Toujours escrita por carolima


Capítulo 7
Erros e Acertos


Notas iniciais do capítulo

Novamente, muuuito tempo sem escrever. Mas escrevi. Um pouco mais de romance que estava faltando a essa fic.



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– Jack? Jack!

A voz de Alicia era distante. Onde estava seu rosto? Tudo que Jack via era a mais plena escuridão.

– Jack, abra os olhos! - sua voz agora estava tremula, como se estivesse... chorando? - Droga Jack, estou mandando abrir os olhos!

Então ele os abriu. Estava deitado no chão, aparentemente. Porque diabos estou deitado no chão?

– Oh, Jack! Você está bem! Oh, está bem mesmo! - Ali o abraçou tão forte, que teve dificuldades de respirar. - Como está sua cabeça? Você está bem? Por favor diga-me que está bem, não conseguiria suportar se algo tiv...

Ele a beijou. Parecia a melhor maneira de acalma-la. Seu lábios eram doces contra o seus, e o calor de seu corpo o fez sentir um pouco melhor. Quando se separaram, Jack notou lágrimas secas no rosto de Alicia. O que havia acontecido?

Então lembrou-se. O navio. Um casal. Eles pareciam conosco.

– Estava tão preocupada! Você caiu no chão tão de repente, não sabia o que fazer! Queria chamar ajuda, mas não podia deixa-lo sozinho. Como você está? Por favor diga que está bem, Jack. Diga!

Ele sorriu.

– Você acha que ia se livrar de mim assim tão fácil, doçura? - riu - Cal terá que lutar um pouco mais do que isso.

Ela bateu em seu braço.

– Isso não é engraçado, você caiu no chão Jack. O que houve?

Não era a primeira vez. Nem seria a última.

– Nada, Ali. Acho que não comi direito hoje de manhã, é isso - colocou um fio de cabelo solto atrás de sua orelha. Nossa, como ela era linda - Ei. Ei! Olhe para mim. Pareço mal para você?

Levantou-se em um pulo, sorrindo. Tontura, enjoo. Não desmaie de novo. Em pé. Não seria traído por seu corpo novamente. Pelo menos não na frente dela.

Conseguiu disfarçar qualquer sinal de fraqueza, já que o olhar de Ali era mais do que aliviado.

– Oh, graças a Deus! - ela o abraçou forte novamente - Vou trazer um lanche para você todos os dias, pra ver se come.

– É? - ele trouxe-a para perto e deu-lhe um beijo na testa - Obrigado por se importar, Ali. De verdade. Mas não precisa se preocupar, estou bem. - sorriu - Agora vamos, se não vamos perder mais aula, e tenho certeza que Sabrina não vai gostar dessa sua escapada.

Ambos riram e voltaram para sala.

Sentou-se no seu lugar de sempre. Prestou bastante atenção em todas as aulas, fazendo suas devidas anotações. De vez em quando dava uma olhada discreta pela sala, para descobrir Sabrina e algumas garotas da sala o encarando, como normalmente faziam e a garota, Camila, encarando Sabrina.

Não pode deixar de sorrir. Até quando ela vai conseguir guardar esse segredo? De qualquer forma, longe dele ser a pessoa a se meter. Deixaria as coisas tomarem seu devido rumo, e quem sabe Ali o contaria o resultado algum dia.

O sinal indicando o fim do dia de aula soou. Pegou suas coisas e dirigiu-se a saída da escola. Droga, como sua cabeça doía.

Ao passar pela porta, não pode deixar de notar o carro estacionado em frente a escola.O assobio passou por seus lábios. Aqueles era o tipo de carro que qualquer garoto sonhava e qualquer homem cobiçava. Ele havia visto aquele tipo apenas uma vez, e foi pela internet. Era um modelo muito raro (e também muito caro), que aparentemente apenas existia na Alemanha, e a importação era apenas burocracia.

O homem que o dirigia era um homem sério. Jovem, talvez apenas um pouco mais velho que ele. Mas a sua seriedade o dava uma aparência bem mais velha. Ele buzinou.

Uma garota passou pelos portões correndo em direção ao carro, os cabelos vermelhos batendo contra suas costas. Ela entrou no carro apressadamente, como se tivesse medo de atrasar um segundo se quer. Pelo vidro do carro, Jack viu a garota beijando o homem, de maneira fria e distante mas ele segurou seu rosto e a beijou longamente. Apenas parou porque os carros atrás começaram a buzinar freneticamente.

Ela me disse. Não posso ter raiva de uma situação dessas. Ela explicou. Jack deu um soco na parede. Merda! A dor da mão quebrada o cegou por alguns instantes. Merda, merda, merda.

Ele teria que colocar o gesso. Como iria dirigir sua vespa agora? Como levaria Ali para sair? Precisava vê-la. Precisava beijá-la novamente. Não iria no médico. Daria um jeito, ficaria com a mão do jeito que estava. Talvez nem estivesse quebrada. É, não está quebrada. Sim, sim dá para aguentar. Tocou sua mão esquerda levemente para sentir os estragos.

Foi ao hospital afinal. A dor no mais leve toque não o deixaria fazer o mais básico movimento. Saiu com um lindo gesso em sua mão esquerda. E com, mais uma vez, um diagnóstico para seus desmaios.

Nenhuma novidade.

Pegou um ônibus, até a casa de Alicia. Serei rápido. Só... só preciso vê-la. Preciso vê-la. Decidiu que não iria tocar a campainha, sabia o quão mal tinha sido a última vez.

Jogou algumas pedras em sua janela.

– Ali! - gritou em forma de sussurro. - Ali! Ali!

Ela apareceu na janela. Estava com o cabelo preso em uma trança mal feita, e uma blusa grande do Kiss. De alguma forma, Jack suspeitava que a blusa era a única peça de roupa que ela usava.

– O que você está fazendo aqui? Jack, estou estud... O que é isso na sua mão? Isso é um gesso? Espere, estou descendo.

Três minutos depois, ela saiu pela porta da frente. Usando sua blusa, e um short por baixo.

– Oi - ele disse, sorrindo - Estava passando por perto, então pensei porque não.

Dessa vez, ela o beijou. Sua mão direita segurava seus cabelos enquanto seu braço esquerdo a segurava perto. Não podia deixa-la ir. Ela tinha os braços ao redor de seu pescoço, o beijava tão intensamente que quando pararam, ambos estavam sem ar. Ele a puxou a seu encontro novamente, mas ela se afastou. Seu olhar era triste.

– Jack, não podemos mais fazer isso. Não posso mais fazer isso. Estou com Cal, preciso dele. Preciso. Não posso ficar com você, Jack. Quero você, desejo você, mas não posso. Antes que pergunte, não. Não sinto absolutamente nada por ele. Isso importa? Bom, não deveria. Eu nunca conheci ninguém como você, ninguém que fizesse me sentir tão... viva. Isso foi um erro, você foi um erro. Somos um erro. Droga Jack, estou apaixonada por você.


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Notas finais do capítulo

Não se preocupem, pretendo escrever mais, principalmente agora com o "diagnostico" do Jack. O que vocês acham que é? Gostaram do capitulo? Por favor, não esqueçam de comentar, seus comentários que me fazem querer continuar escrevendo! :)