Entre o Céu e o Inferno escrita por YagamiMegumi


Capítulo 7
Olá Morte


Notas iniciais do capítulo

com prometido algumas novidades...
betado por DeborahB
anjo em iatlico
demônio em negrito
boa leitura



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Depois do estranho acidente com a luz e o diabinho falso,nós fomos pra casa,é assim que Depois do estranho acidente com a luz e o diabinho falso, nós fomos pra casa, é assim que eu chamava a casa do Joey agora, porque tudo que era dele era meu, e tudo que é meu é meu. Entendeu?

Minha vida é perfeita, meu protegido é quieto, eu sou bonita, meu diabinho só tem olhos pra mim e...

Nesse momento passou uma diabinha com um decote tão grande que estava aparecendo tudo e omeu diabinho a secou. Dei um beliscão daqueles nele, então me olhou confuso.

- A próxima vez que você olhar pro seios de alguém eu vou arrancar os seus olhos e bater eles no liquidificador, entendeu?? - Falei mortalmente e ele engoliu a seco.

Bem, como eu dizia... Eu tenho uma vida perfeita...

Os dias se passaram e cada vez mais nossos corpos se aproximaram. Cada vez mais nossos pensamentos se aproximaram. E cada vez menos nos preocupávamos com as conseqüências de nosso amor proibido.

           Quanto ao moleque? Bom eu não desisti de minha missão, continuava a tentar transformar aquela criança em um homem de verdade. Um homem que sabe como é bom saber as regras, mas não as seguir e se divertir. Tendo o prazer sempre acima de tudo. Porem tenho que admitir, já não me empenhava tanto para tirar Joey do caminho, mas a minha anjinha também não se preocupava muito com isso, por vezes ele saia para não sei onde e nos preferíamos aproveitar o quarto vago a ir atrás do adolescente.

           Passar o tempo com a minha querida era muito bom. Certa vez para animar as coisas propus uma aposta: Quem conseguisse convencer o menino a seguir mais conselhos ganhava, o vencedor poderia escolher um castigo para o perdedor. Eu ganhei, é lógico.

           E Melissa Angel, a criatura celeste que mais se parece com uma linda pecadora, foi obrigada a passar uma semana sem ver os jogos de futebol masculinos, onde os garotos desfilavam seus peitorais. Eu acho que ela nunca sofreu tanto em sua vida como protetora e eu nunca ri tanto.

           Outra coisa incomum foi a amizade que criei com o demônio da capa negra, amizade é uma coisa muito rara entre seres que vivem para sacanear uns aos outros, no entanto nós continuamos a nos encontrar no terraço da escola e depois de algumas conversas os laços estavam selados.

           Aquela criatura realmente não se parecia nada com as outras do inferno que eu conhecia. Para começar ele tinha um nome, mas nas profundezas ninguém tem nome, pois nos vivemos para fazer os outros sofrerem, para que precisamos de nomes? O mais curioso é que o dele era “Lucas”, que significa “O Iluminado”

           Ora essa um demônio chamado Iluminado, mas que piada. Porem não adiantou insistir, ele não me contou o porquê de seu nome. Dissera apenas “Foi a muito tempo atrás. não vale a pena recordar”. Chato!

           Outra curiosidade sobre o “diabinho sombrio” como dizia a Mel, é que ele não tinha nenhum protegido, parecia estar no mundo a passeio.

           Falando na minha anjinha ela não foi muito com a cara de Lucas, mas isso parecia estar mudando pouco a pouco. Bom isso já é mais do que eu esperava, afinal ele queria me ver matando-a. Quando contei a ele que não iria fazer nada contra Angel, ele não ficou desapontado como eu esperava, apenas falou uma coisa:

           - Eles te deram um único aviso antes de sair: Cuidado com o amor

           - È verdade – Respondi sem saber onde ele queria chegar

           - E você não ouviu! – Exclamou ele indignado – Realmente você esta fazendo tudo errado

           - Mas não é para isso que existimos? Apenas fazer as coisas erradas? – Devolvi tentando mudar de assunto, eu ainda não sabia o que era amor e depois da reação da protetora de Joey... Bom, não iria perguntar sobre isso para mais ninguém.

           O demônio deu uma gargalhada com o meu comentário e mudamos de assunto.

           Assim se seguiram os dias, relativamente tranqüilos até que tudo mudou...

 Eu andava de mãos dadas com o meu diabinho pela escola de Joey então o pior aconteceu, quatro valentões começaram a bater no Joey a sangue frio, corri para ajudá-lo. Logo senti quatro mãos me segurarem, olhei horrorizada para os idiotas, demônios, eles me seguravam com tanta força que chegava a doee. Mas eu não ligava. Queria ajudar Joey, porém não podia. Me debati desesperadamente nos braços dos diabinhos.Tentei me jogar no chão, mas o máximo que consegui foi cair de joelhos.

Os humanos, não sei se eles mereciam ser chamados assim, tiraram uma faca da mochila. Aquela faca tão gélida e brilhante refletindo a luz solar. Eles riam como se estivessem no melhor jogo de suas vidas, o que conseguia deixar tudo mais horripilante. Eu continuava tentando encontrar uma maneira de me soltar. Não consegui. Olhei para os lados e avistei o meu diabinho na mesma situação que eu, entretanto estava acorrentado. Não! Por favor Papaii! Mas nada veio. Nenhuma resposta. Sentia meu coração se despedaçando enquanto eles levantavam aquela faca, meu desespero me consumia e eu tentava ter fé mas parecia que ela estava ausente, eu já não a sentia. Então no último segundo eu gritei. Enquanto eu via aquela coisa metálica atravessar o corpo de Joey, fechei os olhos e senti algo espirrar e atravessar o meu corpo. Sangue.

Eu tentei, juro que tentei... Então só ai me dei conta do que havia feito. Eu havia pecado, e iria sofrer as conseqüências por isso. Não podia deixar a fé me abandonar, mas deixei. Deveria o proteger nem que aquilo custasse a minha vida, mas não protegi.

Sentia que iria morrer. Mesmo não sendo possivel. Vendo aquele corpo sem vida, sem alma, parecia que eu estava ali.

Monstro! Monstro! Minha mente me culpava pelo acontecido. Senti o desespero psicológico virar físico e minhas asas brancas e delicadas ganharem uma cor vermelho sangue, a cor do pecado. Senti algo chover em minha cabeça, mas quando olhei pra cima fiquei preocupada com o que vi. Quero dizer, com o que eu não vi, a minha auréola tinha virado pó.

Os demônios pegaram o espírito de Joey que acabava de sair de seu corpo, o coitado do moleque nem sabia o que estava acontecendo. Então abriram um portal para o inferno e arrastaram a alma do loirinho para aquele buraco.

Eu não sabia o que fazer, logo a fúria tomou conta de mim como nunca antes. Esqueci-me dos concelhos de Lucas e deixei as chamas tomarem conta de meu corpo.

- AAHHHHHHHHHHHHHHH- Ouvi um grito de fúria saindo da boca do meu diabinho, de repente as correntes queimaram.Ele tivera um ataque de ira.

Ele andou até os diabinhos e pegou o primeiro e arrancou-lhe a cabeça como se estivesse tirando a tampa do pote. Pegou seu corpo decepado e jogou-o em cima do segundo, fazendo-o cair no chão. Trovões ecoavam no lugar, dando vida a fúria dele. Andou em passos firmes até o segundo e o desmembrou, membro por membro, e assim matou os demônios assassinos,uns queimados e outros desmembrados.

Eu deveria ficar horrorizada, contudo não fiquei... Senti que deveriam apodrecer. Ouvi sua respiração ofegante, ele havia abusado do poder. Depois senti algo pesado cair em cima de mim. Eu o arrastei até um canto, rasguei um pedaço da minha roupa, corri até a enfermaria da escola e voltei com a caixinha da cruz vermelha. Passei praticamente todos os medicamentos e deixei o pano molhado descansando na sua testa. Ele dormia tranqüilamente. Parecia mas anjo do que eu.

Depois disso lembrei-me que não era mais anjo. Eu comecei a chorar desesperadamente pensando o que seria da minha vida agora. Senti algo vermelho pingar o chão, passei os dedos pela minha bochecha. Olhei minha mão trêmula. Eu não choro mais lágrimas, e sim sangue! Então o meu choro pareceu ficar mais intenso. Chorei não sei por quanto tempo, até que senti algo acariciar minha bochecha. Ele havia acordado.

- Não chora Mel.- Ele falava me olhando com pena. Eu enxuguei as lágrimas que teimavam em cair.

- Apesar de você não ter cuidado de mim,eu cuido de você - Apontei para os seus ferimentos tratados.Ele sorriu carinhosamente pra mim.Ele pegou minha mão e me fez olhar em seus olhos.

- Quero te contar uma coisa, uma coisa que ninguém sabe...- Ele falou com a expressão vaga.

- O quê? - Que foi? Eu sou curiosa...

- Meu nome...

- S-s-seu n-n-ome? - Gaguejei surpresa, pensei que demônios não tinham nome.

- Geralmente demônios não tem nome,mas meu pai me deu um... Diego. - Ele sussurrou. Diego, que nome lindo. Sorri tristemente.

- Você tem um nome bonito.

- Na verdade Diego significa demônio.

- Oh - Foi só o que eu pude dizer. Finalmente, eu não gostava de chamá-lo só de diabinho. Diego! Diego! (Tá parei).

Um leve sorriso escapou de meus lábios, com a reação de Melissa, mas aquilo não podia ficar assim. Eu não iria deixar passar.

Melissa! Só então percebi: onde estava a sua auréola e que penas vermelhas eram aquelas? Onde estariam as brancas?

Juntei todas as forças que tinha, levantei, bati minhas asas e voei um pouco acima da anja sem coroa, enquanto esta me alertava, eu estava fraco demais para voar. Então reuni todo o ar em meus pulmões e gritei:

- Lucas! Lucas! Apareça filho do capeta! Seu irmão o chama, venha agora! – Meu grito ecoou pela escola e eu tive certeza que seria ouvido. Relaxei e nesse instante compreendi o que falara Mel. Perdi minhas forças e desmaiei em pleno ar.


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Notas finais do capítulo

obrigado por ler
deixe um comentario ou o demônio pode se zangar ai nem q a mamãe maria dançe funk na mesa da santa ceia
(depois disso quero ver alguem ter coragem de não postar)