Sugar, I Wanna Be With You escrita por bianogueira


Capítulo 5
Hi mom, I know you're gonna hurt me




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                       Cap. 5 – “Hi mom, I know you’re gonna hurt me”

         Ela me olhou com uma cara de nojo, deu alguns passos pra frente, os olhos cada vez mais úmidos...e...me bateu. No rosto. Bateu tão forte, que virou meu rosto.
Eu adoraria ter tido a coragem de encará-la, mas não tive. Não me movi. Me manti parado, o rosto virado, os cabelos escondendo minha expressão homicida.
     Não aguentei. Depois daquele tapa, as mãos geladas dela se violentando contra o meu rosto, comecei a chorar, aproveitando que ela não pudia ver meu rosto, graças ao cabelo.

        O choro não era pela dor externa... mas pela interna.

       Eu estava chorando baixo. Não sei se ela percebeu as lágrimas. Mas com certeza percebeu o soluço. Eu estava soluçando tão alto, tão forte que acho que mesmo com a boca fechada, Donna, lá de sua casa, poderia ouvir.

       -Por que, Frank...? – disse ela, a voz desanimada. Continuei sem olhá-la. – Por que você foi fazer isso comigo...? – não respondi.-...Não fui uma boa mãe? Me diz onde eu errei, Frank...

     Eu sabia que dali pra frente, as coisas só iriam ficar mais difíceis...

     -Mantenha distância dele... DISTÂNCIA!!! OUVIU?! SE EU TE PEGAR PERTO DAQUELE GAROTO DE NOVO, VOCÊ VAI VER!!! – [i]e virou as costas. Pude perceber isso pelo barulho de seus pés. Começou a subir a escada. E ao chegar lá em cima, bateu a porta do quarto.

     Eu ia subir e me trancar de novo no quarto. Mas não. Achei melhor dar uma volta, respirar ar puro... Subi rápido, peguei o moletom mais velho que achei, vesti-o e desci, saindo na rua.

     Pensamentos confusos, culpa, dúvida, vergonha... era apenas isso que vinha na minha cabeça. Estava pensando nas frases de minha mãe, lembrando de casa segundo de Gerard em minha casa, o constrangimento que provoquei... Não aguentava mais, estava me torturando...

      Fui na praça mais perto possível de minha casa, queria só sentar num banco e ouvir o vento, ter um pouco de paz. Enquanto eu não conseguisse isso, não iria me sentir melhor...

      Eu conhecia aquela praça faz tempo, sempre ia lá quando queria pensar na vida...

     Entrei, de olhos fechados, com uma dor de cabeça infernal. Mesmo com os olhos fechados, pude fazer meu caminho de sempre até aquele bom e velho banco.

     Sentei.

     Abri os olhos.

      Abri não. Arregalei. Porque a última pessoa com quem eu esperava encontrar estava sentada do outro lado.


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