todas as sensações que o corpo de Bella me causava. Ela retribuiu fechando os olhos e encostando a cabeça em meu peito.

- Ah sanguessuga eu to feliz em te ver! Mas não vou te abraçar já que estou nu por baixo desse manto. – disse Jacob com um sorriso largo ao tirar-nos de nossa bolha.

- Ah! Por favor, não me faça imaginar! – grunhi com uma careta e os outros riram.

- Ah cunhadinho! É bom te ver! – disse Nati em um gritinho sorrindo largo e Dan a imitou em suas costas fazendo-nos gargalhar.

Nossa brincadeira foi interrompida quando Bella foi escorregando em meus braços conforme perdia a consciência.

Abaixei-me para segurá-la. Ela fechou os olhos com uma expressão exausta. E não era pra menos, Bella tinha gasto muita energia. Olhei-a preocupado em quanto repousava minha mão em sua bochecha e sentia a alta temperatura de sua pele.

- O que a mamãe tem? – perguntou-me chorosa Nessie pulando em minhas costas e observando a mãe sobre meus ombros.

- Não se preocupe baixinha, sua mãe adora dar uma de Bela adormecida. – fez graça Daniel.

Ness ergueu o olhar para o tio e disse com um biquinho.

- Mamãe diz que essa piada não tem mais graça. – foi impossível não rir com suas palavras.

- Deus! Você está passando muito tempo com sua prima! – disse ainda rindo.

- Hey! – reclamou emburrada Bruna e eu ri mais ainda.

Passei meu braço em baixo das pernas de Bella e a levantei segurando-a contra meu peito. Minha esposa se aconchegou melhor em meu corpo mesmo inconsciente.

- Se segure firme em meu pescoço Nessie. – disse a minha filha que assentiu.

- Vou levá-las para casa... Bella está fervendo em febre. – avisei preocupado.

- Tudo bem, nós cuidamos das coisas por aqui... Daqui a pouco chegamos em casa. – concordou Daniel. – Não se preocupe com a febre... É apenas seu corpo reagindo.

Assenti e então comecei a correr perseguindo o rastro que minha família deixou para vir até aqui.

Olhei para minha filha e ela sorria com a velocidade em que estávamos. Seria difícil segurar essa menina quando estivesse em idade de dirigir.

Não demorou a chegarmos a casa. Franzi minha testa para o vampiro impaciente na sala de estar.

- Er, você deve ser Edward... Eu sou Joseph, prazer. – disse ele sem graça.

Eu apenas assenti e subi as escadas com as duas pessoas mais preciosas para mim. Bella ressonava cansada. Deitei-a na cama e então fui dar um banho em Nessie que estava imunda, quase tanto quanto eu. Assim que ela estava xerosinha eu fui buscar minha esposa que reclamou: “Hoje não é sábado, não quero tomar banho”. Eu e minha filha rimos dela. Mas eu consegui colocá-la em baixo do chuveiro. Então por ultimo fui eu.

Nossa! Nunca pensei que sentiria tanta falta da água quente escorrendo pelo meu corpo. [N/a: Se controlem garotas! Não deixem suas imaginações irem longe... Puts, tarde de mais... kkkkkkkk]

Coloquei uma calça de moletom e uma camiseta solta e deitei na cama ao lado de minha esposa, ela se aconchegou em meu corpo e então puxou Nessie para mais perto dela. Puxei o lençol térmico e nos cobri. Abracei-as sentindo uma felicidade imensa com um ato tão simples.

Foi impossível não sorrir com a felicidade que eu sentia. Somente o simples bater dos corações de minhas amadas criaturas me fazia sentir-me completo. Sei que ainda teremos problemas pela frete, principalmente depois do “bate boca com os Volturi”. Sei que nossos momentos de paz não duraram muito, mas o fato de estarmos juntos anula qualquer problema prestes a chegar.

Fim do capítulo 11.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, acho que deu para perceber o que está por vir não é mesmo? Volturi encheram muito o saco! Bernardo terá problemas em aceitar o avô biológico. E... Solução dos novos mistérios, é claro ;)