O Último Suspiro escrita por Borboleta Negra, gabidofletcher


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Essa Capitulo foi postado por Gabii_Aniinha



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Aposto que a Bruna estava se cagando de medo, isso é só uma casa normal, eu subia as escadas procurando no teto ou nas paredes pequenas portinhas, como nos filmes sabe? Isso é realmente idiota, mas nas casas de hoje em dia sótãos são em cima com escadinhas e nada de poeira. Procurei, procurei, vi uma porta entre aberta e a abri.  Ela dava passagem para um grande quintal parecido com uma floresta. Eu passei desviando da grande teia de aranha que tinha em cima da porta. ?Eca odeio aranhas pensei comigo mesma.

Parece irônico mais eu achei o sótão, parecido com uma grande toca com aquelas portas que se abrem pra fora, foi totalmente bizarro, com uma grande escada que me levava para cima. As copas das arvores não deixavam muita luz passar para eu poder enxergar lá em cima, então segurei a lanterna me lançando nos lances da escada

Será que se eu ligar a lanterna alguém vai aparecer e me dar um susto? Ri desse pensamento ligando a lanterna, cuja eu tive que bater para funcionar. O jato de luz foi direto para um grande armário escuro. Apontei para os outros lados. É pequeno aqui mais dá pro gasto.

Tinha uma mesinha com caixas lacradas e coisas jogadas no chão, teias e mais poeira.

As pilhas de caixas iam até o teto dando um ar de filme de tragédia naquele cenário perfeito para uma carnificina generalizada que eu adoraria presenciar.

_Olha o que temos aqui_ Sussurrei para mim mesma.

Eu via um pedaço de um baú atrás das caixas, um ótimo lugar para se começar. Puxei com cuidado a mesa e as caixas com medo que elas se partissem já que estavam velhas, o baú estava aberto e eu puxei com certo esforço a tampa, um calafrio passou pela minha espinha quando eu vi porta retratos dos antigos moradores, mulheres com vestidos antigos e cabelos engomados, homens de terno com gravatas que pareciam babadores.

Peguei um e limpei a poeira vendo um garotinho com sua mãe, ele brincava com um cavalinho no chão e ela em uma cadeira de balanço. O rosto do menino foi o que mais me chamou a atenção, era perfeito como de um anjo, cabelos ralos como todos os bebês, a roupinha ajeitadinha e covinhas que até pude pensar que era um pequeno boneco.

POOM

Pulei de susto com o som de algo se fechando, larguei o porta-retrato na mesa e subi a escada. A porta tinha se fechado, empurrei-a e ela parecia estar presa.

Acho que eu fiquei uns 10 minutos tentando abrir, eu já estava me desesperando quando a porta de abriu quando eu a empurrei levemente, nem esperava mais que ela abrisse.

Desliguei a lanterna e segui pelo mesmo caminho que eu tinha tomado anteriormente mais algo parecia errado, eu não escutava nada, nenhum ruído.

Passei pela porta de novo e pela sala que tinha uma lareira e andava pelo corredor indo para o saguão principal onde eu tinha me separado dos outros, e lá só estava Bruna com um olhar de puro medo.

_Cadê os outros Bruna?_Ela se virou e me olhava aterrorizada.

_Não chegaram ainda._Ela mordeu o lábio.

_Como não chegaram Bruna? Já deu a meia hora. _Olhei no meu relógio de pulso.

_E eu não sei Gabriela? Enfim, eu fui lá e achei uns livros velhos e mofados e só. O estranho foi quando eu ia embora, a porta de saída tinha se trancado e depois de algum tempo eu consegui sair de lá. Só sei que vim pra cá e ninguém tinha chegado._Ela parecia despreocupada enquanto contava as pequenas desventuras.

_A minha porta também ficou travada quando eu estava olhando para um porta-retrato._Bruna olhou para mim interessada, tentando entender._... Mas os outros já tinham que estar aqui!

_O que vamos fazer Gabi?_Perguntou temerosa, colocando as duas mãos juntas em frente ao corpo.

_Vamos procurar eles, daqui a pouco temos que ir embora._Puxei sua mão e ela se soltou rapidamente.

_Não sei se é uma boa idéia Gabi, acho melhor nós irmos embora._Ela olhou para os lados.

_Não podemos largar eles aqui Bruna, vamos procurar se não acharmos nós vamos ok?

Ela me olhou e franziu os lábios.

_Promete?_Perguntou com aquele olhar inocente que ás vezes ela dava.

_Prometo, querida._Peguei sua mão gentilmente e começamos pela cozinha.

Algo parecia muito errado, não apareciam as marcas dos sapatos no chão empoeirado, só as nossas. Nada parecia tocado, pelo menos não lá.

Viramos e nós deparamos com um corredor cheio de portas

_Vamos procurar Bruna._Comecei a abrir as portas e checar se tinha alguém lá dentro.

_Gabi._Bruna me chamava, puxando levemente a manga do meu uniforme.

_O que foi Bruna?_Olhei para ela.

_Olhe ali._Ela apontou para o chão inocentemente e eu segui seu dedo.

Lá tinha pegadas e um rastro de alguma coisa sendo arrastada

_Vamos ter que seguir?_Bruna perguntou com o medo eminente.

_Vamos ter que seguir._Saímos lado a lado seguindo a trilha que parecia no chão recém limpo... Essa casa está começando a me assustar.

_Olha Bruna alguma coisa tá errada, eu acho melhor nós irmos embora...

_Cadê a Gabriela cheia de coragem?_Ela brincou com um sorriso, mas sentia sua mão tremendo na minha.

_Foi embora junto com o meu humor! Eles devem ter ido embora para nós pregar uma peça só isso... Vamos Bruna linda do meu coração, vamos embora._Algo me dizia que estavamos perto de uma coisa nada boa.

Ouvi ela murmurar um ?linda é você, bobona? quase imperceptível, me fazendo sorrir muito brevemente por causa da sua baixa auto-estima.

_Olhe, sumiu._As marcas tinham sumido, até atrás de nós.

_O que vamos fazer?_Perguntei

_Eu não sei, parece que estamos perdidas, amiga.

_Perdidas e fritas, temos 10 minutos pra nós acharmos os outros e irmos embora, minha mãe já deve ter saído de casa para nos buscar._Massageie as têmporas, eu me sentia observada e seguida.

_Trouxe a lanterna Gabi?_Ela perguntou de repente.

_Trouxe sim, por quê?

_Ali tem uma marca de mão, olhe._Ela ligou a lanterna a apontou a luz para uma marca de mão no batente da porta. Parecia que alguém tinha se segurado lá... Como eu fazia nas brincadeiras com meu pai

_Estou com um pressentimento nada bom Bruna.

_Então somos duas._Ela falou com medo._Estou assim desde que cheguei.

_Vamos logo, ok?

_Ok.

Saímos andando até a porta e vimos mais portas e mais corredores. Nas paredes tinham obras de arte e retratos de pessoas, todas olhando para um único lado, parecendo que algo as distraiu quando tiraram a foto. Seus olhos estavam meio arregalados.

_Viu as fotos Bruna?

_Vi, assustadoras._Concordou com meus pensamentos.

_Aham._Todas as portas estavam trancadas, as únicas que estavam abertas eram as que tinham alguma marca de pé ou mão. Parecia que estávamos num jogo e que alguém nos guiava.

_AH MEU DEUS, GABRIELA!_Bruna gritou e algumas lágrimas escorreram pela sua pele de marfim. Arisquei-me a olhar dentro do cômodo e me repreendi internamente.

Lá estava Kaio morto com uma poça de sangue em seu redor, sua pele estava cortada como se tivesse um animal as rasgando, os olhos arregalados e totalmente brancos e uma de suas mãos decepada e a outra apontando para um hexagrama um símbolo do demônio desenhado com sangue. A poça estava escorrendo e vindo na minha direção, tocando a ponta dos meus sapatos. Recuei imediatamente e olhei apavorada para Bruna que parecia chocada e aterrorizada.

_Bruna, vamos logo embora daqui._Sussurrei e sai correndo, procurando alguma janela ou porta, mas todas estavam trancadas.

O desespero me tomou e comecei a chorar, manchando minhas bochechas de água. Meus cabelos estavam colando no rosto, misturando as lagrimas que desciam como uma cascata. Eu iria morrer eu sentia isso, passava pelas minhas veias.

_Gabi, tem uma porta aqui!_Bruna gritou ao meu lado.

_Bruna não vamos por ai, nós fomos e vimos essa coisa horrível, vamos pelo outro lado.

_NÃO TEM OUTRO LADO GABRIELA!_Ela gritou irada, seus olhos como chamas.

_E SE NÓS FORMOS MORTAS?_Gritei de volta._SE VIRMOS TODOS OS NOSSOS AMIGOS MORTOS E DEPOIS O MANÍACO VEM E NOS MATA? TEMOS QUE SAIR DAQUI BRUNA, EU NÃO VOU POR AI!

Ela parecia mais calma, seus olhos estavam banhados de tristeza. Ela ainda olhava para o corpo de Kaio, na qual eu não tinha coragem de olhar.

_O que vamos fazer Gabriela?_Finalmente olhou para mim.

_Nossa única saída é esses caminhos que ?ele? traça, então vamos apelar.

_Apelar pra que?

_Vamos pegar aquela cômoda e bater na parede e ir até sairmos daqui.

_Tá doida? Quer morrer soterrada?

_Prefiro ter a chance se sobreviver a ficar e morrer sendo morta por alguma coisa na qual eu nem conheço!

_Tudo bem._Ela sorriu docemente e apertou minha mão de leve, para demonstrar força.

Algo que eu sabia que nem ela nem eu tínhamos.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem ~ o que acharam en? RIAIRIARIARIAR eu gosto de coisas tensas sou meio dark u.u



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