House e Cuddy... Amor ? escrita por emilybrito_dark


Capítulo 6
Capítulo 6 - Sem palavras




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"Our last memory she had water in her eyes

She cried 'Stay with me'

asked 'How can this be love if you are leaving me ?'

But, darling, love's to blame"

Cuddy piscou os olhos fervorosamente. Suas mãos acariciavam um tipo diferente de tecido, seda, ela pensou. E assim, suspirou. E logo em seguida, sem ela nem mesmo perceber, colocou suas mãos no coração. E conseguia sentir facilmente cada batida forte e rápida do seu próprio coração. E disso, como um resultado simplesmente óbvio: lágrimas começavam a sair de seus olhos.

Uma brisa fria invadiu o quarto dela.

Enquanto isso tudo acontecia no mundo de Cuddy... House lidava com outros problemas.

- Não. - ele dissera ironicamente

- House, você sabe que é preciso. Se não... - previnia Wilson de um futuro não muito distante

- O que você quer que eu faça, Wilson ? Dizer à ela que eu gosto dela ? Que eu quero ter ela ? É isso ? Dizer frases românticas plagiadas de algum livro insignificante de Shakespeare ? Por favor !! - ironizava ele

- Pode brincar, House. Brinque. Mas é a sua vida que está no jogo. Só não queria, como seu amigo,... - Wilson não queria contar a verdade, uma verdade futura

- O que você não quer, Wilson ? Não quer que eu fique solitário ? Bom, você chegou tarde demais, deveria ter me matado logo quando eu nasci... - House não queria falar sério

- Acredite, muitas pessoas já querem isso há muito tempo. Mas, eu queria que você prestasse atenção nisso. Pode por favor parar ? - Wilson não queria desistir

- Arf. - bufou House e logo em seguida confirmou com a cabeça e disso ficou calado

- Bom.

- Fale, Wilson. - House agora estava impaciente, queria acabar logo com o suspense ridículo de Wilson e poder voltar para casa

- Não é medo de você ficar solitário, House. A questão é como você vai suportar o fato de que daqui a pouco, Cuddy vai arrumar alguém e criar uma família e se depender... até sair do hospital. Você, mais do que ninguém, sabe como ela jogaria tudo para o alto só para viver com a família que ela conseguiu. Isso não é uma teoria nem mesmo uma suposição, House. É algo inevitável. - desabafou Wilson

- Eu... - a atenção de House foi ganha. Ele nunca pensara daquela forma antes. Cuddy casada com outro, os dois com um filho... Wilson estava certo, era algo inevitável - você está certo.

- Ainda bem que percebeu. - começou Wilson

- Mas... olhe para tudo que está relacionado à mim, Wilson. Eu poderia ter Cuddy, mas não para sempre. Se bobear, depois que nos separarmos, ela encontraria o amor da vida dela. Nós não iríamos dar certo.

- House, você não percebeu ? Você acabou de relatar que pensa em te algo com ela ! - disse Wilson excitante, ele gostava de ajudar nesse tão complicado amor entre seus dois melhores amigos

- Eu nunca neguei isso, Wilson. - House falou num tom sincero

- Ah, está bem então. Só não gritou isso para ela ! De todas as coisas que você disse e gritou para ela, de tudo que você faz contra e a favor dela... você esqueceu o principal de tudo: o sentimento, House ! - Wilson ficou bravo com a lerdeza do amigo - Aposto que se você tivesse deixado escapar que pensava nos dois juntos, tendo alguma relação, enquanto brigavam... aposto que ela teria aceitado.

- Você só esqueceu o principal, Wilson. - disse House no seu tom típico

- O quê ?? - Wilson ficou intrigado

- Eu sou o House.

- Ah, é mesmo. Fator crucial.

Nisso, os dois começaram a rir.

Assim, alguns instantes depois, o relógio dispara. Wilson levanta e volta a dizer:

- Promete pensar em tudo isso ? - ele pedira

- Olha, um conselho: não confie em alguém que mente. - House estava voltando ao ser humor irônico normal.

- Vá para casa, House. - incentivou o amigo

- Não posso. - House estava brincando com o termo casa

- Bom, já eu, tenho que cuidar de um senhora que...

- Pensando melhor... É melhor eu ir andando, mesmo. - interrompera House, percebendo que Wilson ia voltar para as histórias trites de seus pacientes... e era a última coisa que House queria fazer.

- House.

E disso, saiu da sala e fechou a porta. Assim, acabara o trabalho de Gregory House.

"Take all the time lost

All the days that I cost

Take what I took and

Give it back to you"

Cuddy ainda estava com as mesmas peças de roupa que fora para o trabalho. Seus olhos ainda estavam inchados de tanto chorar.

Por que, House ?? Por que você está tão preso aos meus pensamentos ?? Eu não quero mais esse tormento, não quero mais lembrar do passado o qual você deveria pertencer... House... Greg...

E disso, Cuddy continuava mergulhando cada vez mais no meio de seus devaneios... trocou de roupa, desligou a luz do quarto e esperou o sono chegar. Isso, é claro, não aconteceu. Seu cérebro alegava que ela deveria ficar ali acordada, pensando em House e no passado que tiveram e num futuro que eles poderiam ter. Isso, para Cuddy, estava passando dos limites normais e conscientes possíveis.

- Pára ! - ela exigia

E assim fechava os olhos e colocava o travesseiro sobre a cabeça. Ela não iria desistir de tentar acabar com tudo aquilo que seu subconsciente queria.

House tinha acabado de chegar em casa. Fez o de sempre e quando foi deitar na sua cama, já com sua perna queimando em dor, Tentou fechar os olhos... e numa falsa tranquilidade, tomou Vicodin, e tentou dormir. O plano falhou. Ele não conseguia, mesmo que conseguisse ignorar por completo a dor da perna... havia algo mais que o incomodava.

"A questão é como você vai suportar o fato de que daqui a pouco, Cuddy vai arrumar alguém e criar uma família e se depender... até sair do hospital." Wilson falara com tanta clareza...

House não havia visto o futuro desta maneira ainda, só pensava nos anos seguintes com ele trabalhando casos interessantes junto com sua turma, tendo Cuddy como chefe sexy e irritante e Wilson como amigo em todos os momentos... mas não. Não iria ser assim, Cuddy poderia sair do hospital só por causa de algum idiota que a conseguiu. House, naquele momento, sentia uma imensa raiva pela a imagem que visualizava em sua mente: Cuddy e a família dela. O homem ao seu lado, sorrindo triufante e ainda mais: tendo um filho junto com ela !!

House não aguentou tudo aquilo, mesmo sendo da sua cabeça a imagem, e também sendo além de tudo: suposições - querendo ou não - tudo, simplesmente tudo que via em sua mente era sim possível... muito mais do que isso, era: inveitável. E agora, ele também queria responder a pergunta de Wilson em relação ao modo que ele suportaria tudo isso, se ele suportasse... e seguidamente, House levantou da cama. O sol nascia.

Cuddy já estava de pé, e naquele momento fazia o café da manhã para logo depois, sair e fazer alguma coisa na rua. Ficar ali, naquela casa, sozinha... era a última coisa que ela queria fazer.

3 horas depois...

Cuddy já havia tomado banho, se trocado, e agora estava arrumando sua bolsa para sair quando o telefone toca. Ela olha o relógio. São 13:00

- Alô ? - Cuddy dizia distraidamente, não esperava que fosse alguém importante

- Cuddy... precisamos conversar. - a voz forte e aquele tom de lider a assustou. Não poderia ser ele... logo agora !, pensou Cuddy.

- O que você quer comigo, House ?? Numa tarde de sábado ?? Meu Deus, até no fim de semana você vai me perseguir ??!! - ela estava incrédula. Então seria assim ?? Sem nenhum direito de ter paz nem que se fosse por algumas horas ou então minutos !

- Ah... Hum... espero não estar atrapalhando você. - House tentava ser mais delicado, pois só o simples vislumbre daquela futura alternativa de vida para Cuddy já o assustava. Ele tinha fazer com que ela não ficasse com raiva mortal por ele ter ligado - Por incrível que pareça... eu queria saber se nós podemos, mais tarde, conversar sobre um assunto sério - para ele é seríssimo, já para ela, ele nem queria imaginar

- Assunto sério ? Algum paciente seu... ?? - ela se focou no trabalho, só assim para não querer matá-lo !

- Ah, não, não. Todos meus pacientes, que eu tinha até antes de ontem... já melhoraram... lembra ?? Só segunda que deve vim alguém, não tenho certeza. Mas, voltando ao assunto principal... você aceitaria ?

- Eu não sei, House - Cuddy tentava ao máximo, tentava com todas as suas forças não querer gritar para ele que sim de uma vez, sem ter a chance de lutar... ela não queria se dar por vencida - Do jeito que nós estamos... hum, não. Só isso ? - quanto mais cedo ela conseguisse desligar o telefone, melhor seria

- Cuddy, eu dou a minha palavra... - ele começou sinceramente

- House. Vamos. Não venha com essa 'dou a minha palavra', você sabe quantos anos nós já estamos... juntos - ela sentiu a própria garganta fechar, a ambiguidade que ela mesmo criara... criou um efeito de que ela pensasse num futuro onde ela e House estavam juntos... mas, no segundo seguinte, el avoltou para o presente e continuou - Não dê algo que não vale nada.

- Eu estou falando o mais sincero possível. A última vez que eu te disse isso foi... - House também parara, ele havia acabado de se lembrar da noite entre ele e Cuddy - bom... confia em mim ou não ?

- O que você quer falar comigo ? - Cuddy preferia pular e voltar ao assunto que ela tinha pulado no começo

- Sobre o futuro. - House gelou a partir disso

- Futuro ? O que tem haver ??!! - ela estava incrédula, era brincadeira ou uma "simples conhecidência" que House também estava pensando no futuro, onde os dois estavam relacionados ??

- Eu preferia dizer tudo pessoalmente... hum... que tal ? - ele torcia para que Cuddy aceitasse.

Então, a vontade foi maior, o desejo e a relização do mesmo foi maior do que Cuddy podia aguentar e suportar. Até que ela sentiu a palavra que ela - ou melhor dizendo: o subconsciente dela - queria dizer desde o momento que ela soube que era House no telefone:

- Tudo bem. Na minha casa ou na sua ? - ela sentiu seu coração disparar.

- Na sua. Então... amanhã, depois do almoço ?? - ele tentou adiar para que ela não se sentisse pressionada e também porque ele estava torcendo para que o destino o matasse até o dia seguinte. Mas,

- Não, não. Hoje. Se quiser, agora mesmo. - se era para enfrentar, que fosse ali e agora. Cuddy usava toda sua coragem.

- ... Ah, está bem. Estou saindo então. - ele não acreditara. Ela havia pedido, naquele momento. House sentiu seu coração, uma sensação maravilhosa o dominava. Como ele sentia tanto orgulho de si mesmo por ter uma mulher feito Cuddy na vida dele...

E disso, os dois desligaram.



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