Entre o Céu e o Inferno escrita por YagamiMegumi


Capítulo 5
Briga e Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Ta ai a minha versão dos fatos, e como prometido vai esquentar um pouco
a mais umavez obrigadissimo a DeborahB por betar
boa leitura...



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Na hora do intervalo, eu estava atrapalhando o jogo dos garotos como sempre. O dia estava frio e por isso os jogadores estavam todos de camisa, talvez por acaso, a anjo Melissa estava mais atenta ao que eu estava fazendo. Ela não parava de tentar me atrapalhar e aquilo já estava me irritando.

             Joey foi derrubado por outro jogador. É agora, eu pensei. Mas Mel não deixou que as coisas acontecessem como deviam. A criatura foi lá e soprou para o adversário de seu protegido.

               “vá lá e o ajude a se levantar”

               O garoto idiota fez o que ela queria, e deu a mãopara Joey que por sua vez agradeceu e disse:

               - Foi minha culpa. Eu que fui muito seco na bola.

Os dois riram alto e voltaram para o jogo. Eu olhava a mulher de asas com raiva, ela então se aproximou e falou com um sorriso na cara.

-Ta gostando?

Apenas bufei

-Ei cara! Relaxa, curte a vida - Falei respirando ar puro.

Minha raiva aumentou e eu não pude me conter...

- Curtir a vida? Olha que fala. Seu anjo insolente, não faz nem seu trabalho direito! - Ela não tinha nada que ir soprar coisas nas orelhas dos outros.

            -Quem você pensa que é? Se acha o tal e não é nada. Idiota! É um simples ser inútil - devolveu ela com um tom de ódio, aquilo me surpreendeu não imaginava um anjo sentindo ódio. Aquilo acabou com toda a minha calma.

Liberei toda a minha raiva e para a minha surpresa chamas saíram de minha mão e atingiram as lindas penas brancas da asa de Angel. Isso fez com que ela caísse.

Aquilo meassustou. Não sabia que tinha esse poder. Enquanto tentava entender o que eu tinha feito ela reuniu um pouco de energia em sua mão, formando assim uma bola azul, então jogou aquilo em mim. Eu caí atordoado alguns metros atrás de onde estava.

Eu levantei irado. Não podia deixar passar essa. Aquela anjinha já tinha passado dos limites. Então eu corri em sua direção, apertei meus dedos vermelhos em seu pescoço branco. Eu a levantei do chão com uma mão, meus olhos queimavam e eu não pensava em larga-lá. Mas aqueles olhos claros desesperados, implorando por sua vida me impediu de continuar. Logo a soltei.

Ela então desferiu um soco em mim, dei alguns passos para trás. quando olhei para frente já não havia mais sinal do ser celeste. Como ela pode ter a audácia de me acertar depois de eu salvar a vida dela? Demônios não costumam ter misericórdia, essa é uma característica dos que moram nas nuvens e não de quem vive no fogo, eu fui contra a minha própria natureza e ela me agradece acertando a minha cara! Não, isso não vai passar em branco.

Apertei meus punhos, elevei meus braços e com um grito de pura raiva eu os soltei, liberando assim todo o meu ódio. O chão abaixo de mim ardeu em chamas.

Droga! Aquilo me assustou, era preciso aprender a usar este poder.

Voei para o telhado da escola. Quando bati minhas asas negras, não pude evitar pensar nas asas brancas que eu queimara mais cedo.

Quando cheguei no terraço vi alguns demônios induzindo jovens a usarem drogas. Aproximei-me deles com curiosidade, mas quando me viram eles saíram voando, me pareceu que eles estivessem com medo.

De trás da caixa da água saiu outro irmão do inferno, ele ria alto. O fitei com um olhar ameaçador, não gostava que rissem de mim

- Calma irmão. não estou rindo de você. Estou rindo dos covardes que acabam de fugir – Disse o recém chegado

Como ele adivinhou meu pensamento? Olhei melhor para a figura a minha frente. Ele usava uma capa negra que escondia o seu corpo inteiro, deixandoapenas o seu rosto à mostra, seus cabelos eram negros e os olhos vermelhos como sangue. Porem o que me impressionou foi o seu tamanho; ele deveria ter mais de dois metros de altura e suas asas eram enormes. No entanto eram seus chifres que mais impressionavam. Eles eram de um tamanho e de uma envergadura que assustaria a qualquer arcanjo.

- Aqueles fracotes! Se assustaram com a sua demonstração de poder lá em baixo – continuou o homem das profundezas

- Fracotes? – inferi – As armaduras deles eram tão imponentes e suas armas bem afiadas, se quisessempoderiam me derrotar muito facilmente

A criatura infernal gargalhou muito alto. Aquilo me irritou

- Impressão minha ou você não tem muito amor pela vida? – Perguntei em tom de ameaça

- Calma, calma. Apenas me impressionei com o que ouvi. Algo me diz que não conheces muito bem as regras do inferno - Devolveu o enorme anjo da dor

- Faça ou outros sofrerem antes que te façam sofrer, o que mais a para saber?

- Essa é a regra básica, mas a muito mais para saber sobre os domínios do mau, se quiser eu posso te ensinar

- Não, obrigado – Disse dando as costas para ele

- Espere! O que você tem a perder? Não acha que seria útil aprender sobre o seu poder?

- Posso acabar te queimando por acidente. Odeio quem se acha superior e posso perder o controle

- Estou preparado, vamos deixe-me te ensinar

- E o que você espera em troca? Um demônio de verdade não faz nada que não lhe traga vantagens

- Apenas quero estar presente na hora que você acabar com aquela anjo. Isso vai ser bem divertido

Ao ouvir isso imaginei Mel morta e esse pensamento me assustou. Não queria ela morta. Mas por que eu não a queria morta? Para afastar esses pensamentos aceitei a oferta da criatura da capa preta

- Bom para começar você está muito enganado se acha que armaduras, armas e outros equipamentos indicam o poder das criaturas. Esses equipamentos indicam apenas a fraqueza delas – Aquelas palavras me assustaram, eu sempre me senti inferior aos bem vestidos – Os fracos recebem tais coisas quando vem a Terra para que possam se defender. Sem elas estariam indefesos e seriam facilmente atacados pelos anjos

Ele fez uma pausa, parecia lembrar-se de algo muito divertido, em seguida continuou:

- Criaturas como eu e você que temos o corpo resistente e podemos usar o poder do fogo não precisamos de armas ou proteção. Basta apenas concentrarmos o nosso ódio e pronto. Temos o poder de derrotar qualquer um, porem esse poder tem um preço: O nosso corpo é moldadopor este poder, nossos chifres aumentam, a pele vai perdendo a sua cor e a nossa mente fica perturbada. Se usarmos demais este poder acabamos nos tornando bestas que não pensam, apenas atacam.

- Eu vi muitos animais assim lá em nossa casa, eles eram implacáveis

- Para não se tornar um deles é preciso fazer uso disto aqui – enquanto pronunciava essas palavras ele tirou um pequeno frasco, contendo um liquido verde e me entregou – Tome uma gota disto sempre que usar o seu poder, assim acalmara o monstro que existe em você – Quando terminou de falar ele deu uma alta gargalhada e voou para longe

Olhei o vidro com interesse. Contei quantas vezes usara o poder naquele dia e tomei duas gotas. Senti então meu corpo se contorcer, uma dor maior dor tomou todo o meu corpo. Em outros tempos eu imploraria clemência a Deus, porem a gora tudo o que fazia era praguejar

Quando a dor cessou me lembrei de Joey, então fui até o seu encontro. Passei o resto do dia o acompanhando e me divertindo. Sem a influência de Angel meu trabalho ficava ainda mais fácil e o moleque fazia tudo o que eu queria. Consegui até que ele fosse expulso da classe nas ultimas aulas. Nessa hora eu quase me borrei de tanto rir

No entanto algo perturbava a minha diversão. Um pensamento não queria me deixar “onde estará Melissa?”

Quando chegou em casa a criança foi direto p/ o MSN e lá conversava com seus amigos fúteis. Era quinta-feira e eles combinavam coisas para fazer na tarde do dia seguinte. Influenciei Joey e ele resolveu marcar um encontro com a loira gostosa do outro dia. Eu esperava que ele tomasse um fora, mas aquilo não aconteceu, o que me deixou um pouco triste. Depois lembrei quantos pecados eles poderiam cometer juntos e me alegrei novamente.

Quando ele se cansou do PC e resolveu dormir eu fiquei solitário, sentei na cadeira e fiquei pensando. Três coisas atormentavam o meu pensamento: As lembranças do inferno, as coisas que ouvi do outro demônio mais cedo e a imagem de Mel machucada.

Decidi que eu iria matá-la, assim minhas preocupações diminuiriam. Quando ela abrisse a porta eu iria pular em seu pescoço e a sufocar. Já que sabia que ela não era mais forte que eu.

As horas passaram e ela não aparecia, eu estava ficando mais e mais impaciente, até que ela abriu a porta. Eu pulei em sua direção, porem antes que eu pudesse fazer algo ela perdeu as forças, estava prestes a cair quando a segurei, deitei-a no chão. Estava desacordada.

Afastei-me um pouco e olhei aquele corpo, Os seios fartos da anja, sua pele branca como uma nuvem, suas coxas fortes, seus lábios desenhados. Com toda a certezaela era uma criatura divina. Toda aquela belezaestragada por um ferimento na asa que eu causara e outro que não me lembrava de ter causado.

Resolvi cuidar dos ferimentos da criatura celeste. Eu não devia estragar algo tão belo. Então comecei pela asa, ela não estava tão ferida quanto eu pensava. Que sorte.

Quando cheguei na perna vi que a coisa era mais grave. Toquei no machucado e ela acordou, olhou para mim e disse devagar com uma voz sedutora:

- É bom te ver aos meus pés

Eu fiquei por cima dela, agarrei seus braços e a apertei contra o chão e então falei no ouvido dela:

- É bom ter você sob o meu controle

Eu olhava nos olhos dela e ela nos meus. Algo parecia unir os nossos olhares, ela levantou a cabeça e disse em meu ouvido:

- Por que não me prova que estou sob o seu controle? – enquanto ela sussurrava isso entrelaçou suas pernas nas minhas

Então me aproximei mais. Pressionado o meu peito contra o dela, a mulher de asas sorriu maliciosamente, nossas bocas se aproximaram, eu podia sentir a respiração dela em minha face, então pronunciei as seguintes palavras:

- Ainda te alguma duvida de quem manda aqui?

- Você não fez o que eu mandei? Então o controle é meu – Foi a resposta que recebi da anja

- Então vou fazer você implorar – devolvi com um sorriso

Soltei os braços dela, enfiei uma mão por trás de seu corpo e a segurei. Com a outra prendi o queixo dela, fiz com que ela virasse a cabeça e dei vários  beijos em seu pescoço. Pressionei aquele corpo contra o meu e sussurrei em seu ouvido:

- Agora, me implore

- Por...por favor me beije, me faça ser sua

Nossos lábios se aproximaram, nossas bocas se abriram, nossas línguas se encontraram. E eu senti algo que nunca sentira antes. Nosso beijo foi envolvente e me fez-me esquecer de tudo. Porem de repente recordou-me de tudo que passei no inferno enquanto ela se divertia nas nuvens, aquilo fez com que eu sentisse repugnância a Mel, ela era tudo o que eu ais odiava e também o que eu mais queria.

- Não - falei enquanto me afastava dela, eu a soltei.

- Por que? – Disse Melissa sem entender nada

- Os anjos são os meus inimigos. Eu não posso fazer isso com você. Não!

 Abri a janela e voei até o telhado da escola. Precisava de conselhos.


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Notas finais do capítulo

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