A Taça Tribruxo havia sido largada de lado no Salão Principal, quando Ariel, Pea, Mina e Scabior a usaram para voltar ao Castelo. Imediatamente, os aurores e professores os cercaram, apontando as varinhas para o seqüestrador.

_ Não. Ele não fez nada. _ Ariel intercedeu por ele, que se curvou num estranho cumprimento.

_ Ah, muito agradecido, boneca.

_ Agora eu quero o senhor calado. _ A professora McGonagall interpelou. _ Srta.Diggory, nós recebemos o seu patrono, mas não pudemos fazer mais nada. Aparentemente a Casa dos Gritos foi enfeitiçada recentemente, e não havia maneiras de se chegar até ela.

_ Não faz mal. Conseguimos sair de lá vivos, mas ela não vai desistir.

_ Betty? Ela é só uma jornalistazinha amargurada. _ Terrence D'Auberville comentou.

_ Não. Ela é uma lunática perigosa e está vindo pra Hogwarts nesse exato momento, trazendo nos calcanhares um bando de lobisomens e sabe-se lá mais o que.

_ Ela está vindo pra cá? _ A professora McGonagall falou cada palavra pausadamente, comose isso fosse capaz de impedir Betty de chegar ao castelo.

_ Quanto tempo temos até ela chegar.

_ Meia hora, talvez menos... _ Mina havia voltado da enfermaria, onde Pea havia sido deixada, sob os cuidados de Madame Pomfrey.

Harry, Fleur e Victor vieram rapidamente ao encontro deles, quando a notícia da volta de Pea começou a se espalhar.

_ Diggory. O que aconteceu?

_ Betty, Potter. Vai atacar o castelo.

_ Mas o que, em nome das ceroulas de Merlim, ela quer?

_ Vingança, fama, o de sempre. _ Ariel balançou a cabeça.

_ Você está bem, Arriel? Ela não te machucou, não é?_ Fleur perguntou preocupada.

_ Estou OK. _ Ela piscou para Harry.

Enquanto os quatro conversavam, um reboliço se instaurou no Salão. As alunas de Beauxbatons havia tirado Pea da enfermaria para comemorar a conquista do Torneio. E toda a agitação trouxe ao lugar mais alunos, que apesar de terem sido mandados de volta à suas Salas Comunais, não resistiram e vieram ver o que estava acontecendo.

Para tentar controlara situação e organizar uma resistência, o professor Flitwick subiu na mesa da Grifinória, apontou a varinha para a garganta e murmurou Sonorus. Sua vozinha meio esganiçada ecoou pelo Salão.

_ Alunos. Alunas.... Por favor, façam silêncio!!! Eu sei que alguns de vocês estão aflitos para celebrar o Torneio e sua campeã. Mas agora, temos um problema maior em mãos e é algo que vou revelar a vocês pois preciso da colaboração de todos. Betty Braithwaite está vindo para Hogwarts, e traz consigo uma horda de lobisomens prontos para atacar...

Os alunos se entreolharam, nada daquilo fazia sentido. Era do conhecimento geral que algo havia dado errado dentro do Labirinto, mas daí a culpada ser a jornalista, isso ninguém entendia.

_ Mas infelizmente, não é a hora de explicar mais. Agora eu devo pedir que sigam seus diretores de casa de volta às suas salas comunais. _ Ele continuou.

_ Nós queremos lutar. _ Emily Pilgrim e o irmão Ralph bradaram no meio da multidão de estudantes e foram seguidos por outros tantos alunos de Sonserina. Para não ficar atrás, alunos das outras casas e também de Durmstrang anunciaram que não moveriam um músculo para ficar fora da batalha.

_ Não posso permitir baixas de alunos nesta escola. E peço que levem em conta que os adversários que enfrentariam são lobisomens, seres que não respeitam a magia, que não tem piedade por nada nem ninguém, com algumas exceções, evidentemente. Mas ainda assim, não posso permitir que vocês lutem. Eu sinto muito. _ Flitwick falou resoluto.

Nem assim, eles dispersaram. Professor algum conseguiu dissuadir os estudantes. O clima foi se esquentando a medida que o tempo ia passando. Mas de súbito, todos sentiram o ar começar a esfriar dentro de Hogwarts e a enorme vontade de lutar começou a esmaecer dentro de cada um.

_ Dementadores!! Estão se aproximado dos portões do Castelo!! _ Terrence D'Auberville chegou ao Salão Principal em extremo pânico.

_ Alunos, agora para suas salas comunais. Seus monitores irão os acompanhar e lacraram cada porta de cada casa. Vocês deverão ficar lá até que tudo se acabe. Para o bem, ou para o mal _ Flitwick falou finalmente.

Sem discutir, pouco a pouco os estudantes de Hogwarts se dirigiram às suas casas, enquanto as alunas de Beauxbatons e os alunos de Durmstrang voltavam aos seus veículos mágicos, para preparar a partida dali.

Quando o Salão se esvaziou, as poucas pessoas presentes ali se entreolharam e começaram a preparar a defesa.

_ Meu tio vai acabar comigo se eu voltar viva daqui. _ Ariel comentou com Harry.

_ Seu tio tem que dar graças se nós sairmos vivos daqui. E pensar que tudo tinha acabado...

_ Não existe paz que dure pra sempre, Harry. E sempre vai haver alguém querendo tomar o lugar de Lord Voldemort. Só que esse tipo de gente esquece que nós também sabemos magia suficiente para fazer o mal cair.

_ Tem razão, Diggory. Mas mesmo assim, é difícil de acreditar em como uma única pessoa consegue ser capaz de tanto.

_ O mal atrai o mal, Potter. Betty enlouqueceu por conta do poder, e isso só atrai mais loucura. Lobisomens, dementadores e sabe-se lá mais o que.

Os dois sacaram suas varinhas e lançaram no ar vários feitiços de proteção. A escola havia sido reconstruída depois da Guerra com Voldemort, e definitivamente não era a intenção dos que estavam lutando para defende-la que tudo desmoronasse novamente.