A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 19
Hora da vingança




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Ruby's POV.

Eu olhei pro monstro. Eu já tinha visto essa coisa antes... No meu sonho, AQUILO matou minha mãe. Eu apertei meu colar e a espada apareceu. Senti toda a raiva brotar dentro de mim. Lágrimas inundavam meus olhos, que queimavam de ódio. Meu irmão foi pra cima da mantícora desviando os espinhos com o escudo, Nico tentava reunir forças pra abrir um buraco no chão, mas o monstro sempre o atacava e ele tinha que se defender, não tinha muito tempo. Austin jogava flechas sem parar na mantícora, Annabeth também estava indo lutar. Ela olhou pra mim, que estava prestes a explodir de raiva e tentar fazer aquela coisa em pedaços, em vão. Annabeth chegou perto de mim e me deu o boné que sua mãe tinha lhe dado. Eu entendi o recado e assenti. Coloquei o boné.

Eu ia em direção ao pote, pra pegar aquilo. Mas a mantícora estava perto demais. Eu sabia que era idiotice, mas tudo estava tão rápido e ao mesmo tempo em câmera lenta ao meu redor. Eu peguei minha espada e atingi o pé da mantícora, com todas as minhas forças. A espada atingiu a pata dela, mas não fez nada. Pelo menos a distraiu tempo o bastante. O monstro abraçou o ar com suas patas gigantescas e eu girei pro outro lado com uma rapidez que jamais teria imaginado ser possível. Peguei o pote e tirei o boné. Eu já sabia o que fazer. A mantícora me olhava, sem saber o que eu era capaz de fazer. Eu destampei o pote sem pensar duas vezes.

-Isso é pela minha mãe! - Eu gritei com todas as minhas forças, sentindo minha garganta queimar. Uma força estrondosa dentro do pote, sugou a mantícora. Eu tive forças pra fechar o pote antes que acabasse sugando os meus amigos. Eu estava esgotada, eu estava tremendo. E então ouvi a voz de Nêmesis ecoando na minha mente "Eis a sua doce, doce vingança, querida."

Enxuguei as lágrimas rapidamente. Olhava pro espaço vazio, onde segundos atrás estava a mantícora. Eu estava ofegando. Transformei minha espada em um colar de novo e coloquei no meu pescoço. Obrigada, Nêmesis. Prometo que vou te fazer uma oferenda. Virei pra olhar pros meus amigos. Eles me olhavam perplexos. Tinha uma vasilha de água perto de mim e eu olhei meu reflexo na água. Estava com raiva e satisfação ardendo em meus olhos. meu rosto estava sujo, com pequenos arranhões, nada demais.Então eu sabia que só a raiva me segurava naquele momento, se não fosse por isso eu teria despencado e chorado.  Eu me virei pros meus amigos de novo, com um olhar mais brando. Até mesmo meu irmão, com a maldição de Aquiles estava bem cansado. Acho que essa luta demorou mais do que pareceu pra mim.

-Vamos, nós já temos o pote. - Eles ainda me olhavam impressionados. Com exceção de Austin, que estava sorrindo pra mim. Nós caminhamos pra fora daquela "casa" e Austin ficou do meu lado, atrás dos outros. Ele me beijou rapidamente.

-Eu disse que você ia conseguir. - Ele sussurrou pra mim e sorriu. Eu me surpreendi com o beijo, mas o beijei de volta e sorri pra ele. Ele derreteu minha raiva. O que era bom, por que eu estava de dar medo com aquela cara de filha de Ares estilo Clarisse. Meu irmão estava a nossa frente.

Ruby, parabéns por acabar com a mantícora, você foi muito corajosa. E... Vê se para de beijinhos com esse filho de Apolo e ande mais rápido.

Está com ciúmes, maninho? - Eu segurei uma risada. Ele bufou.

Não, eu só não quero você tão perto dele, ele é filho de Apolo, sabe.

Eu nem respondi depois disso. Eu e Austin andamos um pouco mais rápido e alcançamos Annabeth, Nico e Percy.

-Então aquela coisa matou sua mãe? - Perguntou Nico, olhando pra mim. Eu assenti.

-Essa era a tal vingança da profecia. - Disse Annabeth.

-Ruby, nunca mais faça aquela cara de novo, por um momento achei que ia me sugar com o pote também. - Disse Percy rindo.

-Eu devia... Talvez seja uma boa idéia. - Eu disse rindo também e olhando pro pote em minhas mãos. -Brincadeira, eu amo você, maninho. Não teria conseguido sem você. Sem vocês.

Olhei pra eles todos e sorri. Eu tinha uma nova família especial. E linda.

Bom... Voltamos pro hotel e eu tratei de tomar um banho, colocar uma roupa limpa, me sentia nova de novo. A água sempre ajuda, claro. Agora tenho algumas oferendas a fazer... Fomos jantar e eu estava pensando como fazer uma fogueira em um restaurante. O pensamento me fez rir. Eu fui juntando no prato as melhores partes da minha comida e coloquei em uma caixa de isopor estilo marmitex. Depois do jantar, eu fiz uma pequena fogueira em um lugar quase deserto, e não só eu, mas meu irmão, Nico, Annabeth e Austin estavam ali, mas eles me deram as partes da comida deles pra que eu fizesse a oferenda por eles também. Cheguei com as partes das nossas comidas.

-Pra Hades, por ter me dado sua benção. Obrigada, tio. - Eu disse isso, jogando um bife à milanesa que realmente parecia estar delicioso. Quando o bife queimou, uma fumaça escura com um cheiro MUITO bom, ao invez de subir, desceu. Pro submundo, com certeza. Nico sorriu pra mim.

-Obrigado, pai. - Ele disse.

-Pra Apolo, por ter me ajudado com a minha perna que estava totalmente detonada. Obrigada, Apolo. - Eu disse jogando uma coisa que achei a cara dele, e dei uma risadinha. Coxa de galinha, uma suculenta coxa de galinha. O cheiro subiu e era realmente muito bom também. Foi pra cima em forma de fumaça... Dourada? Parecia um raio de sol no meio da noite, bem a cara de Apolo.

-Obrigado, pai. - Disse Austin, olhando a fumaça dourada sumir, sorrindo.

-Pra Poseidon, por ter me dado forças. Obrigado, pai. - Eu disse jogando um pedaço de lagosta que subiu em uma fumaça verde, com cheiro da brisa do mar.

-Pai, a nossa menininha está crescendo - Disse Percy, rindo. -Obrigado por nos proteger, pai. 

-Pra Atena, por ter nos dado sabedoria. -Joguei frutas, que subiram com um cheiro muito bom, que eu nunca tinha sentido antes. A fumaça subiu azul.

-Obrigada, mãe. - Disse Annabeth.

-E Nêmesis. Obrigada por tudo. - Joguei nas chamas uma parte de macarronada que eu estava me segurando pra não comer. A fumaça subiu vermelha, com cheiro de... Não se isso faz sentido, mas tinha cheiro de vitória.

Depois das oferendas, fomos pro hotel descansar, teríamos um longo dia amanhã, uma longa viagem de volta pela frente. Eu caí no sono, me sentindo bem melhor do que eu me sentia até agora. Eu não acreditava nessa missão. Mas nós conseguimos e estavam todos bem. Adormeci pensando na minha doce, doce vingança.


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