Prólogo

POV Bruna

Muita coisa mudou dês dos meus 6 anos de idade, papai e mamãe agora eram pessoas públicas, depois que contaram nossa história ao mundo muita gente surtou dizendo que todo desaparecimento de pessoas era causado por um vampiro ou seres como nós, que a gente fugia das leis dos homens e agora todo e qualquer crime era nossa culpa.

Isso me revoltava e muito, os humanos ao descobrirem a existência de novas espécies trataram logo de por a culpa de seus problemas nelas.

Então para tentar por um pouco de juízo na cabeça dos humanos, papai e mamãe estavam sempre em debates explicando que não precisamos roubar, nem matar, que não somos demônios como muitos afirmavam e principalmente só queríamos viver as nossas vidas em paz e buscar assim como todos os seres existentes a felicidade, que a maldade foi extinta quando meus avos se sacrificaram, que os humanos estavam seguros e se houvesse ainda algum problema nós seriamos afetados e não eles.

Muitas pessoas eram sensatas e concordavam com os argumentos de meus pais, mas inacreditavelmente existiam pessoas que achavam que toda a luta que ocorreu não passou de uma jogada de marketing. Dá para acreditar? Eu tinha vontade de mostrar meus dentinhos para eles para ver se eles continuavam pensando desta maneira. Eu me revoltava muito, ainda mais por que eu via o esforço dos meus pais para convencer a humanidade que nós não éramos maus, eu queria participar dos debates, ajudá-los com seu trabalho, afinal de contas eu sou princesa não é? Sem dizer que seria o máximo conhecer todos aqueles artistas!

Eu enlouquecia papai para que ele pegasse autógrafos para mim ou então me levasse junto, mas ele sempre vinha com discursos sobre responsabilidade, exposição e maturidade... Bem, eu estava sempre com tio Emm e maturidade não é uma coisa que se adquiri com ele, eu poderia até dizer que tinha mais maturidade que alguém de quase 80 anos.

- Só se esse alguém for o Emmett! – disse tio Jazz e eu sorri largo fazendo-o gargalhar e meu pai revirar os olhos.

Nós agora morávamos todos juntos em uma grande casa, mudamos de cidade também, depois do que aconteceu com o tio Ed, tia Bella passou um ano percorrendo o mundo atrás dele. Ela deixava minha priminha sob responsabilidade de Esme e Carlisle, mas nunca a abandonou, todos os finais de semana passava com Nessie. Ela continuaria a sua jornada se não fosse pelo aviso de Carlisle.

Nessie passava a semana triste e chorava quase todas as noites tendo pesadelos, e o pior de tudo foi que minha prima parou de crescer. Carlisle disse que a pequena estava sofrendo pelo desaparecimento do pai e a tristeza e depressão aparente da mãe. Então tia Bella parou de viajar e se dedicou a animar sua filha, mas ainda em seu interior tinha esperanças de encontrar seu amado.

Infelizmente todos nós não acreditávamos que tio Ed pudesse estar vivo, isso nos matava por dentro, mas nunca ousamos mencionar isso perto de tia Bella, pois ela sofreria ainda mais segundo Charlie, porém eu discordava disso, acho que minha tia precisa cair na realidade para seguir sua vida e tentar ser feliz.

Eu nunca mais vi ela sorrir de verdade, justamente ela que nunca se deixava abater por nada, que apesar dos problemas levava sua vida alegremente e ainda fazendo piadas. Agora está sempre de cabelos presos e usa somente roupas de cores apagadas, seus olhos não possuem mais vida e apesar de tudo eu continuo a admirando, agora mais do que nunca, pois mesmo dentro de uma depressão dessas ela ainda faz de tudo para alegrar sua filha, sem perder a doçura ela trata todos bem e com carinho, somente nós que a conhecemos tão bem percebemos sua profunda tristeza.

Nesse ano ela resolveu fazer um curso de 3 anos, ela iria dar aulas, seria professora, o que seria bom para arejar a sua cabeça, talvez com o tempo e levando uma vida mais agitada ela superasse tudo.