Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 11
Capítulo IX - Voltando para as aulas


Notas iniciais do capítulo

Olá gente :D Trago hoje mais um post, espero que gostem do capítulo ^^



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Capítulo IX – Voltando para as aulas

POV Bella

As aulas finalmente começaram, elas me distraiam durante a manhã e a tarde eu me distraia decorando livros, decorando as matérias da escola ou então fazendo faxina. Durante as aulas fixava meu pensamento nos professores, prestando o máximo de atenção em suas explicações, a aula mais difícil era a de história, pois quem a dava era Sirius e a todo o momento ele me olhava daquele jeito que me irritava. Com pena. Oras, sou chifruda, não é o fim do mundo e ele me olha como se eu estivesse prestes a morrer! Que inferno!

- Bella? Está chateada comigo? Sabe que é tudo brincadeira né? – perguntou alarmado Caio, eu estava sentada no banco de madeira do pátio sozinha quando ele chegou sentando ao meu lado, eu podia ver meus amigos nos olhando com o semblante preocupado.

Ele é meu melhor amigo do colégio, se assim posso dizer. É um garoto um pouco mais alto que eu, nem magro nem gordo, seus cabelos sempre espetados para cima com gel e um sorriso que não saia de sua face. Caio fazia muito sucesso com o mulheril do colégio, e quase todo mundo dizia que nós estávamos juntos. Por que ninguém acredita em amizade entre garotos e garotas? Mas Caio se aproveitava do que falavam para brincar comigo, sempre me fazendo elogios, e conseqüentemente me fazendo revirar os olhos. Eu nunca liguei muito para isso, pois nós dois sabíamos que isso não se passava de uma amizade.

Mas dês de que voltamos de férias eu não tenho falado muito com ele, na verdade não tenho falado com ninguém. Sinto-me tão entorpecida, com tanta vontade de me concentrar em qualquer coisa que me faça esquecer ele, que acabei deixando meus amigos de lado. Outro motivo é que o assunto mais falado entre adolescentes é romance... E tenho certeza que eles não iriam gostar se eu começasse a falar do amor... Como me dizia Alice eu fiquei amargurada depois de tudo. Pela primeira vez na vida eu tinha atitudes de uma pessoa de minha idade.

Alice, Jasper, Rose e Emm estavam sempre me visitando e animando meu dia, mas apesar de eu amar estar com meus amigos eles me faziam lembrá-lo e quando Jasper percebeu isso tratou de parar com as visitas, eu sabia que eles não gostaram em nada, mas isso era o melhor para o meu coração. Eles então me ligam pelo menos uma vez na semana para contar como estão.

- Oh! Desculpe se está chateada eu não fiz por mau. – Caio me tirou de meus devaneios e eu chacoalhei a cabeça.

- Não! Não estou chateada, não se preocupe. – tranqüilizei meu amigo, já faziam quase duas semanas dês de que as aulas começaram e ele e meus outros amigos viviam fazendo piadinhas dizendo que eu estava de TPM, ou o Caio tinha terminado comigo, por isso eu estava sempre com cara fechada.

Não era deles que eu tinha raiva...

- O que há com você? Dês de que voltou das férias está com os olhos tristes. – me espantei com suas palavras, eu já havia me esquecido de como meu amigo era observador, apesar de ser descontraído e estar sempre brincando ele sabia me ler como Edwa... Como ninguém!

- Nada Caio. – disse tentando por um ponto final naquela conversa, mas ele parecia não querer me ler agora.

- Aconteceu algo com você durante as férias e não quer me contar. Que tipo de melhor amiga é você? No começo do ano você era radiante, e isso me fez me aproximar de você, mas então vieram às férias e você simplesmente mudou da água para o vinho... Não te vejo mais sorrir e parece que a qualquer momento vai pular no pescoço de alguém! – acusou, seu semblante era sério, mas não havia tom de ofensa em suas palavras, eu apenas baixei o olhar e o ouvi suspirar. – Nós podemos estar sempre brincando Bella, mas estamos preocupados com você... Quando estiver preparada, por favor, se abra comigo. – Senti minhas lágrimas lotarem meus olhos, por que todos eram tão amorosos comigo? Minhas atitudes depois que terminei meu namoro não eram dignas de tal tratamento.

Olhei diretamente para aqueles olhos azuis de meu amigo e os vi se arregalar ao constatar meus olhos nadando em lágrimas, eu as segurei, e disse com a voz embargada e com a maior sinceridade.

- Desculpe. – então antes que aquelas malditas gotas salgadas me traíssem levantei do banco do pátio e fui para o banheiro tentar acalmar meu coração.

POV Edward 


- Então está resolvido, vamos para outro colégio. – dizia Alice, nós estávamos na sala conversando sobre uma súbita idéia de minha irmã pentelha.

- Mas Alice, já passamos da metade do ano. - contestou Esme que estava me fazendo cafuné em quanto eu estava deitado em seu colo.

- Vai ser bom mudar de ares. – explicou a baixinha olhando sugestivamente para mim e eu revirei os olhos.

Eu realmente não estava me importando com mais nada, por mim podíamos nos mudar de país se fosse possível... Eu me sentia mais morto do que nunca, minha vontade era de ficar em casa deitado em minha cama olhando para o teto, sem fazer mais nada. Ia para as aulas praticamente arrastado, e antes o que era uma diversão virou um verdadeiro inferno. No colégio eu me divertia dando em cima daquelas garotas fúteis, e elas sempre estavam em cima de mim... Mas agora eu não suportava mais ouvir aquelas vozes finas e irritantes, eu queria ouvir a linda voz da minha bruxinha pelo menos mais uma vez...

- Alguma objeção? – perguntou Carlisle e eu dei de ombros em quanto todos comemoravam.

Suspirei e fechei meus olhos em quanto Esme continuava a bagunçar meus cabelos de um jeito que eu amava. Dali a alguns dias um novo colégio me aguardava e estranhamente eu senti um calor no peito, talvez esse lugar me guardasse novas surpresas, quem sabe?

POV Bella


Depois daquela conversa com Caio decidi que meus amigos mereciam mais de mim, não era justo ignorá-los simplesmente por que eu me sentia destroçada. Então no dia seguinte eu tratei de me juntar nas conversas, todos se animaram com a minha “volta”, mas mesmo assim eu me mantinha o mais superficial possível, participando dos assuntos, mas nada que demonstrasse o meu sofrimento. Sorria o melhor que podia, e toda vez que fazia isso Caio olhava para mim com a sobrancelha erguida e depois fazia negativo com a cabeça. Mas que porra! O que ele queria? Que eu sorrisse que nem antes? Infelizmente não sei se um dia voltarei a ser assim.

O assunto de hoje era: Amores de verão. Estremeci quando esse assunto surgiu e tentei fixar minha mente no apontador dentro do meu estojo, ele era rosa e tinha gliter.

- E você Bella? Já teve um amor de verão? – perguntou Drica divertida. Ela tinha os cabelos curtinhos e cacheados, seus olhos escuros bastante expressivos.

Senti minha respiração falhar por um momento e meu coração se encolher dentro de mim assim como eu me encolhi, tentando abraçá-lo e reconfortá-lo. Nós estávamos sentados em um circulo feito com as cadeiras durante a aula de artes, já havíamos terminado nosso trabalho e agora estávamos apenas jogando o papo para o ar.

- Nada que valha a pena lembrar. – respondi evasiva.

- Ih! Caio, ela te traiu nas férias! – zoou Erick, ele tinha os cabelos um pouco mais compridos e também era um dos garanhões do colégio.

Mas Caio em vez de aproveitar a piada e começar a brincar, não o fez, apenas ficou olhando diretamente em meus olhos, me analisando e eu me encolhi mais ainda, eu sabia que ele havia notado em meus olhos o porquê da minha reação evasiva, tinha certeza que ele descobriu o porquê eu estar tão estranha.

- Cara é brincadeira, o que foi? – perguntou Erick assim que viu a reação do amigo.

O clima de repente ficou tenso em nosso grupo e meus olhos encaravam os olhos de Caio, que me olhava seriamente. Até que desviei meu olhar para o meu apontador novamente.

- Não devia esconder esse tipo de coisa dentro de si, amigos servem para emprestar seus ombros também. – ralhou ele, mas eu não tive coragem de olhar para seu rosto, o silêncio se instaurou a nossa volta, mas logo Patrícia o quebrou se intrometendo na conversa.

- Pêra aí! Está brigando com ela por que não te contou que ficou com um garoto nas férias? Isso é ciúme? – ela ergueu uma sobrancelha para ele que revirou os olhos.

Não Patri, ele está apenas sugerindo que eu não confio suficientemente nele para lhe contar o que está me fazendo sofrer, eu vejo isso em seus olhos.

- Ninguém aqui está brigando... Nem isso ela consegue fazer – murmurou para ele mesmo a ultima parte. – E se está insinuando que existe algo mais entre nós além de amizade, está enganada Patri, nós somos apenas amigos como todos sabem... Pelo menos eu pensei que éramos. – então ele olhou para mim e meu coração se quebrou mais uma vez, me encolhi e Caio me olhou com dor. – O que diabos ele fez com você? – perguntou em um sussurro tenso e todos me olharam de olhos esbugalhados.

Caio era o único que sabia que eu tinha namorado, eu costumava contar tudo para ele, bem, quase tudo... O fato de meu namorado ser um vampiro e eu uma bruxa eu omitia... E ele me contava tudo também, nossa amizade era entre irmãos de coração. Ninguém mais sabia do fato Bella-Namorado porque ninguém nunca perguntou, exceto claro, meu amigo.

O sinal tocou e eu abaixei minha cabeça a encostando na carteira, soltei um gemido abafado de dor... Minha vida estava simplesmente de cabeça para baixo, Caio estava certo, o que diabos ele havia feito comigo? Depois que tudo aconteceu, eu virei outra pessoa, uma pessoa ferida, alguém sem objetivos, sem razões na vida. E ainda pior, refletia em meus amigos, naqueles que eu amo... Pois só existe um tipo de amor, o amor entre família, entre irmãos.

- Se abra comigo... – pediu ele sentando na carteira a minha frente e tocando em minha mão, puxei-a automaticamente.

Eu estava fechada para toques, para carinhos. Edward me machucou de mais.

- Por favor, não me faça falar... – minha voz não passou de um sussurro.

- Sabia que tinha algo a ver com ele. – murmurou de mau gosto e eu engoli o choro para fitá-lo. – Me deixe só encontrá-lo que eu vou quebrar a cara do infeliz Bella. – ameaçou e eu ri sem humor.

- Não tente fazer isso, acredite em mim você não se sairá bem... Além do mais minha mão já ficou bem marcada em sua face. – disse divertida, mas minha voz mais parecia de uma psicopata e Caio me olhou como se eu fosse alguma louca.

- Você gosta de se torturar hein? – e então ele virou para frente para assistir a aula de matemática.

- Não conta nada pra ninguém ta? – pedi sussurrando em sua nuca e ele mexeu a cabeça sinalizando um sim, suspirei e tentei me concentrar na aula.

Realmente eu gostava de me torturar.

Os dias se passaram e agora Caio estava mais tranqüilo comigo, sem fazer pressão e me ajudando quando os outros faziam pressão para descobrir.

Meu grupo de amigos no colégio era esse: Eu, Drica, Patrícia, Caio, Erick, Fernando e Guilherme.

Drica tinha uma personalidade tranqüila, era totalmente da paz e parecia falar com os olhos, Patrícia era totalmente oposta, fútil e loira de olhos verdes claros, ela adorava um barraco e sempre se metia em assuntos alheios. Já os garotos eram todos “pegadores” os quatro muito bonitos e sempre estavam animando o pessoal, totalmente extrovertidos. Caio e Guilherme tinham os cabelos mais escuros, quase pretos, mas Caio tinhas os olhos azuis e Guilherme olhos castanhos. Erick com seu cabelo loiro e olhos verdes, parecia garoto propaganda de xampu, cada vez que virava suas madeixas voavam esbanjando brilho e maciez, a garota que não babava por ele tinha inveja de seus cabelos. Já Fernando tinha os cabelos curtos e castanhos, a mesma cor de seus olhos e era o mais quieto do grupo, mas nem por isso deixava de zoar com a galera.

Eram amigos de ouro, que mesmo não sabendo o que havia acontecido direito comigo tentavam me animar a todo custo e estava funcionando, pelo menos durante o dia, pois quando chegava a hora de dormir a mesma rotina de tortura se instaurava.

Toda às noites dormia chorando pensando em todos os momentos felizes que vivi com Edward, e depois chorando de raiva por ele ter estragado tudo.

POV Edward


Amanhã seria o primeiro dia de aula na nova escola, eu estava estranhamente ansioso, como se algo fosse acontecer e isso mudaria o rumo do meu futuro... Puhf... Futuro... Como se eu tivesse um longe de Bella, mas o que eu podia fazer se ela não queria mais me ver nem pintado de ouro e bordado a diamantes?

- Devia parar de sentir pena de si mesmo. – disse Jasper seriamente quando passou por mim pelo corredor e eu fechei a cara, eu não tenho mais nada e ele ainda quer que eu sorria? – Ingrato. – pude ouvi-lo dizer de dentro de seu quarto em quanto chutava alguma coisa.

Me assustei com seu jeito, Jasper sempre fora tranqüilo e nunca se metia na vida dos outros, não entendi a sua explosão comigo.

Concentrei-me em ler sua mente.

“Como ele pode fazer isso com Esme e com Carlisle? Fazer isso com nós que somos sua família e o amamos? Anda pelos cantos como se arrastasses correntes, como se fosse um fantasma pagando por seus erros! E de certa forma está, por tudo que ele fez com Bella, por toda a estupidez que cometeu perdendo uma mulher como ela, e o pior de tudo pagando por fazê-la sofrer tanto! Rose e Emm ficaram arrasados quando eu disse para pararmos de visitá-la, pois nós estávamos fazendo-a lembrá-lo e aquele sentimento que ela tinha... Não sei como agüenta... Sinceramente não sei. Edward também sofre, mas ele sequer luta para diminuir o sofrimento, ou então vai atrás de Bella lhe implorar o perdão, mas parece que até isso ele não consegue fazer! Orgulhoso estúpido!”

Suas palavras foram como facadas de verdade em meu peito, sentei no chão e encostei minha cabeça na parede e continuei a escutá-lo.

“Todos nós sentimos falta de Bella, ela realmente era o elo que faltava em nossa família... Não entendo como Edward pode traí-la... Seus sentimentos eram verdadeiros e fortes como eu jamais vi... Nunca pensei que um dia eles pudessem se separar... E o resultado disso é um irmão que não tem mais vida, não sorri, não briga, não reage... Isso está nos deixando loucos, eu sinto o desespero de cada um quando vêem ele... Mamãe é a mais desesperada, é como se ela chorasse por dentro cada vez que bate os olhos nele... É isso que me revolta em Edward, eu entendo o que ele está sentindo agora... Entendo como ninguém... Mas ele está sendo totalmente egoísta em pensar apenas nele e esquecer completamente daqueles que o cercam e o amam... Está levando todos nós para o abismo, junto com ele...”

Parei de ler seus pensamentos antes que um soluço rompesse minha garganta. Jasper estava certo, eu estava sendo egoísta de mais, me martirizando com meus sofrimentos e ignorando os que sofriam comigo. Levantei meio cambaleante e desci as escadas, andei rapidamente até a cozinha e paralisei na porta.

Esme lavava a louça de costas para mim, o movimento dos braços era mecânico, mas o que fez quebrar meu coração foi a fungada que ela deu após deixar um soluço romper pelo seu peito, dei uma breve olhada em seu pensamento e o motivo de sua tristeza era eu... A minha imagem estava gravada em sua mente, e meu sofrimento passava para ela, passava para aquela que acolheu a mim e a minha irmã quando nos transformamos e ficamos órfãos ao mesmo tempo.

Nunca vou me esquecer daquele dia, não só pela dor da transformação, mas também por aquela que se transformou em minha mãe e aquele que se transformou em meu pai.

Nasci na Itália, mas um ano e meio depois eu e minha família fomos para os EUA atrás de um médico para minha mãe que tinha uma gravidez de risco. Lá encontramos Carlisle que já era vampiro e graças a isso conseguiu salvar Alice e minha mãe biológica. Esme cuidou de mim em quanto minha mãe se recuperava.

Quando eu completei 9 anos meu pai quis me mandar novamente para a Itália para estudar e eu acabei indo, Alice iria dali a dois anos também se não fosse a sua teimosia em aprender a língua.

Eu gostava de morar na Europa, era feliz mesmo com a distância de minha família que eu tanto amava, todos os fins de semana eu voltava para casa visitá-los. E sempre era uma grande festa, eu e Alice sempre fomos muito ligados dês de criança e nesses finais de semana não nos desgrudávamos.

Quando completei 17 anos e meio Alice estava com 16 e ela me ligou no meio da noite dizendo que algo de ruim iria acontecer, que não sabia como, mas implorava que eu voltasse para casa, com o desespero dela eu fui direto para os EUA no meio da semana. Chegando lá o desespero foi total, os corpos de meus pais estavam jogados em um canto, eles estavam mais brancos do que neve, virei minha cabeça e um homem com roupas desgastas estava com minha irmã nos braços e sugando o sangue de seu pequeno pescoço, ela se debatia desesperada até que me viu, tentou dizer para eu correr, mas o homem de olhos vermelhos e cabelos loiros foi mais rápido e me atacou, não houve tempo suficiente para ele me matar, Carlisle e Esme chegaram a tempo de nos ajudar.

Tudo isso está em minhas lembranças de humano, mas são totalmente apagadas, borradas. O que ficou em minha mente foi depois quando Esme e Carlisle nos explicaram tudo o que havia acontecido, o que nós éramos agora. Os pensamentos amorosos dos dois e sua sinceridade em nos acolher como filhos. No começo foi difícil, mas Alice tinha um jeito espoleta de ser e conseguiu me animar, apesar dela sofrer com a morte de nossos pais biológicos ela é agradecida por Esme e Carlisle terem chego a tempo de me salvar e é grata por eu ter chego a tempo de salva-la.

E quando descobrimos nossos “dons a mais” ficamos mais felizes ainda. E sempre os dois estiveram ao nosso lado, nos ajudando, nos amparando nos momentos difíceis, nos alegrando nos momentos nostálgicos. Eu simplesmente devo tudo a Esme e Carlisle, e não consigo me perdoar agora por ser tão idiota em fazê-los sofrer.

Corri até Esme e a abracei, ela pareceu se assustar um pouco, mas então retribuiu o abraço chorando.

- Desculpe mãe, desculpe, por favor. – pedi a abraçando forte.

- Tudo bem filho, fique calmo. – pediu ela com a voz embargada e alisando meus cabelos.

- Eu juro que não deixarei vocês mais tristes. – disse olhando em seus olhos e limpando suas lágrimas e ela sorriu beijando minha bochecha e me abraçando.

- Epa! Momento família? Também quero! – disse Alice animada pulando em minhas costas me fazendo rir. – Ei! Como é bom ver um sorriso nessa sua carinha maninho! – A baixinha começou a cutucar minhas bochechas e eu revirei os olhos ainda rindo.

Eu sei que ainda vou sofrer muito longe de Bella, mas eu não vou mais deixar que esse sentimento transpareça para a minha família, eles merecem ser felizes, merecem sorrir e eu não tenho o direito de privá-los disso.

[...]

Minha irmã estava mais animada que o normal hoje, talvez seja por causa da escola nova, mas não sei, essa tampinha esconde alguma coisa. Tenho certeza que vai aprontar alguma!

Chegamos ao colégio em um carro, apesar de todos nós podermos dirigir, aqui no Brasil só maiores de 18 tinham carteira e no caso quem tinha 18 e reprovou de ano era Emmett, ele faria o terceiro ano junto com Rose e Jasper que teriam 17, eu 16 e Alice 15 anos nos dois no segundo ano, teríamos 11 meses de diferença.

Fomos levados até nossas salas logo depois que o sinal tocou.

- Com licença professora, trouxe dois novos alunos para essa turma. – disse a orientadora com apenas a cabeça para dentro da sala.

- Entre Morgana. – disse a professora simpaticamente de dentro da sala.

Ela nos puxou para dentro da sala e logo fomos encarados por toda a turma que estava sentada no chão em um grande circulo, as carteiras todas empurradas para trás. As garotas suspiraram e os garotos se cutucaram. Suspirei, essa era a mesma reação humana de sempre. Alice sorria largamente... Como sempre.

- Essa é a sua nova turma... Bem... Recebam eles bem. – disse Morgana para a turma e então se retirou.

- Olá, eu sou Angélica a professora de sociologia de vocês, deixem suas coisas nas mesas e venham até aqui se apresentar para nós.

Fizemos o que ela pediu e seguimos nos sentar na roda.

- Bem, qual é o nome de vocês primeiro e depois digam sobre sua família, sobre sua vida, o que quiserem.

- Meu nome é Edward Cullen. – disse simplesmente e as garotas suspiraram com o meu tom de voz e trocaram olhares.

- E o meu é Alice Cullen. – começou Alice empolgada e os garotos sorriram para ela.

- Vocês são parentes? – perguntou um garoto de cabelos espetados e olhos azuis, estranhamente ele nos olhava estranho, seus olhos demonstravam algo que eu não conseguia ler, mas apesar de curioso eu não quis ler sua mente.

- Somos irmãos biológicos, nosso sobrenome é Masen, mas como nossos pais faleceram quando ainda éramos crianças fomos adotados pelos Cullens. – respondeu minha irmã animada.

- Nossa! Sinto pelos seus pais... – murmurou a professora.

- Pois é, foi duro ver eles morrerem. – disse Alice como se contasse o que comeu no almoço e todos arregalaram os olhos.

- Menos Lice. – disse revirando os olhos e ela deu de ombros.

- É, mas tem o lado bom também... Alguns meses depois Esme e Carlisle adotaram mais três crianças, nossos irmãos adotivos, que também estão estudando aqui, mas no terceiro ano... – Alice falava como se estive conversando com sua melhor amiga, eu realmente não entendo toda essa animação dela... Geralmente ela falava demais nos colégios novos, mas hoje ela está se superando.

- E todos vocês se dão bem? – perguntou uma garota de cabelos curtos e cacheados, via em seus olhos que estava louca para fazer uma nova amizade e se dependesse de Alice isso seria muito fácil.

- Bem até demais. – riu Alice. – Quando meus pais adotaram Rose, com ela veio de brinde seu melhor amigo Emmett e seu irmão Jasper... Hoje ela namora Emmett e eu o Jasper.

A reação dos alunos foi instantânea, todos soltaram um muxoxo de decepção, as garotas fixaram o olhar em mim, me deixando bastante constrangido e a professora achou bastante... Interessante.

Vi o garoto que antes nos olhava estranho disfarçar mandando uma mensagem pelo celular. Ta né?

- Isso é interessante, nossa matéria desse bimestre será sobre relações familiares, entre irmãos, marido e mulher, namorados... Falaremos de sentimentos, dos quais todos aqui estão à flor da pele. – disse a professora e todos soltaram risinhos.

A aula seguiu tranqüila até que alguém bateu na porta.

POV Bella


Maldita noite mal dormida que me fez esquecer os materiais para a aula de artes, tive que correr de volta para casa e pegar os potes de tinta, as canetas coloridas e as cartolinas.

Eu podia usar meus poderes para ser mais rápida, mas eu me encontrei com Caio no meio do caminho e foi ele que me lembrou dos materiais, então se eu chegasse antes dele no colégio seria muito estranho.

Corri para o colégio com a sacola em minhas mãos, eu não conseguiria chegar a tempo para assistir toda a primeira aula. Mas a professora de sociologia era tranqüila e talvez ela me deixasse assistir o final de sua aula.

De: Bella

Para: Caio

Vou entrar no final da aula... A professora está de bom humor?

Não demorou muito para meu amigo responder.

De: Caio

Para: Bella

Ela está de bom humor sim, mas... Er, Bella melhor você não vir para aula hoje.

De: Bella

Para: Caio

Por que não?

De: Caio

Para: Bella

Er... Deixe quieto, você vai ter que passar por isso uma hora ou outra... Agora vou prestar atenção na aula :*

Alguém pode me explicar o que foi isso? Dei de ombros e após preencher uma papelada por chegar atrasada, segui para a sala de aula.

Bati na porta e pus a cabeça para dentro.

- Com licença professora, posso assistir o final da sua aula? – perguntei e ela sorriu assentindo.

Segui andando com a sacola na mão e Caio me olhava estranhamente, meio receoso, esperando minha reação e eu só entendi quando olhei para a minha frente onde todos estavam sentados de costas e então viraram para me observar.

Simplesmente paralisei.

POV Edward


Essa voz... Ah como eu senti falta dessa voz doce e delicada, não ousei me virar estava paralisado de mais, eu sentia meu peito esquentar, minha respiração estava rápida e meus olhos alarmados, eu não sabia qual seria a reação de Bella, mas quando virei seu coração bateu descompassado.

Bella estava linda como sempre, mas seus olhos tinham grandes olheiras, marcas de noites mal dormidas, ela esbugalhou seus lindos olhos castanhos para mim e neles eu vi a minha bruxinha que tanto me amava, suas mãos que seguravam uma sacola com diversas coisas soltaram-na e tudo rolou para o chão com um grande baque, e como se o barulho a acordasse, Bella mudou sua expressão para ódio e me olhou mortalmente se abaixando para pegar as coisas e colocá-las novamente dentro da sacola.

- Argh! – grunhiu baixinho para ela mesma em quanto seguia até o fundo da sala e deixava a sacola em cima de uma das carteiras.

Ela voltou andando rápido e olhou magoada para Alice. É claro! Só Alice podia ter armado tudo isso! Quando essa baixinha vai parar de se meter em nossas vidas?

- Não tinha esse direito Alice. – disse Bella com um tom amargurado olhando nos olhos da baixinha que fez cara de choro no mesmo momento. – Desculpe atrapalhar sua aula professora. – disse ela ainda com os olhos fixos em minha irmã e então saiu da sala.

Pude ouvir seus passos acelerarem e seu choro baixo, em quanto ela corria pelo corredor. Abaixei minha cabeça entre minhas mãos respirando fundo e então olhei para Alice a repreendendo.

- Bella tem razão Alice, nunca poderia ter feito isso, nem comigo e muito menos com ela. – o sinal tocou, mas o silêncio na sala era tenso, em quanto todos se levantavam e iam puxando suas carteiras, o garoto que antes estava mandando mensagens pelo celular saiu correndo atrás de Bella.

Ninguém entendia o que havia acontecido ali, mas todos puderam notar que nós nos conhecíamos.

- Vocês dois só complicam as coisas. – disse minha irmã se levantando e limpando a roupa e eu fiz negativo com a cabeça.

- Quando vai aprender a cuidar de sua vida e não se meter na vida dos outros?

- Quando vocês pararem de fazer besteira. – sorriu ela piscando de um olho só e eu levantei bufando.

- Entenda Alice, ela não vai voltar para mim. – disse em tom baixo, mas intensamente.

- Se você desistir tão facilmente não vai mesmo. – Alice já estava me irritando, virei de costas e fui até uma carteira vaga.

- Pra você é fácil, não é a sua cabeça que Bella quer chutar.

Minha irmã riu dando de ombros.

- Se te faz sentir melhor maninho, ela está planejando me dar uns belos tapas por causa disso.

- E você merece!

- Hoje eu mereço tapas e xingamentos... Amanhã vou receber abraços e agradecimentos... De vocês dois. – revirei meus olhos e logo os outros vieram falar conosco saber mais sobre nós, e descobrir da onde conhecíamos Bella.

Fim do Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Galera hoje eu estou extremamente frustrada, porque por 3 questões eu não entro na UFPR! Arght! 3 questões!!!

Então me animem com muitos comentários por favor D: