So What escrita por Mahriana


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi! vejo vocês lá no fim :D apreciem sem moderação ;D



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Algum tempo atrás...


PDV Sahra:

Sabe aqueles dias em que você deseja estalar os dedos, acordar e ver que tudo não passa de um sonho?

Pois é, estou tendo um dia desses, o que eu pensei ser um dia normal acabou sendo um dos piores da minha vida. E não porque quando sai de casa um carro passou em uma poça recente de água e me molhou por inteira, e isso fez com que eu voltasse para casa e trocasse de roupa, ou pelo dia de cão que tive trabalhando no restaurante “Yamagishi”, porque estava lotado e uma das garçonetes que ajudava faltou, então tive que cuidar de tudo sozinha, ou pelos alunos idiotas daquele colégio de merda que vivem torrando a minha paciência, nem pela minha entrevista na universidade de Oxford, que almejo desde que me entendo por gente, pois acho que me sai bem. Meu dia não foi uma tremenda porcaria por causa disso, mas sim pelo simples fato de que depois de 17 anos de vida descobrir que tenho um pai.

Desde que nasci moro em uma casa num bairro de classe média em Londres. Morava com a minha mãe antes de ela morrer de Leucemia, ela morreu quando eu tinha dez anos, depois disso tive que viver sozinha, não tinha nenhum parente vivo por parte dela e nunca soube quem era o meu pai (até agora), então me virei sozinha. Sorte a minha de ter vizinhos tão maravilhosos a ponto de me acolherem como se fosse filha deles, sempre me apoiando nas minhas decisões e me ajudando de forma psicológica e financeira. Esses eram os Yamagishi, minha única família, e nem eram família de verdade, Akió e Sônia Yamagishi eram os pais da Sayuri –minha melhor amiga- e do seu irmão mais novo “o peste” como ela o chama, vulgo Hideo. Eu os amava afinal quem não amaria? Eles eram maravilhosos.

Akió era o patriarca da família, era japonês legítimo, e era muito engraçado apesar de às vezes ele me parecer um pouco estranho por não ter jeito com filhos, como por exemplo, na vez em que ele tentou falar sobre garotos comigo, foi realmente hilário o cara não leva o menor jeito para conversa. Ele era alto, e tinha cabelos e olhos negros, e uma pele pálida com os típicos olhos puxados.

Sônia, como eu posso descrevê-la, ela é um amor de pessoa apesar de ter um humor um tanto quanto instável, ela não era que nem o marido, falava de tudo sem vergonha nenhuma acho que eu tinha mais vergonha que ela nas nossas conversas. Ela tinha os cabelos loiros e os olhos não eram negros, mas sim um castanho claro, ela ao contrário do Akió era baixinha com os olhos puxados também, mas de forma mais suave já que sua mãe era inglesa e só o pai japonês.

Hideo era uma figura, um pouco esquisito e falava coisas sem sentido do nada, mas eu gostava dele assim mesmo, além de ser muito gato no auge dos seus 12 anos de idade, as garotas viviam o rodeando. A Sayuri o chamava constantemente de peste e outros apelidos que é melhor não mencionar. Ele tinha os olhos da mesma cor dos da mãe, e o cabelo era bem liso e preto.

E última integrante da família, a Sayuri, ela era um ano mais velha que eu, mas quando pequena passou um ano no Japão então atrasou os estudos e por isso estamos no mesmo ano. Desde que nos conhecemos através das nossas mães, somos inseparáveis, apesar de não sermos muito sociáveis, nos damos bem, ela sempre me apoiou e sempre estava comigo quando eu precisava, aprontávamos juntas. E não foram poucas às vezes que aprontamos. Éramos tão amigas que começamos a nos chamar de “Deby and Loyde” sei que parece coisa de gente retardada, mas não nos importávamos. Ela era baixinha como a mãe, e tinha os mesmos olhos, o cabelo preto foi cortado curto, com uma franja que geralmente cobre os olhos e com duas mechas longas atrás das orelhas com a tonalidade vermelha, os pais dela piraram quando ela apareceu com o cabelo assim e eu com várias mechas verdes, foi legal.

Suspirei, vou sentir falta de todos eles. Com certeza vão fazer muita falta na minha vida.

Bom, mas eu só queria uma resposta agora, o que você faria se quando chegasse em casa, depois do seu dia de cão, encontrasse um homem alto, loiro, corpo atlético, sorriso simpático e ele falasse com todas as letras que era seu pai? Aí é que está o problema eu não sei a resposta, depois de xingar o filho da mãe de todos os palavrões possíveis em três línguas diferentes, mandando ele parar com a brincadeira sem graça, eu descobri que ele estava de fato falando a verdade... E depois disso? Fugi. Deixei a minha casa pra trás e fugi de lá, eu sei que é infantil, mas aposto que qualquer um faria a mesma coisa. O canalha tinha minha guarda e eu não podia fazer nada, ninguém podia me ajudar. Nem mesmo os Yamagishi poderiam fazer alguma coisa. Estava perdida, a polícia estava atrás de mim e eu não tinha um lugar pra ir, quer dizer eu tinha um, mas sem carro não dava pra chegar lá e além do mais estaria colocando meus amigos em risco, apesar de que à uma hora dessas todos deveriam saber que eu estava “desaparecida”. Tive que fazer coisas que são consideradas erradas para poder ganhar dinheiro, as coisas estavam difíceis, mal tinha dinheiro pra comprar a minha comida estava atolada em dívidas, ninguém sabia disso nem mesmo a Sayuri, ela só ficou sabendo disso depois de um tempo, eu não gostava de depender dos outros então foi aí que tudo aconteceu.

~ Flash Back ~

Estava indo a uma festa com a Sayuri escondida dos pais dela é lógico, eles nunca iam nos deixar ir a um lugar desses, bom pelo menos eles poderiam não a deixar ir. Agora eu, eles não poderiam fazer nada. Ri internamente com isso, esse assunto sempre fira um tabu na casa, já que a Sayuri dizia que como eles cuidavam de mim eles poderiam facilmente por ordens, mas isso não acontecia.

Estávamos chegando ao local e pareciam àqueles filmes onde os locais são pontos de drogas e sexo, tinham várias pessoas fazendo isso. Eu não curtia muito festas fui somente por insistência daquela japonesa dos infernos afinal ela é a minha amiga e não poderia deixá-la ir sozinha.

Aquela festa era bem no estilo proibido. Se a polícia aparecesse com certeza tínhamos que correr e não olhar pra trás. Eu não estava nenhum pouco a vontade ali, já a Sayuri não estava se importando, ela disse que só queria um local onde os pais e o irmão não estivessem por perto e ela pudesse dançar, eu sugeri o próprio quarto ou a minha casa –eu  moro em uma casa ao lado da dela. Era da minha mãe e eu não queria a vender, então eu moro nela sozinha, por isso os pais da Sayuri diziam que não podiam fazer nada comigo –mas ela disse que isso não ia ter graça nenhuma, então aqui estamos.

Acho melhor nós irmos embora. – Falei baixo, mas alto o suficiente pra que “o primo Witch”* escutasse, eu a chamo assim por causa do cabelo que vive caindo no rosto dela, a franja na frente dos olhos não ajuda em nada, mas ela gosta não podia fazer nada.

Qual é Sahra?! Vamos lá, tira essa cara de enterro e se diverte um pouco, não é hora pra ser uma gótica esquisita. – Rolei os olhos pra ela.

Eu não sou gótica tá legal, só curto um rock e gosto de preto, e esquisita eu já não posso dizer nada. – Eu mesma me achava estranha.

Então vamos lá! Se divirta como a pessoa estranha que você é. – Falou sorrindo. Eu sabia que ela estava fazendo isso só para me animar, mas ainda assim preferia estar em casa. Enquanto eu estava bebendo alguma coisa que até agora eu não sei o que é, ela estava dançando feito uma retardada no meio de pessoas esquisitas. O bom dela era que tentava te animar de qualquer jeito, não gostava de ver as pessoas tristes de modo algum, mas isso às vezes era irritante.

Enquanto eu bebia tranquilamente escorada no balcão improvisado do bar vi alguns caras fazendo uma movimentação estranha, eram conversas baixas, alguns risos e dinheiro passando entre eles e era muita grana. Fiquei pensando em que tipo de negócio eles estavam fazendo pra conseguir o dinheiro, e logo me veio à mente o comércio de drogas, deveria ser isso afinal ninguém ganharia tanto dinheiro vendendo doces, rolei os olhos pro meu próprio pensamento infame. Continuei a olhar até que um deles me encarou, aí eu fui perceber que o cara era muito gato, ele tinha o cabelo comprido no maior estilo Julian Casablancas*, era alto e tinha um belo corpo e nossa que bunda.

Após terminar a minha análise foi que percebi que o cara ainda estava me olhando, e esse é o momento em que eu fico roxa de vergonha e abaixo a minha cabeça. Enquanto tentava disfarçar, o que não estava dando muito certo, pois ele começou a andar na minha direção. Acho melhor me virar totalmente de costas pra ele e ignorá-lo totalmente, doce engano quando pensei que fosse conseguir.

Olá! – Disse o garoto.

Oi! – Respondi simplesmente, sem querer prolongar a conversa.

Sabe, percebi que você estava olhando para onde estávamos, e como sou muito curioso gostaria de saber o porquê. – Falou dando um sorriso malicioso.

Você sabia que a curiosidade matou o gato?! – Perguntei erguendo uma das sobrancelhas.

Espiar também é feio. – Disse sugestivamente pra mim.

Quem disse que eu me importo. – Respondi na lata. Ele me olhou meio incrédulo depois dessa.

Você é nova aqui não é gata? – Perguntou.

N° 1 não me chame de gata, eu não suporto isso; N° 2 sou nova sim e daí?!; E N° 3 acho melhor você ir embora porque eu não estou com nenhum pouco de paciência pra ficar aturando otário, então, por favor, retire-se. – Falei de forma grosseira, automaticamente o garoto fechou a cara pra mim.

Garota, você está falando justamente com o dono de tudo isso aqui, aqui é a minha área então acho melhor você ir calando a sua boquinha porque você está falando com Adam Fraiture.

­Que bom. – Respondi com indiferença. – Legal mesmo. – Respondi sem mover um músculo do meu rosto.

Eu posso colocar você pra fora da festa em dois segundos, e ainda tenho contatos pra mandar te matar. – Falou dando um sorriso meio psicótico. Somente suspirei. Que panaca!

Nossa fiquei morrendo de medo de você. – Disse ironicamente. Ele me olhou de forma curiosa, talvez estivesse pensando que eu era louca ou algo parecido, ficamos algum tempo nos encarando como eu não ia quebrar o silêncio ele resolveu fazer.

Quem é você? – Perguntou pausadamente.

Ninguém em especial. – Falei simplesmente.

Certo. Então, senhora “ninguém em especial”, não me lembro de ter visto você aqui antes. Mas posso estar equivocado, já tinha vindo?  – Só balancei a cabeça negativamente. – Então é novata, veio correr? Por que se veio, perdeu tempo acabei de fechar as inscrições.

Vo... Você organiza os rachas? – Não que fizesse muita diferença, mas um dos principais motivos pra ter vindo aqui foi em grande parte porque eu sei que dá pra ganhar uma bela grana, e creio que não sendo educada com o cara que organiza isso, talvez ele não fosse mais me deixar correr. Vi que ele começava a se divertir quando viu que eu estava constrangida por não ter adivinhado isso, já que parecia ser tão óbvio.

Sou sim! – Disse sorrindo.

Tá legal não quis te ofender nem nada do tipo, é só que certas vezes as pessoas me irritam sendo idiotas. – Só depois fui perceber o tamanho da burrice que acabei de falar, praticamente esfreguei na cara dele que era idiota, o garoto continuava a me olhar como se eu fosse retardada, quem em sã consciência pede desculpa e depois chama a pessoa de idiota?

Olha vou deixar essa passar tá legal? – Apenas balancei a cabeça. – Mas, você não me respondeu, veio correr?

– A minha intenção não foi te ofender. – Foi sim. Completei mentalmente. – Mas, eu não vim correr, pelo menos não hoje. – Ele me olhou de modo questionador, então tratei logo de explicar antes de ele perguntar. – Não tenho carro então, ainda tenho que... –minha frase morreu ali no ar. Ele me encarou por um tempo e depois olhou pro nada, parecia estar pensando em algo e logo depois pareceu ter se lembrado de algo.

Apesar de você ser arrogante, eu gostei de você. Então se você não se importar gostaria que me acompanhasse. – Ele se levantou e eu continuei sentada, virou-se pensando que eu o estava seguindo então parou olhou pra mim erguendo as sobrancelhas. – Ah! Qual é?! Eu não mordo tá legal, bom a menos que você me peça e isso é outra história. – Terminou de falar e deu um sorriso malicioso pra mim, corei com o comentário e vi que não tinha outra escolha. Suspirei rendida e o segui.

~ Flash Back ~

Aquele dia foi realmente inesquecível já que o Adam me emprestou um carro e eu bati com ele em uma árvore. Cheguei em casa toda quebrada, Sayuri e eu levamos uma baita de uma bronca e ele nunca mais me emprestou nem um carro. Apesar de eu já saber dirigir bem, quer dizer muito bem, ganho muito grana correndo, a maior parte do dinheiro que tenho vem disso, claro que ninguém sabe, pois é ilegal. Conheci um monte de gente legal também. Pessoas que fazem parte da minha vida e que agora parece que estão sendo arrancadas de mim.

Continuei caminhando por uma rua escura e estreita, perto dos orfanatos. Suspirei me lembrando de que talvez à uma hora dessas, eu devesse estar aí se não fossem pelos meus amigos, passei as mãos fortemente pelo meu rosto e continuei a caminhar, meus pés já estavam doendo e eu estava com frio, mas mesmo assim não voltaria. Dobrei a esquina.

– AAAAAAAHHHHHHH! – Gritei em plenos pulmões. Dois policias armados e apontando as armas pra mim me olhavam furiosamente, acho que foram esses dois que me perseguiram e pularam dentro de um jardim comigo. Só que como eu sou pequena consegui passar por um buraco no portão e eles não, eu tive sorte já eles... Bom, digamos que eu não posso dizer o mesmo já que o cachorro da casa não parecia muito amistoso. As roupas dos dois estavam em um estado deplorável.

Um dos brutamontes pegou pelas minhas pernas e me jogou por sobre os seus ombros. Comecei a gritar pra ver se alguém vinha ver o que estava acontecendo.

– Socorro! Socoooorro! Socoooooooooooooorro! Alguém me ajuda, estão querendo me sequestrar. AAAAAAHHHHHH! –comecei a me debater e a gritar mais. Enquanto me debatia consegui pegar os distintivos no bolso de trás da calça do idiota. Coloquei-o rapidamente em baixo da manga do meu moletom, vi algumas janelas serem abertas e pessoas saindo pra ver o que acontecia. O idiota que estava me carregando me colocou no chão.

– Fica quieta, sua filha do demônio. – Fechei a cara pra ele. – Vai acordar todo mundo desse jeito.

– Se eu contar que você me chamou disso aí pro cara que se diz meu pai, ele não vai ficar nada contente com isso, acredite. – Falei com falsa revolta, vi um senhor passando e comecei meu teatro novamente. – Senhor pelo amor de Deus me ajuda eles são dois... – Um dos imbecis tapou minha boca.

– Não se preocupe senhor nós somos dois oficiais da justiça e eu posso afirmar para o senhor que ela é um tanto quanto anormal. – O canalha que não estava me segurando falou, lancei um olhar mortal pra ele, anormal era mãe dele.

­­­­­– Se vocês são mesmo oficiais cadê seus distintivos? – É isso aí tiozinho havia chegado bem ao ponto.

– Bom eles estão aqui senhor, só um minuto. – Então o burrão começou a apalpar os bolsos. – Er... Bom... Hum... Pelo menos eles estavam aqui, tá com você agente? – Perguntou para o outro panaca.

– Não, achei que estavam com você.

– AI! – Mordi a mão do miserável e comecei a “chorar copiosamente”. Uma das coisas que devo agradecer a mãe da Sayuri, já que ela insistiu certa vez que nós fizéssemos aulas de teatro, finalmente aquela porcaria serviu pra alguma coisa.

– É mentira senhor, pelo amor de tudo que é mais sagrado me ajuda. –“chorei” de novo com direito a soluços e tudo. – Eles querem me estupra e fazer várias atrocidades comigo AH! –gritei. O tiozinho me olhou assustado e me abraçou depois olhou de forma ameaçadora pros dois manés.

– Bill e Bob venham aqui! – Gritou ele. Os agentes olharam para ele alarmados, e quando iam falar alguma coisa, foram interrompidos por dois caras muito maiores que eles, até eu havia ficado com medo, um deles era ruivo e aposto que deve ter usado alguma droga pra ficar desse jeito e o outro era loiro, não eram nada atraentes.

– O que foi pai? – Perguntou um dos gigantes, o loiro. – Esses caras estão incomodando o senhor?

– Não, a mim não estão incomodando nada, mas a bela moça sim. – Respondeu alisando a minha cabeça enquanto ainda “chorava”.

– O que?! – Perguntou um dos agentes de forma indignada. – Senhor nós não estamos querendo fazer nada com ela, só queremos levá-la de volta para casa e... – Não deixei ele terminar o interrompendo.

– O senhor acha que eles querem isso, será que eu seria capaz de enganar as pessoas desse jeito? Eu tenho caráter. E me recuso a trabalhar em um prostíbulo. – Disse “irritada” aquilo estava me divertindo muito.

– Como?! –falou o outro gigante filho do velhinho maneiro. – Eles querem levar você para trabalhar em prostíbulo? – Perguntou indignado, somente concordei com a cabeça. – Mas, isso não pode ficar assim.

O cara começou a estalar os dedos de forma ameaçadora e vi os agentes engolirem em seco, então os filhos do velho foram para cima deles só que quando pensei que sairia uma boa briga os dois saíram correndo de lá... Olhei para o senhor e suspirei um tanto quanto alto pra conseguir a atenção dele, quando me olhou fiz uma cara desolada e disse.

– Senhor. Infelizmente vou ter que fugir agora. – Falei suspirando.

– Mas por quê? – Perguntou meio chocado.

– Não posso deixar que os outros me descubram e isso vai ser questão de tempo, muito obrigada por sua ajuda, mas eu vou ter que me virar daqui pra frente. – Falei despejando toda a força dos meus olhos incrivelmente castanhos sobre ele agradecendo mentalmente a mim mesma por estar de lentes, meus olhos lagrimavam mais fácil.

– Minha filha você pode ficar com a gente, nós vamos proteger você e...

– Não! – Gritei os três me olharam assustados. – Quer dizer... O senhor tem que viver uma vida honesta e feliz, ao lado dos seus filhos, e sua família. Já eu tenho que continuar vagando por aí sozinha, dormindo na rua e passando fome, sem conseguir que ninguém pare nem ao menos pra me dar um pouco de atenção. – Funguei e juro que vi uma lágrima descendo do olho de um dos fortões. – Eu vou embora agora e prometo não voltar mais, para que assim não venham mais aborrecimentos e vergonha para a sua família. ADEUS! – Gritei bem alto. – Eu vou para nunca mais voltar. – E saí correndo.

Quando eu já estava um pouco distante juro que ouvi um deles gritar “ela é minha heroína”, mas vai saber.

Peguei os dois distintivos e ri olhando pra eles, qual o idiota que guardaria um distintivo no bolso de trás da calça?! Balancei a cabeça e corri mais rápido. Em breve estariam todos ali me procurando, era melhor ir mais depressa.

Enquanto corria por uma baita de uma ladeira um dos cadarços do meu sapato desamarrou e como tenho uma “ótima” coordenação e um “maravilhoso” equilíbrio junto com um pequeno problema de visão, tropecei e rolei rua abaixo, literalmente, só via tudo rodando e caramba a rua era mesmo bem íngreme e grande. Quando pensei que não iria parar de rolar nunca, parei e acho que quebrei uns três dedos, torci meu pé e devo ter quebrado algumas costelas, tirando as centenas de hematomas que vão ficar na minha pele por um bom tempo, eu estou sentindo a minha cabeça sangrar e acho que acabei de ver sapatos de grife.

Quando comecei a olhar mais pra cima vi o terno Armani preto impecável, revelando uma silhueta masculina bem formada, levei os olhos um pouco mais pra cima e encarei os olhos do capitão da polícia. A única coisa que pensei foi: Merda. Fui pega. Depois tudo ficou escuro.



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Notas finais do capítulo

*Primo Witch: personagem da família Adams que é totalmente peludo onde só se ver um cabelo estremamente liso e castanho, e de quebra fala assim "wiwiwiwiwiwiwi"*Julian Casablancas: vocalista da banda The Strookes. Quero agradecer a VickzinhaXD por ter comentado obrigada flor. Leitores fantasmas também agradeço a vocês apareçam só pra dar um oi please. Porque se não tiver comentários eu paro de postar ¬¬'"Cada Rewiew que você não deixa um autor morre" Gente não me matem O.O *rs*B'jus até o próximo *3* o//