Doce de Morango escrita por JaneLBlack


Capítulo 19
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Só uma pequena nota, nos últimos capítulos tenho escrito Taylor referindo-me á irmã do Malfoy, já reparei no meu erro e assim que for possivel aceder aos capitulos, vou compor isso. Neste capitulo já está o nome correcto: Kristen. Boa leitura :D



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 Capitulo 10

Rose POV

- Eu amo-te. – disse-lhe. Ele abriu um sorriso maravilhoso.

- Eu também te amo. – as suas mãos deslizaram pelos meus ombros e começaram a afastar o meu vestido. – Confia em mim, Rose.

- Com a minha vida. – e entreguei-me ás suas carícias.

O vestido caiu aos meus pés, deixando-me nua, excepto pelas minhas cuecas. A sua boca desceu sobre os meus seios, fazendo-me arfar. As minhas pernas cederam e ele deitou-me calmamente no chão. As minhas mãos voaram para o seu cinto e quando vi os boxers azuis a contrastarem com a sua pele clara, não contive um suspiro. Aquela perfeição era toda minha.

Fechei os olhos e lembrei-me de todas as tardes bem passadas em Hogwarts, das discussões, mas os meus pensamentos foram interrompidos ao sentir os seus lábios sobre a minha intimidade. Gemi e levei as mãos aos seus cabelos, puxando-o para cima. Beijei-o com vontade e senti as suas mãos começarem a retirar a minha última peça de roupa.

- AI RONALD WEASLEY! ÉS SEMPRE O MESMO! – afastei-me rapidamente do meu namorado e olhei assustada para a porta. 

- NEM ADIANTA HERMIONE! ROSE!

- É o meu pai! – a minha voz estava repleta de pânico e Scorpius parecia ter congelado. Vesti-me rapidamente e olhei em volta à procura de um esconderijo. Quando os meus olhos pararam num armário, agarrei na mão de Scorpius e puxei-o comigo.

Fechei a porta no mesmo momento em que o meu pai entrou no escritório. Agarrei-me a Scorpius e percebi que tanto ele como eu tremia-mos. Ouvi passos apressados e uma batida ritmada. Consegui imaginar a cena: o meu pai às voltas no cómodo e a minha mãe parada na porta a bater com o pé no chão.

- Como eu te disse, eles devem andar por aí. Ron, a tua filha era incapaz de fazer essas coisas aqui. – corei ligeiramente por  ouvir os meus pais referirem-se á minha vida sexual.

- Ela desapareceu com aquele… aquele…

- Aquele jovem bonito por quem ela tem uma grande afeição. A sério, Ronald, está na altura de cresceres e esqueceres essas brigas estúpidas! – ouvi o som dos saltos da minha mãe a afastarem-se.

- HEY! Espera! – e o ouvi o meu pai correr e a porta bater atrás dele. Foi então que percebi que sustinha a respiração.

Suspirei de alívio e abri a porta do armário. Scorpius abriu e fechou a boca várias vezes sem conseguir falar. Beijei-o levemente e sorri.

- Eu percebo. Vamos embora daqui antes que eles decidam voltar. – entrelacei a minha mão na dele e comecei a caminhar pelos corredores.

Revivi na minha mente os momentos antes e o que nós estivemos prestes a fazer. Corei com o pensamento. Apesar dos momentos quentes que partilhávamos nunca tinha pensado realmente no momento em que chegaríamos a esta fase.

Ainda não namorávamos, pelo menos oficialmente, e eu corria o risco de estar a ser usada. Afastei de mim estes pensamentos negativos e concentrei-me no sorriso de Scorpius quando eu disse que o amava.

- Rose… - ele obrigou-me a parar e segurou o meu rosto. – Desculpa não ter reagido, agi mal, eu devia ter-me controlado…

- Eu também queria, Scorpius!

- Eu amo-te e quero namorar contigo. – arregalei os olhos. – Com direito a tudo. Até falo com o teu pai se for preciso!

- Não! – ele ergueu a sobrancelha. – Não queres morrer agora pois não? – sorri e ele revirou os olhos.

- Não me interessa, Rose. Só quero saber uma coisa: queres ou não ser a minha namorada? – abri a boca para lhe responder, mas, como já se estava a tornar hábito naquela noite, fomos interrompidos.

Roxanne e Albus estavam coradas e respiravam ofegantemente.

- ALELUIA! – Roxie dobrou-se sobre si mesma e nós esperamos que ele se acalmassem. – Procurei-vos por todo o lado.

- Que se passou?

- O tio Ron anda á vossa procura. – revirei os olhos.

- Nós sabemos. Quase o encontramos. – eles abriram a boca surpresos.

- Quase? Como assim? – troquei um olhar com Scorpius e corei.

- Reformulando: o que é que vocês andavam a fazer? – o sorriso de Albus era debochado e Scorpius bateu-lhe na nuca. – O que foi? É uma pergunta totalmente inocente.

- Tu não conheces o significado dessa palavra Albus. – disse Roxie, revirando os olhos. Ele agarrou-a pela cintura e colou o corpo de ambos.

- Tu gosta de mim nessa maneira. Ignorante. – e beijou-a. Scorpius fez uma careta de nojo e eu tratei de os afastar. Albus sorriu, animado, e Roxie sorriu num pedido mudo de desculpas.

- Deixa para lá. A Lily? – o meu primo fechou a cara, mas a sua namorada abriu um sorriso ainda maior. Agarrou na minha mão e começou a puxar-me pelo salão.

- Oh Rose! Eles são tão fofos! – ficamos paradas na porta que dava para um pequeno jardim interior. Sentados num banco, de costas para nós, estava a minha prima e Andrew. Ele segurava a mão dela e ela sorria divertida.

- Aquilo não tem nada de fofo. – resmungou Albus. Eu e Roxie batemos-lhe, uma em cada ombro.

- Claro que tem. Eles estão apaixonados. – suspirei.

- Ele está chateado porque o Andrew não lhe contou que estava interessado na irmãzinha dele. – disse-me Roxanne. Eu revirei os olhos.

- Era tão óbvio que até o Grawp percebeu. Sinceramente, em que mundo vives, Albus Severus Potter? – ele cruzou os braços aborrecido.

- Pedófilo. – resmungou o meu primo.

- Albus! – exclamamos os três e ele revirou os olhos.

Lily POV

Musica: Angie da Michelle

Link: http://www.youtube.com/watch?v=AMh58Jdapnw

- És louco! – exclamei entre gargalhadas. Andrew revirou os olhos e sorriu.

- Foi apenas uma brincadeira.

- Andrew, lamento informar-te, mas insultar um hipogrifo não é brincadeira.

- Pois, talvez não. – voltamos a rir, divertidos. – Lily, eu… - Andrew hesitou e eu apertei a mão dele, num incentivo mudo para ele continuar. – Eu realmente gosto de estar contigo. – corei e ele deu aquele sorriso de lado que eu tanto gostava. – Sabes, eu estava habituado àquelas raparigas fúteis e irritantes que nunca me largavam. Nem a mim, nem ao teu irmão, nem ao Scorpius. – semicerrei os olhos. Odiava relembrar os tempos em que ele e os amigos saíam com o primeiro rabo de saia que lhe aparecia á frente. – Mas tu és diferente, Lily. Contigo posso ser eu mesmo. Tu fazes-me querer fazer todas as coisas que eu nunca faria numa situação normal, como por exemplo cantar. – rimos juntos. – Eu quando estou contigo só tenho vontade de… - ele mordeu o lábio e abanou a cabeça.

- De? – incentivei-o com um sorriso. Ele suspirou.

- De te beijar Lily. – fiquei perplexa e o meu coração começou a bater descontroladamente.

- Porque é que nunca o fizeste? – perguntei num murmúrio. Foi a vez de ele olhar surpreendido para mim.

- Tu querias que o fizesse? – questionou.

- Muito. Eu também gosto muito de ti, sabes? Também me sinto eu própria. – ele revirou os olhos.

- Ruiva, tu és tu própria em qualquer situação. – eu soltei uma gargalhada.

- Disso não á dúvidas. – trocamos um sorriso.

- Lily? – olhei para ele. – Fechas os olhos.

- Porque? – perguntei desconfiada.

- Porque eu vou beijar-te. Agora. – nem tive tempo de reagir. Andrew colou os lábios aos meus e as suas mãos seguraram o meu rosto com força, talvez com medo que eu me afastasse. Mas eu não faria isso. Nunca.

Os meus lábios moveram-se em sintonia com os deles e não neguei o pedido dele para aprofundar o beijo. Quando a sua língua e a minha se encontraram ele pareceu relaxar finalmente e as suas mãos contornaram a minha cintura, puxando-me para mais perto. As minhas mãos voaram para o seu cabelo e afundaram-se nele.

Pareceu-me ouvir um grito histérico algures atrás de mim, mas não me dei ao trabalho de descobrir o que se passava. Porque, naquele momento, o meu maior interesse, era o rapaz que estava e minha frente e, que para minha infelicidade, estava a afastar-se lentamente.

Mas, enfim, ainda somos meros mortais e temos de respirar.

- Eu ainda nem acredito. – ele comentou com um sorriso eu-tenho-trinta-e-dois-dentes. Revirei os olhos e puxei-o para mim.

- Então vamos repetir as vezes que forem necessárias, Jones, porque eu não vou descansar enquanto não acreditares. - e colei novamente os nossos lábios. É, eu sou foda.

Anne POV

Aquele cheiro estava a deixar-me enjoada. Podia ter passado mais de metade da minha vida naquele hospital, mas nunca me acostumar com aquele odor. Era repugnante.

Soltei um suspiro e afastei-me da janela onde observava a neve a sair.

- Não precisas de estar aqui, princesa.

- Não tenho mais nenhum sítio para onde ir, pai. – comentei, enquanto arrumava as suas almofadas.

- E aquele teu amigo? O James, não é? Podias passar o naquele com ele, ele já te convidou imensas vezes. – tentei ignorar o nó na minha garganta ao ouvir o nome de James. Já não falava com ele á imenso tempo e continuaria assim.

- O Natal é para ser passado em família. – retruquei, simplesmente. Ele segurou a minha mão e puxou-me para ele. Abracei-o com força, querendo colocar naquele abraço, todos os meus sentimentos por ele. Queria que ele soubesse que estar ali com ele era melhor do que estar em outro lugar do mundo.

- Lamento minha querida, por te fazer passar por isto tudo. – afaguei o seu rosto cansado com carinho.

- Tu não tens culpa. – ele suspirou pesadamente. – Devias tentar descansar. Eu vou até ao restaurante do hospital comer alguma coisa. – ele fechou os olhos.

- Está bem. – puxei os seus cobertores, de modo a protege-lo melhor do frio e dirigi-me á porta. – Anne? – virei-me rapidamente e encarei o olhar velho e sábio do meu pai. Tão azul como o mar, tão semelhante ao meu. – Eu amo-te minha filha. Tenho muito orgulho em ti. – sorri e fui até ele. Beijei a sua testa com carinho.

- Também te amo pai. – saí daquele quarto sufocante e caminhei decidida pelos corredores do hospital.

- Hey, Russell! – virei-me rapidamente e sorri para a enfermeira que se aproximava. Eu tinha passado os últimos 6 anos da minha vida naquele sítio, por isso, quase toda a gente da aula oncológica me conhecia.  

- Lindsay, como estás? – ela revirou os olhos.

- Óptima. Afinal, estes turnos de doze horas deixam-me sempre animada. – contive uma gargalhada. – Como está o teu pai?

- Bem. Hoje parece animado. – ela abriu a boca para me dizer algo, mas eu fui mais rápida. – Eu não tenho esperanças. Eu só queria que passasse depressa. Ele está farto deste sitio.

- Ele tem muito orgulho em ti, sabias? Fala de ti a toda a gente. “A minha Anne isto, a minha Anne aquilo.”. Ele conta os dias que faltam para as tuas visitas. – senti os meus olhos encherem-se de lágrimas, mas consegui segura-las.

- Eu vou comer qualquer coisa. Queres vir? – a minha tentativa de distracção correu melhor do que eu esperava. Lindsay suspirou.

- Não. Precisam de pessoal lá em baixo. Estas festas. – abanou a cabeça. – Feliz Natal, Anne.

- Feliz Natal, Lindsay. – continuei o meu caminho pensando nas voltas que a minha vida tinha dado.

Nunca conheci a minha mãe, ela abandonou-nos mesmo depois de eu nascer. Foi o meu pai que me criou e quando eu recebi a carta para ir para Hogwarts podia jurar que ele ia explodir de tanta felicidade. Mas é claro que nem tudo são mar de rosas e a doença dele, que viemos a descobrir no final do meu 1º, abalou em tudo a nossa vida.

É claro que ele não me deixou desistir da escola e passou pelo primeiro ano de tratamento sozinho. Quando cheguei nas férias de verão mal o reconheci, ele estava frágil, cansado e velho. E assim foram os últimos anos. Eu ia contrariada para Hogwarts, enquanto ele ficava sozinho. Até que durante o meu sexto ano ele foi internado e nunca mais saiu deste hospital.  

É claro que a minha amizade com James amenizava esta dor, mas agora estava novamente sozinha e tinha de carregar este fardo. Não que o meu pai fosse um peso na minha vida, mas a doença dele esgotava-me. Decidi que era hora de voltar para o quarto. Peguei no pacote de gomas que tinha comprado e sem ninguém ver coloquei-o no bolso do casaco.

Sim, eu sei, contrabandear é crime, mas é Natal e o meu pai merece. Caminhei pelos corredores estranhamente animada. É, eu sei. A Coca-Cola tem esse efeito em mim.

Quando cheguei ao quarto paralisei, o meu sorriso morreu e as lágrimas que eu tinha retido no corredor começaram a correr livremente.

- Anne… - a Lindsay aproximou-se de mim e eu abanei a cabeça. Não queria abraços, não queria ninguém perto de mim. O médico, que eu não reconheci, levantou o rosto e encarou-me tristemente.

Eu não suportava aquilo. Virei-me rapidamente e comecei a correr pelos corredores.

O frio da noite acolheu-me e apesar de estar tudo coberto de neve, sentei-me num dos bancos. Fiquei a ver os flocos caírem com intensidade durante uns minutos.

O meu pai estava morto. Era Natal, ele tinha dito que se orgulhava de mim e estava morto. Fechei os olhos e inspirei profundamente. Eu estava sozinha. Não tinha pai, não tinha mãe, nem tinha um melhor amigo.

Após uns minutos senti alguém sentar-se ao meu lado. Abri os olhos e vi o mesmo médico que estava no quarto do meu pai. Ele era bonito. O cabelo era uma mistura de castanho e branco, tinha uma barba e os olhos eram cinza azulados.

- Olá. – ele estava  tentar começar uma conversa comigo?

- Olá. – respondi, ainda desconfiada.

- O meu nome é Mark Sloan (n.a.: NÃO RESISTI *.* McSteamy ♥)

- Anne Russell. – ele estendeu a mão e eu apertei-a.

- Muito prazer. – sorri levemente. – Apesar de a situação não ser a melhor é claro. – assenti levemente. – Não tens mais ninguém?

- Não. – ele suspirou.

- Vamos ter de chamar os Serviços Sociais. – olhei assustada para ele.

- Por favor, não é necessário.

- Que idade tens, Anne?

- 17 anos. – ele sorriu tristemente.

- Lamento, mas é a lei.

- No teu mundo. Não no meu. – agora ele estava verdadeiramente confuso. Sabendo que podia confiar no meu instinto, perguntei:

- Acredita em bruxos, Dr. Sloan?

Kristen POV

Estava sentada na sala com uma revista na mão, quando a campainha tocou.

Tinham passado dois dias desde o Ano Novo e faltavam apenas outros dois para eu voltar para Hogwarts. Estava profundamente aliviada, pois isso significava que podia fugir dos rapazes e das suas namoradas.

- Miss Malfoy? Visita para si. – ergui a sobrancelha e levantei-me do sofá. Quando me virei fiquei ainda mais confusa.

- Que se passou? – Anne Russell estava na minha frente, com uma aparência cansada e algumas malas. Ela correu até mim e abraçou-me.

- O meu pai morreu, Kristen. Não tenho mais nenhum sítio para ir. – mordi o lábio e abracei-a de volta. Bolas, estava a tornar-me sensível demais. Mas deixei o meu orgulho cair por terra. Anne era uma óptima pessoa e eu realmente gostava dela.

- Podes ficar aqui o tempo que precisares. Conta comigo para tudo. – e deixei desabafar tudo o que ela precisava no meu ombro. Pois se alguém precisava de deitar tudo para fora era ela.

- Obrigado, Kristen.


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Notas finais do capítulo

Bem, como não consegui arranjar nenhum co-escritor o capitulo demorou a sair. Vou tentar actualizar o mais rápido que puder, mas sem promessas. Também não vos vou dar uma ideia do que vai acontecer, porque nem eu mesma sei que rumo a fic vai tomar :s
Mas de uma coisa eu tenho a certeza, vou reduzir o drama xD exepto é claro na Anne/James *.* I just love them



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