Sexo, Escola e Rock And Roll escrita por Fernanda Lima


Capítulo 2
Paixão? Amizade? Uma estranha entre os dois


Notas iniciais do capítulo

* Versão de Isabel Rigardi *



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De noite, no quarto de Isabel

  Eu e Jack compartilhávamos a mesma cama, seminus, ele sobre mim. Ofegantes, suados, excitados, compartilhávamos amassos e carícias. Eu podia sentir o calor e a respiração rápida de Jack.

  - Bel... você é tão linda... - E eu adorava ouvir isso.

  Bom, eu havia dito que eu e Jack éramos amigos? Pois é, às vezes fazíamos essas coisas.

Madrugada

  Estávamos cansados, ofegantes. Eu abraçava o peito nu de Jack, com delicadeza. Pois é, eu consigo ser sutil às vezes.

  - Jack... eu acho que deveríamos assumir logo nosso relacionamento. - E sim, eu era a chata da história.

  - Mas estamos bem assim. Para que ficarmos mais próximos do que isso?

  - Eu acho... que te amo. 

  Opa. Isso não estava nos meus planos.

  Enquanto eu olhava séria e fixamente em seus olhos esverdeados, percebi que sua atitude havia mudado. Alguma coisa não muito boa passara por sua mente. Então, ele se levantou da cama, com uma expressão chateada.

  Eu sou uma besta mesmo.

  - Estou indo para casa. - E então ele entrou no banheiro, e cerca de três minutos depois saiu totalmente vestido e penteado.

  - Vou te acompanhar até a entrada. - Pus meu robe de renda cor de vinho e andei um longo corredor até a porta de casa. Parece que nessas horas tensas, a distância a ser percorrida sempre é maior.

  - Te vejo amanhã. - E então ele saiu com as mãos nos bolsos, sem me dar sequer um beijo de despedida.

Segundo horário da escola, dia seguinte

  Pois é. Jack ainda estava com aquela coisa estranha na cabeça que o fizera sair apressado e cabisbaixo de minha casa no dia anterior. Me evitava, apenas conversando com Allen e com Maria. Aquilo me deixava extremamente irritada. E como se não bastasse...

  - Não te cumprimentei hoje, Isabel. Bom dia. Como vão as coisas? - Olhei para o lado, com a pior expressão que uma pessoa poderia apresentar, e encarei a oxigenada peituda durante alguns segundos. Ela continuava com a mesma expressão indiferente de sempre.

  - Bem. Extremamente bem. Magnífica. - E voltei à minha posição inicial, encarando Jack.

Intervalo

  - Isabel! - Eu me virei, com uma expressão apenas um pouco menos pior do que a que usei com Sabrina. 

  - Bom. Dia. Maria. - As pausas dramáticas evidenciavam que eu irradiava alegria.

  - Aconteceu alguma coisa entre você e o Jack? - Na lata. Eu tinha uma profunda admiração por Maria justamente por isso. E um profundo ódio também.

  - Eu também não sei...

  Nesse momento, ela me abraçou com seus braços branquinhos e cochichou em meu ouvido:

  - Eu posso te consolar, Bel... 

  "Não, obrigada", pensei. Mas levei aquilo como um gesto amigo, e andamos silenciosamente pelo corredor, o mais longe que o tempo permitiu.


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