A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 27
Se foi um erro eu quero errar sempre assim




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Ruby POV.

Eu acordei de manhã, 5 horas da manhã, na verdade. Fui até o banheiro, joguei uma água no rosto e olhei pra espelho.

-Bom dia... - Disse pra mim mesma.

Fechei a porta do banheiro, escovei os dentes, tomei banho e troquei de roupa no banheiro. Olhei pela janela do banheiro, estava escuro e com muita neblina lá fora, estava muito frio. Aposto que vai ficar calor assim que o sol sair. Eu vesti uma calça jeans preta - incrível como quase todas as minhas calças eram jeans e pretas - e vesti uma camiseta branca que tinha uma frase escrita, que ninguém ia entender, por estar em português. A frase era "Talvez eu te mate por último... Gostei de você" aquela frase me fazia rir, não sei bem o porquê eu comprei. Coloquei uma blusa de frio do meu irmão - eu disse que não tinha nada pro frio além de uma jaqueta jeans que não ajudava muito?

A blusa do meu irmão era super quente. Calcei meu all star e saí pra fazer alguma coisa. Eu estava com a blusa aberta, porque era bem quente e já esquentava mais que o suficiente meio aberta. Estava com as mãos nos bolsos, nem sei porque, as minhas mãos nunca esquentavam, não importava o calor que estivesse.

Saí do chalé e estava tudo deserto praticamente. Fiquei sentada em um banco, olhando pro horizonte, esbranquiçado pela neblina. Cruzei os braços por causa do frio.

-Acordou cedo. - Disse Nico e eu olhei pra trás, ele sorria pra mim.

-Eu dormi muito ontem.

-Não foi na festa com o Austin? - Ele veio até mim e sentou no banco, ao meu lado.

-Na verdade, não. Eu estava muito cansada pra ir pra festa. - Eu disse e tremi quando uma brisa gelada passou por nós. Nico passou o braço em volta de mim, me puxando pra mais perto dele.

-Está com frio? - Eu assenti. Ele deve ter pensado que eu ia me afastar do seu abraço ou me sentir envergonhada com isso, pois até eu pensei que eu iria. Mas ao invés disso, eu me senti muito bem ali nos seus braços. Eu encostei a cabeça no ombro dele e respirei fundo. A minha reação deve ter impressionado ele. Eu estava preocupada com alguma coisa, não sabia muito bem o que. Ele encostou a cabeça levemente na minha. -Você está bem?

-Estou... Só estou meio preocupada, mas nem sei o motivo.

-Não se preocupe, estamos bem agora.

-Na verdade, não estamos bem.

-O que você quer dizer?

-Você sabe, Nico. Eu ainda não sei o que fazer sobre... Nós. - Eu levantei a cabeça e olhei pra ele, ele me olhou com atenção e tristeza nos olhos.

-Ruby, está tudo bem.

-Não está... Eu só queria acabar com toda essa dúvida, sabe? - Ele não disse nada, continuou me olhando. -Nico, aquele dia do beijo, mexeu com as minhas idéias.

-Me desculpe...

-Não se desculpe, sério. Eu gostei daquele dia. Você tem sido tão bom comigo... Eu estava pensando sobre tudo isso. E... Eu gosto de você. Talvez mais do que como só um amigo. Mas aí...

-Tem o Austin... - Ele disse, tentando esconder a raiva que sentia do Austin, mas eu o conhecia o bastante pra saber que ele não gostava nem um pouco do Austin.

-Eu gosto dele. Muito mesmo. Mas quando eu estou com você, é diferente. Você é meu melhor amigo, eu posso te contar tudo. Austin é incrível e eu confio nele. E eu não sei muito bem o que fazer... - Eu suspirei e encostei a cabeça no ombro dele ombro de novo, pegando uma de suas mãos e brincando com seus dedos, olhando diretamente pras nossas mãos, tentando evitar o seu olhar. Ele segurou a minha mão e entrelaçou nossos dedos.

-Você sabe que eu vou sempre estar aqui esperando por você, não sabe?

-Obrigada por tudo, Nico. E desculpa, também... Você fez tanta coisa pra mim e tudo o que eu faço é te perturbar, te magoar.

-Shhh, você não me perturba. Eu te amo, Ruby. - Ele disse isso e beijou meus cabelos, me fazendo relaxar e me aconchegar ainda mais no seu abraço. Eu respirei fundo novamente, e minha respiração bateu na pele dele, sua pele arrepiou levemente.

-Eu também te amo, Nico. - Eu disse isso sussurrando contra sua pele, sem pensar duas vezes, sem vacilar. Ele olhou pra mim e eu olhei pra ele, sentindo seus olhos em mim. Olhei diretamente pros seus lábios, que estavam a poucos centímetros dos meus agora. Isso parecia errado, isso parecia certo, isso parecia coisa demais. Eu desencostei a cabeça do ombro dele e segurei o rosto dele com as minhas mãos, gentilmente. Olhei bem pra ele.

-Ruby, eu... - Ele disse, corando, ainda olhando pra mim.

-Você pode me parar, se quiser. - Na verdade, eu não sei bem o porque, mas eu precisava dele, precisava sentir seus doces é gélidos lábios nos meus. Ele não respondeu. Eu o olhei com incerteza nos olhos, ainda segurando e acariciando seu rosto. Encostei meus lábios bem devagar nos seus, como se estivesse acariciando seus lábios com os meus, sentindo o frio daqueles lábios antes de beijá-los. Eu o beijei carinhosamente e ele devolveu o beijo, sendo gentil e eu pude sentir que ele estava se segurando pra manter o beijo daquele jeito.

Então eu o beijei com mais paixão e intensidade. Ele me beijou como se realmente precisasse de mim, como se sentisse muita falta dos meus lábios. Da última vez que nos beijamos, não tinha sido tão intenso. E dessa vez, eu não interrompi o beijo. O banco que estávamos sentados, era bem próximo do chalé dele. Nós nos levantamos, ainda nos beijando, ele me segurava com força e ao mesmo tempo delicadeza contra seu corpo, me mantendo bem próxima. Nós entramos no chalé dele e ele olhou pra mim, com dúvida.

-Nós não devíamos estar no chalé sozinhos... Você sabe as regras. - Na verdade, eu sabia que ele estava era tentando perguntar "você realmente acha que isso é uma boa idéia?"

-Ninguém vai sair dos chalés até as 7 da manhã, ainda são 5 horas. - Eu disse sorrindo pra ele, não sei o que deu em mim, mas eu precisava dele. Nós nos beijamos de novo e ele me empurrou gentilmente pra sua cama, ficou em cima de mim, com cuidado pra não me machucar. Eu tirei sua camisa rapidamente, ele continuou me beijando e mesmo que seus lábios fossem frios, eu sentia calor irradiando dos nossos beijos, paixão. Eu acariciei seus cabelos. -Eu vou te falar uma coisa que vai soar muito boba...

-O que? - Ele disse sorrindo radiante, como eu nunca tinha visto ele sorrir antes.

-Sabe o beijo que você me deu na praia? Foi... Bem, aquele foi o meu primeiro beijo... Eu disse que soaria uma coisa muito boba. - Eu disse mordendo meu lábio inferior e corando. Ele ainda sorria e me deu um selinho.

-Não é uma coisa boba. Na verdade, é uma honra saber disso. - Ele era tão gentil... Mas eu ainda me sentia uma idiota porque meu primeiro beijo tinha sido com quase 15 anos.

-Nico, eu... Eu quero ficar com você, pra sempre. - Eu disse aquilo do nada. Eu não sei o porquê, mas alguma coisa dentro de mim gritava que eu tinha que ficar com ele. Eu já não tinha mais dúvidas e incertezas. Seu sorriso ficou maior, se é que isso era possível. Eu passei uma mão pelas costas dele, sentindo sua pele macia, agora que ele estava sem camisa.

-Que bom, porque agora é que eu não vou te deixar se livrar de mim mesmo, Ruby. - Ele riu baixinho e me beijou intensamente de novo, nossos lábios se encaixavam perfeitamente. Ele tirou a blusa do meu irmão que eu estava usando e desamarrou meu cabelo. Ele tirou minha camisa e minha pele se arrepiou ao sentir a minha pele em tanto contato com a dele. De repente, nós estávamos só com as roupas de baixo, e eu nem ligava pra isso, eu até gostava da idéia, mesmo sendo tão errada. Eu já não sentia mais frio, nem tinha reparado em nada no chalé dele, tudo o que eu podia era sentir a pele dele contra a minha, seus beijos intensos e apaixonados e a necessidade que eu tinha de estar ali, com ele.

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Aqueles momentos foram perfeitos, os mais perfeitos de todos, eu poderia dizer.

Já eram mais de 7 horas, e eu não estava nem um pouco preocupada. Nós estávamos cobertos com um cobertor escuro, na única cama do chalé de Hades. Ele me olhava, sorrindo e acariciando meu rosto, eu estava em seus braços, olhando pra ele e nós estávamos conversando agora. Eu não sabia de nada, nem queria saber. Na verdade, tudo o que eu sabia é que eu amava aquele cara do meu lado, e eu queria ficar com ele pra sempre. Ele me encantava, falava e sorria, eu olhava enquanto os lábios dele se mexiam, prestando atenção em todas as palavras.

Nós ficamos ali por um bom tempo. Meu irmão me mataria se soubesse o que eu tinha acabado de fazer. Mas aquilo não era bem o que parecia... Era apaixonado e foi bem... Não parecia tão errado. Eu não sabia como falaria isso pra Austin, mas... Eu ficaria com o Nico.

-Temos que sair, seu irmão me mata se descobrir o que estávamos fazendo. - Ele disse rindo e corando.

-Realmente... - Eu ri também. Ele me beijou e eu o beijei também. -Vamos.

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Nós nos vestimos - claro, nós não iríamos sair pelados por aí, duuuh.

Enfim... Nós fomos pro café da manhã, nos separamos o máximo possível no caminho até o refeitório e ninguém nos viu saindo do chalé de Hades.

Sentei na mesa de Poseidon com meu irmão, mas eu olhava pra Nico com bastante frequência, não conseguia não olhar. Ele também me olhava e nós trocávamos risadinhas, como dois tontos.

-O que está rolando, Ruby? - Perguntou Percy.

-Nada, pára de ser curioso. - Percy fungou, mas não perguntou mais nada.

Agora eu tinha que achar uma maneira de explicar isso com jeito pro Austin... Até porque, Apolo ficaria chateado comigo se eu fosse má com seu filho preferido. Chatear um deus é algo que com certeza, você não ia querer fazer.


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