ESPECIAL DE HALLOWEEN: SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR, O BICHO COME!

   POV Lindsay

FLASHBACK ON

   Meus pensamentos foram interrompidos pelo que parecia, o choro de Chris? Ele estava realmente chorando! Clarisse não estava mais com a gente. O que será que eu perdi? Nico me segurava, me protegendo de algo no escuro, quase desmaiei quando vi o que era, o meu pior pesadelo infantil: um lobisomem. Naturalmente ninguém nunca envolveria lobisomens com mitologia grega, mas com certeza, Cronos não é uma coisa natural.

   - O que eu perdi?

FLASHBACK OFF

   Eu estava paralisada, o lobisomem olhava para mim, nos braços de Nico. Nico percebeu que eu estava consciente e colocou a Excalibur na minha mão.

   Eu tinha tantas perguntas, comecei:

   - O que é exatamente isso? E por que olha diretamente para mim?

   - É um lobisomem – quem falava era Annabeth, invisível – não sei muito sobre ele, mas ele é um monstro moderno e precisa se alimentar constantemente com carne. A espécie está ameaçada de extinção e esse é o ultimo. Ah, e ele olha para você, por que é você que tem mais carne desprotegida – ela fez uma pausa –, isto é, mais carne exposta, não foi muito inteligente usar isso.

   Me lembrei que havia saído do acampamento com short jeans curtíssimo – bota curto nisso! – e uma camiseta que deixava a parte superior aos meus seios e inferior ao umbigo exposta.

   - Onde está Clarisse?

   - Você tava desligada mesmo – o lobisomem veio em minha direção – depois explico! Defenda-se!

   O lobisomem não corria, ele dava passadas, mas de uma forma estranha ele fazia você se sentir em câmera lenta, eu empurrei Nico pro lado e me joguei pro outro, o lobisomem fitou Nico, mas logo veio em minha direção, eu tinha que ter escolhido essa roupa? Justo essa! Eu me defendi com a Excalibur, mas ele arranhou meu braço e isso me preocupou.

   - Como se mata ele? – perguntei?

   - O modo mais fácil é uma lamina de prata, por sorte temos a Excalibur, você terá que perfurar seu coração antes que ele a transforme em lobisomem.

   - Mas ele me arranhou! Ele tem que morder para poder me transformar?

   - Não – ela flava enquanto eu tentava acertar o monstro com a espada, mas ele sabia desviar, ele era lento, mas o efeito de câmera lenta equilibrava as coisas – não tem problema se ele lhe arranhar ou morder, você só se transformar se, de algum jeito você beber sangue dele ou o sangue dele ser injetado, de alguma forma, ao seu corpo.

   Ele avançou, a chance perfeita. Deslizei a espada em seu pescoço e a cabeça caiu no chão.

   - Consegui!

   - Acho que não – Annabeth tava estraga prazeres hoje, viu – você tem que perfurar o coração, os monstros modernos são diferentes dos antigos, eles tem pontos certos para serem destruídos.

   - Mas como ele vai se mexer sem a cabeça?

   A minha pergunta foi respondida, o corpo sem cabeça continuou a lutar como se a cabeça ainda estivesse lá, invisível. Ele me arranhou a perna deixando meu shortinho um pouco mais curto – o que eu julgava impossível – tive cuidado de não aproximar meu sangue ao dele, seria um destino trágico.

   Eu rolei para o lado, desviando de um golpe, ele aproveitou e apanhou a cabeça no chão, a colocou junto ao pescoço e ela se uniu a ele, depois que ele a girou no pescoço.

   Olhei para os meus amigos: paralisados, menos Annabeth que tramava alguma invisível.

   - Me ajudem! – eu gritei.

   Nada aconteceu, eles continuaram paralisados, nem sequer olharam para mim.

   - Estão sobre feitiço – a voz de Annabeth desta vez vinha de longe – suas mentes estão presas em algum lugar sobre domínio de Cr... do deus-tita.

   O que não podia ser coisa boa.

   - E Clarisse? – eu pensei ter sentido que Annabeth estava tensa.

   - Passou para o outro lado.

   - E por que o feitiço de Cr... do deus-titã não funcionou em nós?

   - Por que você não estava consciente na hora que o feitiço foi lançado e eu por que estou usando um presente da minha mãe que me deixa imune a ele.

   - Por que você não me ajuda?

   - Tenho que impedir que Clarisse sai daqui – acho que ela viu minha expressão – aff, vou ter que fazer isso depois.

   O lobisomem iria usar suas garras em mim outra vez, mas desta vez não parecia pretender arranhar, tava mais para arrancar um pedaço da carne, a minha sorte foi Annabeth que o golpeou por trás, com a espada de Percy, bem onde devia ser seu coração, mas isso só o deixou atordoado tempo suficiente para eu me afastar.

   - Ele não devia ter morrido? Você acertou o coração.

   - Tem que ser uma lamina de prata, como a sua.

   O lobisomem avançou e rasgou algo – não lembro o que – que prendia meu cabelo para trás.

   Annabeth me contou seu plano: iríamos, uma de nós á saída – cerca de cem metros daqui – e chamar um tal Tyson, junto com dois meio-sangues chamados Luna e Gabriel – o qual eu apelidei Gbriel, para não ficar igual ao meu irmão – e eles traziam aqueles doze novatos – ou melhor dez deles, por que dois deles já estavam com a gente, Chris e Sofia.

   Eu estava ficando exausta, meu subconsciente buscava qualquer vestígio mínimo de água. Mas não tinha, iria durar muito pouco.

   - O que fazemos?

   Ela pensou.

   - Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come.

   POV Gbriel

   Tyson, Luna, eu e mais dez meio-sangues estávamos na cidade de Atenas, procurávamos os meio-sangues que estavam no subterrâneo. Deixa eu me apresentar: eu sou Gabriel – apelidado de Gbriel por Tyson, já que ele foi avisado por um irmão dele que se alguém chegasse perto de uma garota chamada Lindsay, e proferisse meu nome, ela sentiria dor, pelo irmão morto – sou um meio-sangue, sou filho de Apolo, o deus da beleza eu acho, sei lá quem é, não entendo nada de mitologia grega. Só sei que tenho uma irmã que, se não fosse minha irmã, eu a namoraria, coisa é que eu me apaixonei por ela, ela não podia ser minha irmã. A vida é tão injusta! Tyson era o líder do grupo, já que todos éramos novatos, ele era grande, 1,9m para ser exato, embora fosse grande, ele, ás vezes apresentava um comportamento infantil, era filho de Poseídon e acredite se quiser, ele é um ciclope!

   - Estamos chegando! – anunciou Tyson – preparem-se!

   Não percebi direito como, mas passamos por uma caverna estreita que levava ao subterrâneo, lá achamos uma criatura que atacava um grupo de meio-sangues e lutava com duas meninas, era um lobisomem, eu reconheci de cara, já que não havia nada a ver com a mitologia grega, a garota de cabelos pretos e olhos verdes estava exausta.

   - Aleluia! – gritou a loira, e percebi que seus olhos eram terrivelmente cinzentos.

   POV Annabeth

   Aleluia! Eles demoraram muito, mas já que chegaram, poderiam então nos ajudar a destruir o lobisomem.

   - Distraiam a fera! – eu gritei, enquanto vi que Lindsay estava para desmaiar, a fera aranhou seu braço. Ela iria durar dez segundos, se não fosse por Tyson que gritou e pulou em cima do lobisomem, derrubando ele.

   - Ninguém machuca minha irmã!

   Assim que o lobisomem estava seguramente preso no chão, eu peguei a Excalibur das mãos de Lindsay que adormecia desmaiada no chão. Cheguei para o monstro, seria o seu fim, mas na ultima hora ele derrubou Tyson e começou avançar na direção de Lindsay, ele pulou em cima dela, mas uma garota apareceu e se jogou em cima dele, u suicídio. Ele arranhou seu pescoço e a matou. O corpo da garota permaneceu no chão, detonado, quando o lobisomem se levantou era tarde demais para ele, eu havia cravado a Excalibur em seu coração, ele urrou de dor e caiu no chão se retorcendo de dor, ele começou a se transformar em humano, apenas os olhos amarelos e os grandes dentes não mudaram, agora teria que finalizar, com a mesma lamina cortei seu pescoço, separando a cabeça do resto e toquei fogo com um isqueiro no corpo do monstro, ele queimou em chama verde e virou pó, aconteceu o mesmo com a cabeça.

   Me virei para o menino que chorava junto ao corpo da menina morta.

   - Quem era ela?

   - Minha irmã, Luna – disse ele.

   - Qual o seu nome?

   - Gbriel.

   POV Gbriel

   A garota concordou em levarmos junto o corpo de Luna, teríamos que capturar umas tais de sirenes. Ela tirou todos do transe e continuamos seguindo. O dia mais infeliz da minha vida.

   POV Clarisse

   Eu estava no esconderijo, havia traído meus amigos

FLASHBACK ON

   Estávamos seguindo no túnel subterrâneo, Lindsay parecia inconsciente, eu joguei o feitiço neles, que os deixaria paralisados mais tarde quando o lobisomem fosse atacá-los, eu estava passando para o lado inimigo, então meu novo parceiro apareceu com a besta lobo. Soltou a fera e me guiou para fora, meus amigos perguntavam o que estava acontecendo, Chris chorava, meu parceiro disse:

   - Ela serve a Cronos agora! Adeus pessoal!

   E fomos.

FLASHBACK OFF

   - Bem – começou ele – com você a vitoria será próxima.

- Quero que saiba! – eu disparei – que só faço isso pelo meu pai.

Ele sorriu maliciosamente:

- Por enquanto.

Continua...