Without Hope escrita por Borboleta Negra
Notas iniciais do capítulo
Leiam as notas finais
Naquele dia nada de mais acontecera nas aulas ou no almoço. No dia seguinte, estava um pouco melhor. Á noite eu só havia acordado 5 vezes chorando por causa de pesadelos e isso era um avanço. Antes eu nem mesmo conseguia dormir. Acordei com a mesma “disposição” do dia anterior e me arrumei para mais um dia de aula. Deixei meu cabelo solto dessa vez, peguei meus materiais e desci as escadas.
Estava cedo, como no dia anterior. Estava precisando desse tempo sozinha antes das aulas. Dessa vez, não iria á Torre de Astronomia. Talvez Draco passasse lá novamente e acho que não aguentaria se ele começasse á me irritar de novo. Com passadas rápidas e calculadas, fui ao Salão Principal e tomei meu café-da-manhã sozinha. Nenhum professor estava ali. Então, eu lembrei quem me podia fazer companhia. Alvo Dumbledore. Não que ele estivesse vivo e ninguém soubesse isso é uma tremenda excentricidade, apenas poderia conversar com sua pintura.
Quando ele morreu, sua pintura adormeceu profundamente, como é normal quando seu dono morre, mas depois acordou e eu só descobrira isso á algum tempo, quando entrei na Sala Precisa e seu quadro estava lá, estranhamente intacto. Saí do Salão com os livros sobre o peito e corri até a parede mais próxima, a do lado da porta pesada do Salão. Fechei os olhos por um segundo ou dois e quando abri, a porta estava se moldando á parede. Era um habito bastante comum... No 5º ano.
“_Parabéns Neville._Falei, minha voz ecoou por toda a sala._Você encontrou a Sala Precisa.
_Sala Precisa?_Ele parecia confuso.
_Sim. A Sala Precisa aparece para você quando você mais precisa dela.
_É como se... Eu precisasse muito de um banheiro?_Rony perguntou e ouvimos um barulho atrás de nós.
Viramo-nos e a parede se tornou lentamente um grande vidro antigo.
_É._Respondi rindo e olhei para frente._Esse é o espírito.”
Entrei na sala com as lembranças aflorando em minha mente conturbada. Ela estava aparentemente vazia, mas alguém havia ido ali antes de mim. Agora várias estantes de livros enormes e empilhadas de livros. Elas estavam cada uma em uma parede daquela sala. Na parede á minha frente, uma mesa vinho e sobre a mesa, pergaminhos, tinteiros e penas.
Então eu percebi que não estava sozinha. Uma cabeleira lisa e fina de um loiro berrante de tão claro se destacava entre os pergaminhos.
Prendi a respiração ao perceber que era Draco Malfoy, então o único som ouvido ali agora era sua respiração regular e profunda. Lentamente, na ponta dos pés, cheguei mais perto. Ele parecia tão “Não- Draco Malfoy”dormindo... Seu rosto ficara sereno, suas expressões suavizadas drasticamente. Os olhos fechados pareciam relaxados, como seu corpo. Soltei um risinho fraco e olhei para cima, vendo que Alvo olhava para mim.
Dei dos passos para trás, assustada.
_Não é o que parece._Falei sussurrante para Dumbledor.
_Eu sei que não, Hermione._Sua voz era controlada, ele olhou para Draco._Ele estava estudando o livro de poções de Severo Snape, quando este estava no 7ºano, e acabou adormecendo aqui. E... O que fazes aqui á essa hora, Srta. Granger?
_Vim conversar com o senhor._Minha voz falhou um pouco por causa do baixo volume, pigarreei ligeiramente enquanto olhava para Draco, torcendo para que ele não acordasse.
Foi em vão. Ele levantou a cabeça alerta e olhou espantado para mim. Realmente, toda a serenidade foi-se como se uma lufada rápida de vento á houvesse levado e agora ele me olhava com pura ira.
_Granger maldita!_Ele esbravejou._O que está fazendo aqui?
_Desde onde sei a Sala Precisa não é privada._Falei numa respiração só.
_Não é, mas o espaço é pequeno demais para nós dois._Ele esbravejou se levantando e virando a varinha para mim.
Faíscas verdes saíram de sua varinha em um feitiço silencioso que me acertou em cheio. Antes de perder a consciência, senti meu corpo sendo jogado contra uma das estantes.
Abri os olhos lentamente, enquanto a claridade entrava em meus olhos e eu ia a dosando, até que conseguisse me acostumar. Draco estava na estante oposta, com uma perna dobrada e a outra esticada, enquanto um braço pendia sobre o joelho dobrado. Seu olhar era o mesmo sem expressão de sempre e estava fixo em mim.
Senti algo molhado saindo de minhas narinas e quando levantei a mão, Draco veio até mim, á segurando enquanto estava no ar. Ele pegou um pano que eu não notara ao meu lado, que estava já manchado de sangue e ainda segurando meu pulso limpou suavemente abaixo de meu nariz, de onde sangue saia.
Entranhei o ato olhando para seus olhos cinzentos que estavam fixos no sangue.
_Me Desculpe._Ele disse e eu perdi o ar.
Depois de recuperá-lo e conseguir achar as palavras.
_Draco Malfoy pedindo desculpas? O que é isso agora?
Ele finalmente levou seus olhos aos meus, paralisando sua mão, mas depois de um suspiro continuou limpando meu rosto, para depois pousar o pano sobre o chão novamente e sentar-se na minha frente, olhando fundo em meus olhos.
_Mesmo que seja irritante, sangue-ruim e sabe tudo... Você continua sendo uma mulher._Ele olhou para meu corpo quando disse isso e senti minhas bochechas corarem._E uma das poucas coisas que meu avô me ensinou em sua curta vida foi o fato de que nunca devo violentar uma mulher. Por isso, me perdoe.
Olhei para minhas mãos e ri de leve.
_Nunca tentei imaginar Abraxas Malfoy dizendo isso para seu neto.
Ele continuava á me fitar e deu um sorriso de lado, como sempre fazia.
_Então nunca o imaginou no contexto da conversa._Ele agora estava na estante do lado oposto ao meu e levantou a cabeça ao dizer._Ele falava sobre o amor._Ri um pouco._Que um dia vou ter de encontrar uma mulher para mim, e se não procurar ela virá até minha pessoa e não adianta quantas vezes eu recusá-la ou admitir que ela não é nada minha, ainda vai ocupar um espaço grande de meu coração e um dia vou ter de por isso para fora, quando não aguentar mais.
_Profundo._Conclui._E você, o que respondeu?
_Que nunca vou precisar de uma mulher, que vou fazer tudo sozinho._Olhou para mim._Ele apenas sorriu debochado. E, até agora, cumpri minha palavra.
Então me toquei o quão ridícula era aquela cena. Eu, Hermione Jane Granger, falando baboseiras com Draco Malfoy. Mas aquilo havia partido de Draco e não de mim, e era contra os meus princípios ser indiferente ou irritante para quem me fez algum “bem”. Bom, ele cuidou de mim quando eu estava desacordada, não?
O silêncio pairou sobre nós e nenhum dos dois lados ousara quebrá-lo. Até que me lembrei de algo.
_Que horas são?_Perguntei alerta.
_Não adianta Granger, já perdeu as aulas._Seu tom era calmo e indiferente._E o almoço._Complementou, ainda olhando para o nada ao seu lado._Já são 15:00.
_Oh meu Deus, por que não me acordou?_Perguntei ligeiramente histérica.
_Deixa de ser irritante, Granger._Ele disse com sua voz cortante de sempre e se levantou._Vamos, saia daqui.
_Eu não vou sair por ordens suas, Malfoy._Respondi colocando os cursados braços sobre o peito.
_Você parece uma criança birrenta, sangue-ruim idiota._Ele falou saindo da Sala Precisa.
Bufei. Draco Malfoy nunca mudaria... Mesmo.
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UUUUUUH, tenso hein?
Mas enfim u.ú
Tenho um comunicado á dar também:
Hoje e amanhã eu escreverei normal, tendo um capitulo para amanhã (sexta-feira) e depois de amanhã (sábado), mas como amanhã á noite eu irei á uma festa, vou postar os dois capitulos juntos amanhã. No sábado e domingo eu estarei na granja da minha amiga, portanto não poderei escrever.
Então é isso *-*
Beijos e MANDEM REVIEWS, EU ESTOU SURTANDO, TEM NOVOS LEITOREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEES