A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B


Capítulo 17
Capítulo XVI - Complexo de culpa


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores :D Fiquei tão feliz com a quantidade de comentários do ultimo cap *o* Cada vez mais!

Espero que gostem desse capítulo, o próximo sai na semana que vem sem falta ;)



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XVI. Complexo de culpa

POV Edward

- Edward pelo amor de Deus! Você salvou minha vida! Pare de falar tanta besteira! – ela me dizia no meio do corredor do hospital.

Estávamos discutindo, eu acabara de dizer que não iria mais me aproximar dela.

- Bella, apenas pelo fato de ter sido descuidado eu quase te matei. – disse tristemente.

Estava me sentindo completamente mal por tê-la machucado.

- Você não foi, em nenhum momento, descuidado. – ela me fitava inconformada.

Ao ver que eu não cederia bufou e olhou para cima.

- Meu Deus do céu, como alguém pode ser tão cabeça dura? – eu era o cabeça dura então?

Será que ela não entende o perigo que corre com um vampiro?

- Será que não entende o perigo que corre ficando ao meu lado? Bella, eu sou um monstro!

POV Bella

-Não! Eu não entendo! Meu pai é um vampiro, meu melhor amigo é um lobisomem e seus irmãos são meus amigos também. Não entendo o perigo que corro com você! – praticamente cuspi em sua cara, estava muito brava, mas confesso que estava difícil falar sem me perder em seus olhos tão profundos e bonitos. – E de onde tirou a idéia de ser um monstro? Um monstro nunca arriscaria se expor para salvar a vida de uma garota altamente distraída! – ele vacilou o olhar, vi raiva neles.

- Você não entende, não sou bonzinho como pensa, como pode ter certeza que não vou atacá-la a qualquer momento? – perguntou ele

Essa era fácil! Sorri e Edward me fitou confuso com a minha súbita mudança de humor.

- Edward eu sei que você não me atacaria. Sinto que você tem um bom coração, sinto isso mais forte do que nunca. – disse a ele que me fitava com uma expressão incompreensível.

- Bella, meu coração não bate dês do século passado... Você não sabe o que diz, eu não posso... Eu... Eu não vou mais me aproximar, não vou te machucar novamente. – disse com dor.

Eu não estava acreditando, acho que fazia quase uma hora que tentava convencê-lo que o que aconteceu não tinha sido nada de mais e que ele havia salvado minha vida, mas ele não me escuta! DESISTO!

- Vá procurar um psicólogo Edward, você está precisando, estou vendo um alto teor de complexo de culpa! – grunhi e me virei para ir até a sala de Carlisle.

POV Edward

Não pude evitar rir com seu comentário “Vá procurar um psicólogo Edward!”, acho que eu realmente precisava de um. E que história foi essa de sentir que eu tenho um bom coração? Ela mal me conhece como pode ter certeza disso? Mal sabe ela que eu posso atacá-la a qualquer momento...

POV Seth

Eu já estava ficando preocupado com a demora da princesa. Ela já estava há muito tempo conversando com o sanguessuga. Levantei-me da cadeira e iria ver se estava tudo bem se uma mão fria não tivesse me impedido.

- Espera, se você for espiar não vou conseguir ver nada. – disse a baixinha de cabelos espetados fazendo bico e depois fitando o nada. – Como pode ser tão burro?falou ela entre dentes.

Por um momento pensei que fosse comigo, ela sacudiu a cabeça bufando e comunicou.

- Bella vai querer carona até em casa. – Ok, acabo de descobrir que existem vampiros que não batem bem da cabeça.

- Deixa que eu a levo. – disse Jake.

- Nossa! Nunca vi tanta gente em um lugar tão pequeno! – disse a princesa ao entrar apenas com a cabeça na fresta da porta.

Realmente o lugar estava cheio e meio... Fedido!

- Então é melhor nós irmos! – disse a loira, não posso negar que estava começando a gostar dessa cambada de sanguessuga, eles são diferentes... Não sei como explicar, mas nesse tempo que ficamos nessa sala, todos estavam conversando normalmente e dando risadas.

[...]

POV Jake

E lá vinha esporo... Eu não devia ter falado nada, ela estava me fuzilando com os olhos... Estávamos dentro do carro quase chegando a sua casa.

- Desculpe, não deveria ter dito nada. – disse e ela amoleceu aquela cara de raiva.

- Não é a mim que deve desculpas Jake. – murmurou Bella olhando tristemente para as suas mãos.

Estranhei sua atitude, porque ela estava triste?

- O que você tem? Foi o sanguessuga, não é? O que ele fez? – perguntei entre dentes.

- Eu não tenho nada Jacob! E não o chame assim ele tem nome! E o que ele fez? Apenas salvou minha vida! – respondeu brava, porém a tristeza em seus olhos não desapareceu.

- Ok, desculpe... Eu falo com o sang... Edward! – fiz uma careta ao pronunciar seu nome, ela abriu um sorriso de orelha a orelha.

Bella conseguiu o que queria.

POV Charlie

Cheguei em casa e Bella ainda não havia voltado da escola, deixei minha maleta em cima do balcão e visualizei a prateleira com livros. Entre eles estava camuflado o “livro do destino”. Lembro-me perfeitamente quando para me proteger a rainha da Lua me mandou para Terra com esse livro, ela me deu a missão de cuidar dele até que um de seus filhos pudesse protegê-lo.

- A guerra está chegando meu amigo. – disse a rainha segurando um livro em seus braços como se estivesse protegendo-o.

- Vamos evitá-la majestade, não podemos permitir essa loucura, isso matará muitos inocentes! – disse me desesperando

Ela que antes estava olhando pela janela do palácio o planeta Terra, virou-se e disse tristemente

- Sim, matará muitos inocentes, mas também destruirá nosso lar.

- O palácio será destruído?

- Também, meu amigo, também... Infelizmente essa guerra causara a destruição de toda a atmosfera da Lua, e não haverá mais vida aqui...

- Não posso acreditar rainha, isso é impossível, vamos proteger a Lua! – disse convicto.

Ela sorriu e disse.

- Fico feliz de ver você tratar a Lua como seu lar... Mas não há como evitar... – uma lágrima escorreu em sua face e pingou em seu livro. – Isso que tenho em mãos é o livro do destino, ele mostra um futuro inevitável... E te peço um ultimo favor Charlie. Quero que vá para Terra e cuide desse livro e o entregue apenas para meus filhos... Quero que cuide deles... Por favor, peço que cumpra essa ultima missão.

Seus olhos azuis nadavam em lágrimas.

- Majestade, por favor, a senhora está me assustando, não pode acreditar em um livro, não será inevitável, vamos lutar e... – ela me cortou.

- Por favor, faça o que te peço. – suas lágrimas corriam em desespero.

- Mas, porque eu? Não sou o certo para cumprir essa missão. – disse em um sussurro. Mas quem me respondeu não foi ela e sim seu marido.

- Charlie, sim você é o certo, você é um vampiro de estrema confiança, meu amigo, e sei que cuidará de meus filhos como se fossem seus... Não queremos que morra junto com nosso lar, por favor, espere nossos filhos, eles irão aparecer em algum futuro, quero que os oriente. – o rei também estava emocionado.

- Eu prometo, meus amigos eles ficaram bem! – eu disse antes do rei colocar a mão em meu peito e eu aparecer em algum lugar da Terra.

Sorri para mim mesmo, Bella e Daniel são extremamente parecidos com eles. Eu estava feliz, finalmente os Cullen apareceram. Eu já os conhecia, eram meus amigos do passado, infelizmente eles não se lembram, mas creio que um dia lembraram. E Bella poderá continuar sua história sem que seja impedida novamente.

Saí de meus devaneios quando o carro de Jake estacionar na frente de casa. Assustei-me ao ver minha filha com uma bota na perna direita. Mas o que foi que aconteceu? Por que ela não se regenerou? Será que os poderes dela estavam tão fracos que...

POV Bella

- O que houve? – perguntou Charlie assim que entrei em casa.

- Uma van veio em minha direção, tive uma tontura e não consegui sair do lugar, Edward – Charlie deu um breve sorriso que não entendi – Correu e pulou para me proteger, nós caímos e eu torci meu tornozelo. – resumi rapidamente me sentando no sofá.

- Eu vou indo então, quer carona amanhã? – perguntou Jake.

- Não será necessário, eu a levarei. – comunicou Charlie preocupado demais comigo para voltar seu olhar para Jake.

- Ok, tchau!

- Tchau Jake! – disse para a porta fechada e depois olhei para papai que estava com uma ruga imensa na testa. – O que foi?

- Bella, se você não consegue se regenerar isso quer dizer que você esta se tornando mortal.

- Como é que é?! – quase gritei.

- Não tenho certeza Bella, mas é só uma teoria. Pense comigo... Seus poderes vêm diminuindo, seus reflexos estão quase iguais aos de um humano, e não está se regenerando.

Charlie poderia ter razão, mas se meus poderes estão acabando por que eles se manifestaram sozinhos?

- Pai, aconteceu uma coisa estranha hoje... – ele me incentivou fazendo um gesto com a mão -... Meus olhos mudaram de cor sem eu perceber, ninguém notou exceto os Cullen e os lobos... Mas eu juro que não usei poder algum, ele se manifestou sem minha permissão.

- Acho que isso descarta a teoria sobre você estar virando mortal. – ele disse pensativo.

- Vou tentar concertar meu tornozelo! – decidi.

- Não sei se é uma boa idéia.

- Não se preocupe, não foi uma grande lesão, não vou gastar tanta energia. – dei meu melhor sorriso e ele assentiu levemente.

E lá vamos nós! Concentrei-me trocando a cor dos meus olhos para azul e então comecei a me regenerar. Sorri para mim mesma quando nada fora do controle aconteceu. Tirei aquela bota horrível e depois mexi o pé.

- Tudo no lugar! – disse entusiasmada.

- Como se sente? Está um pouco pálida. – Charlie disse com preocupação.

- Estou bem, só estou com fome! – mentira, eu estava é ficando bem tonta.

Dei meu melhor sorriso, mas já mencionei que o poder de Charlie é saber quando alguém está falando a verdade ou esta mentindo? Pois é! Ele tem esse maldito poder!

- Bela tentativa mocinha, mas até quem não tem os meus poderes sabe que está mentindo descaradamente!

- A parte da fome era verdade. – sorri sapeca.

- Você não toma jeito! – Charlie me pegou no colo, me levou para o meu quarto, me deitou na cama e me cobriu. – Já trago um lanche pra você. – ele disse ao sair pela porta.

Alguns segundos depois ele estava com um enorme sanduíche numa bandeja e um copo de iogurte.

[...]

POV Edward

Bella me deixava completamente confuso. Desde que a conheci sinto coisas estranhas.

Primeiro ela não sai da minha cabeça, sinto uma vontade imensa de estar por perto, fico a todo o momento tentando entendê-la, não gosto quando outros garotos têm fantasias com ela e isso acontece com muita freqüência, quando ela sorri me sinto feliz, quando ela suspira quero saber porque suspirou, e a cada momento perto dela sinto vontade de tocá-la, sinto como se meu coração voltasse a bater quando estou ao seu lado, tenho inveja de meus irmãos por serem tão amigos dela, por compartilharem o tempo com ela e eu não poder por medo de a qualquer momento atacá-la.

Eu não entendo porque sinto todos esses sentimentos. São muitos para compreender.

Estava em meu quarto olhando para o retrato na parede no qual eu havia desenhado a princesa. Dei um alto suspiro e fui em direção a sala.

Emmett e Jasper estavam jogando vídeo game, Alice e Rose observavam e torciam animadamente, Carlisle lia o jornal sentado na poltrona e assim que terminei de descer as escadas Esme me abraçou maternamente e foi andando comigo até o resto da família.

- Ganhei! – gritou Emm, fazendo uma dancinha, nós começamos a rir com a cena.

- Que visão do inferno Emmett! – zoou Jazz, Emm deu de ombros e continuou.

Joguei-me no sofá rindo com a minha família, mas logo meu humor mudou e eu comecei a pensar nela.

- Suas mudanças de humor estão me deixando louco Edward! – reclamou Jazz me tirando dos meus devaneios.

- Acredite. Não mais que eu. – murmurei baixo olhando para minhas mãos.

- Sabe Ed, não pensei que fosse salvá-la hoje. – disse Rose.

- Desculpe, eu quase nos expus!

- Não foi isso que eu quis dizer. Não estou culpando você por nada, até porque ela pensou rápido e pediu para você amassar a lataria da caminhonete, mas eu sinceramente não esperava que você tivesse ido salvá-la. – explicou Rose.

- Qualquer um de nós faria o mesmo, mas nunca imaginei que você o faria mano. – disse Emm. – Afinal de contas o que deu em você? – todos me fitaram com curiosidade.

- Nem eu sei por que corri, quando percebi já estava correndo. – falei me sentindo ainda mais confuso.

- Mas eu sei! E está na cara Edward! – disse Alice com um sorriso sapeca e cantando uma musiquinha em sua mente.

Todos trocaram olhares entre Alice e eu.

- Se está na cara Alice porque é que eu não faço idéia do que você esta falando?! – perguntei mau-humorado.

- Por que você é cego Ed! Acompanhe comigo... – disse a baixinha de maneira prepotente. – Você fez um desenho dela ainda quando era humano... Não pode ler sua mente, isso o deixa extremamente curioso... – eu a cortei impaciente.

- Alice até agora você não falou nada que eu não saiba!

- Posso continuar? – ela ergueu uma sobrancelha eu bufei. – Ultimamente você tem tido muitas mudanças de humor não é Jazz? – ele assentiu – Pode nos dizer quais?

- Vamos começar a lista então! – Jazz sorriu e continuou – Raiva, confusão, felicidade, frustração, curiosidade, vergonha, ciúmes.

Quando Jazz disse a ultima palavra todos pensaram ao mesmo tempo.

“APAIXONADO!”

- Como é que é?! – gritei – Isso não tem nada haver! Não tem como... Eu... Não... Eu não... – não conseguia terminar.

“Acredite Ed. É verdade. Você não para de pensar nela e está sentindo coisas que nunca sentiu antes não é?” – perguntou Alice.

- Sim Alice, mas... – tentei argumentar.

- Dá pra vocês dois compartilharem o assunto com os demais imortais ou está difícil? – reclamou Emm emburrado.

Rose deu um tapa na cabeça dele.

- Ai!

- Se liga Emmett, Edward está apaixonado. – disse Rose – Pela princesa, tipicamente Edward!

- Como é que é?! – gritou Emm e depois começou a gargalhar. – Então é por isso que você ultimamente vive no mundo da Lua, saco o trocadilho? – Rose deu outro tapa na cabeça dele.

- Alice eu... Não posso... Sabe disso... Eu... Eu vou embora de novo. – disse tentando formular uma frase

Estava completamente atônito, como eu posso estar apaixonado por ela se não posso nem chegar perto.

- Não vejo você indo embora Ed, acho que não consegue mais. – disse a fadinha rindo levemente. – Por que luta contra esse sentimento? Não pode fugir do que sente meu irmão. – Alice dizia amorosamente.

Pensamentos rodavam em minha cabeça, todos estavam felizes por finalmente eu não ser tão solitário, mas eu não podia, será que eles não entendem?

- Vocês não entendem... Eu posso matá-la a qualquer momento! – disse desesperado olhando para todos que sorriam para mim.

- Você não vai matá-la meu filho, quando você entender o que sente, vai perceber que é tão forte que não se descuidara, chegará uma hora em que o cheiro dela não vai fazer sua garganta arder. E o único motivo que você terá para continua “vivo” será ela. – disse Carlisle amorosamente olhando para Esme, os casais se olharam entendendo exatamente o que meu pai dizia.

- Vou para o meu quarto. – disse em um fio de voz.

Pude ver minha expressão assustada de seis ângulos diferentes.

Será isso? Estou apaixonado? Não importa, não vou me aproximar dela, não vou machucá-la, cuidarei dela de longe, não posso expô-la ao risco de estar comigo. Não vou!

Para relaxar resolvi pegar meu violão, quem sabe compunha algo? Fui arriscando algumas notas, peguei um papel e comecei a escrever uma letra. Comecei a pensar no que ela sentia por mim, será que eu era correspondido?

“Estou aqui
Aqui em um lugar
Lugar que nunca estive antes

E completamente sem amor
E com medo que você
Não me deixe entrar”

[...]

“Onde estão minhas forças
Quando mais preciso delas
Então, me diga
O que foi que você fez
Com minha mente?”

POV Bella

Cheguei cedo no colégio e fui direto para sala. Sentei em meu lugar de sempre e apoiei minha cabeça em meus braços. Voltei a me sentir cansada, mas até mesmo assim ele não saía da minha cabeça.

Revi em minha mente tudo o que aconteceu nos dias anteriores e não consegui entender as ações dele.

- Você está viva! – gritou Paulo.

- Não Paulo, o que você está vendo na sua frente é apenas o meu espírito! – disse entediada.

- Ei Bella, como foi que escapou da morte? – perguntou Jessica com descaso – Ângela me ligou ontem e falou que você quase foi atropelada, não pude ver porque eu já estava no caminho de casa.

- Edward me salvou. – disse triste me lembrando de suas palavras “Eu não vou mais me aproximar, não vou te machucar novamente.”.

- OMG! NÃO ACREDITO!Como você tem sorte!Foi salva pelo cara mais gato de todos, eu daria qualquer coisa pra estar no seu lugar... – BLÁ, BLÁ, BLÁ, como fala!

Será que não vai calar a boca não? Minha cabeça está latejando. Coloquei as mãos no rosto e a garota não fechava a merda da boca!

- Alguém cala essa matraca! – murmurei baixo apertando minhas têmporas.

Escutei uma risada estrondosa que logo reconheci ser de Emmett.

 - Ei garota, não está vendo que ela não está te escutando?! – escutei a voz de Rosálie. – Bella você está legal? – ergui minha cabeça e percebi a minha volta Emmett com um sorriso presunçoso, Rose preocupada e Jéssica praticamente escondida atrás de Paulo

Fico imaginando a cara que a Rose fez pra ela ter se escondido. Ri internamente com esse pensamento.

- Estou bem Rose. Só estou com dor de cabeça. – sorri para ela e pus a mão na frente da minha boca e completei baixo para que só ela e Emm escutassem. – Obrigada por fechar a matraca. – Emmett deu mais uma gargalhada.

- De nada. – fez com boca para que eu lesse seus lábios, piscou com um olho só e foi sentar na carteira de trás da minha.

- Cadê a bota do seu pé? – Emmett me perguntou quando percebeu meu pé curado.

- Digamos que eu me curei rápido. – dei um sorriso a ele.

- Hum... – murmurou indo em direção a carteira ao lado de Rose.

As quatro primeiras aulas passaram rápido. Eu quase não estava agüentando de sono, fiquei quieta no meu canto. Mas agora eu teria biologia.

Entrei na sala e ela já estava quase cheia, ele já estava em seu lugar sentado olhando para a janela ao seu lado

Sentei-me ao seu lado e cumprimentei.

- Bom dia! – ele nem se quer olhou para a minha cara.

Fui totalmente ignorada!

- Legal! Ou existem vampiros surdos ou eu fui totalmente ignorada. – murmurei ironicamente, percebi um sorriso divertido no canto de sua boca. – Opção dois. – bufei confirmando minhas suspeitas.

POV Edward

Eu seguiria com meu plano de apenas observá-la de longe. Faria de tudo para não ser seu amigo. Alice disse que não iria dar certo por muito tempo, mas sou teimoso. Não falarei com ela.

Durante a aula eu me segurava ao máximo para conseguir cumprir meu próprio objetivo. Estava morrendo de vontade de perguntar o que ela estava pensando, mas mordia a minha língua. Bella tentava puxar conversa durante a aula inteira, já estava ficando bem irritada, linda, mas irritada.

Quando bateu o sinal ela virou para mim e disse.

- Se é assim que você quer, é assim que será! – não olhei em momento algum em seu rosto, mas pude perceber a tristeza em sua voz.

- Acredite. Esse é o melhor para você minha princesa. – murmurei baixo enquanto ela saía da sala.

POV Bella

Eu estava completamente sem energia, não agüentava mais ficar em pé.

- Bella você está bem? – eu estava escutando muito isso hoje.

- Estou sim Jake. Só estou cansada. Já fez o que te pedi? – perguntei me referindo a Edward.

- Ainda não, mas assim que terminar a aula eu vou. – respondeu sentando-se à mesa do almoço.

- É bom argumentar muito bem, ele tem complexo de culpa. Acredita que ele não fala mais comigo?! – Jake riu – É sério! Ele não quer ser meu amigo, diz que é perigoso e que pode me machucar.

- E ele está certo, vampiros são perigosos Bella. – eu o olhei entediada tentando erguer uma sobrancelha.

- Como se lobisomens não fossem perigosos... – murmurei deitando nos meus braços.

- Não vamos mais discutir quem é o ser mais perigoso, porque todos nós sabemos que esse ser é você! – Jake riu após a tosca provocação, eu não ri – A, qual é? Sabe que eu estou brincando. – ele sorriu – Você não vai comer nada não? – perguntou.

- Não estou com fome. Falando nisso eu vou matar as ultimas aulas, vou pra casa. – comuniquei me levantando da mesa.

- Que mau exemplo princesa, matando aula ts, ts, ts... Quer carona?

- Não precisa, além do mais você já tem compromisso mais tarde. – pisquei e fui embora.

POV Jacob

Bella estava certa, eu não devia ter falado aquilo para o sanguessuga, foi errado. O jeito é pedir desculpas.

Mas como é que eu vou fazer isso?

Fui saindo do prédio do colégio e me dirigi até ele.

- Ei Edward posso falar com você? – gritei de longe.

Os alunos em volta nos olharam. Pude ouvir alguns dizendo que iria dar briga. Ri internamente, mal sabem que é justamente desculpas que eu vou pedir.

- Jacob certo?

- É sim, bem... É que... – tentei falar.

Ô coisinha difícil de se dizer. Ele riu.

- Do que está rindo?

- Não é difícil dizer, mas não é necessário também, você estava certo.

- Mas como você...

- Eu leio mentes. – Ow! – Ow!

- Ok! Já entendi, Não precisa repetir o que eu penso. Mas e então? Estou desculpado?

- Já disse, não tem o que desculpar, você estava certo... Eu devia ter tomado mais cuidado.

- Bella tem razão, você tem complexo de culpa. – sorri, ele me olhou surpreso e depois sorriu.

Pergunto-me se ele consegue ler a mente dela.

-Não consigo.

- O que?

- A mente dela. Não consigo ler.

- É uma pena, por que assim você perceberia que ela não está feliz. – murmurei.

O que eu estou falando? Estou conversando com um sanguessuga? Esse mundo está perdido! Ele riu.

- Estou indo. – disse ele ainda rindo.

POV Edward

Senti-me mal ao ver na mente do cachorro a tristeza da princesa. Afinal onde ela estava? Não a vi em lugar nenhum. Comecei a procurá-la por toda a frente do colégio.

- Ela foi embora mais cedo, se é isso que está procurando. – disse Jazz eu o olhei sem entender.

- Vocês reparam de como Bella estava igual a quando nós a conhecemos. Pálida e com olheiras. – disse Rose.

Sim eu reparei e estava extremamente preocupado.

- Não se preocupem, ela está em casa dormindo. – disse Alice olhando o futuro. – Ow! Ela vai dormir o fim de semana inteiro!

POV Bella

Assim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto, troquei de roupa e caí na cama completamente exausta.

POV Charlie

Eu estava preocupado com Bella, ela já estava dormindo há muito tempo, não queria deixá-la sozinha, mas o telefone tocou e tive que ir atender uma emergência no hospital.

POV Edward

Eu estava completamente ansioso, resolvi caçar, quando eu estava voltando para casa senti um cheiro conhecido, era ela. Saí da floresta e segui o cheiro, foi quando percebi que eu estava perto de sua casa. Olhando pelas janelas a casa parecia estar vazia.

 Farejei e percebi que o aroma estava mais forte em uma das janelas. Em um salto me segurei no galho da árvore à frente, pendurado vi Bella. Estava dormindo. Linda.

Quando percebi, eu já estava dentro do quarto a observando. Segurei minha respiração.

Conforme eu a olhava tinha vontade de chegar perto. Resolvi respirar. Talvez se eu sentisse o cheiro por bastante tempo eu me acostumaria.

Minha garganta ardeu e meus pés automaticamente me levaram a me aproximar. A minha frente eu não enxergava mais a princesa e sim a minha presa.

- Jake, seu cachorro fedorento. – murmurou ela eu parei subitamente e uma curiosidade de saber o que ela estava sonhando me tomou tirando completamente a vontade de mordê-la.  

Sentei na poltrona que ficava em um canto do quarto e fiquei ali a observando, cada movimento, cada suspiro, imaginando o que se passava pela sua cabeça. Estava completamente fascinado.

Fui interrompido por um barulho de carro, devia ser o pai dela.

Corri para a janela e fui embora.

POV Charlie

Assim que cheguei em casa senti um cheiro de vampiro, mas eu conhecia aquele cheiro... Só podia ser dele. Ri internamente, realmente existem vampiros que não mudam nunca, não importa quanto tempo passe.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram?

Gente, quem já leu ALL deve estar percebendo algumas mudanças nas falas das personagens e algumas coisas que vocês ainda não tinham lido. O motivo é simples: Esto revisando-a capítulo por capítulo antes de postar aqui e ajeitando os meus erros grotescos de acentuação e concordância. E como eu não consigo sucegar meu faxo adicionando algumas coisinhas, mas nada que interfira no contexto da história ;)



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